Resina composta: tudo o que o dentista precisa saber

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A resina composta se consolidou como um dos principais materiais restauradores na odontologia contemporânea. Versátil, estética e cada vez mais resistente, ela está presente na rotina clínica de profissionais que buscam aliar performance e previsibilidade nos tratamentos. 

Diante da variedade de resinas odontológicas disponíveis no mercado, é essencial entender suas classificações, indicações e diferenças técnicas para fazer escolhas mais seguras, tanto em consultório quanto no ambiente acadêmico.

Neste artigo, reunimos as principais informações sobre o tema, com foco prático e baseado nas atualizações mais relevantes da odontologia restauradora. Continue lendo e entenda!

O que é resina composta na odontologia?

A resina composta é um dos materiais restauradores mais utilizados na odontologia atual, indicada para reconstruções estéticas e funcionais de dentes anteriores e posteriores. Sua aplicação direta em boca, aliada à boa estética e resistência mecânica, torna o material versátil e indispensável na rotina clínica.

Além da ampla gama de indicações, a evolução tecnológica das resinas odontológicas tem ampliado a durabilidade, a resistência e o controle estético dos procedimentos restauradores.

Qual a composição da resina composta?

A resina composta é formada por 3 componentes principais:

  1. Matriz orgânica: geralmente à base de monômeros como o BIS-GMA, UDMA ou TEGDMA. Essa fase é responsável pela maleabilidade inicial da resina e por sua capacidade de polimerização;
  2. Partículas inorgânicas de carga: como vidro de bário, quartzo ou sílica. São elas que conferem resistência mecânica, estabilidade dimensional e características ópticas ao material;
  3. Sistema de ativação: composto por agentes fotoiniciadores (como a canforoquinona), que permitem o endurecimento do material com o uso de luz halógena ou LED.

A proporção entre esses componentes influencia diretamente as propriedades da resina, como sua resistência, grau de contração, viscosidade e polimento final. Por isso, compreender a composição é essencial para escolher o material adequado a cada caso clínico.

Para o que serve a resina composta?

A resina composta é utilizada para restaurar forma, função e estética de dentes que sofreram algum tipo de perda de estrutura — seja por cárie, fratura, desgaste ou necessidade estética. Sua aplicação direta e a possibilidade de escultura em camadas permitem reproduzir com precisão a anatomia e a cor do dente natural.

Na prática clínica, a resina composta é indicada para uma variedade de procedimentos:

  • Restaurações diretas e indiretas em dentes anteriores e posteriores;
  • Forramento de cavidades, como base ou proteção pulpar;
  • Selamento de fóssulas e fissuras, principalmente em dentes permanentes jovens;
  • Confecção de coroas provisórias ou definitivas em casos selecionados;
  • Restaurações provisórias em reabilitações complexas ou em fases intermediárias de tratamento;
  • Cimentação de próteses e aparelhos ortodônticos quando indicado;
  • Uso como cimento endodôntico em técnicas específicas;
  • Fechamento de diastemas e correções estéticas de forma e volume dental;
  • Colagem de fragmentos dentários em casos de fraturas coronárias;
  • Confecção de núcleos de preenchimento em preparos para coroas.

Resina composta: vantagens e desvantagens

A resina composta é um dos materiais restauradores mais utilizados na odontologia moderna, especialmente em procedimentos estéticos e conservadores. Sua popularidade se deve à capacidade de reproduzir com fidelidade a cor e a forma dos dentes naturais, além de permitir um tratamento minimamente invasivo.

No entanto, como qualquer material, ela apresenta pontos positivos e limitações que devem ser considerados na escolha clínica. Conheça suas principais vantagens e desvantagens a seguir:

Vantagens da resina composta

As resinas compostas oferecem uma série de benefícios que as tornam o material de escolha em muitas situações clínicas. A seguir, estão as principais vantagens desse material:

  • Estética excelente: pode ser feita na cor do dente, proporcionando um resultado natural e discreto, ideal para regiões visíveis;
  • Adesão ao tecido dentário: liga-se quimicamente ao esmalte e à dentina, permitindo a preservação de estrutura dental sadia;
  • Tratamento conservador: requer menos desgaste do dente em comparação com outros materiais, como amálgama ou cerâmica;
  • Versatilidade de uso: indicada para restaurações anteriores e posteriores, facetas diretas, fraturas dentárias, fechamento de diastemas e mais;
  • Facilidade de reparo: pode ser ajustada ou refeita diretamente na boca, sem a necessidade de laboratórios protéticos.

Desvantagens da resina composta

Apesar das suas qualidades, a resina composta também possui limitações que devem ser levadas em conta, especialmente em situações clínicas que exigem maior resistência mecânica ou durabilidade:

  • Sensibilidade pós-operatória: alguns pacientes podem apresentar sensibilidade ao frio ou ao calor nos primeiros dias após a restauração;
  • Contração de polimerização: durante a fotopolimerização, a resina sofre leve retração, o que pode gerar infiltrações se não for bem manipulada;
  • Desgaste com o tempo: em áreas de grande carga mastigatória, pode apresentar desgaste mais rápido em comparação com materiais mais rígidos;
  • Durabilidade menor que cerâmica: embora resistente, tende a ter menor longevidade quando comparada a materiais cerâmicos em restaurações indiretas.

Classificação das resinas compostas

As resinas compostas podem ser classificadas de diferentes maneiras dependendo do critério adotado, como a forma de aplicação clínica e o mecanismo de polimerização.

Essas classificações ajudam o cirurgião-dentista a escolher o material mais adequado para cada tipo de procedimento, considerando fatores como consistência, profundidade da cavidade, tempo clínico e estética desejada. Entenda:

Quanto à indicação clínica (consistência e forma de aplicação)

Essa classificação leva em conta a viscosidade e a forma de uso da resina composta, influenciando diretamente a adaptação do material, sua resistência e o tipo de procedimento onde será utilizada. Cada tipo apresenta características específicas que atendem a diferentes demandas clínicas.

Tipo de resinaCaracterísticasIndicações
Resina de uso universalPode ser usada em diversas situações clínicas.Restaurações em dentes anteriores e posteriores.
Flow (fluida)Baixa viscosidade, boa adaptação. Menor carga inorgânica.Forros cavitários, pequenas restaurações, áreas de difícil acesso.
Bulk fillPermite aplicação em camadas espessas (4–5 mm). Fotopolimerização profunda.Restaurações posteriores rápidas.
Resina para cimentaçãoAdaptada para colagem de pinos, facetas etc.Cimentação adesiva.
Resina para provisóriosUsada para coroas e restaurações temporárias.Restaurações temporárias estéticas.

Quanto ao tipo de ativação (polimerização)

Outra forma de classificar as resinas compostas é de acordo com o método de ativação, ou seja, como o material endurece após ser aplicado. Isso influencia o controle do tempo clínico, a profundidade de cura e a adaptação em áreas de difícil acesso à luz.

Tipo de polimerizaçãoComo funcionaExemplo de uso
FotopolimerizávelEndurece com luz (geralmente LED azul).Restaurações diretas.
Autopolimerizável (quimicamente ativada)Endurece sem luz, por reação química.Núcleos de preenchimento, bases.
DualCombina luz e reação química.Cimentação de pinos ou coroas em áreas com pouca luz.

Quer entender melhor como funciona a chamada resina camaleão e o que a torna tão versátil no consultório? Confira nosso conteúdo completo com tudo o que você precisa saber.

Onde comprar resina composta para dente?

A aquisição de resina composta deve ser feita em locais que garantam a procedência, a qualidade do material e o suporte técnico adequado. Para profissionais da odontologia, é fundamental contar com fornecedores especializados e confiáveis.

A Surya Dental é referência nacional na distribuição de materiais odontológicos e oferece soluções completas para consultórios, clínicas e laboratórios. Além da variedade de marcas e categorias, o diferencial está no atendimento qualificado e na logística eficiente que atende profissionais em todo o Brasil.

Com uma plataforma online intuitiva, a Surya permite que cirurgiões-dentistas façam suas compras com segurança, recebam suporte técnico e tenham acesso a condições facilitadas.

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A resina composta é um dos materiais mais versáteis e indispensáveis na prática clínica odontológica. Com diferentes composições, indicações e formas de aplicação, ela permite restaurar dentes com segurança, estética e durabilidade — desde casos simples até procedimentos mais complexos.

Conhecer as classificações, vantagens e limitações do material é essencial para escolher a resina mais adequada a cada situação, por isso, contar com um fornecedor confiável faz toda a diferença no processo. Continue navegando em nosso blog e entenda as principais diferenças entre lentes de resina e porcelana. Até lá!

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2 comentários
  1. Boa tarde!

    Queria por gentileza, tirar uma preocupação com os senhores, visto eu ter ido ao dentista ontem 09/10/2020), cujo optou por restaurar minhas obturações que caíram, optando usar dessa vez , o material ionomeno de vidro!
    Perguntei se colocaria resina , Igualmente da ultima vez, pois ja havia feito um tratamento exclusivamente para trocar obturações de amalgama de anos atrás , por resina, após tb me informar sobre os possíveis malefícios do amálgama à nossa saúde. Pois bem, chegando em casa após a consulta de ontem, tb fui ler o sobre o ionômeno de vidro e lendo um trabalho publicado, (claro que muito leigamente) pude ver que esse material tem um liberação contínua de flúor, e que contém alumínio, que sabemos serem substâncias que contribuem muito para o desenvolvimento da doença de alzeihmeir. (mercúrio, alumínio, flúor) O que os senhores me aconselham?

    Estou preocupadíssima: meu pai e minha mãe tiveram Alzeihmeir. E eu estou realizando exames para confirmar hepatite medicamentosa, ou aguda. Os outros tipos ja foram descartados. Aguardo resposta, se possivel, pir favor
    Muito obrigada

    1. Olá, Valeria! Tudo bem?
      O melhor a fazer é procurar um profissional da área para tirar todas as dúvidas e receber um diagnóstico correto do caso, pois só ele poderá encaminhar você para a melhor solução.
      Esperamos que dê tudo certo. Abraços!

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