Aleitamento e a saúde bucal do bebê

Aleitamento e a saúde bucal do bebê

Aleitamento e a saúde bucal do bebê

A semana é celebrada de 1º a 7 de agosto em mais de 120 países com apoio da Organização Mundial da Saúde e da Unicef.

Fornecer a alimentação adequada aos primeiros meses de vida, passar anticorpos maternos ao bebê e fortalecer os laços entre mãe e filho são benefícios largamente conhecidos da amamentação. No entanto, o grande público não sabe que este ato de amor pode contribuir também para a saúde bucal da criança. Quando mama, o bebê desenvolve a capacidade de mastigar, deglutir, falar e respirar. O aleitamento materno ajuda ainda a posicionar os dentes nos arcos dentários, prevenindo as maloclusões (desarmonia entre as arcadas dentárias) e os distúrbios da fala.

“Muitos odontopediatras consideram o aleitamento materno como o primeiro aparelho ortodôntico, porque estimula de forma direta ou indireta o desenvolvimento da boca, evitando maloclusões e contribuindo para o equilíbrio da postura do bebê”, afirma a cirurgiã-dentista Sylvia Lavinia M. Ferreira, doutora em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia da USP, vice-presidente da Associação Paulista de Odontopediatria.

BENEFÍCIOS

O ato de mamar exige da criança um enorme esforço muscular. Para sugar o leite, ela ajusta seus lábios ao seio da mãe e mantém a respiração pelo nariz, contribuindo para o adequado crescimento dos maxilares com espaço suficiente para a erupção dos dentes de leite. Ao avançar e retrair a mandíbula, o bebê exercita todo o sistema muscular, preparando a boca para a função mastigatória e respiratória.

O aleitamento materno satisfaz ainda o reflexo de sucção no recém-nascido. Assim, o bebê fica menos propenso a adquirir hábitos nocivos como chupar o dedo ou a chupeta, considerados hábitos de sucção não nutritiva. “De acordo com estudos científicos, crianças que mamaram menos de seis meses têm sete vezes mais chances de chupar o dedo e a chupeta, além de morder objetos”, afirma a professora Sylvia Lavinia M. Ferreira. Esse risco sobe para quase dez vezes em crianças que tomaram mamadeira por mais de um ano, quando comparadas àquelas que nunca utilizaram essa forma de aleitamento.

Os minerais presentes no leite materno ajudam na formação do esmalte dos dentes, que tem início ainda na vida intrauterina. Os defeitos nos esmaltes dos dentes em geral são mais prevalentes nas crianças, que mamaram pouco tempo no seio materno.
O surgimento de cáries é mais comum em crianças que tomam mamadeira, do que as que se alimentam do leite materno.

“Normalmente, as outras opções de leite são oferecidas ao bebê com adição de açúcar, tornando-o uma substância que favorece o surgimento da doença cárie”, explica a professora Sylvia.

Mas para garantir a saúde bucal da criança não basta o aleitamento materno. “As mães precisam ser orientadas a higienizar os dentes de seus filhos e fornecer a eles uma alimentação saudável”, esclarece a especialista. Para ela, dentes de leite saudáveis são fundamentais para o desenvolvimento satisfatório da mastigação e da fala. “Boa saúde na infância evita sofrimentos desnecessários causados pela dor, desconforto e longos tratamentos”, argumenta.

Fonte: Lu Fernandes Comunicação e Imprensa / www.maxpressnet.com.br

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