O cimento resinoso é um material usado para fixar próteses dentárias, como coroas, pontes e dentaduras — procedimentos odontológicos que dependem de uma união forte, duradoura e esteticamente pouco visível. Ele também oferece uma fixação estável.
Com fácil adesão a estruturas metálicas, resinosas e de porcelana, o cimento resinoso pode ser encontrado em diversas versões, cada uma para um tipo de procedimento diferente.
Continue a leitura e entenda como usá-lo no seu consultório, qual é o tipo adequado para cada procedimento e as características!
Para que serve cimento resinoso?
Os cimentos resinosos são compostos de baixa viscosidade. Assim, eles servem para reter restaurações indiretas e promover o selamento entre a restauração e o dente, formando uma fina e uniforme película, sem bolhas. Entre as vantagens, quando comparados aos cimentos convencionais, estão maior retenção, microinfiltração e biocompatibilidade aceitável.
Devido ao potencial de aderir tanto ao dente quanto à restauração, o cimento resinoso oferece reforço para substratos fragilizados, o que permite o sucesso do seu uso em restaurações estéticas.
Vantagens
Entre as principais vantagens do material estão:
- Retenção;
- Longevidade da restauração;
- Vedamento marginal.
Desvantagens
Apesar deste tipo de cimento ser superior a outros quanto à qualidade de trabalho, como o de fosfato de zinco, ele apresenta alguns contras:
- Não há presença de umidade;
- Alto custo;
- Técnica precisa ser apurada;
- Diminuição das propriedades mecânicas do cimento.
Como aplicar?
Primeiramente, é feita a preparação do remanescente dentário e da coroa. Depois, são realizadas a seleção, a prova e o corte do pino, assim como a limpeza do ambiente. Por fim, são efetuadas as aplicações do cimento resinoso.
Cada um dos tipos possui particularidades no momento do uso, então é importante seguir os passos adequados. Seja, por exemplo, com a mistura das pastas ou uso da luz ultravioleta.
Quais são e como usar cimentos resinosos?
Os cimentos resinosos podem ser classificados de duas maneiras: quanto ao pré-tratamento do substrato ou quanto ao tipo de ativação da reação de polimerização. No primeiro caso, existem dois tipos:
- Convencional: requer preparação com ácido fosfórico a 37%.
- Adesivo: possui aplicação em um único passo, sem precisar de agente adesivo.
Na sequência, confira as características e aplicações dos cimentos quanto ao tipo de ativação!
Cimento resinoso autopolimerizável
Os cimentos resinosos quimicamente ativados, ou autopolimerizáveis, realizam o processo por meio da reação do peróxido-amina. Ela se dá pela mistura das duas partes na preparação do procedimento: a pasta base e a pasta catalisadora. Poucos minutos após a preparação, a mistura seca, por isso o profissional tem um tempo de trabalho reduzido até a aplicação.
Esse material é aplicado principalmente em cimentações metalocerâmicas, restaurações metálicas-fundidas e peças indiretas. Por serem utilizadas peças mais grossas, com espessura superior a 3 milímetros, seria impossível ativar sua reação por outros meios, como acontece na fotopolimerização.
Uma das desvantagens são as poucas opções de cor, o que pode prejudicar o resultado visual. Além disso, os cimentos resinosos autopolimerimezáveis são incompatíveis com os sistemas adesivos simplificados.
Cimento resinoso fotopolimerizável
No caso do cimento fotopolimerizável, a polimerização é feita por meio da exposição à luz. Para isso, o cirurgião-dentista deve utilizar a lâmpada de cura ultravioleta em coloração azul, pois tem o comprimento de onda necessário.
Ao contrário dos produtos quimicamente ativados, os fotopolimerizáveis têm um tempo de trabalho alto, uma vez que só secam após serem expostos à luz. Sendo assim, podem ser utilizados em cimentações mais demoradas.
Em contrapartida, como a polimerização depende da passagem de luz, as estruturas devem ter a espessura máxima de 1 milímetro. Se tiver mais, o cimento resinoso não receberá a luz adequada e, consequentemente, não secará.
Seu uso é recomendado na cimentação de facetas de porcelana e em restaurações indiretas, mas ambas devem ser finas. Nesses casos, os cimentos fotopolimerizáveis oferecem boa adesão e estabilidade de cor ao longo do tempo.
Cimento resinoso dual
Os cimentos resinosos duais aliam as propriedades de ambos os anteriores. O processo de polimerização se dá tanto quimicamente quanto por meio da exposição à luz ultravioleta. É necessário uma dupla ativação para que a cimentação ocorra completamente, com ambos os métodos.
Por essa razão, o tempo de trabalho é razoável, ficando entre o fotopolimerizável e o quimicamente ativado. A espessura das peças protéticas deve ser até de 3 milímetros para que a luz consiga chegar até as partes que não se polimerizaram. Outros usos comuns são para cimentação de pinos de fibra de vidro e restaurações opacas.
Características dos cimentos resinosos
Os cimentos resinosos possuem diversas características físicas, de encolhimento, fluidez e compatibilidade. Confira detalhes de cada tópico!
Propriedades físicas
As características físicas dos cimentos resinosos podem ser influenciadas pela temperatura, contaminação externa, pelo tipo de preenchimento usado no produto, assim como a mistura, que pode ser tanto manual quanto automática.
O primeiro tipo de mistura pode ficar com bolhas e não ter resultado tão uniforme. Já na automatizada, as pastas podem não ser completamente aglutinadas por conta do bico misturador.
Encolhimento
Durante a polimerização, é possível que os cimentos encolham, levando à microfiltração. A porcentagem depende do preenchimento, com contrações de 6% (fluidas) a 13% (adesivas).
Fluidez
Os cimentos resinosos possuem propriedades tixotrópicas, ou seja, a viscosidade altera com a temperatura. Desta maneira, ele apresenta boa fluidez e lubrificação, reduzindo o atrito entre a coroa e o remanescente dentário.
Compatibilidade
Em geral, o material não causa dano na boca do paciente. Porém, a presença de baixo pH, a umidade dentinária e a existência de facetas, adesivos ou pinos podem afetar a integridade do dente, independentemente da polimerização do cimento.
Portanto, a recomendação é que, ao utilizar qualquer tipo, saiba quais procedimentos anteriores o paciente já passou e se há algo que cause alguma incompatibilidade. Caso haja, o produto pode gerar alteração na coloração ou até no processo de polimerização do cimento.
Como profissional de odontologia, é essencial saber qual o produto mais adequado para cada tipo de procedimento. Os cimentos resinosos possuem várias versões, e entender sobre sua polimerização e composição química é útil na hora de fazer essa escolha.
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Muito bom
Olá, Paulo, muito obrigado pelo comentário!
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