Quem estava procurando um bom motivo para apreciar uma taça de vinho tinto no jantar, nós temos um: Um novo estudo descobriu que vinho tinto, assim como o extrato de semente de uva, pode potencialmente ajudar na prevenção de cáries.
O estudo, que aparece no ACS’Journal of Agricultural and Food Chemistry, pode levar ao desenvolvimento de produtos naturais que podem afastar problemas dentários com poucos efeitos colaterais.
O time de pesquisadores, M. Victoria Moreno-Arribas e colegas, explicam que problemas dentários são extremamente comuns no mundo. Cáries, doenças periodontais e perda dos dentes atingem entre 60 e 90 porcento da população global. O problema começa quando certas bactérias na boca se reúnem formando um biofilme, que são comunidades de bactérias difíceis de matar. Elas formam placas e produzem um ácido, que começa a danificar o dente. Escovando os dentes, o fluoreto na pasta de dente e a água podem diminuir as placas de bactérias, mas os efeitos são limitados.
Alguns estudos sugerem que extrato de semente de uva e vinho podem diminuir o aumento das bactérias, o que estimulou o time de Moreno-Arribas a testar pela primeira vez, em condições reais, a relação entre o consumo do vinho e o combate as cáries.
Eles cresceram culturas de bactérias responsáveis por problemas dentais em formato de biofilme. Eles então passaram a mergulhar os biofilmes por alguns minutos em diferentes líquidos, como vinho tinto, vinho tinto sem álcool, vinho tinto com altas taxas de extrato de semente de uva, água e ácool com 12% de ethanol, para que fosse possível a comparação.
Vinho tinto, com ou sem álcool e vinho com mais extrato de semente de uva foram os mais eficientes em acabar com as bactérias causadoras da cárie.
Leia mais em (fonte): https://www.sciencedaily.com/releases/2014/05/140521133617.htm
Referência da pesquisa:
Irene Muñoz-González, Thomas Thurnheer, Begoña Bartolomé, M. Victoria Moreno-Arribas. Red Wine and Oenological Extracts Display Antimicrobial Effects in an Oral Bacteria Biofilm Model. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 2014; 62 (20): 4731 DOI:10.1021/jf501768p