O que é síndrome do túnel do carpo e como evitar?

Você sabe o que é síndrome do túnel do carpo? Profissionais de odontologia devem estar atentos a esse termo, pois ele indica uma compressão do nervo mediano em decorrência de movimentos manuais repetitivos. É possível evitar e, por isso, neste conteúdo vamos trazer dicas de bem-estar e outras informações sobre a condição. Boa leitura!

O que é síndrome do túnel do carpo?

A síndrome do túnel do carpo está relacionada à compressão do nervo mediano. A região, que dá nome à neuropatia, é um local onde há passagem de nervos e tendões, e que saem desde o antebraço e chegam até a palma da mão. 

Quando o nervo mediano é comprimido dentro do túnel, seja por aumento dos tecidos ou do tamanho da região, ocorre a síndrome. 

Segundo o Hospital Albert Einstein, a neuropatia está presente entre 3% e 10% da população, sendo a maioria mulheres dos 40 aos 60 anos. Porém, isso não é regra: jovens adultos também são diagnosticados com a síndrome, geralmente pelo uso excessivo do computador. 

Síndrome do túnel do carpo: causas

Você já sabe que uma das causas são os movimentos manuais repetitivos — e é por isso que dentistas são acometidos pelo quadro. Já as pessoas que não exercem essa atividade provavelmente desenvolvem a síndrome por questões relacionadas a alterações hormonais, diabetes mellitus, artrite reumatoide, alterações na tireoide ou por causas desconhecidas. 

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O uso excessivo de aparelhos, como smartphones, computadores e tablets, influencia no surgimento da doença, uma vez que a posição de punho dobrado a longo prazo é um fator de causa.

Sintomas de síndrome do túnel do carpo

Ficar atento aos sintomas é fundamental para compreender os alertas da síndrome e buscar ajuda com antecedência. São eles:

• Dor e dormência nas mãos durante à noite — geralmente quando há uso intensivo dos membros ao longo do dia. 
• Formigamento noturno.
• Dores que irradiam dos dedos ao ombro, assim como sensação de peso e cansaço no antebraço. 
• Falta de sensibilidade nas pontas dos dedos, com exceção do dedinho. 
• Em casos graves, pode ocorrer atrofia da musculatura da base do polegar.

Em caso de sintomas, busque um ortopedista ou neurocirurgião.

Tratamentos para síndrome do túnel do carpo

Os tratamentos vão depender do estágio da síndrome. Se for algo de leve a moderado, as orientações serão diferentes dos casos mais graves. De acordo com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, as opções são:

• Uso da tala de punho para casos leves e moderados.
• Medicamento oral, geralmente corticoide. 
• Fisioterapia.
• Injeção local com corticoide. 
• Tratamentos paralelos, como acupuntura, ioga e fonoforese. 

Nos casos mais graves, a cirurgia pode ser uma opção. Na maioria das vezes, é indicada quando há déficit de força objetivo na mão e/ou atrofia tenar, déficit sensitivo por três meses (sem melhoras) e quando o tratamento clínico não têm mais respostas.

Lembre-se: não faça automedicação!

A síndrome do túnel do carpo é frequentemente confundida com outras patologias, e o uso de medicamentos de forma indiscriminada pode mascarar seus sintomas. A automedicação dificulta o diagnóstico, pois oculta os sinais, sendo a principal causa de prejuízos irreparáveis à saúde do paciente. Portanto, sempre busque orientação profissional antes de iniciar tratamentos medicamentosos.

É importante frisar que o diagnóstico da síndrome do túnel do carpo necessita de avaliação médica especializada. Esse reconhecimento é feito por meio de testes clínicos ou laboratoriais.

Como evitar a síndrome do túnel do carpo?

Agora que você já sabe melhor o que é síndrome do túnel do carpo, vale a pena conferir algumas estratégias para aplicar no seu dia a dia de trabalho, seja você dentista, auxiliar, técnico ou outro profissional da área. 

É importante ressaltar que não existem medidas concretas para prevenir a síndrome, mas boas práticas sempre são bem-vindas. 

Evite o acúmulo de procedimentos

Planeje sua agenda diária. Intercale procedimentos longos e curtos e alterne os atendimentos que utilizam técnicas parecidas. Além disso, sempre que possível, insira em sua agenda períodos de pausa para descanso e evite o acúmulo de trabalho em que você seja obrigado a fazer uso de força. 

O ideal é encontrar equilíbrio entre os atendimentos, evitando assim que o mesmo movimento seja repetido por longos períodos.

Use corretamente os equipamentos e faça a manutenção em dia

Os equipamentos do consultório têm de estar sempre em pleno funcionamento. Motores, brocas e cadeiras devem passar por manutenções regulares.

Atenção redobrada aos instrumentos rotatórios utilizados no consultório! Eles podem ser importantes fatores no desenvolvimento da síndrome do túnel do carpo. Além disso, as fortes oscilações mecânicas e as vibrações constantes de aparelhos com imprecisões diminuem a capacidade de desempenho do profissional. E, em muitas situações, aumentam o risco de falhas e acidentes.

Sente-se corretamente em seu mocho

Busque um mocho que traga conforto para o período de atendimento. E procure ter pontos de apoio para braços, quando possível. A estrutura do mocho é muito importante, pois você vai passar boa parte do dia nele. Porém, é necessário ter atenção especial à postura. De nada adianta um ótimo equipamento se ele não for utilizado de forma correta.

Pratique ginástica laboral

A ginástica laboral consiste em uma série de exercícios realizados no ambiente de trabalho que visam diminuir a incidência da Lesão do Esforço Repetitivo (LER), principal causa da síndrome do túnel do carpo.

O ideal é fazer os movimentos da ginástica visando a saúde de todo o corpo, inserindo exercícios de alongamento e relaxamento dos punhos e braços. Sessões de 10 a 15 minutos diários já surtem efeitos. Procure um fisioterapeuta para as indicações corretas para essa prática.

Agora, você já tem em mãos informações importantes para cuidar bem da sua saúde e poder trabalhar com mais tranquilidade. Não deixe de consultar o médico em caso de sintomas! 

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