Entender bem sobre os tipos de cárie dental é fundamental, já que se trata de um dos problemas de saúde bucal mais comuns em todo mundo. A condição afeta pessoas de todas as idades.
Trata-se de uma infecção causada pelo ácido produzido por bactérias, que se acumulam nos dentes e formam placas duras e difíceis de serem removidas pelo paciente apenas com escovação. Com o passar do tempo, os microrganismos perfuram o esmalte dos dentes, deteriorando-os e causando dor e desconforto.
Continue a leitura e veja mais detalhes sobre os tipos de cárie existentes, ferramentas e métodos de diagnóstico, além dos fatores de risco do problema!
Tipos de cárie
É fundamental compreender os diferentes tipos de cárie e suas características distintas para ser capaz de diagnosticar, tratar e educar seus futuros pacientes de forma eficaz. Confira na sequência!
Coronária
Na cárie coronária, as bactérias formam placas duras e difíceis de serem removidas em casa, conhecidas como biofilme dental ou placa bacteriana.
À medida que os microrganismos se alimentam de açúcares e carboidratos, produzem ácidos que atacam o esmalte dentário, levando à formação de cavidades ou lesões na região coronária, que é a parte visível e externa dos dentes.
Inicialmente, essa cárie apresenta-se como uma mancha branca opaca ou amarelada na superfície do dente. Com a progressão, pode se tornar marrom ou preta, indicando a presença de cavidades. A doença pode causar sensibilidade, dor de dente e mau hálito no paciente.
Radicular
A cárie radicular é caracterizada pela presença de cavidades ou lesões cariosas na raiz do dente. Geralmente, afeta pessoas idosas e adultos de mais idade, especialmente aqueles que perderam tecido gengival ao longo do tempo. Algumas das características incluem:
- Localização: ocorre na superfície da raiz dos dentes, geralmente abaixo da linha da gengiva.
- Exposição radicular: a retração gengival torna o paciente mais suscetível à cárie radicular.
- Forma e cor da lesão cariosa: pode ter formato irregular e apresentar coloração escura ou amarelada.
Recorrente
A cárie recorrente afeta indivíduos que já tiveram a doença e ocorre quando uma nova cavidade é formada na mesma área ou perto de um dente previamente restaurado. Se a higiene bucal for inadequada, permite a proliferação de bactérias na região.
O paciente pode apresentar dor de dente, sensibilidade ao frio ou ao quente, manchas escuras ou esbranquiçadas nos dentes e mau hálito.
Fatores de risco para cárie
O Manual MSD lista alguns fatores de risco que os profissionais de odontologia devem ficar atentos quanto ao surgimento de cáries. Entre eles estão o controle inadequado das placas bacterianas, as malformações dentárias e os fatores genéticos.
Vale atentar-se sobre o consumo de carboidratos e açúcares, se o ambiente bucal é acidófilo ou com baixo nível de flúor, além de considerar as características da saliva. Inclusive, o último fator pode ser alterado em razão do uso de certos fármacos, em pacientes no processo de radioterapia ou que possuem doenças que alteram a glândula salivar.
O artigo “Indicadores e fatores de risco da cárie dentária em crianças no Brasil — uma revisão de literatura” também aponta questões socioeconômicas como relevantes para a ocorrência da cárie. De acordo com os pesquisadores, os fatores são preditores, ou seja, servem para prever, apontando a uma tendência da doença nestes casos.
Entre os aspectos apontados pela pesquisa estão:
- Nível educacional da mãe (menor ou igual a 8 anos de estudo).
- Domicílios com seis ou mais moradores.
- Mais de três pessoas por quarto, com tempo de moradia acima de três anos.
- Crianças que não frequentam creche ou pré-escola.
Além disso, outro fator preditor é a origem de água de poço ou nascente. Nesses casos, há um ceo-d ≥ 1. O índice ceo-d refere-se a quantidade de extrações, restaurações e dentes cariados em pacientes com dentes de leite.
Ferramentas e métodos de diagnóstico
Existem várias ferramentas e métodos de diagnóstico utilizados pelos profissionais de saúde odontológica para identificar a presença de cáries, mas o principal é o exame clínico visual com inspeção direta, procurando manchas brancas ou descoloração. O uso da sonda auxilia na detecção da presença de irregularidades na superfície dentária.
Caso necessário, as radiografias evidenciam sinais precoces da doença. A fluorescência a laser e os testes de corante também indicam alterações.
Prevenção e estratégias de controle
Prevenir e controlar as cáries dentárias envolve executar uma série de ações de higiene bucal. Para evitar a doença, os pacientes precisam realizar a escovação correta e recorrente, limpando toda a superfície dos dentes e a linha da gengiva, além de usar fio dental para remover a placa bacteriana e os resíduos entre dentes. Também é indicado o uso de produtos de higiene oral que contenham flúor, como os enxaguantes.
É fundamental que pessoas que já tiveram a doença façam visitas regulares ao dentista para realizar check-ups e limpezas profissionais para identificar sinais precoces e evitar a recorrência da cárie.
Quando há o aparecimento da doença, existem algumas possibilidades de controle, a depender dos tipos de cárie e do agravamento. De acordo com o Manual MSD, os possíveis tratamentos são a remineralização e a restauração dos dentes.
Entender sobre as particularidades da doença é fundamental durante o aprendizado das disciplinas de odontologia, pois, independentemente da área a ser seguida, a cárie é muito comum e necessita ser tratada antes da execução de outros procedimentos.
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