A utilização de pinos de fibra de vidro na interação entre tratamentos estéticos odontológicos

Autores: Pedro Alexandre e TPD João Paulo Garcia.

Paciente do gênero feminino, 40 anos.
QUEIXA PRINCIPAL:
Descontentamento com a cor e o formato dos dentes.

AVALIAÇÃO INICIAL

Após avaliação clínica e radiográfica foi constatado que o elemento 21 apresentava tratamento endodôntico e bastante perda de estrutura coronal em função de restauração de classe IV mesial e classe III distal, além da ampla abertura endodôntica. O elemento 11 apresentava alteração de cor e ampla restauração de resina composta na vestibular, que visava esconder uma mancha branca hipoplásica nos seus terços médio e incisal. O dente 12 possuía restauração de classe III antiga, sem infiltração, porém, esteticamente insatisfatória, o que por si só já preenche pré-requisito objetivo de necessidade de substituição da mesma.

TRATAMENTO EXECUTADO

O plano de tratamento proposto foi facetas cerâmicas no 11 e 21 e substituição da restauração de classe III na distal do 12. O planejamento incluiu ainda, como procedimentos acessórios para um melhor resultado estético e longevidade, um clareamento prévio e a instalação de pino fibro-resinoso no 21. Optou-se por um clareamento por técnica caseira, com a utilização de peróxido de carbamida Whiteness Perfect 16% FGM para uso noturno.

Este clareamento se estendeu por 21 dias. Quatorze dias após o término do mesmo, seguindo o plano de tratamento proposto, foi realizado a cimentação do pino fibro-resinoso no elemento 11, com o objetivo específico de reforço da estrutura coronal do elemento, que como exposto anteriormente, possuía coroa amplamente desgastada tanto pela abertura endodôntica quanto por restaurações de classes III e IV. O pino escolhido foi o Whitepost (FGM) em 14mm de profundidade, seguindo a borda incisal do dente como referencial.

Após cuidadosa remoção da guta percha sob microscopia, procedeu-se uma limpeza do conduto com escova específica e pasta de pedra-pomes e água; o canal foi lavado e secado com cones de papel absorvente. Em seguida procedeu- se o uso do sistema adesivo Ambar Universal APS (FGM) com microaplicador Cavibrush longo (FGM), para permitir a aplicação do sistema adesivo ativamente em toda superfície do canal, proporcionando melhor interação do sistema adesivo com as paredes radiculares. Como agente cimentante foi utilizado Allcem Core (FGM) pois se trata de um cimento resinoso dual que permite, além da cimentação, a formação do munhão coronário. O cimento foi introduzido no conduto com ponteira misturadora e ponta intra-canal específicas, que permitem que o cimento seja inserido de apical para coronal evitando a inserção de bolhas e falhas.

Em seguida, o pino que havia sido previamente testado no canal, comprovando sua adaptação e retenção no conduto, foi tratado com silano Prosil (FGM) esfregado por 30 segundos na superfície e também recebeu aplicação do sistema adesivo Ambar Universal APS (FGM) com os objetivos específicos de quebra da tensão superficial e melhor contato com o cimento, evitando bolhas na interface. O pino foi inserido até a posição previamente calibrada e aguardou-se um período de 3,5 minutos para o início da polimerização química do material, período após foi realizada a fotoativação por 40 segundos com fotoativador.

Seguindo o plano de tratamento foram executadas algumas moldagens parciais preliminares, a primeira visando a cópia dos dentes da paciente para o provisório, e a segunda com o objetivo de avaliar a profundidade dos preparos para ter certeza de que foi deixado espaço suficiente para a cobertura do substrato escuro. Os preparos foram realizados de acordo com a técnica preconizada, mantendo a maior quantidade de remanescente possível, e os provisórios foram executados em resina Vittra APS (FGM) para atender às exigências estéticas do caso e da paciente.
Em sessão subsequente foi realizada a cimentação da peças cerâmicas com o cimento Allcem Veneer APS (FGM), indicado para a cimentação de peças finas e com ótima estabilidade de cor e estética.

PASSO A PASSO

pinos de fibra de vidro na interação entre tratamentos estéticos
Figura 1 – Sorriso inicial.

 

pinos de fibra de vidro na interação entre tratamentos estéticos
Figura 2 – Tomada de cor inicial.
pinos de fibra de vidro sorriso inicial tomada de cor incisivo central escurecido
Figura 3 – Sorriso inicial tomada de cor incisivo central escurecido.

 

tomada de cor apos clareamento
Figura 4 – Tomada de cor após clareamento.

 

pinos sorriso após clareamento
Figura 5 – Sorriso após clareamento.

 

pinos de fibra de vidro isolamento
Figura 6 – O isolamento absoluto é imprescindível para que se evite contaminação e que se tenha um ambiente ideal para executar uma adesão de qualidade.

 

pinos de fibra de vidro isolamento absoluto
Figura 7 – Remoção da resina palatina com broca de alta rotação.

 

pinos de fibra de vidro acesso concluído
Fig. 8 – Acesso concluído com exposição da guta percha do canal radicular

 

pinos de fibra de vidro prova de pino delimitado
Figura 10 – Prova do pino.

 

pinos de fibra de vidro prova do pino
Figura 11 – Prova do pino com cursor delimitando o comprimento predeterminado.

 

pino de fibra de vidro trava
Figura 12 – Pino deve travar no comprimento preestabelecido e apresentar leve resistência ao ser retirado.

 

pinos de fibra de vidro preparo
Figura 13 – Aplicação do sistema adesivo universal Ambar Universal APS (FGM) com Cavibrush longo (FGM).

 

pino de fibra remoçao do excesso
Figura 14 – Remoção do excesso de adesivo com cones de papel absorvente e posterior fotopolimerização por 20 segundos.

 

Figuras 15a e 15b – Aplicação do cimento resinoso dual Allcem Core (FGM) com a ponteira intracanal e detalhe da ponteira.

pinos de fibra detalhe ponteira

 

pinos de fibra de vidro remoção do excesso
Figura 16 – Aplicação do silano Prosil (FGM) no pino. 

 

pinos de fibra aplicação cimento resinoso
Figura 17 – Conduto preenchido com cimento e pino.

 

pinos de fibra fotoativação
Fig. 18 – Fotoativação por 40 segundos e espera total de 8 minutos para presa química do cimento.

 

cimentação concluída
Figura 19 – Cimentação concluída já com corte do pino.

 

pinos de fibra de vidro incisivos
Figura 20 – Incisivos centrais preparados.

 

pinos de fibra de vidro medição
Figura 21 – Medição da espessura do preparo com a ajuda de um guia de silicone pré- confeccionado sobre enceramento.

 

pinos de fibra de vidro registro da oclusão
Figura 22 – Registro da oclusão.

 

silicone de adesão
Figura 23 – Moldagem dos preparos com silicone de adição.

 

Figuras 24a, 24b e 24c – Nesse caso, como a paciente tinha uma exigência muito grande em relação à estética, foram realizadas restaurações provisórias com a resina Vittra APS (FGM).

 

pinos de fibra de vidro exigência

 

pinos de fibra de vidro cerâmica pronta
Figuras 25a e 25b – Imagens das peças em cerâmica prontas.

 

pinos de fibra de vidro dentes preparados
Figura 26 – Dentes preparados sob isolamento absoluto.

 

pinos de fibra de vidro condicionamento
Figura 27 – Condicionamento ácido Condac 37 (FGM) por 30 segundos.

 

pinos de fibra de vidro aplicação
Figura 28 – Aplicação do sistema adesivo Ambar APS (FGM) seguido de fotopolimerização.

 

pinos de fibra de vidro hidrofluoridrico
Figura 29a – Aplicação de ácido hidrofluorídrico Condac Porcelana 10 (FGM).

 

pinos de fibra de vidro condac
Fig. 29b – Aplicação de ácido fosfórico Condac 37 (FGM) para remoção dos cristais formados.

 

pinos de fibra de vidro prosil
Figura 29c – Aplicação de silano Prosil (FGM) por 1 minuto.

 

pinos de fibra de vidro ambar
Fig. 29d – Aplicação de adesivo Ambar APS (FGM).

 

peças cimentadas
Figura 30 – Aplicação do cimento resinoso Allcem Veneer APS (FGM) na cor OW.

 

Figura 31 – Peças cimentadas.

 

Figura 32 – Final intrabucal.

 

sorriso lateral
Fig. 33 – Sorriso lateral final.

 

sorriso
Fig. 34 – Sorriso final.

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