Normas da ANVISA para um consultório odontológico

normas para montar consultório odontológico

Montar um consultório odontológico envolve muito mais do que adquirir equipamentos e decorar o ambiente. Para funcionar dentro das normas, a clínica precisa atender a uma série de exigências legais, estruturais e sanitárias que garantem segurança no atendimento e organização no dia a dia de trabalho.

As normas da Anvisa são o ponto de partida para quem deseja abrir as portas com segurança jurídica e responsabilidade técnica. Elas orientam desde o projeto arquitetônico até o descarte correto dos resíduos gerados nos procedimentos. Seguir essas diretrizes é uma forma de proteger sua equipe, cuidar do paciente e estruturar uma clínica com base sólida.

Neste guia, você vai conhecer os principais pontos exigidos para montar um consultório odontológico regularizado: desde a aprovação do projeto na prefeitura até o manual de boas práticas, passando pela estrutura física, climatização e iluminação. Siga a leitura e descubra como colocar sua clínica para funcionar de forma segura.

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Monte um projeto

O primeiro passo para montar um consultório odontológico envolve a elaboração de um projeto detalhado, que deve contemplar aspectos como a disposição dos ambientes, a infraestrutura necessária, os equipamentos a serem utilizados e as normas sanitárias vigentes. Esse projeto deve ser desenvolvido por profissionais especializados, como arquitetos e engenheiros, que possuam conhecimento sobre as exigências específicas do setor da saúde.

A RDC 50/2002 da Anvisa estabelece diretrizes para o planejamento físico de serviços de saúde, incluindo consultórios odontológicos. O projeto deve prever áreas adequadas para atendimento, esterilização, armazenamento de materiais e resíduos, além de garantir acessibilidade e conforto para pacientes e profissionais.

A elaboração cuidadosa do projeto é fundamental para evitar problemas futuros e assegurar que o consultório atenda às exigências legais e proporcione um ambiente seguro e funcional. Além das normas federais, também é indispensável verificar as regulamentações da sua cidade e do seu estado para garantir que tudo esteja regularizado.

Aprove o projeto na prefeitura

Depois de finalizar o projeto do consultório, é hora de buscar a aprovação junto à prefeitura da sua cidade. Esse processo envolve a análise do projeto arquitetônico e das instalações prediais, verificando se estão em conformidade com o código de obras municipal e as normas sanitárias.

A aprovação é um requisito para a obtenção do alvará de funcionamento, documento que autoriza o início das atividades do consultório. Dependendo do município, podem existir regras adicionais, como distanciamento mínimo entre consultórios, exigências específicas de acessibilidade ou critérios ambientais.

O processo de aprovação pode variar de acordo com a localidade, por isso é recomendável consultar a secretaria de urbanismo ou órgão responsável pela análise de projetos na sua cidade. Ter a documentação completa e cumprir todos os requisitos logo no início do processo ajuda a agilizar a abertura do consultório e evita problemas no futuro.

Projeto arquitetônico e estrutural do consultório

O desenvolvimento do projeto arquitetônico e estrutural vai muito além da estética. Ele deve seguir padrões técnicos que garantam a segurança, o conforto e a eficiência dos atendimentos. A RDC 50/2002 da Anvisa estabelece parâmetros para o dimensionamento e a organização dos ambientes, considerando aspectos como ventilação, iluminação, acessibilidade e fluxo de trabalho.

É importante que o projeto preveja áreas distintas para recepção, atendimento clínico, esterilização, armazenamento de materiais e resíduos, além de sanitários para pacientes e funcionários. As estruturas devem ser planejadas para suportar os equipamentos odontológicos e permitir a instalação adequada das redes elétrica, hidráulica e de gases medicinais, quando necessário.

A escolha de materiais de construção deve considerar a facilidade de limpeza e a resistência a produtos químicos utilizados na rotina do consultório. Um projeto bem elaborado contribui para a eficiência dos processos, a segurança dos pacientes e profissionais, e o cumprimento das normas sanitárias vigentes.

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Foto: Michael Browning

Instalações elétricas e eletrônicas

A parte elétrica de um consultório odontológico exige atenção total, tanto na segurança quanto na funcionalidade. Toda a instalação — desde os pontos de iluminação até as tomadas e circuitos de força — deve seguir rigorosamente as normas da ABNT e as exigências da Anvisa, que são específicas para ambientes de saúde.

No projeto executivo, que será protocolado para obter o alvará de funcionamento do consultório, é preciso ter as seguintes descrições:

  • Localização e características da rede pública de fornecimento de energia elétrica;
  • Sistema de energia: entrada, transformação, medição e distribuição;
  • Sistema de proteção contra raios;
  • Localização e características da rede pública de telefonia;
  • Sistema telefônico;
  • Sistema de computadores;
  • Sistema de radiologia;
  • Sistema de geração de energia de emergência (geradores);
  • Sistema de alarme contra incêndios.

Além disso, é importante prever pontos de energia estrategicamente posicionados para facilitar o uso dos aparelhos e evitar o uso de extensões. As instalações eletrônicas devem contemplar sistemas de informática, telefonia e internet, para a gestão do consultório e o atendimento aos pacientes.

Instalações hidráulicas

As instalações hidráulicas de um consultório odontológico devem ser planejadas para atender às necessidades de abastecimento de água potável e descarte adequado de efluentes. O consultório odontológico deve ter um projeto de instalações hidráulicas (água e esgoto) compatível. Esse documento detalha:

  • Localização da rede pública de fornecimento de água ou a indicação de poço artesiano;
  • Descrição do sistema de abastecimento de água;
  • Previsões do consumo de água;
  • Sistema de proteção e combate a incêndio;
  • Localização da rede pública de esgoto ou a indicação de sistema de tratamento (fossa séptica);
  • Localização de galeria para drenagem de águas pluviais;
  • Sistema de tratamento de esgoto;
  • Sistema de tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS);
  • Centrais de gases medicinais, vácuo e vapor, se houver, incluindo redes e pontos de consumo.

É necessário prever pontos de água em locais estratégicos, como pias para higienização das mãos, equipamentos odontológicos e áreas de esterilização. O sistema de esgoto deve ser dimensionado para suportar o volume de resíduos líquidos gerados, incluindo os provenientes da limpeza de instrumentos e do uso de cuspideiras.

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Você pode gostar também: como fazer a limpeza correta das peças de mão.

Sistema de climatização

A climatização adequada de um consultório odontológico é fundamental para proporcionar conforto térmico a pacientes e profissionais, além de contribuir para a conservação de materiais e equipamentos. A seguir, apresentamos os principais elementos que devem ser considerados na elaboração dos projetos:

  • Áreas que serão climatizadas ou ventiladas;
  • Previsão de consumo de energia elétrica;
  • Localização dos pontos de consumo elétrico com determinação de potência, tensão e número de fases.

É importante que o ar-condicionado possua filtros eficientes para a retenção de partículas e microrganismos, auxiliando na manutenção da qualidade do ar. A manutenção periódica dos aparelhos, incluindo a limpeza e a troca de filtros, é necessária para evitar a proliferação de fungos e bactérias.

Ambientes do consultório odontológico: o que é exigido

A estrutura física de um consultório odontológico deve seguir as normas da Anvisa, que estabelecem dimensões mínimas para garantir a segurança, a higiene e o conforto de pacientes e profissionais.

Em espaços onde apenas um dentista atua, a área não pode ser inferior a 9 m². Já em clínicas com múltiplos profissionais atendendo simultaneamente, o tamanho deve ser planejado conforme a quantidade de equipamentos e o fluxo de circulação necessário para garantir conforto e segurança.

Regras de distanciamento entre equipamentos

O posicionamento da cadeira odontológica e dos demais itens deve respeitar espaçamentos específicos para permitir a movimentação da equipe e reduzir o risco de contaminação:

  • Espaço ao redor da cadeira odontológica: é preciso deixar ao menos 80 cm livres na parte da cabeceira (frontal) e mais de 1 metro nas laterais. Esse espaço é fundamental para que o dentista e o auxiliar possam se movimentar com facilidade durante o atendimento;
  • Entre cadeiras em clínicas com múltiplos atendimentos: quando mais de uma cadeira odontológica é instalada no mesmo ambiente, deve haver uma distância mínima de 2 metros entre elas. Isso ajuda a evitar a propagação de aerossóis e minimiza o risco de contaminação cruzada.

Ambientes obrigatórios e suas dimensões

Além da sala de atendimento, outros espaços são obrigatórios no consultório:

  • Sala de espera: pelo menos 1,2 m² por pessoa, considerando pacientes e acompanhantes;
  • Depósito de material de limpeza (DML): mínimo de 2 m², com tanque instalado;
  • Sanitários para pacientes:
    • Individual comum: 1,6 m²;
    • Acessível para pessoas com deficiência: mínimo de 3,2 m²;
    • Coletivo: uma bacia sanitária e um lavatório a cada seis pessoas.
  • Central de material esterilizado (CME): deve ser dividida em duas áreas separadas:
    • Área suja: para lavagem e descontaminação dos instrumentos, com pia e bancada;
    • Área limpa: para preparo, esterilização e armazenamento, com bancada e armários;
    • Cada uma das salas deve ter, no mínimo, 4,8 m².

Ambientes opcionais e suas recomendações

  • Sanitários para funcionários: área mínima de 1,6 m²;
  • Depósito de equipamentos e materiais: não possui metragem mínima definida;
  • Sala administrativa: recomendada área de 5,5 m² por pessoa;
  • Copa: mínimo de 2,6 m².

A disposição estratégica dos ambientes facilita o atendimento eficiente e a manutenção da higiene, aspectos indispensáveis para a qualidade dos serviços prestados. A disposição dos ambientes deve permitir um fluxo contínuo e evitar cruzamentos entre materiais limpos e sujos, contribuindo para a biossegurança.

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Materiais de acabamento: o que considerar

A escolha dos materiais de acabamento em consultórios odontológicos vai além da estética. Ela tem papel importante na prevenção de infecções, ajudando a criar barreiras físicas contra a contaminação, facilitando a limpeza e contribuindo para a qualidade do ar nos ambientes.

Veja abaixo quais são os materiais mais indicados para cada tipo de superfície:

Paredes, pisos e tetos

Devem ser revestidos com materiais resistentes à lavagem e ao uso frequente de desinfetantes. A instalação deve ser bem feita para evitar frestas, emendas e ranhuras, que dificultam a limpeza e favorecem o acúmulo de sujeira.

Divisórias removíveis

Não são permitidas em áreas críticas, como salas onde ocorrem procedimentos cirúrgicos ou com alto risco de contaminação. Já as paredes pré-fabricadas são aceitas, desde que sejam laváveis e tenham superfície lisa, sem ranhuras ou relevos.

Tintas

Podem ser usadas em áreas molhadas, desde que sejam resistentes à lavagem e à ação de desinfetantes, pois são importantes para a biossegurança do consultório. Não devem ser aplicadas com pincel, para evitar marcas que dificultem a limpeza.

Rodapés

O encontro entre o rodapé e o piso deve permitir uma limpeza completa, sem cantos onde a sujeira possa se acumular. Evite modelos arredondados, pois são mais difíceis de higienizar com eficiência.

Forros

Em áreas críticas, forros removíveis são proibidos. A escolha dos materiais para acabamento do consultório precisa considerar critérios de segurança e higiene.

Outra recomendação importante é que os forros e os revestimentos sejam resistentes ao calor e aos produtos químicos usados na limpeza, prolongando sua durabilidade e mantendo o ambiente seguro.

Cortinas

Se forem usadas, devem ser feitas de material lavável e passar por limpeza frequente. Como alternativa, vale considerar o uso de películas protetoras nos vidros ou brises-soleil nas fachadas. Essas soluções bloqueiam a luz solar e têm a vantagem de não acumular poeira.

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Plano de Gerenciamento de Resíduos

Todo consultório odontológico precisa elaborar e implementar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). Esse documento define as práticas necessárias para o correto manejo dos resíduos produzidos no exercício da atividade. A RDC 222/2018 da Anvisa estabelece diretrizes para a elaboração e implementação do PGRSS, visando à proteção da saúde pública e do meio ambiente.

O plano deve contemplar a identificação, a segregação, o acondicionamento, o transporte interno, o armazenamento temporário, a coleta e a destinação final dos resíduos. É necessário classificar os resíduos de acordo com sua natureza, como infectantes, químicos e perfurocortantes, e adotar medidas específicas para cada tipo.

O material infectante, como resíduos biológicos, deve ser descartado exclusivamente em saco plástico branco leitoso, colocado em lixeira com tampa acionada por pedal. Esse saco deve ser substituído quando atingir dois terços da capacidade ou, no máximo, a cada 24 horas, mesmo que não esteja cheio.

Uma informação que nem todos sabem: além do PGRSS, alguns municípios exigem que clínicas odontológicas contratem empresas especializadas no recolhimento e na destinação de resíduos infectantes, perfurocortantes e químicos, como amálgama e produtos com mercúrio, reforçando a responsabilidade ambiental do estabelecimento.

Para segurança, não coloque essas caixas no chão nem sobre pias ou bancadas. O local de descarte deve ser de fácil acesso, mas sempre longe de áreas que possam gerar contaminação cruzada.

Instalação e armazenamento do compressor odontológico

O compressor odontológico exige cuidados específicos na instalação para garantir a qualidade do ar utilizado nos procedimentos. Isso ajuda a preservar a qualidade do ar comprimido e a evitar ruídos excessivos. O equipamento pode gerar cerca de 60 decibéis, o que compromete o conforto acústico.

Evite instalar o compressor:

  • Dentro da sala de atendimento;
  • Próximo a sanitários, áreas de resíduos ou ambientes com risco de contaminação;
  • Em locais inadequados como garagens, porões, depósitos ou despensas.

Outra boa prática é prever uma área de fácil acesso para manutenção periódica do equipamento, para facilitar inspeções, trocas de filtros e drenagem do reservatório, o que contribui diretamente para a vida útil do compressor e para a segurança dos atendimentos.

Acessibilidade, conforto térmico e iluminação

O projeto do consultório odontológico também precisa contemplar itens que garantam acessibilidade, conforto e bem-estar para todos os usuários. Isso significa oferecer acesso facilitado para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, sejam pacientes, profissionais ou acompanhantes. Alguns pontos importantes incluem:

  • Guias rebaixadas nas calçadas, para passagem de cadeiras de rodas;
  • Corredores com corrimão em pelo menos um dos lados;
  • Plataforma mecânica ou escadas são suficientes em imóveis com até dois pavimentos;
  • Elevador ou rampas obrigatórios em imóveis com três ou mais pavimentos.

Essas medidas favorecem a inclusão e seguem as normas de acessibilidade previstas por lei.

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Foto: Martha Dominguez de Gouveia

Já o conforto térmico deve considerar a quantidade de pessoas no ambiente, os equipamentos utilizados e as atividades realizadas. É importante manter a temperatura agradável e a ventilação adequada, principalmente em áreas fechadas ou com uso constante de aparelhos geradores de calor.

E, por fim, a iluminação deve oferecer boa visibilidade, sem sombras ou ofuscamentos, principalmente nas salas de atendimento. O ideal é optar por:

  • Lâmpadas LED ou fluorescentes;
  • Luminárias com refletores, que direcionem a luz de forma eficiente.

Essa escolha melhora a precisão nos procedimentos e contribui para o bem-estar de profissionais e pacientes.

Elaboração do Manual de Boas Práticas de Funcionamento

O Manual de Boas Práticas de Funcionamento (MBPF) é um documento que descreve as rotinas e procedimentos adotados no consultório odontológico para assegurar a qualidade e a segurança dos serviços prestados.

Conforme a RDC 63/2011, sua elaboração é obrigatória e deve contemplar aspectos como controle de infecções, gerenciamento de resíduos, manutenção de equipamentos e capacitação da equipe. O MBPF serve como referência para a equipe, promovendo a padronização das atividades e facilitando a fiscalização pelos órgãos competentes.

Requisitos para a sala de esterilização

A sala de esterilização deve ser projetada de acordo com as diretrizes da RDC 50/2002, contemplando áreas distintas para a recepção de materiais sujos, limpeza, preparo e esterilização. Essa separação física é fundamental para evitar a contaminação cruzada. Além disso, é importante que o ambiente seja ventilado, iluminado e equipado com pias, bancadas e equipamentos adequados para o processamento dos materiais.

Capacitação e qualificação da equipe

Conforme a RDC 63/2011, é fundamental que todos os profissionais envolvidos nas atividades do consultório odontológico estejam devidamente capacitados e qualificados para desempenhar suas funções.

A equipe deve receber treinamentos periódicos sobre biossegurança, protocolos clínicos, uso de equipamentos e gerenciamento de resíduos. Essa capacitação contínua contribui para a melhoria da qualidade dos serviços e para a segurança dos pacientes e profissionais.

Cumprir as normas exigidas para montar um consultório odontológico é uma etapa fundamental para atuar com segurança, profissionalismo e dentro da lei. Desde o projeto inicial até a organização dos ambientes, cada detalhe influencia diretamente na qualidade do atendimento e no bem-estar de quem circula pela clínica.

Com tudo regularizado, o próximo passo é pensar na experiência do paciente. E isso começa pela sala de espera, que muitas vezes é o primeiro contato com o consultório.

Quer saber como tornar esse espaço mais confortável, acolhedor e funcional? Leia nosso próximo conteúdo: como melhorar a sala de espera do consultório.

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  1. Achei o artigo muito útil. Até porque estou construindo o.meu próprio consultório. É as informações valeram muito com certeza. Parabéns. Grata

  2. boa noite
    vc tem como me ajudar em como montar meu consultório odontológico, e quais documentações necessárias para legalidade junto aos órgãos competentes

    1. Olá, Lucimar,

      os documentos são esses: documentação na Junta Comercial do seu estado; registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO); CNPJ; cópia autenticada de CPF e RG; IPTU do imóvel; cópia do contrato de locação ou compra e venda; alvará de funcionamento.

      Abraço.

  3. Para montar um clínica odontológica de pequeno porte, 2 consultórios, o proprietário precisa ser dentista, ou pode ser apenas um investidor?

  4. Gostei muito. Tenho uma dúvida, posso montar um consultório particular de uma só cadeira em uma casa de rua? Já sou aposentado mas não quero parar de trabalhar. O endereço é residencial mas teria um acesso próprio. Obrigado

    1. Olá, Elizabeth, para isso você precisará de uma Licença da Anvisa, Cnes, Alvará da Prefeitura e Limpurb, normalmente. Esses órgãos teriam que verificar o endereço residencial e fornecer as permissões necessárias. Caso isso ocorra, você poderá trabalhar normalmente.

  5. Olá, estou em busca de empresa de construção / arquitetura para efetuar projeto e execução de obras. Teria alguma indicação?

    1. Bom dia, Eduardo,
      essa escolha é muito pessoal, pois depende do que você espera do projeto, tamanho da obra, preço, entre outras questões. Recomendamos que converse com profissionais da área, eles poderão fazer boas indicações.
      Continue acompanhando nosso blog!

    2. Olá Eduardo, sou profissional da área de arquitetura e construção e atuo na área de consultórios há 5 anos, posso te ajudar com seu projeto.
      Entre em contato (61) 991049234 – Janaina Portela.

  6. Oi
    Boa noite!
    Tenho uma clínica de estética com três salas, numa das salas gostaria de montar um consultório para minha filha que se formou, será se terei algum problema ?

    1. Olá, Helio,

      você precisará do alvará para seu consultório. Além disso, é necessário pensar no paciente, e se não haverá nenhum tipo de desconforto para ele, ou até para os outros moradores da sua casa.
      Muito obrigado pelo comentário, continue acompanhando nossas dicas!

    1. Olá, Gislaine! Tudo bem?

      De acordo com o manual da Anvisa “Serviços Odontológios”, nas páginas 19 e 20, diz o seguinte: “Os materiais para o revestimento de paredes, pisos e tetos de ambientes de áreas críticas e semicríticas devem ser resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes. Devem ser sempre priorizados materiais de acabamento que tornem as superfícies monolíticas, ou seja, não possuam ranhuras ou perfis estruturais aparentes, mesmo após o uso e limpeza freqüente. Os materiais, cerâmicos ou não, quando usados nas áreas críticas, não podem possuir índice de absorção de água superior a 4%, individualmente ou depois de instalados no ambiente, além do que o rejunte de suas peças, quando existir, também deve ser de material com esse mesmo índice de absorção. O uso de cimento sem qualquer aditivo antiabsorvente para rejunte de peças cerâmicas ou similares é vedado tanto nas paredes quanto nos pisos das áreas críticas.”

      Esperamos ter ajudado! Agradecemos o seu comentário e convidamos você a se cadastrar em nossa newsletter para receber mais dicas e novidades sobre o universo da odontologia!

  7. adorei , estou a 2 meses indo e vindo na vigilancia sanitaria para obter informaçoes de como abrir uma clinica odontologica, e tao dificil que vc procura outros meios para ter informaçao, graças a este site obtive em 15 minutos o que vinha procurando, parabens e obrigado,

    1. Olá, Mara! Como vai?
      Como é bom saber que ajudamos você!

      Aproveitamos para te convidar a assinar a nossa newsletter, onde enviamos conteúdos, dicas e outras informações para profissionais da odontologia.
      Desejamos o melhor para o seu consultório. Abraços!

  8. Olá, adorei o texto, realmente útil e esclarecedor!! Tenho algumas dúvidas, pois estou alugando um ponto e gostaria de saber se é possível regularizar para abrir lá o consultório. É obrigatório o consultório ter sala de esterilização? Pois estou com parceria para receber os materiais estéril de uma clínica que fica a 5 minutos desse ponto. E a sala de material de limpeza, pode ter alguma parede de compensado ou pvc ? Agradeço desde já !!

    1. Olá, Rubens! Tudo bem?
      Ficamos felizes em poder ajudar você.

      Sobre a regularização do espaço, indicamos que você entre em contato com a prefeitura de sua cidade, pois algumas regras mudam de município para município, ou de estado para estado. Eles poderão esclarecer melhor esse processo.

      Quanto ao material das paredes, a Anvisa possui um manual que explica todas as regras sanitárias que devem conter no consultório, que é este: https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_odonto.pdf
      No manual consta que os materiais de acabamento de pisos e paredes devem ser resistentes a lavagens e ao uso de desinfetantes, e não devem ter ranhuras. Você pode também consultar a prefeitura da sua cidade ou o serviço sanitário para conferir se esse material é aprovado ou não.

      Sobre a sala de esterilização separada, a Anvisa diz o seguinte:
      “Lembramos que, num consultório simples (com uma cadeira), não é necessário ter sala separada para a esterilização de materiais. No entanto, o fluxo correto dos materiais, de forma a não misturar materiais sujos, limpos e estéreis, é indispensável, mantendo a barreira técnica.” (fonte: https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/biss/2007/02_010607_pecados_odontologia.htm)

      Esperamos ter ajudado. Abraços!

  9. Bom dia. Tenho consultório dentário com 1 cadeira e gostaria de colocar a segunda cadeira. Como deveria ser a disposição, tamanho, estrutura e divisoria, precisa ter porta para separar as cadeiras?

    1. Olá, Marcio! Tudo bem?
      De acordo com o CRO-SP, consultórios coletivos é permitido, desde que respeite o distanciamento mínimo das cadeiras seja de 1m². Na cabeceira deve haver uma distância mínima de 0,8m e de 1m das laterias.

      Quanto as divisórias, segundo o CRO-SP, elas devem ser de fórmica ou outro material que seja lavável e impermeável. A altura deve assegurar a separação visual entre os ambientes, portanto, não precisa necessariamente alcançar o teto.

      Para mais informações, você pode consultar o Conselho Regional de Odontologia do seu estado e conferir as especificidades solicitadas.

      Agradecemos o seu comentário e convidamos você a se cadastrar em nossa newsletter para receber no seu e-mail dicas e novidades do universo da odontologia.

      Abraços!

    1. Olá, Marcio! Tudo bem?
      De acordo com o CRO-SP, consultórios coletivos é permitido, desde que respeite o distanciamento mínimo das cadeiras seja de 1m². Na cabeceira deve haver uma distância mínima de 0,8m e de 1m das laterias.

      Quanto as divisórias, segundo o CRO-SP, elas devem ser de fórmica ou outro material que seja lavável e impermeável. A altura deve assegurar a separação visual entre os ambientes, portanto, não precisa necessariamente alcançar o teto.

      Para mais informações, você pode consultar o Conselho Regional de Odontologia do seu estado e conferir as especificidades solicitadas.

      Agradecemos o seu comentário e convidamos você a se cadastrar em nossa newsletter para receber no seu e-mail dicas e novidades do universo da odontologia.

      Abraços!

  10. Olá se abrir um consultório novo é obrigatório que o banheiro tenha acessibilidade para cadeirantes? É possível ter um consultório em um prédio de 2 andares, sendo o consultório no 2 andar e acesso somente de escadas? Obrigada pelas suas informações texto muito bem detalhado!

    1. Olá, Tatiana! Tudo bem?
      No ano de 2004, foi instituído pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) o código de acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, definido as modificações fundamentais em construções para facilitar a mobilidade de pessoas com deficiência

      Essa regra prevê que, nos serviços relativos à saúde, pelo menos uma das salas deve ser acessível e estar em uma rota de fácil acesso. Além disso, 10% dos banheiros devem ser destinados a pessoas com deficiência, sendo pelo menos um por pavimento.

      Você pode ler mais sobre o assunto neste post: https://blog.suryadental.com.br/normas-para-montar-um-consultorio-odontologico/

      Esperamos ter ajudado. Abraços!

  11. Olá.
    Estou finalizando minha obra . Será de 2 andares. A contadora me falou que eu não preciso de plataforma… Mas a arquiteta diz que é necessário …como saber se precisa mesmo ou não…

    1. Olá, Carolina! Tudo bem?
      Nós indicamos que você siga as recomendações da sua arquiteta, já que ela é a profissional com propriedade para falar sobre essas questões de estrutura.
      Além disso, no ano de 2004, foi instituído pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) o código de acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, definido as modificações fundamentais em construções para facilitar a mobilidade de pessoas com deficiência. Essa regra prevê que, nos serviços relativos à saúde, pelo menos uma das salas deve ser acessível e estar em uma rota de fácil acesso.

      A nossa dica é garantir acessibilidade a pessoas com deficiência, considerando que elas devem ser inclusas na sociedade e serviços de saúde.

      Esperamos ter ajudado. Agradecemos o seu comentário!

  12. Olá, estou me formando agora é querendo montar um consultório com duas cadeiras! É obrigatório ter banheiro na recepção!?? E tem que ter acessibilidade para cadeirantes?

    1. Olá, Barbara! Tudo bem?
      Sobre a acessibilidade, criamos um conteúdo especial sobre o assunto e você pode conferir algumas informações aqui: https://blog.suryadental.com.br/acessibilidade-no-consultorio-odontologico/. É necessário ter acessibilidade dentro do consultório. Pelo menos uma sala deve ser de fácil acesso e 10% dos banheiros precisam ser acessíveis. Você pode conferir com um arquiteto da sua confiança todos esses detalhes também.

      Indicamos também a leitura da página de perguntas do Crosp: http://www.crosp.org.br/faq/categoria/10-vigilncia-sanitria.html

      Esperamos ter ajudado. Abraços!

  13. Boa tarde,
    Estou elaborando um projeto de clínica e gostaria de sanar algumas dúvidas, podes ajudar-me?
    1 – Para a cadeira odontológica é necessário um sistema de bomba a vácuo?
    2 – No consultório é preciso ter gases medicinais, O2?

    Obrigado pela disponibilidade e ensinamentos.

  14. Boa noite, tudo bem? Estou executando um projeto de uma clínica odontológica em um local alugado e gostaria de saber quais as plantas devo apresentar para aprovação na vigilância sanitária, e se é necessário fazer aprovação com plantas na vigilância ou somente na prefeitura.

  15. Boa tarde, tudo bem? Estou fazendo um projeto de uma clínica odontológica em um local alugado e gostaria de saber quais as plantas necessárias para aprovação na vigilância sanitária, e se é necessário apresentar as plantas na vigilância sanitária ou somente na prefeitura.

  16. Resido em um sobrado de tres andares, estou pensando em deixar o andar terreo todo separado para consultorio/ sala comercial, sera que pode?

  17. É necessário ter um espaço só para esterelização ?
    É proibido lavar e esterelizar o material sujo no mesmo espaço do atendimento ou seja dentro do consultório ?

    1. Olá, Lucas! Tudo bem?
      No manual da Anvisa traz a seguinte informação:
      Central de material esterilizado (CME) simplificada com dois ambientes
      contíguos, a saber:
      • ambiente sujo – sala de lavagem e descontaminação de materiais com bancada, pia e guichê para a área limpa (sala de esterilização de material),
      com área mínima de 4,8 m2
      .
      • ambiente limpo – sala de preparo/esterilização/estocagem de material,
      com bancada para equipamentos de esterilização, armários para guarda
      de material e guichê para distribuição de material, com área mínima de
      4,8 m².

      Caso tenha interesse de ler o manual da Anvisa, aqui está o link: https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_odonto.pdf

      Agradecemos o seu comentário. Abraços!

  18. O compressor não deve ser instalado dentro do consultório em função do ruído que pode causar, mas pode ser instalado do lado de fora e azucrinar a vida dos vizinhos? O dentista e seus pacientes em paz e os vizinhos no inferno? É justo isso?

    1. Olá, Ana! Como vai?
      A instalação do compressor em local externo é uma recomendação da Anvisa. Para evitar o incômodo na vizinhança pode ser feita uma proteção acústica, desde que ela permita a troca de ar.
      Agradecemos o seu comentário. Abraços!

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