Descubra os perigos de reutilizar sua garrafinha de água

Qual foi a última vez que você lavou sua garrafinha de plástico usada para tomar água? Essa mesma, que você usa para levar à academia ou ao parque, durante um passeio com as crianças? Ou a que fica na sua bolsa ou no seu carro por semanas.

Mesmo sendo um hábito ambientalmente correto, reutilizar sua garrafinha de água pode trazer danos à sua saúde. Aí você se pergunta, é seguro reutilizar essas garrafinhas?

Garrafas de plástico são um grande problema ambiental. Elas são feitas do petróleo, que é uma fonte não renovável, requerem energia para sua produção e distribuição, e acabam contaminando o meio ambiente devido ao fato de grande parte delas não ser direcionada à reciclagem. Ou seja, o destino final acaba sendo lixões, aterros e mares, com péssimas consequências ambientais.

Pensando assim, já que eu utilizei uma garrafa de água, por que não reabastecê-la e usá-la novamente? Afinal, não seria necessária a energia para sua reciclagem e nem poluiria o meio ambiente, certo?

Se você pensa assim, Parabéns! O mundo precisa de mais pessoas como você. No entanto, infelizmente essa não é uma solução muito boa para esse problema. Essas garrafas de plástico não são próprias para serem reutilizadas, tanto é que até mesmo seus fabricantes recomendam seu descarte após o uso.

Um dos mitos que circulam na internet é que as garrafas de plástico podem liberar na água componentes tóxicos para a saúde.

“Em termos gerais, não há problemas de segurança para a saúde reutilizar essas garrafas”, disse Ana Trancoso, professora de Nutrição e Ciências Alimentares da Universidade de Sevilha, na Espanha, à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

No entanto, há matizes interessantes nesse sentido, que convém ser analisadas.

Segundo especialistas, está provado cientificamente que os recipientes de plástico duro a base de policarbonato, que contém o aditivo chamado Bisfenol A (ou BPA) um composto utilizado na produção de plásticos e resinas, que é encontrado principalmente nos plásticos que são fabricados com policarbonato, com o símbolo de reciclagem 7 na embalagem, podem, sim, liberar esse composto.

Um estudo feito pelo centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA concluiu que mais de 90% dos americanos trazia essa substância na urina.

Em nosso cotidiano, estamos expostos ao BPA a todo momento, já que ele é usado para fabricar recipientes, latas de alimentos e bebidas, além de recibos, extratos bancários, CDs, etc.

O que acontece, segundo a professora, é que a quantidade dessa substância liberada em garrafas é tão pequena que muitos órgãos reguladores de saúde não a consideram um perigo.

Mas, como ainda estão sendo conduzidos estudos sobre o assunto, por precaução, muitos países proíbem que mamadeiras contenham Bisfenol A. No Brasil, a Anvisa proíbe a importação e a fabricação de mamadeiras com BPA desde 2012. Para as demais aplicações, o uso do composto é liberado.

Também está comprovado que esse tipo de plástico com BPA, se submetido a altas temperaturas, acaba multiplicando a liberação do composto.

Mas em contra posto as garrafas de plástico flexíveis conhecidas como PET não utilizam BPA. Então posso utilizar?

As garrafas com símbolo de reciclagem 1 na embalagem (as PET) também apresentam problemas, posto que podem contaminar a água com outras substâncias de desregulação endócrina e químicos estrogênicos que causam problemas hormonais, como foi identificado por um estudo de 2010.

Polêmicas a parte, os especialistas concordam sobre o fato de que o maior risco para a saúde associado à reutilização de uma garrafa plástica está no nível microbiológico.

Afinal, as garrafas são um ambiente úmido, fechado e com grande contato com a boca e com as mãos, ou seja, um local perfeito para as bactérias se procriarem.

Um estudo realizado a partir de 75 amostras de água das garrafas que alunos do ensino básico utilizaram durante meses, sem jamais as lavarem, descobriu que cerca de dois terços das amostras apresentavam níveis bacterianos acima dos padrões recomendados.

A quantidade de coliformes fecais (bactérias provenientes das fezes dos mamíferos) foram identificadas acima do limite recomendado em dez amostras das 75 estudadas. As garrafas não lavadas funcionam como criadouro perfeito de bactérias, afirma Cathy Ryan, uma das responsáveis pelo estudo.

Ah! Então, sem problemas, basta eu lavar minha garrafa d’água que não tem erro! 🙂

Ajuda mas não elimina o problema, seu uso repetido pode causar rachaduras ou furos no plástico. “Sua resistência foi pensada para um único uso”, lembra Ana Trancoso.

E essas falhas no material são um ótimo lugar para abrigar bactérias – o que pode ser um risco para a saúde.

“Se você bebeu diretamente da garrafa e se a encheu repetidas vezes com outro tipo de líquido ou alimento, o interior desse recipiente já não mantém mais suas condições iniciais de total assepsia, podendo, inclusive, ser contaminada com micro-organismos e bactérias”, disse a Cathy.

Opções

Procure garrafas de vidro ou de aço inoxidável para reutilizar, pois, além de ajudar o meio ambiente ao eliminar a necessidade de grandes quantidades de garrafas plásticas, você também estará evitando problemas de saúde.

Caso você queira ou realmente precise de uma garrafa de plástico, as mais recomendadas são as de polipropileno, que geralmente possuem uma aparência branca.

Um cuidado necessário com todos os tipos de garrafas é o fato de mantê-las limpas a fim de minimizar a contaminação bacteriana, lavá-las e permitir que elas sequem antes de seu reúso.

Fonte: BBC e eCycle

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