Além do cirurgião-dentista, há outras opções de áreas para quem quer trabalhar dentro da odontologia. Uma delas é o técnico em prótese dentária (TPD), profissional essencial para devolver aos pacientes a capacidade de mastigar e, também, a autoestima.
Neste conteúdo, separamos todas as informações que você precisa saber para seguir neste ramo, como funções, salário, responsabilidades e muito mais. Boa leitura!
O que faz um técnico em prótese dentária?
O nome da função fala bastante sobre si. Este técnico é quem confecciona e trabalha exclusivamente com próteses dentárias, em parceria com o cirurgião-dentista, que encaminhará ao profissional as informações necessárias para a produção das peças.
O objetivo principal, como explicamos no início, é devolver às pessoas a capacidade de mastigar corretamente, já que esses pacientes, ao perder dentes, ficam prejudicados no quesito de alimentação, o que impacta a saúde do indivíduo.
Além disso, a prótese é uma forma de devolver a autoestima, afinal, é comum que pacientes sem alguns dentes se sintam mais inseguros, sorriem menos e, até mesmo, sofram impactos na vida profissional e social.
De acordo com o artigo 6º da Lei 6.710 (que regulamenta a profissão), as funções do profissional são:
- Enceramento e escultura dental;
- Troquelamento de modelos;
- Confecção de facetas laminadas;
- Confecção de próteses totais;
- Confecção de próteses fixas;
- Fundição e confecção de próteses parciais removíveis;
- Confecção de próteses flexíveis;
- Caracterização de próteses;
- Confecção de próteses metalo-cerâmica, cerâmica, porcelana, resina e outras;
- Fundição e usinagem de núcleos metálicos para próteses e assemelhados;
- Confecção de próteses “on lay” e “in lay”;
- Confecção de prótese sobre implante;
- Confecção de aparelhos ortodônticos;
- Confecção de placas de clareamento dental;
- Confecção de placas de bruxismo.
- Desenvolver e colaborar em pesquisas, em sua área de atuação;
- Participar de treinamento e capacitação de técnicos em prótese odontológica;
- Desempenhar outras atribuições no âmbito de sua área de formação técnica.
E o que é vetado ao TPD?
Tão importante quanto saber as funções que competem ao técnico em prótese dentária é conhecer quais são vetadas, afinal, é uma questão legislativa e o descumprimento tem consequências.
O TPD não deve prestar assistência direta ou indireta aos pacientes, sem a supervisão de um cirurgião-dentista. Assim como está proibido de realizar qualquer procedimento na cavidade bucal das pessoas.
Por último, o técnico em prótese dentária não pode ter em sua oficina qualquer tipo de equipamento ou instrumento que seja específico do consultório odontológico.
Onde o TPD pode atuar?
Agora que você já sabe o que faz um protesista dentário, deve estar se perguntando em quais ambientes ele pode atuar. Uma opção são os laboratórios especializados nessa área, que prestam serviço terceirizado para dentistas e clínicas.
Dar cursos, palestras e aulas são alternativas para quem deseja trabalhar em escolas técnicas, e não necessariamente em laboratórios.
Técnico em prótese dentária: salário
O salário é mais uma das informações importantes sobre a área. Segundo o site Vagas, a remuneração média é de R$ 2.137, embora isso não seja necessariamente uma regra — afinal, crescer profissionalmente e ganhar mais é algo que depende do seu desenvolvimento, da busca por melhorias e outros fatores.
Como se tornar um técnico em prótese dentária?
Para atuar como TPD, a Lei 6.710 prevê que é obrigatório o diploma ou o certificado de conclusão do curso de técnico em prótese dentária por instituições reconhecidas. Em seguida, o profissional precisa ter registro no Conselho Federal de Odontologia e no Conselho Regional de Odontologia.
Para fazer o curso, é exigido o ensino médio completo. Há também profissionais que são formados em odontologia e optam por ingressar no técnico de prótese dentária para trabalhar dentro dessa área.
O que aprende no curso de técnico em prótese dentária?
Ao longo do curso, conhecimentos técnicos e teóricos são desenvolvidos, fazendo com que o profissional vá além da prática e tenha base científica para tomar todas as decisões necessárias na rotina.
O futuro TPD vai aprender:
- Anatomia e escultura dental;
- Materiais necessários para confecção e manutenção de próteses;
- Diferentes tipos de próteses;
- Cerâmica pura;
- Estética e reabilitação;
- Administração para abrir e gerir o próprio negócio;
- Técnicas de escultura;
- Tecnologias que agregam o trabalho do TPD;
- Biossegurança.
Esses são apenas alguns tópicos da infinidade de coisas que são aprendidas ao longo do curso e que vão sustentar a profissão. É claro que, além do técnico, convém manter-se sempre atualizado e buscar por cursos de imersão, aperfeiçoamento etc.
Como vimos até agora, para ser TPD é necessário uma série de conhecimentos, que são adquiridos no curso, a ética da profissão e, claro, as habilidades desenvolvidas no dia a dia. Ao longo do tempo, todos esses saberes vão se aperfeiçoando com a experiência da rotina e também com a busca por evolução.
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