Idealizar um consultório sem autoclave é algo impensável, já que é um dos itens que deve estar como prioridade na lista de quem sonha em abrir a própria clínica. O aparelho, crucial para realizar a esterilização de materiais, é um grande aliado não só da odontologia, mas também de áreas como estética, veterinária, medicina e laboratorial, o que o torna ainda mais importante em diferentes espaços.
Apesar de ser um grande herói da tecnologia na área da saúde, você já se perguntou como funciona o equipamento? Como escolher a autoclave certa? Quais marcas valem a pena investir? Se as dúvidas são muitas, continue a leitura e descubra tudo o que você precisa saber a respeito do aparelho!
Afinal, o que é uma autoclave?
A autoclave é um equipamento projetado para esterilizar diversos tipos de instrumentos, ferramentas e utensílios, como cosméticos, produtos laboratoriais, cirúrgicos, odontológicos, equipamentos de clínicas de medicina estética, salões de beleza e estúdios de tatuagem e piercing.
O equipamento é utilizado amplamente em ambientes que exigem altos níveis de segurança sanitária, como hospitais, consultórios odontológicos e médicos, laboratórios de pesquisa e outras instalações de saúde. Afinal, a esterilização garante a segurança dos pacientes, evitando infecções cruzadas até mesmo quanto aos profissionais.
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Ela funciona aplicando vapor de água sob alta pressão e temperatura — normalmente entre 121°C e 134°C — para eliminar micro-organismos, incluindo bactérias, vírus e esporos, que são altamente resistentes. O processo de esterilização da autoclave é dividido em três fases principais:
- Remoção do ar: antes de iniciar a esterilização, o ar presente na câmara é removido, pois sua permanência pode reduzir a eficácia do vapor;
- Esterilização: o vapor pressurizado é injetado e mantido em alta temperatura por um período controlado, eliminando todas as formas de vida microbiana;
- Secagem: após a esterilização, os itens são secos, geralmente por meio de vácuo ou calor, para remover a umidade residual.
Vale dizer que, além do setor médico, as autoclaves também servem para serem utilizadas em laboratórios de biologia molecular e genética, bem como nas indústrias farmacêutica e alimentícia, onde a esterilização de materiais e equipamentos é fundamental para a manutenção da qualidade e segurança dos produtos.
Como surgiu a autoclave?
A história da autoclave é muito mais antiga do que imaginamos. Podemos dizer que ela começa muito antes de o próprio aparelho existir. De acordo com o artigo “Esterilização: um breve histórico”, de Juliana Capellazzo Romano, a introdução da anestesia em 1842 e, posteriormente, em 1846, fez com que cirurgias pudessem se tornar realidade, especialmente durante guerras, quando eram mais necessárias.
Porém, mesmo com o desenvolvimento das técnicas de procedimentos, as taxas de mortalidade por infecção no pós-cirúrgico continuavam altas. Estima-se que, em 1870, em Paris, a taxa de amputação por infecção chegou a 100%. Entretanto, durante essa época, um nome importante surgiu para trazer a reflexão sobre a esterilização, o do médico-obstetra Ignaz Semmelweis.
Estudos e descobertas
Semmelweis notou que o número de mortes pós-parto era maior em uma casa de partos em que atuavam estudantes de medicina que tinham contato com cadáveres. Enquanto que, em um segundo estabelecimento, em que apenas parteiras atuavam, a mortalidade era consideravelmente menor.
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Após o falecimento de um amigo, que foi infectado por um bisturi durante uma necropsia, Semmelweis reparou semelhanças entre o exame do seu conhecido e das mortes pós-parto, o que o fez entender a importância de lavar as mãos antes de procedimentos.
O médico indicava o uso de hipoclorito de cálcio para a higienização das mãos, o que, de fato, ajudou a diminuir o número de mortes. Porém, a classe médica da época não aceitava a introdução dessa técnica.
Anos depois da morte de Semmelweis, os estudos do médico foram reconhecidos e a teoria dos germes da doença, que, como o nome explica, indica que os micro-organismos são causadores de grande número de enfermidades, foi proposta.
Conhecer a história da esterilização ajuda a compreender o que é a autoclave. Pasteur, também conhecido como pai da microbiologia, desenvolveu processos de desinfecção e esterilização, inclusive do retardo da decomposição dos alimentos.
Outro nome fundamental foi o do médico Joseph Lister, que introduziu métodos de assepsia em cirurgias por meio de agentes químicos, como o ácido carbólico, para limpar tesouras e, até mesmo, feridas.
Aparelhos de esterilização
Em 1876, Charles Chamberland, junto com Pasteur, criou o primeiro esterilizador a vapor, que atingia a temperatura de 120ºC. Esse equipamento deu o primeiro passo para o surgimento da autoclave.
Um ponto curioso é que a antiga invenção não é tão distinta do que conhecemos hoje. O primeiro aparelho já tinha válvula de segurança e descarga, gerador de energia e travas.
Em 1881, a esterilização por fervura tornou-se uma prática instituída, e qualquer material utilizado em cirurgias que poderia apresentar riscos de bactérias passava pelo processo. Entretanto, essa técnica tinha ineficácia contra fungos e esporos.
Foi em 1885 que tivemos o registro do primeiro médico a utilizar a esterilização a vapor em instrumentos e curativos; o nome dele é Ernst von Bergmann. Desde então, o aparelho foi evoluindo com o tempo e incorporando novas tecnologias, como o bombardeamento a vácuo e os sistemas digitais, além de mudanças no design.
Qual é a função de uma autoclave?
A autoclave é um dispositivo que utiliza calor e pressão para esterilizar materiais, essencial para garantir a segurança em procedimentos médicos, odontológicos e em laboratórios.
O equipamento funciona por meio de um processo conhecido como esterilização a vapor, em que os instrumentos são expostos a altas temperaturas e pressão por um período de tempo específico para eliminar micro-organismos, incluindo bactérias, vírus e esporos. Os processos podem ser, basicamente, divididos em cinco:
- Pré-vácuo;
- Rampa de aquecimento;
- Etapa de exposição;
- Secagem;
- Restabelecimento da pressão atmosférica.
Para começar, o material a ser esterilizado deve ser lavado com detergente enzimático e embalado para o dispositivo. Em seguida, a temperatura ficará bem elevada e, durante um determinado período, o objeto posto dentro do aparelho entrará em contato com vapor de água sob pressão — elemento responsável por destruir a carga microbiana. Vamos entender melhor cada passo a passo do funcionamento a seguir!
Pré-vácuo da autoclave
De acordo com o artigo “Princípio da esterilização por calor úmido — como funciona uma autoclave”, de Gerson R. Luqueta, a primeira etapa do processo é o pré-vácuo, em que todo o ar interior da câmara é removido por meio de pulsos alternados de vácuo e injeção de vapor.
Após alcançar o nível pré-determinado de vácuo, a válvula de injeção de vapor na câmara interna é aberta para que seja atingida uma taxa próxima ou acima do zero, dando, assim, o chamado pulso de vácuo. Essa etapa pode ser repetida diversas vezes, com o objetivo de remover totalmente o ar interior dos materiais a serem esterilizados.
Rampa de aquecimento
A fase de rampa de aquecimento é a próxima. Aqui, o vapor é injetado na câmara até que a temperatura adequada seja atingida, geralmente entre 121°C e 134°C. Este calor é mantido em uma pressão alta (geralmente cerca de duas atmosferas), que ajuda a garantir a destruição de micro-organismos.
Exposição dos materiais na autoclave
Em seguida, vem a etapa de exposição, que consiste em aguardar que o vapor penetre em todo o material que será esterilizado. Uma vez atingida a temperatura desejada, os materiais permanecem em contato com o vapor por um tempo determinado, dependendo do tipo de autoclave e dos materiais. Este período pode variar de 15 a 30 minutos ou mais, assegurando que todos os patógenos sejam eliminados.
Secagem dos itens na autoclave
Depois, vem a secagem, que consiste, novamente, no funcionamento da bomba de vácuo, para que a câmara fique sem oxigênio. A secagem é realizada para remover a umidade residual dos itens esterilizados e pode ser feita de forma natural ou com o uso de vácuo, dependendo do design da autoclave.
Restabelecimento da pressão atmosférica
Quando o ciclo é concluído e o vapor é liberado da câmara, o ar filtrado é introduzido novamente no sistema. Esta etapa garante que os materiais possam ser manipulados com segurança após o processo de esterilização.
Após o resfriamento, os itens podem ser removidos da autoclave com total segurança. Este ciclo completo pode durar entre 15 minutos e várias horas, dependendo do tipo e da quantidade de itens a serem esterilizados.
A eficácia do processo depende da manutenção adequada da autoclave, garantindo que os ciclos ocorram nas temperaturas e pressões corretas, além de seguir rigorosamente os procedimentos operacionais recomendados.
No vídeo do canal Carlos Maciel, você confere como acontecem os processos por dentro do equipamento.
Quais são os tipos de autoclave?
Agora que você sabe a história do dispositivo, como funciona e como usar, chegou o momento de conhecer os tipos, que podem ser encontrados nos modelos gravitacionais, de alto vácuo, de vácuo único e vácuo fracionado. Além da apresentação das opções por formato: horizontal e vertical.
Autoclave gravitacional
Tradicional no mercado brasileiro, neste modelo o ar é removido da câmara por gravidade, por meio da injeção de ar quente que retira o frio por uma válvula na parte inferior. Esse tipo é muito comum em laboratórios, entretanto, não é recomendado para esterilizar objetos porosos, e sim metais, ou seja, sólidos desembalados.
Autoclave de alto vácuo
Com o auxílio de uma bomba de vácuo, o ar é removido do interior e, em seguida, é introduzido o vapor em alta pressão na câmara interna. É o modelo considerado mais seguro, já que conta com alta capacidade de sucção do ar.
Além disso, é muito versátil e permite a esterilização de diferentes tipos de materiais e insumos, o que o torna um modelo universal, sendo mais vantajoso para clínicas e hospitais que possuem maior volume de instrumentos ou que necessitam de um método mais completo e eficiente.
Autoclave de vácuo único
Em uma única vez e rapidamente, todo o ar é removido da câmara. Este tipo pode oferecer algumas desvantagens, como a formação de bolhas de ar, que atrapalham a eficácia da esterilização.
São comuns em consultórios médicos e odontológicos de pequeno e médio porte, pois são compactas e possuem custo mais acessível em comparação com modelos maiores e mais complexos, como as de alta capacidade com porta dupla.
Autoclave de vácuo fracionada
Comparando ao modelo anterior, este oferece um pouco mais de segurança. A remoção do ar acontece simultaneamente com a injeção de vapor.
Autoclaves horizontais e verticais
Em relação ao formato, você pode encontrar no mercado os horizontais e verticais. A diferença vai além da estética ou do design, e toca na qualidade.
As horizontais são mais eficazes no processo de esterilização graças às paredes duplas, que contêm um espaço entre elas para que o vapor circule e, dessa forma, mantêm a temperatura interna da câmara. Geralmente, esterilizam objetos sólidos, como materiais e instrumentos odontológicos.
A autoclave de dentista geralmente é horizontal, assim como para a área estética. Já as verticais, embora mais acessíveis, são menos eficazes justamente por não permitirem boa circulação e penetração do vapor.
A porta é localizada na parte superior e os instrumentos ou materiais a serem esterilizados são armazenados em pé dentro da câmara. Essa configuração é frequentemente utilizada na autoclavação de líquidos e alimentos em laboratórios, indústrias farmacêuticas e alimentícias.
Como usar uma autoclave?
O processo de utilização pode variar dependendo do modelo e do fabricante, mas geralmente segue alguns passos básicos. Confira na sequência o que fazer!
- Verifique a limpeza: certifique-se de que não há resíduos ou objetos estranhos dentro da câmara. Ela deve estar limpa e em boas condições de funcionamento;
- Faça a seleção dos materiais a serem esterilizados: verifique se os materiais são compatíveis e se podem ser submetidos ao calor úmido sob pressão. Plásticos sensíveis ao calor ou materiais inflamáveis, por exemplo, não devem ser colocados na autoclave;
- Prepare os materiais para a esterilização: isso inclui desmontar instrumentos, fazer a sanitização e agrupá-los em embalagens adequadas. Siga as diretrizes e recomendações do fabricante quanto à preparação dos materiais;
- Embale os materiais: é recomendado utilizar embalagens próprias para autoclave, como envelopes, sacos de papel ou recipientes rígidos. Os invólucros devem permitir a saída do ar durante a esterilização e proteger os materiais contra a recontaminação após o processo;
- Marque as embalagens: insira informações relevantes, como a data de esterilização, o conteúdo, o nome do item ou número de identificação, entre outros dados necessários;
- Preencha a autoclave: coloque as embalagens dentro da câmara, seguindo as recomendações do fabricante quanto à disposição dos materiais. É importante não sobrecarregar a câmara para garantir um processo de esterilização eficiente;
- Feche o equipamento: com segurança, confira se a vedação está correta e se a pressão da câmara está adequada;
- Inicie o ciclo de esterilização: consulte o manual do fabricante para saber qual é o programa ou ciclo de esterilização apropriado para os materiais que você está utilizando;
- Espere a esterilização: aguarde o tempo necessário para a conclusão do ciclo. Isso pode variar dependendo do modelo e do tipo de material a ser esterilizado;
- Confira o resultado: após o término do ciclo, aguarde o resfriamento antes de abrir a porta. Isso serve para evitar a exposição ao vapor quente e garantir a segurança do operador. Verifique se os materiais estão corretamente esterilizados. Isso pode ser feito por meio de indicadores químicos ou biológicos na fita de autoclave, que confirmam a eficácia da esterilização.
Quais as aplicações da autoclave?
O equipamento possui aplicações em diferentes setores. A autoclave na odontologia e em outras áreas da saúde serve para esterilização de materiais médicos e equipamentos cirúrgicos, garantindo a segurança dos pacientes.
Nos laboratórios, esteriliza meios de cultura, reagentes e equipamentos utilizados em análises. Na indústria alimentícia, o dispositivo elimina bactérias e fungos, assegurando qualidade, durabilidade e segurança dos produtos. Além disso, no setor industrial, participa do tratamento térmico para fármacos, cosméticos, bebidas e produtos eletrônicos.
Quais cuidados especiais você deve ter com sua autoclave?
Para garantir o bom funcionamento e a segurança, é importante adotar os seguintes cuidados:
- Verifique o nível de água destilada para autoclave antes de ligá-la, uma vez que a resistência pode queimar se houver pouco volume;
- Certifique-se de que os materiais estejam adequadamente embalados em invólucros esterilizados;
- Realize a limpeza para evitar acúmulo de sujeira;
- Registre os ciclos de esterilização em autoclave;
- Faça a manutenção regular conforme as instruções do fabricante;
- Siga todas as normas de biossegurança.
Por que a temperatura padrão da autoclave é ajustada para 121°C?
A temperatura de 121°C é amplamente utilizada porque é considerada eficaz para eliminar a maioria dos micro-organismos, incluindo esporos bacterianos. A essa temperatura, e com pressão de cerca de 15 psi (libras por polegada quadrada), o vapor consegue penetrar nos materiais e garantir uma esterilização segura.
Em alguns casos, temperaturas mais altas, como 134°C, podem ser usadas para ciclos mais rápidos, mas 121°C é o padrão por ser suficiente para a maioria dos materiais, sem causar danos.
Como escolher a autoclave ideal?
A escolha requer muito cuidado, afinal, a autoclave tem valor alto que requer um bom investimento devido às necessidades de uso. Por isso, antes de comprar, é preciso pensar em alguns fatores, como o espaço disponível, o tamanho dos objetos que serão esterilizados e a frequência de uso. Em seguida, você confere alguns pontos para ajudar na decisão.
1. Considere os itens que serão esterilizados
Sem dúvidas, este é um ponto fundamental a ser considerado antes de começar a sua pesquisa pelo dispositivo. Como já vimos, existem diversos tipos de esterilização e que devem ser adequados com diferentes materiais.
Para saber quanto custa uma autoclave, é preciso, antes de tudo, entender os tipos e, após isso, fazer a pesquisa. Por exemplo, se for esterilizar objetos porosos, claramente não poderá optar por uma gravitacional. Conheça bem os materiais que compõem os itens a serem autoclavados, assim como o tamanho deles, pois isso também influenciará na escolha.
2. Entenda a classificação das autoclaves
Além dos tipos já citados, é importante conhecer as classificações, que são B, N e S.
- Classe B: específicas para materiais odontológicos e capazes de esterilizar embalados e desembalados, instrumentos, materiais têxteis, porosos, sólidos e ocos;
- Classe N: não consegue esterilizar diferentes tipos de materiais, como têxtil e poroso. São indicadas para objetos pequenos, planos e simples, como bisturis, e itens desembalados, preferencialmente;
- Classe S: apesar de serem mais eficazes que as N, ainda não conseguem limpar o produto têxtil.
3. Avalie o espaço disponível e a capacidade da autoclave
Pensar no espaço disponível e averiguar a capacidade necessária são dois pontos que devem andar juntos. Afinal, você necessita de uma estrutura que comporte o dispositivo que faz jus às suas demandas.
Antes de escolher, tire as medidas do local onde o aparelho vai ficar e, claro, verifique o tamanho dos itens que precisam passar pela autoclave. Essas duas informações vão ajudar a fazer a escolha certa.
4. Considere o tempo de secagem do produto
A rotina do consultório odontológico ou de outros serviços que necessitam de materiais esterilizados requer agilidade, sobretudo se a sua agenda está sempre cheia. Para se adaptar ao seu dia a dia, o ideal é um equipamento que ofereça secagem rápida.
Na hora de pesquisar sobre o aparelho ideal, tente conhecer um pouco mais sobre os ciclos oferecidos. As modernas têm opções muito boas e que são grandes aliadas da rotina.
5. Informe-se sobre a garantia e o suporte técnico da autoclave
Por ser um aparelho de investimento alto, é importante optar por um fabricante que ofereça segurança por meio de garantia com bons prazos e suporte técnico eficiente.
Lembre-se de que, dentro da clínica odontológica ou de outros estabelecimentos de saúde e bem-estar, há exigências sanitárias e uma delas são os materiais esterilizados. Sem eles, o trabalho ficará impossibilitado e, consequentemente, você terá que desmarcar horários e ter o retrabalho de organizar a agenda.
Qual a melhor autoclave para o seu espaço?
Como já vimos, a escolha do melhor equipamento está associada a muitos fatores, como os tipos de objetos com os quais você trabalha, o espaço disponível para acomodar o aparelho e a sua área de atuação.
Antes de comprar, analise para que serve a autoclave dentro do seu estabelecimento.
1. Autoclave com menor capacidade
A autoclave para manicure, clínicas estéticas, estúdios de tatuagem e consultórios pequenos são as de menor capacidade. Por serem ambientes que trabalham com peças de tamanho reduzido, um aparelho de 5 litros pode servir muito bem.
Uma boa dica de equipamento com capacidade de 5 litros é a autoclave Cristófoli, modelo Vitale, que esteriliza os instrumentos por meio de vapor saturado sob pressão. Por ter tamanho menor e preço acessível, ela é uma mão na roda, especialmente para manicures, tatuadores, podólogos, body piercers e esteticistas.
Ela é equipada com um programa de esterilização eficiente, completo em apenas 38 minutos, e um sistema de microcontrolador com LEDs para indicar o status do processo. Além disso, possui 21 sistemas de segurança, rastreabilidade e ajuste de altitude, oferecendo confiabilidade ao usuário. A garantia desta autoclave pequena oferece cobertura por 24 meses.
2. Autoclaves de capacidade média
Se você necessita de espaço maior, o ideal é contar com um aparelho de capacidade média. É possível encontrar os de 12 litros, assim como os de 17 litros.
Nesses tamanhos, as autoclaves já passam a ser indicadas para laboratórios, consultórios odontológicos, clínicas médicas e outros ambientes da área de saúde. Entretanto, se você é proprietário de um grande salão de beleza que possui alta demanda, os aparelhos de capacidade média podem ser boas escolhas.
Autoclave Vitale Classe CD 12 litros Cristófoli
Também da Cristófoli, a Vitale Classe CD oferece qualidade, segurança e eficácia, além de design moderno e minimalista, com leitor digital. O modelo vem com o sistema de desbloqueio para a segurança do aparelho. A garantia é de 24 meses e esta autoclave acompanha:
- 1 suporte de bandejas;
- 2 bandejas;
- 1 copo dosador;
- 1 mangueira de 1,5 m;
- 1 braçadeira.
Autoclave Elite Cloud 17 litros Bio Art
Para quem busca um equipamento um pouco maior, a Elite, da Bio Art, é uma excelente escolha. Este modelo consegue controlar, monitorar e registrar ciclos em um único lugar, ideal para esterilizar materiais. Ela conta com ciclos automáticos e pré-programados.
O aparelho vem com função para realizar manutenção preventiva. Após o uso por algumas vezes, emite um aviso da necessidade de acionar o ciclo.
3. Autoclaves com maior capacidade
Para ambientes hospitalares, clínicas maiores e grandes consultórios, é necessário escolher um aparelho de maior capacidade, garantindo também uma rotina mais ágil e prática.
Para quem tem demanda maior e precisa de mais volume, sem perder a qualidade na esterilização, o modelo Vitale Class da Cristófoli é a solução. O equipamento é de classe S e é ideal para artigos e instrumentos embalados de maneira apropriada. Ela conta com 21 sistemas de segurança e ajuste de altitude para regiões específicas. Além disso, possui sistema de proteção e rastreio com bloqueio eletrônico.
- 1 suporte para bandejas;
- 3 bandejas;
- 1 copo dosador;
- 1 mangueira de 1,5 m;
- 1 braçadeira.
Dicas de manutenção e cuidados com os autoclaves
Manter uma autoclave em pleno funcionamento é essencial para garantir a eficácia da esterilização e a segurança dos profissionais e pacientes. Para que o equipamento opere corretamente, é fundamental seguir rotinas de manutenção que previnam falhas no processo e prolonguem a vida útil do aparelho. Aqui estão os principais cuidados e procedimentos recomendados:
1. Limpe regularmente a autoclave
A autoclave deve ser limpa frequentemente para evitar o acúmulo de resíduos que podem comprometer a esterilização. Resíduos de água e substâncias processadas podem obstruir partes do equipamento, diminuindo sua eficiência. Recomenda-se realizar uma limpeza completa pelo menos uma vez por semana, ou de acordo com a frequência de uso.
2. Verifique as vedações e gaxetas do equipamento
As vedações e gaxetas garantem que a autoclave esteja hermeticamente fechada durante o processo de esterilização, evitando vazamentos de vapor. Essas peças devem ser inspecionadas regularmente e substituídas caso apresentem desgaste ou falhas, pois vedações defeituosas comprometem a eficácia da autoclave.
3. Inspecione os filtros de ar da autoclave
Os filtros de ar desempenham um papel crucial na prevenção de contaminações. Eles impedem a entrada de partículas ou contaminantes externos na câmara de esterilização. É importante limpar ou substituir os filtros de ar conforme indicado pelo fabricante, garantindo que o equipamento esteja funcionando sem interferências.
4. Monitore a pressão e temperatura do item
A precisão na pressão e temperatura é vital para garantir a destruição eficaz dos micro-organismos. O monitoramento constante desses parâmetros durante os ciclos de esterilização ajuda a identificar qualquer desvio nos padrões, permitindo correções imediatas. Pressões ou temperaturas inadequadas podem resultar em esterilizações incompletas.
5. Faça manutenção preventiva da autoclave
Além das inspeções regulares, realizar uma manutenção preventiva é fundamental para identificar e corrigir problemas antes que eles afetem o funcionamento do equipamento. Isso inclui a verificação de componentes elétricos, mecânicos e a calibração de sensores, assegurando que a autoclave esteja operando dentro dos parâmetros especificados pelo fabricante.
6. Mantenha uma documentação de manutenções
Para clínicas e laboratórios que utilizam autoclaves, é recomendável manter um registro detalhado das manutenções realizadas e dos ciclos de esterilização. Isso permite monitorar a frequência de uso e a necessidade de manutenção, além de ser uma prática importante para atender a regulamentações de segurança e qualidade.
Manter sua autoclave devidamente conservada não só evita paradas inesperadas no processo, como também garante que a esterilização seja segura e eficaz, evitando contaminações que podem comprometer a saúde dos usuários. Uma boa manutenção aumenta a durabilidade do equipamento e contribui para a segurança de todos.
O que a Anvisa recomenda sobre o uso da autoclave?
A ANVISA estabelece que as autoclaves devem seguir padrões rigorosos de fabricação e uso para garantir a segurança do processo de esterilização. As autoclaves precisam ser certificadas pelo INMETRO e devem passar por testes periódicos para assegurar que operam de maneira eficaz e segura.
Desde 2012, a ANVISA proíbe o uso de estufas para esterilização de produtos de saúde, exigindo o uso de autoclaves para garantir a eliminação eficaz de micro-organismos. A manutenção preventiva também é um requisito, assim como o treinamento dos operadores.
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O que diz a legislação brasileira sobre a esterilização em autoclave?
A legislação brasileira, por meio da ANVISA e da Norma Regulamentadora NR13, exige que autoclaves sejam utilizadas para a esterilização de materiais de saúde, proibindo o uso de estufas desde 2012.
Essas normas também determinam que os equipamentos sejam mantidos em bom estado de conservação, com inspeções periódicas e registros de uso. A legislação também estipula a presença de dispositivos de segurança, como válvulas de pressão, e reforça a necessidade de acompanhamento técnico para a operação e manutenção adequadas.
Como podemos ver, existe um grande leque de modelos de autoclave disponíveis no mercado, pertencentes a diferentes classes e com sistemas de esterilização distintos.
Portanto, antes de adquirir o seu equipamento para esterilização de materiais odontológicos, é preciso conhecer esses pontos, avaliar a Norma Regulamentadora NR13 e analisar qual o aparelho ideal para as suas necessidades.
E na hora de comprar sua autoclave odontológica, lembre-se de contar com um fornecedor especialista no assunto, como a Surya Dental! Entre em contato e encontre vendedores prontos para tirar todas as suas dúvidas e apresentar os melhores produtos da categoria. Estamos te esperando!
Referências:
Juliana Capellazzo Romano: um breve histórico de esterilização;
Gerson R. Luqueta: princípio da esterilização por calor úmido;