
Minha clínica
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Um ambiente de trabalho seguro gera tranquilidade para o exercício da profissão e é por isso que a segurança para clínica ou para consultório odontológico deve ser prioridade.
Consultórios são mais vulneráveis à ação de assaltantes do que grandes clínicas e hospitais, que na maioria das vezes contam com monitoramento e vigilantes 24 horas.
Um consultório seguro é essencial para o trabalho do dentista e da recepcionista, assim como para o atendimento dos pacientes. Neste post, você vai conhecer cinco estratégias para aumentar a segurança na clínica odontológica.
A Polícia Militar recomenda que para a segurança da clínica as áreas externas sejam mantidas bem iluminadas e que sejam instaladas grades em janelas. Mantenha a porta da clínica trancada, de forma que os pacientes acionem um interfone para ter a entrada liberada.
O ideal é que a secretária de dentista tenha uma visão geral do jardim ou da entrada de acesso. Se isso não for possível, instale câmeras e monitor para que ela veja sempre que alguém se aproximar do imóvel.
Segundo a polícia, por medida de segurança, o público externo não deve ter visão do ambiente interno. Para isso, instale películas nos vidros que impeçam os pedestres avistarem o interior da clínica.
Na porta principal, a substituição da fechadura comum por um modelo digital pode auxiliar no controle de entrada e saída de pessoas. Você pode instalar um aparelho que funciona por senha ou boton, impedindo que ex-funcionários e até terceiros acessem o imóvel. Com esse sistema, o dentista tem informações completas sobre horários de entrada e saída de pessoas.
Se o muro for baixo, contrate um pedreiro para assentar mais fileiras de tijolos ou instale cerca elétrica.
A segurança da clínica passa, necessariamente, pela instalação de aparelhos de monitoramento. Câmeras com boa resolução, interfones, alarmes, porteiros eletrônicos, botões do pânico, monitoramento remoto e sensores de presença são equipamentos essenciais para que todos trabalhem com tranquilidade no consultório.
O botão do pânico, uma das indicações da Polícia Militar, pode ser instalado em mais de um lugar na clínica. Ao ser acionado, ele dispara um alerta na empresa de monitoramento remoto ou até na vizinhança, avisando sobre a presença de criminosos.
Cuidado ao contratar uma empresa de vigilância! Escolha serviços que tenham certificado de segurança emitido pela Polícia Federal e autorização de funcionamento do Ministério da Justiça, com publicação do documento no Diário Oficial da União.
A equipe de funcionários deve ser preparada para conhecer os procedimentos de segurança, entre os quais não permitir a entrada de estranhos e de pessoas que não se identifiquem, conferir o nome do paciente na agenda antes de abrir a porta, conferir se o alarme e as câmeras estão funcionando, se portas e janelas estão trancadas ao final do expediente e não emprestar as chaves do consultório em hipótese alguma.
Para a segurança da clínica, o dentista deve fazer um processo seletivo cauteloso para a contratação de funcionários. É importante ligar para empregos anteriores, pedindo referência sobre o profissional.
Fazer intervenções no ambiente para torná-lo mais seguro para trabalhar é só uma das etapas da elevação do nível de segurança da clínica. Os profissionais também precisam adotar uma postura preventiva ao chegar e sair do consultório.
A PM recomenda que, ao chegar de carro na clínica, antes de parar verifique se há pessoas ou veículos suspeitos nas proximidades. Se desconfiar de alguma coisa, não entre e ligue para o telefone 190.
Ao entrar na garagem do consultório, desça do carro rapidamente e abra o portão. Se o sistema for por acionamento de controle remoto, procure reduzir a velocidade ao se aproximar do imóvel e pressione o botão. Feche imediatamente após entrar na garagem. Jamais deixe o portão aberto enquanto você estaciona.
Caso esteja chegando a pé, dirija-se à porta já com as chaves na mão. A polícia sugere não deixar todas as chaves do consultório com os funcionários, pois eles podem ser forçados a permitir a entrada de criminosos.
Jamais guarde as chaves sob tapetes, dentro de vasos ou sob o batente da porta. Se uma das cópias se perder, troque o miolo da fechadura.
No caso dos pacientes, o dentista pode restringir o atendimento de emergência (fim de semana, feriados e horários especiais) apenas a clientes conhecidos.
No consultório, indique com placas os locais de acesso restrito, assim como banheiros, saídas, área de café e sala de clínica.
Não deixe pacientes ou acompanhantes sozinhos na sala de espera e nem marque o primeiro e o último atendimento do dia para um desconhecido.
Já sobre o manuseio de valores em cheque ou dinheiro, o ideal é que sejam guardados em um cofre eletrônico. Faça pagamentos e transferências pela internet e não acumule grandes quantias de dinheiro na clínica.
Ofereça a modalidade de pagamento com cartão de crédito ou débito. Além de ser prático para o paciente, é seguro para a clínica. Quando tiver que ir ao banco fazer alguma movimentação financeira, não vá sempre nos mesmos dias e horários; procure alternar.
Saber quem são os seus vizinhos e se você poderá contar com eles é mais uma medida de segurança para a clínica odontológica. Informe-se se há outro consultório naquela região, quais medidas de segurança o proprietário vem adotando e se já teve algum incidente com assaltantes.
Outra dica é saber quem frequenta a vizinhança. Familiarizar-se com moradores e trabalhadores da região e ter bom relacionamento com eles contribuem para garantir a segurança da clínica. Os vizinhos também vão sair ganhando.
Um projeto bacana para implantar no bairro é o Vizinho Solidário, que nada mais é do que uma forma de segurança comunitária, em que cada um se compromete a ficar atento a movimentações estranhas na rua e, caso necessário, chamar a polícia.
A Polícia Militar ainda recomenda atitudes preventivas no atendimento de fornecedores e informa como agir na abordagem de um criminoso. Veja algumas:
A segurança da clínica é um ponto importante para a tranquilidade do ambiente de trabalho. Deixe o local seguro e adote uma postura preventiva. Confira mais informações sobre a gestão de consultórios na série de posts “Minha Clínica”.