
Minha clínica
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A administração de finanças é uma habilidade cada vez mais essencial para um profissional. Seja qual for a área de trabalho, as pessoas vêm aprendendo a se preparar economicamente para gerir seus negócios e evitar eventuais adversidades.
No ramo da Odontologia, surge a ideia de gestão financeira para dentistas, que consegue aplicar conceitos e práticas corriqueiras de economia a necessidades da profissão.
Para auxiliar na implementação em sua clínica, fizemos um guia com as noções mais importantes que você deve ter sobre gestão financeira para o consultório. Vamos conferir?
De acordo com um estudo do IBGE, 27% das empresas fecham no primeiro ano de existência. Um dos grandes problemas que esses empresários enfrentam é justamente o de fazer uma gestão financeira eficiente.
É importante que, como dentista, você encare seu consultório como uma empresa e evite que essas estatísticas lhe atinjam. Confira as principais razões para investir em uma gestão financeira!
A primeira razão é o planejamento. Explicamos: um consultório odontológico costuma ter uma série de custos, como aluguel, salários e gastos com equipamentos e instrumentais.
A gestão financeira para dentista é essencial para que você se organize melhor.
Supondo que você precise de um novo conjunto odontológico, como saberá quais as melhores condições para comprá-lo sem que isso prejudique seu caixa?
Se você tiver um bom planejamento, com todas as finanças discriminadas, poderá entender qual o melhor momento, qual forma de pagamento utilizar e em quanto tempo esse dinheiro pode retornar, por exemplo.
Esse é apenas um exemplo que se aplica a toda e qualquer movimentação monetária de uma clínica. Planejar-se é sempre estar um passo à frente e utilizar isso a seu favor para fazer projeções mais realistas.
Sabemos que, mesmo que esteja correndo tudo bem com a parte econômica de seu consultório, podem ocorrer imprevistos. Se você não estiver com a gestão financeira em dia, o prejuízo será maior, e a recuperação mais difícil.
Portanto, além de cuidar das finanças para programar seu crescimento para o futuro, considere também projeções pessimistas no caso de algo que está fora de seu alcance ocorrer.
Como saber se a utilização de um novo tipo de produto, a contratação de um funcionário ou a ampliação do consultório estão dando resultados positivos para o seu negócio? A resposta é simples: realizando uma boa gestão financeira.
A questão econômica não é o único ponto de avaliação a se observar, porém trata-se de uma métrica bastante significativa. Combinada a outros pontos, você conseguirá mensurar os resultados de seus investimentos de maneira mais clara.
A gestão financeira é um exercício diário e que exige comprometimento por parte do profissional. Os pontos a seguir têm um alto grau de importância e podem guiar o seu planejamento.
O fluxo de caixa é um método simples que serve como base da gestão financeira para dentista. É indicado para monitorar entradas e saídas, custos fixos e variáveis e outras transações, auxiliando a observar a saúde econômica de uma empresa.
Ele pode ser feito utilizando um software de gestão ou uma planilha de fluxo de caixa<. Para uma análise mensal, basta anotar o saldo inicial do período, e, todos os dias, registrar o valor de cada transação e seu objetivo.
Para facilitar a compreensão, pinte as linhas e colunas de verde (entradas) e vermelho (saídas). Mantenha também um campo de observações para fazer anotações importantes.
De tempos em tempos, analise o fluxo de caixa para identificar como sua empresa está gastando dinheiro, se há algum valor que pode ser economizado, quais tipos de tratamento têm sido mais e menos lucrativos, entre outras questões próprias de cada negócio.
Em qualquer empresa, podemos chamar de “custo” todo valor que sai do caixa. Eles são divididos em dois tipos, os fixos e os variáveis.
Os custos fixos dizem respeito a valores que saem do caixa todos os meses, e que não têm variação. Alguns exemplos são aluguel, salários de funcionários, internet e determinados tipos de impostos.
Já os variáveis, como o próprio nome indica, são aqueles que podem mudar todos os meses. Entre eles, estão contas de água e luz, impostos ligados a vendas, e compra de insumos, materiais e equipamentos novos.
Os custos fixos e variáveis são uma das métricas importantes para a sua gestão.
Saber essa diferença é importante na hora de fazer seu planejamento. Você pode entender melhor como o caixa do consultório funciona e se há algum custo desnecessário com o qual a empresa está arcando. Além disso, são conceitos essenciais para fazer o cálculo do seu capital de giro, conforme explicaremos a seguir.
O capital de giro é uma parte do montante do seu consultório que será destinada a arcar com os custos fixos ou variáveis. É chamado dessa forma, pois é uma quantia que está constantemente em movimentação e raramente fica parada no caixa.
Por exemplo: supondo que você tenha feito um tratamento de R$ 2 mil e o paciente tenha pago o valor a prazo. Em uma janela de 30 dias, apesar de você possuir esse valor virtualmente, ele não estará no seu caixa.
Porém, antes mesmo desse valor cair, imagine que você tem que arcar com uma despesa emergencial do seu consultório. Como saberá de onde poderá desembolsar o dinheiro necessário? A resposta para essa questão é justamente o capital de giro.
Para calculá-lo, basta somar os custos variáveis e os custo fixos. O resultado dessa conta será o montante que você precisará mensalmente e que servirá para arcar com essas despesas.
Evidentemente, a gestão financeira para dentista envolve uma série de outros fatores, que podem ser aprofundados com o passar do tempo. Porém, dominando essas práticas, você já estará preparado para manter seu consultório economicamente saudável.
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