Surya Dental, Autor em Surya Dental https://blog.suryadental.com.br/author/nacaodigital/ Wed, 16 Jul 2025 21:27:52 +0000 pt-BR hourly 1 https://blog.suryadental.com.br/wp-content/uploads/2022/08/cropped-surya-1-e1652876833917-180x180-1-80x80.png Surya Dental, Autor em Surya Dental https://blog.suryadental.com.br/author/nacaodigital/ 32 32 Manifestações bucais de sífilis: o que é, sintomas, tratamento e mais https://blog.suryadental.com.br/manifestacoes-bucais-de-sifilis/ https://blog.suryadental.com.br/manifestacoes-bucais-de-sifilis/#respond Wed, 16 Apr 2025 21:26:00 +0000 https://blog.suryadental.com.br/?p=22375 A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Embora muitas vezes associada a manifestações genitais, essa doença pode afetar diferentes regiões do corpo — e a cavidade bucal é um desses locais.

As lesões na boca podem ser os primeiros sinais da infecção ou até os únicos, e por isso, o papel do cirurgião-dentista é indispensável quando falamos sobre um diagnóstico precoce. Se você quer entender melhor o assunto, está no lugar certo! Hoje, vamos abordar tudo o que você, dentista, precisa saber sobre a sífilis na boca, incluindo sintomas, estágios, manifestações orais, tratamento, cuidados clínicos e condutas recomendadas!

Afinal, o que é a sífilis?

A sífilis é uma IST de caráter sistêmico e progressivo, transmitida principalmente por via sexual (oral, vaginal ou anal) ou vertical (de mãe para filho, durante a gestação). Seu agente etiológico é o Treponema pallidum, uma espiroqueta altamente sensível ao ambiente externo, sobrevivendo apenas em mucosas úmidas.

Apesar da ideia de que a sífilis é uma doença do passado, sua incidência tem aumentado nos últimos anos. Dados do Ministério da Saúde apontam crescimento alarmante no número de casos, sobretudo entre jovens de 13 a 29 anos, realidade que reforça a importância do dentista como agente de saúde integral, capaz de identificar precocemente manifestações orais da doença.

Sífilis na boca: como ocorre?

A sífilis na boca ocorre quando a bactéria entra em contato com microlesões da mucosa oral durante o sexo oral desprotegido. Lesões podem surgir em qualquer parte da cavidade bucal, como língua, lábios, palato, gengiva e mucosa jugal, e variam conforme o estágio da doença.

Em muitos casos, os sintomas são confundidos com outras condições, como aftas, herpes, líquen plano erosivo, candidíase ou até carcinoma espinocelular. Por isso, o conhecimento clínico é essencial para a diferenciação.

É importante considerar que a sífilis apresenta três fases clínicas (primária, secundária e terciária), além da forma congênita. Cada estágio possui manifestações orais características que têm o potencial de confundir o diagnóstico. Confira na tabela comparativa:

Estágio Nome clínico Manifestações bucais Locais comuns Sinais sistêmicos
Primária Cancro duro Úlcera indolor, bordas elevadas, base firme Lábios, língua, palato, gengiva Ínguas cervicais, possível lesão genital
Secundária Disseminada Placas mucosas esbranquiçadas, condiloma lata, máculas, pápulas Língua, palato, lábios, mucosa jugal Febre, dor de garganta, cefaleia, mal-estar, perda de peso
Terciária Goma sifilítica Goma ulcerada, glossite intersticial, perfuração do palato Palato, língua Comprometimento neurológico e cardiovascular
Congênita Tríade de Hutchinson Dentes de Hutchinson, molares em amora, glossite, palato arqueado Incisivos, molares Surdez, queratite ocular, alterações ósseas

Quais são os sintomas da sífilis na boca?

Os principais sintomas da sífilis na cavidade oral incluem:

  • Úlcera única ou múltipla, geralmente indolor;
  • Placas mucosas esbranquiçadas;

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  • Lesões serpentiformes com exsudato acinzentado;
  • Gomas ulceradas;
  • Ínguas no pescoço;
  • Febre, dor de garganta e mal-estar;
  • Alterações dentárias em pacientes jovens (congênitas).

Essas manifestações podem ser confundidas com outras condições, por isso, exigem avaliação clínica minuciosa e exames complementares.

Sífilis na língua: o que observar?

A sífilis na língua é uma manifestação frequente, especialmente nos estágios secundário e terciário. Podem aparecer:

  • Úlceras únicas ou múltiplas;
  • Placas esbranquiçadas e irregulares;
  • Glossite intersticial com aumento do volume da língua;
  • Gomas nodulares que podem ulcerar;
  • Lesões que mimetizam neoplasias malignas.

Assim, o profissional dentista deve ficar atento principalmente a lesões indolores que persistem por mais de 2 semanas e não respondem ao tratamento convencional.

Como fazer o diagnóstico da sífilis oral?

O diagnóstico da sífilis oral envolve avaliação clínica criteriosa, anamnese odontológica detalhada e exames complementares. Veja os principais passos que o dentista deve seguir:

  • Com uma anamnese detalhada, questionar sobre sintomas gerais, histórico sexual, presença de lesões genitais, uso de preservativos, parceiros com ISTs e sintomas sistêmicos recentes;
  • Fazer um exame clínico minucioso da cavidade oral, pescoço e orofaringe;
  • Realizar testes rápidos para sífilis, disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS);
  • Aplicar um exame sorológico VDRL como padrão confirmatório para detectar anticorpos;
  • Quando necessário, realizar ou encaminhar para biópsia incisional da lesão e exame anatomopatológico.

A combinação de exame físico com testes laboratoriais geralmente é suficiente para fechar um bom diagnóstico. Caso haja suspeita de outras ISTs associadas, como HIV e hepatites virais, também é indicado solicitar exames sorológicos específicos.

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Importante: em caso de dúvida ou insegurança diagnóstica, o paciente deve ser encaminhado para estomatologista, infectologista ou centro especializado.

Como fazer o tratamento da sífilis oral?

O tratamento da sífilis é simples, eficaz e de baixo custo, porém, essencial para evitar complicações graves. A droga de primeira escolha é a penicilina G benzatina, administrada por via intramuscular. O esquema varia conforme o estágio:

Estágio da sífilis Esquema de tratamento
Primária, secundária ou recente (<1 ano) 2,4 milhões UI em dose única
Latente tardia ou terciária 2,4 milhões UI 1x/semana por 3 semanas (total: 7,2 milhões UI)
Sífilis congênita Esquema específico conforme idade e peso

Para pacientes alérgicos à penicilina, opções como doxiciclina, tetraciclina ou ceftriaxona podem ser indicadas sob orientação médica.

Saiba: mesmo após a melhora dos sintomas, o paciente deve continuar o acompanhamento com exames de controle (VDRL seriado) e evitar contato sexual até liberação médica.

Além disso, o tratamento também deve incluir o(a) parceiro(a) do paciente, pois a reinfecção é comum quando apenas um dos envolvidos é tratado.

Quais cuidados tomar durante o atendimento odontológico?

O atendimento odontológico de pacientes com sífilis exige biossegurança rigorosa. O dentista deve:

  • Utilizar sempre EPI completo (máscara, luvas, óculos e avental);

    side-view-doctor-putting-protection-gloves.jpg

  • Adiar procedimentos invasivos se houver lesões orais ativas, priorizando o controle das manifestações da mucosa;
  • Redobrar os cuidados com desinfecção e esterilização de instrumentais;
  • Avaliar a necessidade de atendimento em ambiente hospitalar, caso o paciente tenha sífilis em fase terciária ou com comprometimento neurológico.

As manifestações orais secundárias (ex.: placas mucosas) são altamente contagiosas, por isso, o contato direto com saliva ou secreções deve ser minimizado. Além disso, a cavidade oral é o principal sítio extragenital de inoculação do Treponema pallidum, o que faz com que a atenção do cirurgião-dentista possa ser determinante para evitar a progressão da doença.

E então, achou interessante esse conteúdo sobre a sífilis na boca? Essa é uma condição que não deve ser ignorada, pois seus sinais podem ser discretos, mas revelam uma condição infecciosa grave, progressiva e altamente contagiosa — especialmente nos estágios iniciais.

É importante considerar que identificar corretamente a sífilis na língua, úlceras orais e outras lesões associadas pode fazer toda a diferença para o paciente — e o cirurgião-dentista, com o conhecimento certo, é capaz de salvar sorrisos — e vidas. Até a próxima!

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Exodontia: o que é, como é feita, casos indicados e mais https://blog.suryadental.com.br/exodontia-o-que-e-como-e-feita-casos-indicados-e-mais/ https://blog.suryadental.com.br/exodontia-o-que-e-como-e-feita-casos-indicados-e-mais/#respond Mon, 06 Jan 2025 19:11:19 +0000 https://blog.suryadental.com.br/?p=22199 Problemas dentários graves podem exigir soluções drásticas para garantir a saúde bucal do paciente. Em muitos casos, a remoção de dentes comprometidos é a opção mais eficaz, e é aí que entra a exodontia, um procedimento fundamental na odontologia. Este tipo de intervenção visa extrair dentes afetados por cáries profundas, doenças periodontais ou outras complicações que não podem ser tratadas de forma conservadora.

Embora a exodontia seja comum em consultórios odontológicos, ela exige precisão e atenção do profissional para garantir que o procedimento seja feito de forma segura e eficaz. Desde a avaliação da necessidade de extração até os cuidados no pós-operatório, cada etapa do processo requer cuidados específicos para evitar complicações e promover uma recuperação rápida e tranquila.

Continue lendo para saber o que é a exodontia, quando ela é indicada, como o procedimento é realizado e quais cuidados pós-operatórios são essenciais para garantir a recuperação do paciente.

O que é exodontia?

A exodontia é o procedimento odontológico responsável pela remoção de um ou mais dentes da cavidade bucal. Esse tipo de intervenção é realizado quando o dente está tão danificado que não pode ser recuperado com tratamentos conservadores, como restaurações ou canal. A exodontia pode ser indicada em diversos casos, como dentes afetados por cáries extensas, infecções graves, dentes impactados (como os sisos) ou em situações de tratamento ortodôntico, quando a remoção de dentes é necessária para criar espaço na arcada dentária.

O procedimento pode ser simples ou complexo, dependendo da condição do dente a ser extraído. Quando o dente está bem visível e com raízes não comprometidas, a extração tende a ser mais rápida e simples. Já em casos de dentes impactados ou com múltiplas raízes, a intervenção pode exigir mais cuidado e técnicas mais complexas.

Confira esse conteúdo de regeneração em exodontias molares.

Quais são os tipos de exodontia?

A exodontia pode ser dividida em dois tipos principais: simples e complexa.

Exodontia simples

Esse tipo de extração é realizado quando o dente é facilmente acessível e não apresenta grandes complicações. Geralmente, é indicado para dentes que estão visíveis e completamente erupcionados, como dentes de leite ou dentes permanentes que foram comprometidos por cáries ou trauma. O procedimento é rápido, realizado sob anestesia local, e a recuperação costuma ser rápida e com menos riscos de complicações.

Exodontia complexa

Quando o dente não está completamente erupcionado ou está em uma posição difícil de ser alcançada, a exodontia se torna mais complexa. Esse é o caso comum de dentes do siso impactados, que podem precisar de incisão da gengiva e, em alguns casos, de fracionamento do dente para sua remoção. A exodontia complexa também pode ser necessária em situações em que a estrutura óssea ao redor do dente está comprometida, ou quando o dente está em uma posição anatômica atípica.

Quando é indicada a exodontia?

A exodontia pode ser necessária em diversos casos, dependendo do estado de saúde bucal do paciente. As principais situações em que o procedimento é indicado incluem:

  • Cáries profundas e irreversíveis: quando a cárie atinge uma parte significativa do dente e não há como restaurá-lo adequadamente com obturações ou outros tratamentos.
  • Infecções dentárias graves: abscessos e infecções crônicas podem comprometer a saúde do dente e das estruturas ao redor, tornando a extração a única solução viável.
  • Dentes do siso: os dentes do siso são frequentemente extraídos devido a problemas como impacto, crescimento inadequado ou infecção, além de ser uma necessidade para quem está realizando tratamento ortodôntico.
  • Problemas periodontais avançados: quando a doença periodontal causa a perda de estrutura óssea ao redor dos dentes, comprometendo a estabilidade deles.
  • Tratamentos ortodônticos: a exodontia pode ser indicada para criar espaço na arcada dentária durante o tratamento com aparelho ortodôntico.

Como é realizada a exodontia?

A exodontia, embora pareça simples, exige cuidado técnico para garantir que o dente seja removido sem danos às estruturas ao redor. O procedimento segue as seguintes etapas:

  1. Avaliação inicial: o dentista realiza uma análise clínica e, se necessário, exames de imagem (como radiografia) para avaliar o dente e a área ao redor. Isso ajuda a entender a melhor técnica para a remoção.
  2. Anestesia local: o procedimento é realizado sob anestesia local para garantir que o paciente não sinta dor. Em casos mais complexos, sedação pode ser utilizada.
  3. Remoção do dente: dependendo da complexidade do caso, o dentista pode usar técnicas como o uso de alavancas e fórceps para remover o dente. Se necessário, o dente pode ser fragmentado para facilitar sua remoção.
  4. Suturas: caso a extração seja mais invasiva, o dentista pode utilizar suturas para fechar o local da extração e promover uma cicatrização mais rápida. E a escolha de instrumentos odontológicos de qualidade faz toda a diferença na hora do procedimento e no pós-operatório também.

Cuidados pós-operatórios

Os cuidados pós-operatórios são essenciais para garantir que a exodontia tenha uma recuperação tranquila e sem complicações.

  • Controle de sangramentos: é normal ocorrer um leve sangramento nas primeiras 24 horas. O uso de gaze para pressionar a área pode ajudar a controlar.
  • Uso de medicamentos: o dentista pode prescrever analgésicos para controlar a dor e antibióticos para evitar infecções. É importante seguir a dosagem corretamente.
  • Higiene oral: durante a primeira semana, o paciente deve evitar escovar a área da extração para não irritar o local. O uso de enxaguantes bucais pode ser recomendado.
  • Alimentação: evite alimentos duros, quentes, picantes ou que possam irritar o local da extração. Prefira alimentos mais suaves e frios nas primeiras 48 horas.
  • Evitar atividades físicas intensas: exercícios pesados devem ser evitados durante o período de recuperação, pois podem aumentar o risco de sangramento.
  • Consulta de acompanhamento: o dentista realizará uma consulta de acompanhamento para garantir que a cicatrização esteja ocorrendo corretamente.

Tempo de recuperação da exodontia

A recuperação após uma exodontia varia conforme a complexidade do procedimento. Para extrações simples, o paciente pode sentir desconforto leve por 2 a 3 dias, com inchaço diminuindo em 48 horas. Em casos mais complexos, a recuperação pode levar de 7 a 10 dias para a remoção das suturas e o início do processo de cicatrização mais completo.

A maior parte da dor e do inchaço diminui no decorrer da primeira semana, mas é fundamental seguir as orientações do dentista para evitar complicações e garantir uma recuperação sem maiores dificuldades.

Qual a diferença entre exodontia e extração?

Exodontia é o termo técnico usado para a remoção de dentes, enquanto “extração” é uma palavra mais comum e genérica para descrever o mesmo procedimento. Ambos se referem à remoção de dentes comprometidos, mas exodontia é o termo mais utilizado na odontologia.

Qual o valor de uma exodontia?

O valor de uma exodontia pode variar de R$ 150,00 a R$ 2.000,00, dependendo da complexidade do caso, como a remoção de dentes simples ou impactados. Para um orçamento exato, é importante consultar diretamente um dentista.

Agora que você conhece os principais aspectos da exodontia, é importante aplicar esse conhecimento para oferecer o melhor cuidado aos seus pacientes. Continue acompanhando o blog da Surya Dental para mais informações e atualizações sobre procedimentos odontológicos essenciais!

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Tudo que você precisa saber sobre radiografia odontológica https://blog.suryadental.com.br/tipos-de-radiografias-odontologicas/ https://blog.suryadental.com.br/tipos-de-radiografias-odontologicas/#comments Mon, 08 Jul 2024 10:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=3783 A boca e suas estruturas são o campo de trabalho de um profissional de odontologia. Trata-se de uma parte pequena do corpo e, por isso, muitas vezes, é necessária a utilização de técnicas para auxiliar em sua observação. É o caso da radiografia odontológica.  

Continue a leitura e descubra como funciona esse exame, quais são os principais tipos, como são utilizadas, além de entender como interpretar os resultados! 

O que é radiografia odontológica?   

A radiografia odontológica é o procedimento que permite aos dentistas analisar a integridade das estruturas bucais e identificar possíveis problemas, contribuindo significativamente para o diagnóstico e o planejamento de tratamentos. É uma prática fundamental, pois fornece imagens detalhadas dos dentes e dos ossos da face. 

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Para que serve radiografia dentária? 

A radiografia em odontologia é uma ferramenta que serve a múltiplos propósitos. Entre eles: 

  • Detecção precoce de cáries interproximais e subgengivais. 
  • Identificação de doenças periodontais que provocam perda óssea. 
  • Avaliação do posicionamento dental. 
  • Análise de traumas. 
  • Planejamento de tratamentos ortodônticos e implantes dentários. 
  • Monitoramento do desenvolvimento dental. 
  • Detecção de anormalidades ósseas e tumores. 
como funciona uma radiografia odontológica
Para o dentista, o raio-X é uma ferramenta que possibilita análise de lesões, traumas, doenças e serve para planejamento e monitoramento de tratamentos.

Como funciona a radiografia  

A radiografia é um exame que utiliza feixes de radiação X para imprimir uma imagem em duas dimensões. Isso porque os raios são capazes de atravessar o corpo humano, podendo captar obstáculos mais densos, como órgãos e, principalmente, ossos. 

No caso de uma radiografia odontológica, são lançados os raios X na boca do paciente, seja em sua totalidade ou em algum local específico. Os feixes que passam sem dificuldade não imprimem nenhuma imagem. Essa emissão é realizada por uma máquina, que direciona para áreas específicas. 

Já os que passam através de alguma estrutura (como dentes, gengivas e ossos) registram a adversidade, ou seja, sua densidade, formando as imagens da radiografia. 

Para captura da imagem, coloca-se um filme radiográfico ou um detector digital do lado oposto do feixe para assimilar os raios X que atravessaram os tecidos. Nos sistemas digitais modernos, é possível visualizar imediatamente uma figura digital em um computador. 

Por fim, é necessário fazer o processamento. No caso do uso de filmes, eles precisam ser desenvolvidos a partir das seguintes etapas para a revelação: 

  1. Insira o filme no líquido revelador — o produto contém químicos que tornam a imagem latente em uma imagem visível. 
  1. Mergulhe o filme na solução de interrupção — isso assegura a qualidade da imagem produzida. 
  1. Passe o filme para outra solução química que contenha o fixador — proporciona a estabilidade da imagem radiográfica. 
  1. Finalize o filme lavando em água corrente e espere secar para visualizar adequadamente. 

Mesmo utilizando um tipo de radiação, a radiografia odontológica é inofensiva e representa uma dose de cerca de 0,00001 rad. Esse número é muito inferior aos índices de exames como mamografia (0,4 rad) e tomografia corporal (10 rad). 

dentista tirando raio x de paciente infantil
Para visualizar os dentes no raio-X é preciso capturar a imagem, revelar e fixar, no modo tradicional.

Tipos de radiografia odontológica  

A principal razão para existirem diferentes radiografias odontológicas é o tipo de observação necessária para definir qual a técnica recomendada para cada situação. Em alguns casos, é preciso ter um contexto geral da boca do paciente. Em outros, deve-se observar de perto algum dente ou estrutura. 

Periapical  

Fornece visualização de detalhes de um dente ou um pequeno grupo de dentes, desde a parte superior até o osso que ajuda a apoiá-lo. É recomendado para avaliar coroas e raízes, diagnosticar presença de cáries ou lesões periapicais e no momento de acompanhar a eficácia de tratamentos. 

Para fazer o exame de radiografia periapical, o paciente posiciona-se em frente ao equipamento com um molde na boca acima do dente (ou grupo de dentes) que deverá ser analisado. 

Interproximal ou bite wing 

Utilizada para verificação das arcadas dentárias superior e inferior. Essa radiografia também ajuda a mostrar ao dentista como esses dentes tocam uns nos outros. É utilizada para pesquisa de cáries nas faces interproximais e para avaliar o ajuste correto em restaurações. 

Nesse caso, é colocado na boca do paciente um molde de metal protegido com filme plástico, que deve guiar a direção dos raios X. 

Oclusal  

É a radiografia que demonstra de forma nítida o assoalho da boca e ajuda a descobrir qualquer dente extra ou que ainda não nasceu. 

Para esse exame, é necessário que o paciente mantenha uma película radiográfica na boca. Em seguida, o maquinário é posicionado no mesmo ângulo da oclusão da pessoa que está sendo atendida, de forma perpendicular ao objeto tanto na parte superior quanto inferior. 

Panorâmica  

É um tipo de radiografia extraoral que permite a visualização dos dentes, mandíbulas, área nasal, seios nasais e articulações da mandíbula, sendo feita por meio de um equipamento giratório que circunda o crânio do paciente, formando uma imagem panorâmica. Geralmente, é utilizada para uma visualização geral do quadro do paciente

radiografia panorâmica odontológica
A radiografia odontológica panorâmica possibilita imagem geral dos dentes às articulações da mandíbula.  

Cefalométrica 

A cefalométrica fornece uma visão lateral da cabeça, útil para analisar as proporções e estruturas faciais. São fundamentais em tratamentos ortodônticos para planejar o realinhamento dos dentes e a correção de más oclusões. 

Para realizar o exame, utiliza-se um aparelho específico chamado cefalostato. Esse equipamento ajuda a posicionar a cabeça de forma padronizada, garantindo que as medidas sejam precisas e repetíveis. O paciente é instruído a permanecer em uma posição ereta, com os dentes em oclusão e os lábios fechados, enquanto a imagem é capturada. 

Digital  

A radiografia odontológica digital é uma forma moderna de exame por imagem que emprega sensores eletrônicos em vez de filmes radiográficos tradicionais para capturar imagens dos dentes, da mandíbula e de outras estruturas dentárias. 

Oferece várias vantagens em relação à convencional, como menor exposição à radiação para o paciente, tempo de processamento mais rápido e a capacidade de visualizar instantaneamente os resultados no computador. Além disso, as imagens digitais podem ser facilmente armazenadas, compartilhadas e ampliadas para melhor diagnóstico. 

A radiografia digital permite visualizar: 

  • Estruturas dentais (coroas e raízes). 
  • Níveis ósseos alveolares. 
  • Tecidos moles adjacentes aos dentes. 
  • Presença de quaisquer anormalidades ou patologias. 
  • Estado de restaurações, coroas, pontes e outros trabalhos anteriormente realizados. 
  • Canais radiculares e a anatomia interna dos dentes. 

Para realizar o exame, um sensor eletrônico é posicionado no local apropriado da boca para captar a imagem. O operador ativa o equipamento e o paciente deve permanecer imóvel por alguns segundos. Depois, a imagem é transmitida instantaneamente para um computador, em que o dentista pode examinar, ampliar ou ajustar o contraste para analisar. 

raio-X digital
O exame digital permite visualizar o raio-X do maxilar de uma vez no computador, por exemplo.

CBCT 

A Tomografia Computadorizada Cone Beam (CBCT, na sigla em inglês) é uma ferramenta que oferece imagens tridimensionais da área bucal, permitindo uma avaliação mais detalhada dos ossos, raízes, nervos e tecidos moles. 

É útil para planejamento cirúrgico de implantes, avaliação das estruturas da mandíbula e da articulação temporomandibular (ATM), além da detecção de problemas periodontais e endodônticos complexos. 

Para realizar o exame, o paciente é posicionado na máquina e fica imóvel enquanto a varredura é realizada. O equipamento gira em 360º ao redor da cabeça, capturando imagens em um feixe cônico. Os registros são convertidos em um modelo 3D que será utilizado no planejamento de tratamento. 

Sialografia  

A sialografia é um tipo de exame radiológico utilizado na odontologia para avaliar as glândulas salivares e os ductos. É essencial para diagnosticar obstruções, infecções, tumores e pedras salivares. 

A avaliação é realizada com a injeção de um contraste radiopaco nas glândulas salivares do paciente, por meio dos seus ductos. Depois, são feitas várias radiografias em diferentes ângulos para assegurar uma análise completa. 

Onde comprar aparelhos de raio-X para dentista?  

É possível que cirurgiões-dentistas obtenham especialização em radiologia odontológica, capacitando o profissional para que ele saiba realizar os exames mais específicos e que precisam de um diagnóstico detalhado. Entretanto, é comum que radiografias mais simples sejam feitas no próprio consultório, facilitando diagnósticos e o planejamento de tratamentos.  

Confira a seguir opções de aparelhos para adquirir que podem ser implementados no seu espaço de trabalho! 

Aparelho de raio-X móvel – Dabi Atlante 

O Spectro 70X é um aparelho de raio-X da Dabi Atlante. Em coluna móvel, oferece agilidade na captura de radiografia odontológica ao dentista. Leve e fácil de movimentar, é indicado para visualizar imagens intraorais. 

O equipamento possui temporizador centesimal para utilização com sensores digitais e filmes convencionais. 

Aparelho de raio-X móvel - Dabi Atlante
Botão Surya ver no site.

Aparelho de raio-X portátil – Dabi Atlante 

O Eagle X-Ray é o equipamento da Dabi Atlante que assegura radiografias nítidas e de qualidade. Por ser portátil, permite que a radiação de fuga seja minimizada por um colimador, evitando exposição desnecessária do usuário e direcionando apenas para o alvo do exame. Destina-se para a radiografia intraoral. 

Aparelho de raio-X portátil - Dabi Atlante
Botão Surya ver no site.

Aparelho de raio-X digital – Schuster 

Solução inovadora da Schuster, o Vivant X-Ray é um aparelho portátil e digital que oferece imagens de raio- intraoral precisas, eficientes e de forma conveniente. Uma única carga possibilita até 1.500 disparos. Conta com tela sensível ao toque e disparador remoto, facilitando o trabalho. 

Aparelho de raio-X digital - Schuster
Botão Surya ver no site.

Acessórios para radiografia dentária  

Os acessórios utilizados em radiografia dental promovem a eficácia do exame, a segurança do paciente e a qualidade das imagens. Confira os principais na sequência. 

Filmes radiográficos 

Dentro de um invólucro à prova de luz, os filmes são sensíveis à radiação e devem ser manuseados com cuidado. 

Digitalizador de filme 

Usado para digitalizar filmes radiográficos convencionais, permitem que as imagens sejam visualizadas e armazenadas digitalmente. 

Sensores digitais 

Substituem os filmes tradicionais em muitas práticas modernas, proporcionando uma imagem digital imediata. 

Porta-filmes 

Dispositivo usado para posicionar e segurar o filme radiográfico ou o sensor digital dentro da boca do paciente. 

Protetores de chumbo 

Os aventais e colares de chumbo protegem o paciente de exposição desnecessária à radiação. 

Indicadores de posicionamento 

Auxiliam na colocação correta do filme, sensor ou tubo de raio X, garantindo que a área de interesse seja visualizada. 

Lâmpada de revelação  

Em caso de radiografia convencional, é utilizada para visualizar e manipular filmes radiográficos em um ambiente adequado. 

Processadora de filme 

Equipamento que automatiza o processo de revelação dos filmes intraorais radiográficos

Temporizador 

Controla o tempo de exposição do raio X. 

Equipamentos de proteção individual (EPI’s) 

Os EPI’s são compostos por luvas de chumbo, óculos de proteção e outros itens usados pelo operador do equipamento de raio-X a fim de evitar exposição direta à radiação. 

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Reveladores e fixadores 

Quando o equipamento não é digital, as substâncias químicas são aplicadas na revelação de filmes radiográficos de maneira manual. 

Contraindicações da radiografia odontológica  

Existem contraindicações relativas relacionadas ao exame de raio-X da boca. Pessoas grávidas devem limitar o uso de raios X durante o primeiro trimestre devido ao potencial risco de radiação ao feto. Ela deve ser justificada clinicamente e medidas de proteção precisam ser adotadas. 

Crianças são mais sensíveis à radiação em comparação aos adultos. Portanto, a quantidade de radiografias deve ser a menor possível. Isso também vale para pacientes com condições de saúde preexistentes, como câncer ou outras doenças que já envolvem múltiplas exposições à radiação, assim como para imunocomprometidos. 

Como interpretar resultados de exames de imagem na odontologia?  

Interpretar exames de imagem na odontologia pode ser complexo e requer um entendimento aprofundado da anatomia oral e facial normal, bem como conhecimento sobre as variações normais que podem ocorrer. Na sequência estão algumas diretrizes que ajudam nessa compreensão! 

Anatomia normal  

Antes de tudo, como já comentamos, é essencial ter um conhecimento sólido da anatomia normal da cavidade oral e dos ossos faciais. Isso inclui entender as estruturas ósseas, como mandíbula e maxilar, os dentes e suas raízes, as cavidades nasais, os seios maxilares, as articulações temporomandibulares (ATM), entre outros detalhes da face. 

Os tecidos duros e macios exibem diferentes graus de radiopacidade (branco) e radiolucidez (preto) nas imagens. Os ossos tendem a ser mais radiopacos, enquanto as estruturas de tecido mole são mais radiolúcidas. Entender esses padrões ajuda a identificar os limites normais das estruturas anatômicas. 

dentista mostrando raio-x para a paciente
Para reconhecer raio-X do dente saudável, é preciso saber diferenciar a opacidade e densidade dos tecidos e estruturas.

Identificação de patologias  

Inchaços, distorções, aumento ou diminuição da radiopacidade podem indicar uma patologia subjacente. Algumas doenças possuem imagens específicas. Cistos, por exemplo, geralmente aparecem como áreas radiolúcidas, enquanto tumores ósseos podem se apresentar como regiões mistas. 

A interpretação dos achados de imagem sempre deve considerar o histórico clínico do paciente, incluindo sintomas, relatos e toda anamnese para uma avaliação mais precisa.

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A perda óssea alveolar pode ser identificada e indicar como sinal de doença periodontal, como um nível menor do osso ao redor dos dentes como defeitos mais localizados. A radiografia também facilita a visualização de lesões de desgaste, principalmente abrasão, atrito e erosão. 

Fraturas podem aparecer como linhas finas e nítidas em comparação com o tecido ósseo ou dentário ao redor. Desalinhamentos, alterações na densidade, integridade dos contornos e deslocamentos também podem auxiliar na identificação. 

Como identificar cárie no raio-X 

Em geral, aparecem como áreas mais escuras na imagem devido à perda mineral no tecido dentário. Os pontos são detectados em superfícies oclusal e interproximal e podem estender-se para dentina, alcançando a polpa. 

Avaliação de tratamentos e diagnósticos 

As imagens são essenciais para acompanhar o progresso de tratamentos dentários, como o movimento de dentes em tratamentos ortodônticos, a osseointragração ou a resolução de lesões após endodontia. 

O sucesso de enxertos ósseos ou implantes, por exemplo, pode ser demonstrado pela densidade ao redor das áreas para verificar a integração adequada. 

A radiografia odontológica é um exame importante para o diagnóstico de diversos problemas bucais. Como cirurgião-dentista, é necessário sempre estar informado e saber qual tipo aplicar para cada situação. 

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