Diabetes e odontologia é um assunto fundamental para todo cirurgião-dentista, uma vez que pacientes com a doença precisam de cuidados especiais no consultório. Isso porque diabéticos com a síndrome mal controlada correm o risco de ter mais complicações dentárias.
Para um bom atendimento, o profissional deve fazer um questionário para obter informações sobre o controle da doença, uso de medicamentos, alimentação e, o mais importante: saber a taxa de glicemia e só começar um procedimento se o nível de glicose estiver dentro do recomendado.
Os cuidados com pacientes diabéticos na odontologia envolvem, ainda, a escolha do anestésico, a requisição de exames e orientações sobre as melhores técnicas de higiene bucal.
Os problemas dentários mais comuns em diabéticos vão desde dificuldade na cicatrização, maior sangramento durante cirurgias, mau hálito, infecções por fungos e bactérias e surgimento de doenças periodontais, que podem causar a perda do dente.
Continue a leitura para entender mais sobre como diabetes e odontologia estão interligadas, quais cuidados devem ser observados no atendimento, qual a influência na saúde bucal do paciente e o que o dentista pode fazer para ajudá-lo. Boa leitura!
O que é diabetes?
Diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica que acomete 463 milhões de adultos (de 20 a 79 anos) no mundo, segundo a 10ª edição do Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF)., e se caracteriza pela baixa produção de insulina (tipo 1) ou quando o organismo não consegue utilizar a insulina produzida (tipo 2). Essa alteração leva, a longo prazo, ao comprometimento da estrutura vascular dos órgãos.
Além disso, muitos brasileiros têm diabetes, mas não sabem, já que o diagnóstico costuma vir após os 40 anos.
Quando mal controlada, a diabetes pode trazer complicações como:
- Doença renal.
- Má circulação nos pés e membros inferiores.
- Problemas de visão (glaucoma, catarata, retinopatia).
- Transtornos bucais.
- Infecções por fungos ou bactérias na pele.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o principal fator de risco para o tipo 1 é a genética. Já para o tipo 2, a lista é maior e inclui:
- Pressão alta.
- Pré-diabetes (glicose de jejum alterada).
- Colesterol alto.
- Síndrome metabólica.
- Pai ou irmão com diabetes.
- Doença renal crônica.
- Síndrome de ovários policísticos.
- Distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão e transtorno bipolar.
- Apneia do sono.
Etiologia
A diabetes é uma síndrome de etiologia múltipla e pode ser causada pela deficiência de secreção de insulina ou pela resistência periférica à ação de insulina. Há casos em que o paciente apresenta apenas uma dessas linhas, mas também pode ter as duas.
A insulina tem o papel de diminuir a concentração de glicose no sangue para, assim, contribuir para o aumento do transporte da glicose. Isso ocorre porque a presença do diabetes gera dificuldades na formação de glicogênio e inibe a gliconeogênese.
De acordo com o artigo “Diabetes Melito: diagnóstico, classificação e avaliação de controle glicêmico“, o distúrbio acomete 7,6% da população na faixa etária dos 30 aos 69 anos e 0,3% das gestantes. Metade dos portadores não têm conhecimento do diagnóstico.
Classificação do diabetes
Além de ser classificado nos tipos 1 e 2, existem outros diagnósticos, como o diabetes mellitus gestacional.
Entender a diferença entre eles é essencial para planejar o atendimento e, por isso, explicaremos detalhadamente cada um.
Diabetes tipo 1
O tipo 1 representa de 5% a 10% dos casos e é uma consequência da destruição de células betapancreáticas e deficiência de insulina.
A velocidade com que acontece a destruição das células muda de acordo com a idade. Enquanto em crianças e adolescentes o processo é mais rápido, em adultos, é mais lento.
Em geral, o tipo 1 é autoimune, embora existam situações em que isso não é registrado e, portanto, é diagnosticado como idiopático de DM1.
Uma das características do diabetes tipo 1 é o rápido surgimento dos sintomas. E, ao contrário do tipo 2, os pacientes não apresentam obesidade pela doença.
Diabetes tipo 2
O tipo 2 é o mais comum e representa de 90% a 95% dos casos. Esse é um quadro marcado por defeitos na ação e na secreção de insulina, em que um dos dois é predominante.
Ainda segundo o artigo, o tipo 2 é mais comum em pacientes após os 40 anos e com pico de incidência aos 60. Entretanto, a idade por si só não é definitiva para a classificação, apenas se estiver associada à obesidade e à ausência de cetoacidose — complicação do diabetes causada por hiperglicemia, hipercetonemia e acidose metabólica.
Nesses casos, o paciente não necessita fazer uso da insulina para sobreviver, entretanto, ela pode ser utilizada para controle metabólico.
Diabetes gestacional
O diabetes gestacional está ligado à intolerância à glicose no início ou durante a gravidez. A taxa de ocorrência é de 1% a 14% de todas as gestações, a depender da população estudada e dos critérios de pesquisa. O distúrbio também está conectado com o aumento de morbidade e mortalidade perinatais.
O artigo “Consenso sobre diabetes gestacional e diabetes pré-gestacional” explica que existem fatores de risco, como:
- Idade acima dos 25 anos.
- Obesidade ou ganho excessivo de peso durante a gravidez.
- Deposição central excessiva de gordura corporal.
- Histórico familiar em parentes de 1º grau.
- Baixa estrutura.
- Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez.
- Histórico obstétrico de morte fetal ou neonatal, macrossomia ou diabetes gestacional.
Sintomas da diabetes
Além de conhecer bem quais os tipos de diabetes, é importante entender os sintomas, a fim de proporcionar um atendimento mais seguro e identificar formas de atuar caso o paciente comece a apresentar algum deles.
Dessa forma, os sintomas são:
- Poliúria (micção excessiva — produção de urina acima dos 2,5 litros por dia).
- Polidipsia (sede excessiva).
- Perda de peso.
- Fome em demasia.
- Alteração visual.
- Fraqueza.
Diabetes e odontologia: cuidados com pacientes no consultório
Os cuidados com pacientes diabéticos na odontologia devem acontecer desde o momento da anamnese, em que é necessário estar extremamente atento e retirar o máximo de informações da pessoa, como durante o atendimento.
Por isso, aconselha-se que, para qualquer paciente, sejam adotadas algumas práticas, já que existe a possibilidade de se deparar com pessoas que ainda não estão diagnosticadas e descobrir o distúrbio dentro do consultório odontológico. Vamos explorar os principais cuidados na sequência!
Atendimento ao paciente
No caso de pacientes diabéticos, o atendimento deve ser planejado de acordo com as necessidades deles. Portanto, é preciso estudar mais sobre o assunto e entender quais detalhes devem ter atenção redobrada.
Antes de marcar a consulta
O planejamento do atendimento deve começar quando o paciente faz o primeiro contato para agendar a consulta. Aliás, por isso é tão importante a pré-triagem por telefone. As informações obtidas nesse momento podem fazer toda a diferença.
Se o paciente informar que é diabético, o ideal é que a consulta seja agendada em horários estratégicos.Segundo o artigo “Conduta odontológica em pacientes diabéticos: considerações clínicas”, o melhor horário é da parte da manhã, quando a insulina atinge o nível máximo de secreção.
As consultas longas também devem ser evitadas para que o paciente não fique estressado ou ansioso. Se for necessário um atendimento extenso, deixe preparado alguns alimentos leves para oferecer à pessoa, caso aconteça algum quadro de hipoglicemia.
Durante a anamnese
Antes da consulta, o dentista tem de fazer uma espécie de questionário com o paciente. O dentista Nelson Alfarano afirma que é preciso, primeiramente, extrair o máximo de informações sobre o paciente para saber se ele é ou não diabético. “Muitos não sabem que têm a doença e, às vezes, é o dentista que descobre.”
Entre as informações solicitadas, é fundamental questionar:
- Quais medicamentos o paciente faz uso.
- Se faz algum tratamento.
- Qual o tipo de diabetes.
- Entender se há fatores de risco.
- Se faz uso da insulina, qual o tipo e em que horário utiliza.
“É recomendado fazer a medição da glicemia antes dos procedimentos que envolvam cirurgias ou consultas longas”, orienta Alfarano.
Para pacientes que ainda não têm conhecimento do diagnóstico, é necessário estar atento a alguns pontos, como perda de peso e polifagia, hipertensão, obesidade, presença de biofilme, sangramento gengival, recessão gengival, profundidade de sondagens, hálito cetônico, entre outros.
Segundo o artigo “O cuidado do paciente odontológico portador de diabetes mellitus tipo 1 e 2 na Atenção Primária à Saúde”, algumas perguntas para pacientes que ainda não têm o conhecimento da doença são:
- Sente muita sede ou fome?
- Urina muitas vezes ao dia?
- Percebeu perda de peso recentemente?
- Sente fraqueza ou cansaço não associado à atividade física?
- Sente coceira no corpo?
- Sente dor no corpo?
- Sente dor na boca?
- Possui infecções frequentes?
- Demora muito tempo para que ocorra cicatrização quando se machuca?
- Tem história familiar de diabetes?
Já para aqueles que têm o diagnóstico, você pode perguntar:
- Há quanto tempo tem diabetes?
- Qual o tipo de diabetes?
- Usa alguma medicação? Qual?
- Já foi hospitalizado?
- Já teve crise de hiper ou hipoglicemia?
- Há quanto tempo consultou com o médico e realizou exames? Quais os resultados?
- Consome bebida alcóolica? Quanto?
- Tem o hábito de fumar? Quanto?
A dentista Érika Vassolér, consultora de higiene bucal da Condor, empresa fabricante de escovas dentais, considera essencial que o dentista tenha conhecimento sobre o assunto caso aconteça uma emergência. “Se o paciente tiver uma crise de hiperglicemia ou hipoglicemia no consultório, o profissional dará assistência para a pessoa.”
De acordo com Alfarano, o atendimento odontológico do paciente com diabetes pode ser igual ao de um indivíduo sem a doença, desde que a taxa de glicose esteja controlada e tenha autorização do médico.
Caso esteja planejando uma cirurgia, o ideal é pedir alguns exames antes, entre os quais:
- Hemograma.
- Glicemia em jejum ou capilar (que pode ser feita no consultório odontológico).
- Hemoglobina glicada.
Para entender melhor, assista ao vídeo da dra. Pamela Peres sobre quais exames pedir antes de uma cirurgia odontológica em paciente diabético.
Para tornar a anamnese ainda mais completa, é indicada a realização de exames intraorais e extraorais.
Manifestações bucais comuns do diabetes
Diabéticos que não sabem que têm a doença ou não a controlam adequadamente correm o risco de ter vários problemas bucais, que diminuem a qualidade de vida.
O distúrbio pode causar manifestações bucais bem comuns e, por isso, é necessário que o cirurgião-dentista tenha um bom conhecimento sobre elas, pois isso poderá ajudar a planejar melhor os atendimentos odontológicos. Portanto, é comum encontrar:
- Periodontite.
- Xerostomia (boca seca).
- Infecção bacteriana, viral e fúngica.
- Retardo na cicatrização das feridas.
- Cárie.
- Sintomas da síndrome da ardência bucal.
- Candidíase bucal.
- Ulcerações na mucosa bucal.
- Hálito cetônico.
- Disgeusia.
Riscos e complicações de pacientes diabéticos
Pacientes diabéticos que procuram atendimento odontológico estão sujeitos a uma série de riscos e complicações específicas devido à sua condição. Entre os desafios percebidos encontra-se uma maior suscetibilidade a infecções, como as periodontais, que podem ser mais frequentes e graves devido à resposta imunológica alterada desses pacientes. Esses problemas podem, por sua vez, afetar o controle glicêmico, criando um ciclo prejudicial à saúde geral do paciente.
Hélio Cano, cirurgião-dentista e especialista em prótese e reabilitação oral, explica que a diabetes mal controlada pode provocar a diminuição do fluxo salivar. Trata-se de uma alteração importante para a saúde bucal, uma vez que a saliva mantém a temperatura ideal da boca.
“A redução da saliva provoca a elevação da temperatura da boca e cria um ambiente favorável à proliferação de bactérias, aumentando o risco de mau hálito, infecções e cáries”, comenta.
Além de controlar a temperatura na cavidade bucal, a saliva é responsável por começar o processo de digestão, já que contém enzimas digestivas. “Assim, sua diminuição acarreta sobrecarga para o sistema digestivo”.
Diabetes e doença periodontal
Outro agravante da redução do fluxo salivar é a gengivite que, quando não tratada, pode causar sangramento da gengiva, provocar partos prematuros, nascimento de bebês com baixo peso e endocardite bacteriana, que é a infecção das válvulas cardíacas.
“Estudos científicos mostram uma relação entre diabetes e doenças da gengiva, como gengivite e periodontite”, afirma Cano, que é diretor clínico e idealizador da Presence Odontologia.
A doença periodontal é uma infecção que prejudica a estrutura do dente e, se não tratada, pode resultar na perda dentária.
Análise da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CRO-SP) aponta que as complicações da doença periodontal são mais severas nos pacientes diabéticos do que em indivíduos com os níveis de glicose sob controle. O mesmo acontece com a resposta ao tratamento odontológico: é pior nos diabéticos na comparação com os que não têm a doença.
Cicatrização
Além das doenças da gengiva, o paciente diabético pode apresentar complicações durante uma cirurgia e problemas ósseos na integração do implante. “Ele pode ter maior sangramento e dificultar a colocação do implante, sem contar que a cicatrização pode ser mais lenta”, afirma Érika.
Isso torna os processos pós-operatórios mais complexos e aumenta o risco de complicações após procedimentos cirúrgicos.
Protocolo de atendimento odontológico para pacientes diabéticos
O tratamento odontológico em pacientes diabéticos só será realizado se eles estiverem com o nível de glicose no sangue controlado. Caso a glicemia esteja abaixo de 70 mg/dL ou acima de 300 mg/dL, a pessoa deve ser encaminhada ao médico e nem começar o tratamento no consultório do dentista.
O artigo “O cuidado do paciente odontológico portador de diabetes mellitus tipo 1 e 2 na Atenção Primária à Saúde” propõe que os pacientes sejam divididos em três grupos: baixo risco, risco moderado e alto risco.
Pacientes de baixo risco possuem bom controle metabólico e regime médico estável. Os níveis de glicose sanguínea em jejum devem estar abaixo de 200 mg/dL.
Os de risco moderado apresentam sintomas ocasionalmente e não possuem histórico recente de hipoglicemia. Os níveis de glicose sanguínea em jejum devem estar abaixo de 250 mg/dL.
Pacientes de alto risco caracterizam-se por possuírem muitas complicações, como hipoglicemia ou cetoacidose frequente, com ajuste na dose de insulina. Em jejum, a taxa glicêmica pode passar dos 250 mg/gL. O artigo afirma que os procedimentos devem ser adiados até que a doença seja estabilizada. A exceção é quando há uma infecção dentária ativa, em que deve ser executado o tratamento mais simples para que possa ser mantido o controle.
O profissional deve pedir uma bateria de exames antes de qualquer procedimento: hemograma completo e radiografia panorâmica para avaliar se há comprometimento periodontal.
A avaliação periodontal deve ser rigorosa e atenta, enquanto as profilaxias devem acontecer de forma mais constante, associadas a uma boa higiene bucal.
Cano afirma que o tratamento para pacientes diabéticos tem de ser personalizado, já que eles são mais propensos a ter hemorragias e dificuldades de cicatrização.
A tecnologia pode ser usada a favor do tratamento e um exemplo disso é a câmera intraoral com zoom de 60x. “Com ela, é possível fazer diagnósticos dos problemas bucais em estágio inicial, impedindo a evolução de cáries e problemas mais graves”, explica o cirurgião-dentista. “A prevenção é sempre o melhor caminho para evitar o agravamento da diabetes e suas complicações.”
Escolha do anestésico adequado
Qual anestésico odontológico para diabéticos utilizar? Alfarano diz que é indicado usar a prilocaína 3% como anestésico dental, além da lidocaína com epinefrina. “Desde que o paciente esteja com a diabetes controlada”, alerta. “Tudo deve ser avaliado caso a caso e, se houver dúvida, o dentista deve solicitar exames laboratoriais.”
Se for feito algum procedimento que envolva sangramento, como uma cirurgia, Érika conta que pode ser administrado um antibiótico ou uma terapia profilática ou terapêutica.
É importante diagnosticar e ter controle sobre a doença periodontal, já que ela favorece o aumento da glicemia no paciente diabético. Estudos científicos comprovam que tratar a doença estabiliza a taxa de glicemia.
Cuidados pós-tratamentos odontológicos
O cuidado com pacientes diabéticos também deve tomado após procedimentos odontológicos para assegurar uma recuperação segura e eficaz, minimizando o risco de complicações. Confira orientações importantes na sequência!
Monitoramento do nível de glicose
Variáveis na taxa de açúcar no sangue podem afetar a cicatrização. Por isso, é fundamental que os diabéticos mantenham seus níveis de glicose conforme indicado pelo médico.
Medicação
É essencial explicar ao paciente que eles devem seguir rigorosamente as prescrições de antibióticos ou analgésicos, se aplicáveis, para prevenir infecções e gerenciar a dor. Converse com o médico do paciente para evitar interações negativas.
Higiene Bucal
Indique ao paciente diabético que mantenha uma higiene bucal meticulosa, mas que seja gentil nas áreas tratadas para evitar irritações.
Alimentação
Sugira ao paciente optar por uma dieta leve nos dias seguintes ao procedimento para não forçar a área afetada. Além disso, é importante que seja feito o monitoramento da ingestão de carboidratos para manter o controle glicêmico e não atrapalhar a cicatrização. Inclusive, recomenda-se manter-se bem hidratado para auxiliar no processo.
Verificação de infecções
Peça que o paciente esteja atento a sinais como inchaço, vermelhidão, dor persistente ou aumento de temperatura. Diabéticos estão mais suscetíveis a infecções e podem necessitar de uma intervenção precoce.
Educação e prevenção de saúde bucal
Pacientes com diabetes devem visitar regularmente o dentista – no máximo, a cada seis meses – e manter uma boa higiene bucal.
“A higienização correta é a melhor aliada dos diabéticos na prevenção de doenças bucais, que podem aparecer pelos altos níveis de glicose no sangue”, diz Alfarano. “Essa atenção é importante porque essas manifestações nos diabéticos são mais agressivas, e os cuidados devem ser redobrados.”
O dentista deve orientar o paciente sobre:
- Como fazer a higiene bucal da forma correta.
- Técnicas de escovação.
- Uso do fio dental, de raspadores de língua e de enxaguantes bucais.
“Os diabéticos precisam escovar os dentes pelo menos quatro vezes ao dia, e a escova deve ser com cerdas macias e cabeça redonda”, recomenda Érika.
Diabetes mellitus e odontologia: mitos e verdades
Quando se trata da relação entre odontologia e diabetes, existem muitos mitos e verdades. É importante entender cada caso para garantir que os procedimentos sejam feitos da melhor maneira.
Pacientes diabéticos sempre têm problemas dentários
Mito. Não é correto dizer que todos os diabéticos terão problemas dentários. É fato que a doença pode colocar o indivíduo em um risco maior de certas condições bucais, a exemplo de problemas periodontais, caso o nível de glicose não esteja bem controlado. No entanto, com bom manejo da doença e práticas adequadas de higiene, é possível manter uma saúde bucal satisfatória.
Procedimentos odontológicos são inseguros para diabéticos
Mito. Procedimentos odontológicos podem ser realizados com segurança em pacientes diabéticos, desde que sejam tomadas precauções adequadas. O dentista deve estar informado sobre o quadro clínico, incluindo o nível de controle da doença. Em certos casos, pode ser necessário ajustar o horário do procedimento ou tomar medidas especiais para prevenir hipoglicemia e outras complicações.
Diabetes aumenta o risco de doença periodontal
Verdade. A diabetes pode comprometer a capacidade do organismo de combater infecções, incluindo aquelas que começam na gengiva, acarretando a doença periodontal. Para evitar, é necessário realizar a higiene bucal adequadamente e controlar o nível glicêmico.
Diabetes sempre causa mau hálito
Mito. Embora o mau hálito possa ser um sinal de que a doença não está bem controlada, nem todos os pacientes sofrem dessa condição. A halitose pode ter várias causas, incluindo higiene bucal inadequada, infecções orais, consumo de certos alimentos e problemas médicos.
Paciente diabético pode extrair dente
Verdade. Sim, é possível realizar extração dentária em pacientes diabéticos, mas é necessário tomar cuidados do pré ao pós-operatório para garantir a recuperação. Antes, o paciente deve estar bem alimentado, ter tomado suas medicações diárias e estar com o nível de glicemia ideal para evitar emergências.
Após a extração, recomenda-se o uso de compressas geladas e a ingestão de alimentos frios para auxiliar na cicatrização. Uma boa higiene oral também é essencial para uma melhora rápida.
Diabéticos devem ter cuidado extra com a higiene bucal
Verdade. Diabéticos devem manter uma rotina rigorosa de higiene oral para evitar o risco de desenvolver problemas bucais.
Não é necessário que o paciente informe ao dentista sobre diabetes
Mito. É crucial que o paciente que tenha o diagnóstico de diabetes avise o cirurgião-dentista e explique como está sendo controlada. Assim, o profissional pode personalizar o tratamento e tomar precauções especiais.
Diabéticos pode realizar cirurgia de implantes dentários
Verdade. Sim, é possível fazer cirurgia de implante para diabéticos. Porém, o procedimento requer atenção especial por conta da complexidade da doença e os desafios que podem apresentar na osseointegração.
É fundamental que haja bom controle glicêmico, que seja feita uma avaliação conjunta entre cirurgião-dentista e endocrinologista sobre a saúde geral do paciente antes de proceder o tratamento, além do cuidado no pós-operatório para evitar infecções.
Tratamento e controle do diabetes
O controle do nível de glicose no sangue evita complicações. Em jejum, a glicemia deve ser inferior a 100 mg/dL. Duas horas após uma refeição, não pode ultrapassar 140 mg/dL.
Alimentação equilibrada, peso saudável e exercícios físicos regulares ajudam a baixar a taxa de glicemia. Existem medicamentos para o controle da diabetes; o médico indicará o que melhor se encaixa no perfil do paciente.
Além de pacientes diabéticos, existem outros grupos que necessitam de atendimento personalizado. Quer ler mais conteúdos que vão te ajudar no consultório odontológico? Então, clique na imagem abaixo e acesse o blog da Surya Dental!
um mês que sofro com dente enflada e a gengiva enflada sou diabetes como faço pra a distrair dente minha diabetes não baixa
Oi, Francisca! Procure um dentista com urgência e comunique a ele seus níveis de glicose. Um abraço!
Insulina estando 155 atrapalha em cicatrização de canal? E tbm de restauração?
Olá, Mariana! Informe sobre a medição da sua insulina para o dentista antes de começar qualquer procedimento. Ele poderá analisar seu caso individualmente. Um abraço!
Boa tarde
Há anos estou com os meus dentes, em estado deplorável.
Sempre tive muito medo de dentista,e com diabetes e hipertensão, esses medos tomaram uma proporção gigantesca.
Depressão, insonia,desanino.
E por ser profissionais especializados, o valor tbm deve ser especial.
Obrigada.
Oi Maria, tudo bom?
Recomendamos que você busque indicações com amigos ou parentes para encontrar um dentista de confiança. Além disso, converse com o profissional antes do tratamento, explicando sua situação. Assim, você poderá voltar a ter o sorriso que deseja.
Esperamos ter ajudado!
Tenho colesterol alto 225 , o colesterol atrapalha na cicatrização do lugar do dente extraído?
Bom dia, Mosiés,
segundo pesquisas da USP, esse fator pode dificultar a cicatrização.
Sou diabético gostaria de fazer uma avaliação e um orçamento odontológico meu ZAP 11940750963
Olá, Francisco! Tudo bem?
A Surya não atua como consultório odontológico, e sim na venda de produtos odontológicos.
Caso você desejar conversar com a nossa equipe comercial para comprar de materiais, poder entrar em contato através do telefone
0800-602-1717 ou diretamente pelo whatsApp (44) 99138-4173.
Abraços!
Diabético pode extrair quatro dentes em um só dia ou deve fazê-lo em mais dias? Não tenho muito tempo devido ao trabalho e queria fazer tudo logo!
Olá, Deny! Tudo bem?
Nós indicamos que você consulte o seu dentista de confiança em relação a isso, para que ele o encaminhe do jeito mais seguro.
Agradecemos o seu comentário. Abraços!