Higiene bucal na gravidez

Higiene bucal na gravidez

Higiene bucal na gravidez

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulgou o resultado de um levantamento feito com 2 mil gestantes em um hospital público paulista, onde quase metade dos pacientes (988 mulheres, ou 49,4% do total) apresentavam algum problema bucal, como gengivite ou cárie.

“Durante a gestação ocorrem várias alterações no organismo feminino que, associadas a algumas mudanças nos hábitos de vida, podem levar ao aparecimento ou agravamento de problemas dentários. Nada que uma boa escovação, uma dieta adequada e um bom acompanhamento odontológico não possam prevenir”, observa o dentista Aléssio Calil Mathias, diretor da Clínica Genesis.

Muitos problemas bucais desta fase são provocados pela carência de cálcio na dieta materna. O bebê literalmente ‘rouba’ o cálcio da mãe e isso pode enfraquecer os dentes da gestante. Como o corpo da mãe não deixa faltar nada para o feto, se o estoque de cálcio for insuficiente para os dois, o organismo feminino libera a substância contida nos ossos e nos dentes. É por isso que se recomenda a ingestão de cálcio durante a gravidez e, se necessário, suplementação do mineral.

Um cuidadoso tratamento dentário pode prevenir outros problemas na gestação, como o nascimento prematuro. Além de prevenir doenças bucais, a gestante deve manter um acompanhamento odontológico durante os nove meses de gestação. “Uma infecção na boca leva o corpo a produzir maior quantidade de prostaglandinas, substâncias que causam contrações no útero e podem antecipar o nascimento do bebê”, justifica Aléssio Calil Mathias, dentista da Clínica Gênesis.

“A alteração dos hormônios na gravidez altera as fibras da gengiva facilitando o acesso de bactérias que provocam gengivite. Um dos sintomas mais comuns dessa doença é um sangramento intenso e espontâneo durante a escovação”, acrescenta Mathias.

Se a gravidez for programada, a futura mãe deve passar por uma avaliação prévia para se informar quanto aos cuidados para prevenir problemas durante a gestação.

Segundo o dentista, é preciso orientar a gestante sobre a importância da higienização caprichada, todas as vezes que se alimentar e também sobre a diminuição do consumo de alimentos doces. “Já acompanhei gestantes que enjoavam só de tocar a pasta de dente na língua e, portanto, acabavam negligenciando a higiene bucal. Para este grupo, recomendamos o uso mais freqüente do fio dental e menos da pasta e escova.

Comuns no primeiro trimestre, os vômitos deixam a boca mais ácida, o que pode prejudicar o esmalte dos dentes. “Por isso, depois da indisposição, é necessário fazer bochechos com água ou colutórios bucais para promover a higienização”, recomenda o dentista.

A restauração dentária é outro procedimento que pode ser realizado durante a gestação, pois não utiliza nenhum produto prejudicial ao bebê. Se houver necessidade de outros tratamentos que exijam radiografias é bom lembrar que a quantidade de raios X emitidos por esses exames é muito pequena e dificilmente interferirá no feto; mesmo assim, esse procedimento só é indicado em casos estritamente necessários e para gestantes com mais de três meses de gravidez.

Se para debelar uma infecção for necessário realizar uma extração, a anestesia será indispensável. As gestantes podem receber anestésicos locais sem nenhum problema, desde que não contenham substâncias vasoconstritoras.

Em relação aos tratamentos estéticos não há comprovação de que o laser ou substâncias usadas no clareamento dentário ou outras correções possam prejudicar o feto. Ainda assim, é recomendável adiar esses procedimentos para depois do parto.

Fonte:   Revista Scientific American Brasil

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