Durante as restaurações em resina, muitas vezes é necessário fazer uso de lixas proximais. Esses equipamentos possuem espessura e granulação fina, e são capazes de passar entre as peças e realizar um desbaste meticuloso.
Para fazer uma boa restauração, é importante que você saiba fazer o uso correto dessas lixas odontológicas. Do contrário, pode estragar o equipamento e o resultado deixar a desejar. Para saber mais sobre esse assunto, continue a leitura até o fim!
O que são lixas proximais
As lixas proximais são equipamentos odontológicos utilizados para retirar os excessos de cimento ou adesivo em restauração em resina composta classes 2, 3 e 4, e pequenas extensões proximais de restaurações classe 5.
Com menor frequência, também são empregadas na redução de superfícies proximais, um procedimento conhecido popularmente como stripping.
Tipos de lixas proximais
Antes de saber como utilizar as lixas de acabamento proximais corretamente, é preciso compreender quais são os tipos mais comuns. Confira a seguir!
Lixa de aço
Este tipo apresenta maior resistência à deformação, e também se desgasta com mais facilidade após alguns usos. Embora algumas vezes seja chamada de lixa para amálgama, também pode ser utilizada em cerâmicas, ligas metálicas, esmalte e resinas compostas (em alguns casos), para restaurações mais grosseiras.
Lixa de poliéster
Quando comparada à anterior, é mais flexível, facilitando os movimentos do profissional, e se desgasta menos com o tempo. É comumente chamada de lixa para resina composta, mas seu uso também é frequente em compósitos, acrílicos e ionômeros de cimento de vidro.
Como fazer o uso correto da lixa proximal
Para utilizar lixas proximais, é necessário prestar atenção a alguns detalhes, especialmente com relação ao equipamento e à área que será desbastada. Ao fazer os procedimentos na angulação ou inclinação incorreta, você pode acabar deixando o acabamento menos preciso.
Área vestíbulo/lingual
Para fazer o acabamento nesta área da restauração, insira a tira com a parte sem abrasividade e posicione na região de excesso. Em seguida, faça o tracionamento em direção oblíqua à face oclusal (formando um ângulo de 45º) para que a tira acompanhe o contorno proximal do dente.
Isso fará com que a lixa alcance a área desejada e cause desbaste apenas no dente em que está em contato.
Área lingual/palatina
Neste caso, o procedimento é um pouco diferente. Para evitar que a lixa entre em contato com a vestibular, insira a tira com a parte sem abrasividade e puxe as pontas uma para cada lado, formando um S em volta do dente.
Dessa forma, a vestibular continua intacta e você consegue trabalhar com a lixa nas outras faces do dente.
Dica: Utilize a lixa a seu favor
Utilize a seu favor a parte central das lixas, que não possuem granulometria. Assim, você posiciona o equipamento no local correto antes de começar os desbastes, garantindo maior precisão no procedimento.
Além disso, é importante saber que ambos os lados da lixa possuem granulometrias diferentes: o lado escuro tem menor abrasividade, e o claro, maior. Isso significa que você pode começar o acabamento com a lixa mais grosseira e, para finalizar, utilizar a parte mais fina para fazer os retoques.
Um teste muito utilizado para checar o acabamento é passando o fio dental na proximal. Se após o procedimento ainda houver dificuldade em passá-lo, faça o polimento com a parte mais clara da lixa.
Como comprar lixas proximais
Como já abordamos, há dois tipos principais de lixas proximais. Para escolher entre ambos, você terá que averiguar o tipo de procedimento feito em seu consultório. Na dúvida, escolha os modelos de aço para restaurações em amálgama, e os de poliéster para resina composta.
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