Em nosso país, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que cerca de 15.190 novos casos de câncer bucal ocorram por ano no Brasil, pois esse é um dos tumores mais recorrentes na região do pescoço e boca. Diante dessa realidade, é papel do dentista reduzir a incidência de casos por meio de diagnósticos precoces e da prevenção.
Orientar os pacientes sobre os principais fatores de risco relacionados a lesões na cavidade oral durante as consultas de rotina é responsabilidade do dentista estomatologista. Além disso, deve incentivar a promoção de hábitos que contribuam para a manutenção da higiene bucal e, consequentemente, da saúde em geral.
É muito importante ressaltar que a saúde da boca é importantíssima para o bem-estar e prevenção do câncer bucal. Uma boca saudável facilita o diagnóstico de possíveis doenças, além de facilitar a mastigação e a digestão. Então, neste post da Surya Dental, iremos esclarecer qual é o papel do dentista na prevenção e diagnóstico do câncer de boca. Entenda a seguir:
Qual é o papel do dentista no tratamento do câncer bucal?
Apesar do fácil acesso à cavidade oral e da simplicidade do exame clínico, o diagnóstico do câncer bucal ainda é feito, em muitos casos, em estágios já avançados. Isso pode acontecer porque a fase inicial dos sintomas é indolor ou inexistente, além da falta de exames detalhados durante as consultas odontológicas.
Nesse sentido, é indispensável que o dentista esteja devidamente preparado para a identificação de lesões suspeitas nos estágios iniciais de alterações. Realizar avaliações rotineiras com o menor sinal de anormalidade pode ser o diferencial para realizar um diagnóstico precoce.
Na maioria dos casos, o paciente que nota as alterações recorre ao diagnóstico profissional com um médico, e isso pode retardar a identificação do câncer. O dentista estomatologista, por outro lado, tem a capacidade de identificar anormalidades desse tipo com precisão e, em alguns casos, com maior agilidade. Assim, os exames complementares também poderão ser realizados mais rapidamente.
O diagnóstico precoce, realizado em estágios iniciais, como leucoplasias, eritroplasias e carcinomas “in situ”, aumenta consideravelmente as chances de alcançar a cura. Por isso, o exame físico feito com minuciosidade é um grande aliado da análise histopatológica, detalhe essencial para evitar que o câncer bucal avance e comprometa ainda mais a saúde do paciente.
Quais são os principais cuidados para a prevenção do câncer bucal?
A orientação preventiva é a principal responsabilidade de um dentista, porém também é fundamental questionar e orientar os pacientes acerca do consumo de tabaco (90%) e álcool (89,2%), uma vez que eles estão entre os principais fatores de risco para o câncer bucal. Em todos os casos, cabe ao profissional aconselhar e encorajar a interrupção desses maus hábitos.
Evitar a exposição solar (83,3%), conhecer o histórico familiar (93,3%), manter os cuidados bucais adequados e fazer consultas periódicas andam de mãos dadas com a prevenção precoce. Além disso, o dentista também deve avaliar a adaptação de próteses e o estado de conservação dos dentes do paciente, já que esses dois fatores também podem contribuir para o desenvolvimento do câncer na boca. Confira as principais medidas para prevenção do câncer bucal:
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e tabaco;
- Reduzir a exposição solar sem o uso de protetor solar;
- Manter uma boa higiene bucal diariamente;
- Fazer consultas odontológicas regularmente;
- Garantir que próteses estejam adaptadas e em bom estado de conservação;
- Ficar atento a qualquer alteração ou lesão na cavidade oral.
Como é feita a prevenção do câncer de boca?
A prevenção do câncer de boca deve ter início com uma avaliação criteriosa do dentista durante as consultas de rotina. O exame físico deve incluir a inspeção das mucosas, gengivas, língua e região orofaríngea, a fim de identificar qualquer lesão que possa indicar suspeita ou risco de câncer bucal.
Nesse escopo, além do exame clínico, o dentista também tem que realizar uma abordagem educativa e aconselhadora e orientar os pacientes sobre os hábitos corretos de higiene bucal e a importância de ir ao dentista estomatologista ao identificar quaisquer sintomas. Depois da consulta, caso realmente haja alterações suspeitas, o profissional deve encaminhar o paciente para exames complementares e avaliações mais minuciosas.
Como é feito o diagnóstico do câncer bucal?
O diagnóstico do câncer bucal é feito com a anamnese odontológica seguida de um exame completo da cavidade bucal, além de observar alterações como lesões que não se curam e manchas ou feridas que não cicatrizam. Quando algo suspeito é identificado, é importante realizar uma biópsia para confirmar, de fato, o diagnóstico.
Além disso, o diagnóstico tardio do câncer bucal pode gerar um prognóstico negativo, visto que, em estágio avançado, pode levar ao óbito, provocar mutilações na face e tornar o tratamento mais longo, tornando o tratamento mais custoso. Portanto, o cirurgião-dentista tem grande relevância na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de boca.
Como você pôde ver, o dentista é fundamental na prevenção e no diagnóstico do câncer bucal, sendo o protagonista na identificação de lesões suspeitas: consultas regulares e orientações preventivas são essenciais para garantir a saúde e o bem-estar dos pacientes!
Agora que você já sabe qual é o papel do dentista na prevenção e no diagnóstico do câncer de boca, não deixe de navegar pelo nosso blog e descobrir outros conteúdos imperdíveis, como o nosso guia do protocolo odontológico para pacientes oncológicos. Não deixe de conferir e até lá!