Cuidados com a chupeta da criança pode reduzir risco de alergias

Cultural e histórico, o uso de chupetas é amplamente propagado no Brasil, na ultima pesquisa realizada foi constatado que 52,9% dos bebês de 0 a 3 anos fazem o uso. E quais os pais que nunca recorreram  a uma chupeta para fazer o bebê parar de chorar?

 O tema é polêmico e causa discussão até entre profissionais da área médica e psicológica. De acordo com os especialistas, mesmo o bebê tendo a necessidade de sugar, ele não precisa fazer uso da chupeta.

A Associação Brasileira de Odontopediatria e o Ministério da Saúde recomenda que a idade de 3 anos seja a idade limite para a eliminação do uso da chupeta na vida da criança. Entretanto, reconhece que o ideal é remover gradualmente este hábito até os 2 anos.

Polêmicas a parte um estudo inusitado divulgado  na Pediatrics, renomada publicação científica norte-americana chegou a conclusão que colocar a chupeta dos filhos na própria boca antes de devolvê-la às crianças pode reduzir o risco de desenvolvimento de alergia durante os primeiros anos de vida.

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O objetivo do estudo era descobrir se os métodos de limpeza das chupetas afetava o risco de as crianças manifestarem alergias. Um grupo de 184 crianças foi acompanhado durante os três primeiros anos de vida. Quando os bebês tinham 4 meses, os pesquisadores coletaram uma amostra de suas salivas. Aos 6 meses, os pais foram questionados sobre o uso de chupetas e os métodos de limpeza. Mais tarde, aos 18 e aos 36 meses, os médicos fizeram alguns testes para identificar se elas tinham algum tipo de reação alérgica.

Analisando os dados, eles perceberam que os filhos dos adultos que limpavam a chupeta colocando-a na própria boca apresentaram menor incidência de asma e dermatite aos 18 meses. Aos 36 meses, a maior proteção contra dermatite permaneceu. A hipótese dos cientistas responsáveis pelo estudo é que a transferência de micro-organismos através da saliva estimularia o sistema imunológico dos bebês.

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Os pais, no entanto, não devem interpretar essa pesquisa como desculpa para usar essa técnica de “limpeza”. Jean Gorinchteyn, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (SP), afirma que especialmente no caso de crianças menores esse hábito pode ser perigoso. “Com a saliva, os pais podem transmitir também vírus e bactérias contra os quais a criança ainda não está protegida. Um exemplo disso é a coqueluche. Se a criança ainda não tomou as vacinas e entra em contato com a bactéria pode apresentar formas graves da doença.”

Claro que a criança precisa, aos poucos, entrar em contato com antígenos, mas a exposição precoce (quando a criança ainda não recebeu a maior parte das vacinas e não está com seu sistema imune maduro) pode deixá-la doente à toa. “As crianças irão para a creche ou escolinha, vão se socializar, trocar entre si lanches, brinquedos, pegar a chupeta da outra”, diz Jean. Ou seja, esse processo acontecerá naturalmente e forçar a barra pegando a chupeta do seu filho poderá fazer mais mal do que bem para ele.

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Seu filho usa chupeta? Veja o jeito certo de higienizá-la

– Esterilize-as todos os dias durante o primeiro ano do seu filho;
– A esterilização pode ser feita em recipientes adequados onde você deve deixar chupeta na água fervente por cinco minutos;
– Assim que acabar a esterilização, não deixe os objetos no local onde foram esterilizadas. Retire-as da fervura, passe em água corrente, seque e guarde em local limpo;
– Troque os bicos da mamadeira e da chupeta a cada dois meses.

 A Drª Ana Escobar esclarece até quando devemos esterilizar mamadeiras e chupetas.

Fonte:  Pediatrics / Revista Crescer / Dra. Ana Escobar

 

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  1. Pesquisadores suecos sugerem que a melhor maneira de uma mae limpar as chupetas de seu filho quando elas cairem no chao e higieniza-las com a sua propria saliva.

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