Aumento em Endocardite dão diretrizes para Dentistas

Aumento em Endocardite

Endocardite é uma infecção do tecido interno do coração, mais comumente causada por bactérias que entram na corrente sanguínea e viajam até o coração.

SHEFFIELD, Reino Unido: Cientistas da Universidade de Sheffield identificaram um aumento significativo no número de pessoas diagnosticadas com sérias infecções cardíacas, acompanhadas de uma queda drástica da prescrição de antibióticos-profilaxia para pacientes de dentistas, devido às diretrizes lançadas muitos anos atrás. Os cientistas sugerem que seus resultados vão dar informações que os comitês de diretrizes precisam pra rever os benefícios da administração de antibióticos como medida preventiva.

O estudo pioneiro é o maior e mais compreensivo a ser conduzido sobre as diretrizes do National Institute for Health and Care Excellence (NICE), que recomenda que dentistas não prescrevam antibióticos antes de tratamentos invasivos em pacientes considerados em risco de condições cardíacas de endocardite infecciosa, que em quarenta por cento dos casos é causado por bactérias da boca.

A equipe de pesquisadores internacionais, liderada pelo Prof° Martin Thornhill da Escola de Odontologia Clinica da Universidade de Sheffield, descobriu que desde que as diretrizes do NICE foram introduzidas em março de 2008, os casos de endocardite infeciosa aumentaram mais que a margem esperada. Em março de 2013 eles contabilizaram um acréscimo de 35 casos por mês.

Eles também identificaram que a prescrição de antibióticos profiláticos caiu em 89 por cento, de 10.900 prescrições mensais antes das diretrizes de 2008 para 1.235 prescrições mensais até março de 2013.

Thornhillm, professor de medicina oral, disse: “Endocardite infecciosa é uma infecção do tecido cardíaco rara, mas muito séria. Esperamos que nossos dados deem aos comitês de diretrizes as informações necessárias para rever os benefícios, ou não, da administração de antibióticos profiláticos“.

Tornihill ressaltou que profissionais de saúde e pacientes devem aguardar que os comitês de diretrizes avaliem as provas e deem suas posições antes de alterar suas práticas habituais.

Ele acrescentou: “Enquanto isso, profissionais de saúde e pacientes devem focar em manter ótima higiene bucal. Isso vai reduzir o número de bactérias na boca, que têm o potencial de causar endocardite infecciosa, e reduzir a necessidade de procedimentos odontológicos invasivos”.

Barbara Harpham, Diretora do Centro de Pesquisa Cardíaca do Reino Unido, disse: “As conclusões têm um papel importante na atual investigação sobre a relação entre saúde bucal e cardíaca. Projetos como esse são vitais na contínua coleta de provas para nos ajudar a entender como a saúde bucal impacta a saúde cardíaca e outras condições do corpo. Estamos comprometidos em aprofundar as pesquisas médicas no Reino Unido, e recebemos bem estas conclusões”.

Os dados foram analisados por um grupo internacional de especialistas da Universidade de Sheffield, Universidade de Oxford, Fundação NHS de Tauton e Sommerset, e Universidade de Surrey no Reino Unido, bem como da clinica Mayo e das clinicas do Sistema da saúde Carolinas HealthCare, nos EUA. O estudo foi publicado no jornal The Lancet, on-line, em 18 de novembro, com o titulo “Incidência de endocardite infeciosa na Inglaterra, 2000-13 : Uma tendência secular, análise do tempo interrompida” (Incidence of infective endocarditis in England, 2000–13: A secular trend, interrupted time-series analysis), e apresentado semana passada para mais de 19 mil participantes do encontro anual da Associação Cardiológica Americana em Chicago.
A pesquisa foi patrocinada por uma bolsa da caridade da Heart Research UK, pelo provedor de saúde SimplyHealth e pelo Instituto Nacional de Pesquisa Odontológica e Craniofacial.

Fonte: www.dental-tribune.com

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