Arquivos Dicas e Produtos - Surya Dental https://blog.suryadental.com.br/category/produtos-odontologicos/ Mon, 08 Dec 2025 19:25:25 +0000 pt-BR hourly 1 https://blog.suryadental.com.br/wp-content/uploads/2022/08/cropped-surya-1-e1652876833917-180x180-1-80x80.png Arquivos Dicas e Produtos - Surya Dental https://blog.suryadental.com.br/category/produtos-odontologicos/ 32 32 Biossegurança na odontologia: guia essencial para acadêmicos https://blog.suryadental.com.br/biosseguranca-na-odontologia/ https://blog.suryadental.com.br/biosseguranca-na-odontologia/#respond Tue, 07 Oct 2025 12:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=4644 Você sabia que a segurança no consultório odontológico começa antes mesmo de atender o paciente? Cada detalhe — desde a preparação dos instrumentos até o descarte de resíduos — faz diferença para evitar riscos de contaminação e garantir um ambiente seguro. A biossegurança não é apenas cumprir normas: é proteger vidas, preservar a saúde de todos e fortalecer a confiança no atendimento.

No dia a dia clínico, profissionais lidam com sangue, saliva, aerossóis e superfícies potencialmente contaminadas. Sem protocolos claros, essas situações podem causar transmissão de doenças e acidentes com instrumentos perfurocortantes. Por isso, compreender e aplicar corretamente as práticas de biossegurança na odontologia é fundamental para qualquer acadêmico ou profissional que queira atuar de forma responsável e eficiente.

E mais: a biossegurança vai além do básico. Ela envolve planejamento, treinamento da equipe, uso correto de EPIs, esterilização rigorosa e adoção de tecnologias que evoluem constantemente. Protocolos pós-pandemia reforçam essas práticas, mostrando como a odontologia se adapta a novos desafios e garantindo um cuidado completo com pacientes e profissionais.

Neste guia, você vai encontrar normas, técnicas, exemplos práticos e soluções inovadoras para aplicar a biossegurança em diferentes contextos clínicos.

O que é biossegurança na Odontologia?

A biossegurança na odontologia é o conjunto de práticas, normas e protocolos que visam prevenir a transmissão de doenças entre pacientes, profissionais e o ambiente clínico. Ela envolve a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), higienização de instrumentos, desinfecção de superfícies e o manejo adequado de resíduos.

Esses procedimentos são fundamentados em legislações e regulamentações nacionais, como as normas da ANVISA e do Conselho Federal de Odontologia, garantindo que a prática clínica seja segura e padronizada.

Além disso, a biossegurança engloba ações preventivas, como a ventilação adequada do consultório, o controle de fluxos de pacientes e a implementação de tecnologias que reduzem a exposição a microrganismos. Ela não se limita apenas aos atendimentos diretos: todas as etapas do atendimento odontológico, do preparo do ambiente à finalização do procedimento, são consideradas dentro desse conceito, reforçando a importância de uma rotina segura e organizada.

Qual a importância da biossegurança na odontologia?

A biossegurança é essencial para proteger a saúde de pacientes e profissionais, evitando a transmissão de doenças infecciosas, como hepatites, HIV, tuberculose e infecções respiratórias. Além de preservar vidas, essas práticas aumentam a confiança do paciente, que percebe o cuidado e a responsabilidade do profissional. Em um consultório odontológico, onde há contato direto com sangue, saliva e aerossóis, a aplicação correta das medidas de biossegurança é crucial para reduzir riscos.

Além do aspecto de proteção, a biossegurança também contribui para a eficiência e organização clínica. Consultórios que seguem protocolos claros e padronizados conseguem atender de forma mais segura, reduzir retrabalhos e minimizar falhas. Profissionais treinados em biossegurança trabalham com mais confiança, e clínicas que comprovam o cumprimento de normas fortalecem sua credibilidade junto a órgãos reguladores e pacientes.

Quais são as principais normas e legislações?

No Brasil, a prática segura da odontologia é respaldada por legislações da ANVISA e do Conselho Federal de Odontologia (CFO), que definem padrões de biossegurança para profissionais, pacientes e meio ambiente. Entre os documentos mais relevantes estão:

  • RDC 15/2012 (ANVISA): regulamenta as boas práticas para serviços de saúde, incluindo esterilização, desinfecção e controle de instrumentos;
  • RDC 50/2002 (ANVISA): orienta sobre o planejamento físico e operacional dos estabelecimentos odontológicos;
  • Resoluções do CFO: determinam o uso correto de EPIs, descarte de resíduos e condutas éticas;
  • Normas universais de biossegurança: todo material biológico deve ser tratado como potencialmente contaminante, independentemente do histórico do paciente.

O conhecimento dessas normas permite ao profissional executar procedimentos seguros, proteger a si mesmo e ao paciente, além de manter a clínica em conformidade legal.

Quais são as boas práticas de biossegurança na odontologia?

Aplicar boas práticas de biossegurança é essencial para manter o consultório seguro, reduzir riscos de contaminação cruzada e proteger pacientes e profissionais. Essas práticas envolvem higiene, uso de EPIs, organização do ambiente e protocolos padronizados, garantindo que cada procedimento seja realizado de forma segura e eficiente.

1. Higienização das mãos: prevenção essencial

A higienização correta das mãos é considerada a medida mais simples e eficaz para evitar a transmissão de microrganismos. Deve ser realizada antes e depois de cada atendimento, utilizando sabonete antisséptico ou álcool 70%, cobrindo toda a superfície das mãos e punhos.

Essa prática reduz significativamente a contaminação cruzada entre pacientes, instrumentos e superfícies do consultório. Além disso, a higienização adequada das mãos ajuda a proteger contra doenças infecciosas como hepatites, HIV e infecções respiratórias, sendo a base de toda a rotina de biossegurança.

2. Uso de EPIs: barreiras de proteção

Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como luvas, máscaras, aventais, óculos e toucas criam barreiras físicas que protegem profissionais e pacientes contra sangue, saliva e aerossóis. O uso correto desses itens, aliado à substituição entre atendimentos e descarte adequado, é fundamental para prevenir a contaminação cruzada.

Além disso, EPIs na odontologia, quando bem aplicados, aumentam a confiança do paciente no profissional e contribuem para a credibilidade da clínica. Alguns exemplos práticos incluem o uso de luvas duplas em procedimentos cirúrgicos e máscaras N95 em atendimentos com alto risco de aerossóis.

3. Esterilização e desinfecção: instrumentos e superfícies seguras

A esterilização completa de instrumentos perfurocortantes em autoclaves elimina todos os microrganismos, incluindo esporos, garantindo que cada instrumento esteja seguro para o próximo atendimento. Já a desinfecção de superfícies e equipamentos odontológicos não críticos entre pacientes evita contaminações secundárias.

Limpeza prévia com ultrassom ou escovação, uso de desinfetantes adequados e monitoramento rigoroso de indicadores biológicos tornam esses processos mais confiáveis. A manutenção de registros de cada ciclo de esterilização permite rastreabilidade, essencial para auditorias e comprovação de conformidade.

4. Descarte correto de resíduos: segurança e responsabilidade

O descarte de resíduos clínicos é parte central da biossegurança. Lixo comum, reciclável e perfurocortante devem ser separados e armazenados em recipientes específicos e sinalizados, conforme normas da ANVISA. Essa prática protege a equipe contra acidentes com objetos cortantes, reduz riscos de contaminação ambiental e contribui para a sustentabilidade.

Além disso, procedimentos de descarte bem estruturados ajudam a manter o consultório organizado e garantem que todos os protocolos sejam seguidos de forma consistente.

5. Organização do consultório: fluxo e ambiente seguros

Um consultório organizado, com áreas definidas para instrumentos limpos e usados, ventilação adequada e sinalização clara, reduz significativamente os riscos de contaminação cruzada. O fluxo correto de pacientes, combinado com a separação de áreas críticas e armazenamento adequado de materiais de cirurgia e outros materiais, permite que a equipe trabalhe de forma eficiente e segura.

Essa organização também facilita a aplicação de novas tecnologias e protocolos, garantindo que cada etapa do atendimento siga padrões de segurança e qualidade.

6. Treinamento contínuo: equipe capacitada e confiante

Treinamentos periódicos garantem que toda a equipe conheça e aplique corretamente os protocolos de biossegurança. Simulações práticas, reciclagem de procedimentos e atualização constante sobre normas ajudam a identificar falhas, corrigir erros e manter padrões consistentes de atendimento.

Uma equipe bem treinada aumenta a segurança do paciente, reduz o risco de acidentes e torna o consultório mais confiável, promovendo um ambiente profissional e seguro.

Tecnologias e práticas inovadoras na biossegurança

A tecnologia na odontologia é uma grande aliada da biossegurança, tornando os procedimentos mais seguros, eficientes e alinhados às normas regulatórias. Além de proteger profissionais e pacientes, essas soluções reduzem erros e otimizam o fluxo de trabalho no consultório.

Autoclaves digitais: esterilização segura e rastreável

As autoclaves digitais vão além da esterilização tradicional: elas registram cada ciclo, controlando temperatura, pressão e tempo de exposição. Esse monitoramento garante que todos os instrumentos estejam realmente livres de microrganismos, incluindo esporos, e permite comprovar a conformidade dos protocolos em auditorias.

Além disso, a rastreabilidade reduz erros humanos e facilita a organização de instrumentos críticos, como brocas, curetas e peças de mão, mantendo-os prontos para uso seguro.

Limpeza ultrassônica: precisão e eficácia

O uso de ultrassom na limpeza pré-esterilização remove resíduos microscópicos de sangue, saliva e tecidos que podem permanecer em áreas de difícil acesso. Esse processo aumenta significativamente a eficácia da esterilização, reduzindo o risco de contaminação cruzada.

É especialmente útil para instrumentos com formas complexas, como brocas, curetas, sondas e espelhos odontológicos, garantindo que cada item seja completamente limpo antes do ciclo de esterilização.

Sucção de alta potência: controle de aerossóis e respingos

Procedimentos odontológicos frequentemente geram aerossóis e respingos que podem conter microrganismos. Sistemas de sucção de alta potência capturam essas partículas no momento do atendimento, reduzindo a exposição da equipe e dos pacientes.

Essa tecnologia é indispensável em procedimentos cirúrgicos ou com grande fluxo de fluidos, promovendo um ambiente mais seguro e limpo, e ajudando a prevenir a transmissão de doenças respiratórias e infecciosas.

Materiais descartáveis: praticidade e segurança

O uso de materiais descartáveis, como seringas, brocas e canetas, previne a contaminação cruzada e simplifica a rotina de higienização. Esses itens são descartados após cada atendimento, eliminando o risco de transmissão de microrganismos entre pacientes. Além de mais seguros, os descartáveis permitem que a equipe trabalhe com maior agilidade e foco no cuidado, sem comprometer a segurança clínica.

Softwares de rastreabilidade: controle e organização

Softwares de rastreabilidade monitoram todo o ciclo de vida de instrumentos, EPIs e produtos de proteção, desde o uso até a esterilização e armazenamento. Eles geram registros confiáveis que ajudam na gestão da clínica e facilitam auditorias internas.

Com essa tecnologia, é possível identificar rapidamente falhas em processos, planejar manutenções e garantir que todos os protocolos de biossegurança sejam seguidos de forma consistente, aumentando a segurança do atendimento.

Concluir a biossegurança na odontologia é mais do que seguir regras: é um compromisso diário com a vida e a saúde de todos. Se você já está se preparando para atuar, entenda também como tirar o CRO de ASB e sua importância.

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Saúde bucal na gestação: entenda os cuidados e as recomendações https://blog.suryadental.com.br/higiene-bucal-na-gravidez/ https://blog.suryadental.com.br/higiene-bucal-na-gravidez/#respond Thu, 02 Oct 2025 14:11:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=282 Higiene bucal na gravidez

A gestação é um período de profundas transformações físicas, hormonais e imunológicas na vida da mulher. Essas mudanças afetam diretamente o organismo como um todo, incluindo a cavidade oral, que se torna mais suscetível a inflamações, sangramentos gengivais e outras alterações. O corpo da gestante passa por ajustes que exigem atenção especial para garantir que dentes, gengivas e tecidos de suporte permaneçam saudáveis.

Essa vulnerabilidade não é apenas um desconforto passageiro: problemas bucais durante a gravidez podem ter consequências mais amplas. Estudos mostram que inflamações na boca, como gengivite e periodontite, estão associadas a complicações obstétricas, incluindo parto prematuro, baixo peso ao nascer e pré-eclâmpsia. Por isso, cuidar da saúde bucal na gestação vai além da estética ou do bem-estar local — é uma estratégia de saúde integral que impacta mãe e bebê.

Diante desse cenário, compreender os riscos, identificar os problemas mais comuns e adotar medidas preventivas torna-se essencial. Este guia foi desenvolvido para oferecer informações detalhadas sobre cuidados diários, procedimentos seguros, hábitos preventivos e recomendações práticas, ajudando gestantes e profissionais de saúde a garantir uma gestação mais saudável e tranquila.

O que é a saúde bucal na gestação e por que merece atenção especial?

A saúde bucal na gestação é o conjunto de medidas preventivas, diagnósticas e terapêuticas voltadas a manter o equilíbrio da cavidade oral durante esse período de intensas mudanças. O aumento dos níveis hormonais, principalmente de estrogênio e progesterona, altera a resposta inflamatória do organismo e favorece a proliferação bacteriana na boca, deixando gengivas e dentes mais vulneráveis.

Essas alterações, somadas a fatores como náuseas, vômitos frequentes, mudanças alimentares e até mesmo a redução da imunidade, tornam a gestante mais propensa a desenvolver problemas bucais. O impacto vai além do desconforto: a saúde oral comprometida pode influenciar diretamente a saúde sistêmica da mãe e do bebê.

Portanto, o acompanhamento odontológico nesse período deve ser visto não como uma escolha opcional, mas como parte essencial do pré-natal. Prevenir, diagnosticar precocemente e tratar problemas bucais é uma forma de cuidar da saúde integral da gestante.

Principais problemas bucais durante a gravidez

Durante a gestação, alterações hormonais, imunológicas e comportamentais tornam a cavidade oral mais vulnerável, favorecendo o surgimento ou agravamento de certas condições bucais. O acompanhamento odontológico nesse período é essencial para prevenir complicações e garantir o bem-estar da gestante. Entre os problemas mais comuns, destacam-se:

1. Gengivite gravídica

A gengivite gravídica é uma inflamação gengival associada às alterações hormonais da gestação. Caracteriza-se por vermelhidão, inchaço, sensibilidade e sangramento gengival, frequentemente observado durante a escovação ou uso do fio dental.

Mesmo gestantes com higiene oral adequada podem apresentar o quadro, devido à maior reatividade inflamatória da gengiva. O acompanhamento odontológico é fundamental para identificar o início da doença e evitar sua progressão.

2. Periodontite

Quando a gengivite não é controlada, pode evoluir para periodontite, uma condição em que há destruição dos tecidos de suporte do dente, incluindo o osso alveolar. A periodontite apresenta impacto direto na saúde sistêmica, pois estudos apontam que gestantes com essa condição têm maior risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer.

Além disso, a doença pode causar mobilidade dentária e desconforto intenso, reforçando a importância do monitoramento profissional contínuo.

3. Erosão dentária

O desgaste do esmalte dentário, conhecido como erosão dentária, pode ocorrer devido ao contato frequente com ácidos, sendo mais comum em gestantes que apresentam vômitos recorrentes por hiperêmese gravídica. Essa perda de mineralização aumenta a sensibilidade dentária e torna os dentes mais suscetíveis ao desenvolvimento de cáries.

A avaliação odontológica permite identificar precocemente sinais de desgaste e adotar intervenções adequadas para proteger a estrutura dentária.

4. Granuloma gravídico

Também conhecido como “tumor da gravidez”, o granuloma gravídico é uma lesão benigna que surge na gengiva em resposta à intensa inflamação local. Apresenta aparência tumoral e pode sangrar com facilidade, causando desconforto estético e funcional.

Na maioria dos casos, a lesão regredirá após o parto, mas seu acompanhamento é essencial para descartar outras patologias e garantir o manejo correto do quadro.

5. Xerostomia (boca seca)

Durante a gestação, alterações hormonais e o uso de determinados medicamentos podem comprometer a função protetora da saliva, levando à sensação de boca seca, conhecida como xerostomia, mesmo quando a produção salivar não está necessariamente reduzida. Essas mudanças podem aumentar a vulnerabilidade a cáries, inflamações gengivais e desconforto oral.

A boca seca favorece o acúmulo de placa bacteriana, aumenta o risco de cáries e pode causar desconforto significativo, tornando seu monitoramento uma parte importante do cuidado odontológico gestacional.

Relação entre saúde bucal e complicações gestacionais

A saúde bucal na gestação vai muito além do conforto ou da estética: alterações na cavidade oral podem desencadear respostas inflamatórias sistêmicas com impacto direto no desenvolvimento fetal e na saúde materna. Doenças periodontais, como gengivite e periodontite, promovem a liberação de mediadores inflamatórios, incluindo prostaglandinas, citocinas e endotoxinas bacterianas, que podem atingir a corrente sanguínea e o ambiente intrauterino.

Esses agentes inflamatórios têm potencial de interferir na fisiologia da gestação, afetando a placenta, o fluxo sanguíneo fetal e os mecanismos de parto.

Essa interação entre inflamação oral e gestação está associada a complicações relevantes, como parto prematuro, baixo peso ao nascer, pré-eclâmpsia e até infecções sistêmicas maternas e neonatais. Estudos indicam que gestantes com periodontite apresentam risco significativamente maior de parto antes da 37ª semana, assim como a inflamação crônica pode prejudicar o crescimento fetal adequado.

Cuidados e hábitos de prevenção no dia a dia

A prevenção é sempre o melhor caminho quando falamos em saúde bucal na gravidez. Algumas medidas simples podem reduzir significativamente os riscos:

  • Higiene oral rigorosa: escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia com creme dental fluoretado, associada ao uso diário do fio dental, é essencial para controlar a placa bacteriana;
  • Uso de enxaguantes bucais sob orientação profissional: em casos de gengivite gravídica, produtos específicos podem auxiliar no controle da inflamação;
  • Dieta equilibrada: alimentos ricos em cálcio, fósforo e vitaminas do complexo B contribuem para dentes e gengivas mais saudáveis. Reduzir o consumo de açúcares simples evita o aumento do risco de cáries;
  • Hidratação constante: ajuda a combater a xerostomia e favorece a produção adequada de saliva;
  • Cuidados após vômitos: em casos de refluxo ou náuseas frequentes, recomenda-se enxaguar a boca com solução de água e bicarbonato antes da escovação, evitando desgaste do esmalte;
  • Consultas odontológicas regulares: permitem identificar precocemente qualquer alteração e realizar procedimentos preventivos.

Quais tratamentos odontológicos podem ser feitos na gestação?

Muitas gestantes apresentam dúvidas ou receio quanto à realização de procedimentos odontológicos durante a gravidez, mas estudos e diretrizes clínicas indicam que a maioria das intervenções é segura quando conduzida por profissionais capacitados. A atenção deve se concentrar não apenas no tipo de procedimento, mas também no período gestacional e na escolha de medicamentos e técnicas que não ofereçam riscos ao feto.

1. Procedimentos odontológicos seguros durante a gestação

Procedimentos preventivos e restauradores de rotina são considerados seguros durante toda a gestação, desde que realizados com protocolos adequados de proteção e acompanhamento profissional.

Entre eles, estão a profilaxia e raspagem supragengival, que ajudam a controlar a placa bacteriana e prevenir gengivite e periodontite, restaurações simples e tratamentos de cáries, essenciais para evitar complicações infecciosas, aplicação tópica de flúor e selantes, que fortalecem o esmalte dental, e radiografias odontológicas, que podem ser realizadas com o uso de avental de chumbo e colar protetor de tireoide, garantindo mínima exposição à radiação.

2. Procedimentos não urgentes que podem ser adiados

Intervenções estéticas e procedimentos não urgentes, como clareamento dental ou ajustes cosméticos, não apresentam risco imediato à gestante ou ao feto, mas podem ser postergados para o período pós-gestacional. Adiar esses procedimentos evita exposição desnecessária a substâncias químicas, anestésicos ou técnicas que poderiam gerar desconforto ou estresse durante a gravidez, mantendo o foco na saúde oral essencial.

3. Procedimentos de maior risco ou restritos

Procedimentos cirúrgicos complexos, tratamentos com anestésicos ou medicamentos contraindicados para gestantes devem ser evitados, salvo em situações de urgência que possam comprometer a saúde da mãe ou do bebê. Nesses casos, a decisão deve ser tomada em conjunto com o obstetra e o cirurgião-dentista, avaliando riscos e benefícios, e sempre respeitando protocolos clínicos seguros.

4. Período mais seguro para tratamentos odontológicos

O segundo trimestre é considerado o período ideal para a realização da maioria dos tratamentos odontológicos. No primeiro trimestre, ocorre a organogênese fetal, tornando o feto mais vulnerável a agentes químicos ou medicamentos.

No terceiro trimestre, o aumento do volume abdominal e o desconforto postural tornam a posição na cadeira odontológica mais difícil, além de aumentar o risco de complicações maternas durante procedimentos prolongados. Planejar os atendimentos dentro do segundo trimestre equilibra segurança e conforto para a gestante.

Quais cuidados de saúde bucal a gestante deve adotar no dia a dia?

Durante o período gestacional, a saúde bucal requer atenção redobrada, pois alterações hormonais e fisiológicas aumentam a vulnerabilidade de dentes e gengivas. Adotar hábitos adequados é fundamental para preservar o equilíbrio da cavidade oral e prevenir possíveis complicações ao longo desse período.

Dica 1: informe sempre ao dentista sobre a gestação

Fornecer informações detalhadas sobre idade gestacional, medicamentos em uso e condições de saúde é essencial. Esses dados permitem que o dentista planeje o atendimento de forma personalizada, escolhendo o momento mais seguro para cada procedimento e selecionando anestésicos adequados, garantindo proteção e bem-estar tanto para a gestante quanto para o bebê.

Dica 2: não adie tratamentos odontológicos

Cáries, gengivite e pequenas inflamações podem se desenvolver de forma acelerada durante a gestação devido às alterações hormonais e imunológicas. Integrar o acompanhamento odontológico ao pré-natal permite identificar esses problemas precocemente, possibilitando intervenções oportunas que previnem complicações mais graves e protegem a saúde geral da gestante.

Dica 3: mantenha a higiene bucal adaptada

Escovar os dentes ao menos três vezes ao dia com escova de cerdas macias, usar fio dental diariamente e optar por cremes dentais com flúor ajudam a manter dentes e gengivas saudáveis. Técnicas suaves de escovação são importantes para evitar irritação em gengivas mais sensíveis durante a gravidez.

Dica 4: cuide da alimentação

Uma alimentação equilibrada é fundamental para a saúde bucal durante a gestação. Reduzir o consumo de açúcares ajuda a prevenir cáries, enquanto nutrientes como cálcio, ferro e vitaminas do complexo B fortalecem dentes, ossos e tecidos gengivais. Além disso, manter a hidratação adequada favorece a produção de saliva, elemento essencial na proteção natural contra bactérias e na manutenção do equilíbrio da cavidade oral.

Dica 5: fique atenta a sinais de alerta

Sangramento gengival, dor persistente, mobilidade dentária ou mau hálito frequente são sinais de alerta que não devem ser ignorados. A presença desses sintomas exige avaliação odontológica imediata, pois podem indicar inflamações ou infecções que, se não tratadas, aumentam o risco de complicações tanto para a gestante quanto para o bebê. A detecção precoce permite intervenção adequada, prevenindo agravamentos e garantindo a manutenção da saúde bucal durante toda a gravidez.

Manter a saúde bucal durante a gestação protege mãe e bebê e garante prevenção de complicações futuras. Para saber como cuidar da saúde oral dos pequenos, confira nosso guia completo de odontopediatria.

Referências

Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/cartilhas/2022/cartilha-a-saude-bucal-da-gestante.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2025.

Mês da Saúde Bucal: cuidados com a saúde bucal na gestação são importantes para prevenir problemas na fase adulta – CRO – DF. Disponível em: <https://cro-df.org.br/mes-da-saude-bucal-cuidados-com-a-saude-bucal-na-gestacao-sao-importantes-para-prevenir-problemas-na-fase-adulta/>. Acesso em: 29 ago. 2025.

DE MORAES RAMALHO, Anna Karina Barros. SAÚDE BUCAL DA GESTANTE E DO BEBÊ. Disponível em: <https://transparencia.mirantedaserra.ro.gov.br/media/arquivos/attachments/Album_seriado_da_gestante_odonto.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2025.

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Resina composta: tudo o que o dentista precisa saber https://blog.suryadental.com.br/resina-composta-odontologia/ https://blog.suryadental.com.br/resina-composta-odontologia/#comments Fri, 29 Aug 2025 10:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=11890 A resina composta se consolidou como um dos principais materiais restauradores na odontologia contemporânea. Versátil, estética e cada vez mais resistente, ela está presente na rotina clínica de profissionais que buscam aliar performance e previsibilidade nos tratamentos. 

Diante da variedade de resinas odontológicas disponíveis no mercado, é essencial entender suas classificações, indicações e diferenças técnicas para fazer escolhas mais seguras, tanto em consultório quanto no ambiente acadêmico.

Neste artigo, reunimos as principais informações sobre o tema, com foco prático e baseado nas atualizações mais relevantes da odontologia restauradora. Continue lendo e entenda!

O que é resina composta na odontologia?

A resina composta é um dos materiais restauradores mais utilizados na odontologia atual, indicada para reconstruções estéticas e funcionais de dentes anteriores e posteriores. Sua aplicação direta em boca, aliada à boa estética e resistência mecânica, torna o material versátil e indispensável na rotina clínica.

Além da ampla gama de indicações, a evolução tecnológica das resinas odontológicas tem ampliado a durabilidade, a resistência e o controle estético dos procedimentos restauradores.

Qual a composição da resina composta?

A resina composta é formada por 3 componentes principais:

  1. Matriz orgânica: geralmente à base de monômeros como o BIS-GMA, UDMA ou TEGDMA. Essa fase é responsável pela maleabilidade inicial da resina e por sua capacidade de polimerização;
  2. Partículas inorgânicas de carga: como vidro de bário, quartzo ou sílica. São elas que conferem resistência mecânica, estabilidade dimensional e características ópticas ao material;
  3. Sistema de ativação: composto por agentes fotoiniciadores (como a canforoquinona), que permitem o endurecimento do material com o uso de luz halógena ou LED.

A proporção entre esses componentes influencia diretamente as propriedades da resina, como sua resistência, grau de contração, viscosidade e polimento final. Por isso, compreender a composição é essencial para escolher o material adequado a cada caso clínico.

Para o que serve a resina composta?

A resina composta é utilizada para restaurar forma, função e estética de dentes que sofreram algum tipo de perda de estrutura — seja por cárie, fratura, desgaste ou necessidade estética. Sua aplicação direta e a possibilidade de escultura em camadas permitem reproduzir com precisão a anatomia e a cor do dente natural.

Na prática clínica, a resina composta é indicada para uma variedade de procedimentos:

  • Restaurações diretas e indiretas em dentes anteriores e posteriores;
  • Forramento de cavidades, como base ou proteção pulpar;
  • Selamento de fóssulas e fissuras, principalmente em dentes permanentes jovens;
  • Confecção de coroas provisórias ou definitivas em casos selecionados;
  • Restaurações provisórias em reabilitações complexas ou em fases intermediárias de tratamento;
  • Cimentação de próteses e aparelhos ortodônticos quando indicado;
  • Uso como cimento endodôntico em técnicas específicas;
  • Fechamento de diastemas e correções estéticas de forma e volume dental;
  • Colagem de fragmentos dentários em casos de fraturas coronárias;
  • Confecção de núcleos de preenchimento em preparos para coroas.

Resina composta: vantagens e desvantagens

A resina composta é um dos materiais restauradores mais utilizados na odontologia moderna, especialmente em procedimentos estéticos e conservadores. Sua popularidade se deve à capacidade de reproduzir com fidelidade a cor e a forma dos dentes naturais, além de permitir um tratamento minimamente invasivo.

No entanto, como qualquer material, ela apresenta pontos positivos e limitações que devem ser considerados na escolha clínica. Conheça suas principais vantagens e desvantagens a seguir:

Vantagens da resina composta

As resinas compostas oferecem uma série de benefícios que as tornam o material de escolha em muitas situações clínicas. A seguir, estão as principais vantagens desse material:

  • Estética excelente: pode ser feita na cor do dente, proporcionando um resultado natural e discreto, ideal para regiões visíveis;
  • Adesão ao tecido dentário: liga-se quimicamente ao esmalte e à dentina, permitindo a preservação de estrutura dental sadia;
  • Tratamento conservador: requer menos desgaste do dente em comparação com outros materiais, como amálgama ou cerâmica;
  • Versatilidade de uso: indicada para restaurações anteriores e posteriores, facetas diretas, fraturas dentárias, fechamento de diastemas e mais;
  • Facilidade de reparo: pode ser ajustada ou refeita diretamente na boca, sem a necessidade de laboratórios protéticos.

Desvantagens da resina composta

Apesar das suas qualidades, a resina composta também possui limitações que devem ser levadas em conta, especialmente em situações clínicas que exigem maior resistência mecânica ou durabilidade:

  • Sensibilidade pós-operatória: alguns pacientes podem apresentar sensibilidade ao frio ou ao calor nos primeiros dias após a restauração;
  • Contração de polimerização: durante a fotopolimerização, a resina sofre leve retração, o que pode gerar infiltrações se não for bem manipulada;
  • Desgaste com o tempo: em áreas de grande carga mastigatória, pode apresentar desgaste mais rápido em comparação com materiais mais rígidos;
  • Durabilidade menor que cerâmica: embora resistente, tende a ter menor longevidade quando comparada a materiais cerâmicos em restaurações indiretas.

Classificação das resinas compostas

As resinas compostas podem ser classificadas de diferentes maneiras dependendo do critério adotado, como a forma de aplicação clínica e o mecanismo de polimerização.

Essas classificações ajudam o cirurgião-dentista a escolher o material mais adequado para cada tipo de procedimento, considerando fatores como consistência, profundidade da cavidade, tempo clínico e estética desejada. Entenda:

Quanto à indicação clínica (consistência e forma de aplicação)

Essa classificação leva em conta a viscosidade e a forma de uso da resina composta, influenciando diretamente a adaptação do material, sua resistência e o tipo de procedimento onde será utilizada. Cada tipo apresenta características específicas que atendem a diferentes demandas clínicas.

Tipo de resinaCaracterísticasIndicações
Resina de uso universalPode ser usada em diversas situações clínicas.Restaurações em dentes anteriores e posteriores.
Flow (fluida)Baixa viscosidade, boa adaptação. Menor carga inorgânica.Forros cavitários, pequenas restaurações, áreas de difícil acesso.
Bulk fillPermite aplicação em camadas espessas (4–5 mm). Fotopolimerização profunda.Restaurações posteriores rápidas.
Resina para cimentaçãoAdaptada para colagem de pinos, facetas etc.Cimentação adesiva.
Resina para provisóriosUsada para coroas e restaurações temporárias.Restaurações temporárias estéticas.

Quanto ao tipo de ativação (polimerização)

Outra forma de classificar as resinas compostas é de acordo com o método de ativação, ou seja, como o material endurece após ser aplicado. Isso influencia o controle do tempo clínico, a profundidade de cura e a adaptação em áreas de difícil acesso à luz.

Tipo de polimerizaçãoComo funcionaExemplo de uso
FotopolimerizávelEndurece com luz (geralmente LED azul).Restaurações diretas.
Autopolimerizável (quimicamente ativada)Endurece sem luz, por reação química.Núcleos de preenchimento, bases.
DualCombina luz e reação química.Cimentação de pinos ou coroas em áreas com pouca luz.

Quer entender melhor como funciona a chamada resina camaleão e o que a torna tão versátil no consultório? Confira nosso conteúdo completo com tudo o que você precisa saber.

Onde comprar resina composta para dente?

A aquisição de resina composta deve ser feita em locais que garantam a procedência, a qualidade do material e o suporte técnico adequado. Para profissionais da odontologia, é fundamental contar com fornecedores especializados e confiáveis.

A Surya Dental é referência nacional na distribuição de materiais odontológicos e oferece soluções completas para consultórios, clínicas e laboratórios. Além da variedade de marcas e categorias, o diferencial está no atendimento qualificado e na logística eficiente que atende profissionais em todo o Brasil.

Com uma plataforma online intuitiva, a Surya permite que cirurgiões-dentistas façam suas compras com segurança, recebam suporte técnico e tenham acesso a condições facilitadas.

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A resina composta é um dos materiais mais versáteis e indispensáveis na prática clínica odontológica. Com diferentes composições, indicações e formas de aplicação, ela permite restaurar dentes com segurança, estética e durabilidade — desde casos simples até procedimentos mais complexos.

Conhecer as classificações, vantagens e limitações do material é essencial para escolher a resina mais adequada a cada situação, por isso, contar com um fornecedor confiável faz toda a diferença no processo. Continue navegando em nosso blog e entenda as principais diferenças entre lentes de resina e porcelana. Até lá!

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Como tirar CRO de ASB e qual a importância da carteirinha? https://blog.suryadental.com.br/cro-de-asb/ https://blog.suryadental.com.br/cro-de-asb/#respond Tue, 12 Aug 2025 10:00:00 +0000 https://blog.suryadental.com.br/?p=20344 Se você acabou de adquirir o seu diploma de auxiliar de saúde bucal (ASB) e está em

Se você quer atuar como Auxiliar em Saúde Bucal (ASB), precisa estar com a situação regularizada no Conselho Regional de Odontologia (CRO). O registro é obrigatório e garante que o profissional esteja apto a exercer suas funções de forma legal, oferecendo mais segurança para clínicas e pacientes.

Neste conteúdo, você vai entender quem pode tirar o CRO de ASB, quais são os documentos necessários e como funciona todo o processo. Também explicamos qual é o papel do Conselho, os prazos para emissão do registro e os riscos de atuar sem estar devidamente habilitado. Continue lendo e saiba mais!

O que é o CRO e por que ele é obrigatório para ASBs?

O Conselho Regional de Odontologia (CRO) é o órgão responsável por regulamentar e fiscalizar o exercício das profissões da área odontológica, como dentistas, técnicos e auxiliares. Seu papel é garantir que os serviços sigam os padrões técnicos e éticos estabelecidos pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO).

Para atuar legalmente, todo profissional da área — inclusive o Auxiliar de Saúde Bucal (ASB) — precisa estar inscrito no CRO. Esse registro é exigido por clínicas, consultórios e instituições públicas, sendo um requisito obrigatório para contratação e exercício profissional formal.

Quem pode tirar o CRO de ASB?

Quem deseja obter o CRO de ASB precisa, antes de tudo, ter concluído um curso profissionalizante de Auxiliar em Saúde Bucal reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Só com esse certificado é possível dar entrada no pedido de registro junto ao Conselho Regional de Odontologia.

Além disso, o profissional deve ser maior de 18 anos e estar em situação regular com a Justiça Eleitoral e, se for o caso, com o serviço militar. Esses critérios são exigidos no momento da inscrição e fazem parte da documentação básica para se registrar como ASB.

Documentos para designação ASB

Para solicitar a designação como Auxiliar em Saúde Bucal, é necessário apresentar a documentação exigida pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO). Os documentos comprovam a formação e a regularidade do profissional junto aos órgãos competentes. Abaixo, estão os principais itens solicitados:

  • Certificado de conclusão do curso de ASB, com carga mínima de 300 horas — sendo 240 horas de aulas teóricas e práticas e 60 horas em estágio supervisionado;
  • Histórico do curso;
  • Impressão da consulta pública de concluinte (GDAE) para cursos técnicos;
  • Histórico escolar ou certificado que comprove a conclusão do ensino fundamental e médio;
  • Documentos pessoais originais: CPF, RG, título de eleitor, certidão de nascimento ou casamento (com averbação para divorciados) e título de reservista (quando aplicável);
  • Comprovante de endereço recente;
  • Uma foto 3×4 colorida, com fundo branco.

Além desses documentos, o profissional deve preencher os formulários exigidos pelo CRO e pagar a taxa de inscrição. Como a lista pode variar conforme o estado, é importante consultar o site do CRO da sua região antes de iniciar o processo.

Quer entender melhor as funções e diferenças entre TSB e ASB na odontologia? Leia agora nosso conteúdo completo e descubra como esses profissionais atuam para fazer a diferença na saúde bucal!

Como tirar o CRO de ASB: passo a passo!

Depois de reunir todos os documentos necessários, o próximo passo é iniciar o processo de registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO). Cada estado pode ter suas particularidades, mas, em geral, o procedimento segue etapas semelhantes. Veja o passo a passo para tirar o CRO de ASB:

1. Verifique os requisitos

Antes de iniciar o processo, confirme se o seu curso de Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Além disso, certifique-se de que você atende aos critérios básicos, como ser maior de 18 anos e estar com seus documentos pessoais em dia para evitar problemas futuros.

2. Reúna a documentação

Organize todos os documentos solicitados pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO) do seu estado. Entre os principais, estão o certificado do curso de ASB, documentos pessoais como RG e CPF, comprovante de residência recente, além de outros que possam ser exigidos regionalmente.

3. Acesse o site do CRO regional

Visite o site oficial do CRO do seu estado para obter informações atualizadas sobre o processo de inscrição. Muitos conselhos oferecem pré-cadastro online e orientações para o atendimento presencial, facilitando o andamento da sua solicitação.

4. Preencha os formulários

Preencha com atenção todos os formulários exigidos pelo CRO, inserindo dados pessoais e profissionais corretos. Essas informações são fundamentais para que seu cadastro seja válido e o processo de registro possa seguir sem contratempos.

5. Pague a taxa de inscrição

Realize o pagamento da taxa de inscrição conforme os valores estabelecidos pelo CRO do seu estado. Esse pagamento é obrigatório para que o seu pedido de registro seja analisado e processado oficialmente pela entidade.

6. Aguarde a análise do pedido

Após a entrega dos documentos e o pagamento, o CRO iniciará a análise do seu pedido. Se tudo estiver correto, o Conselho emitirá o seu número de registro, autorizando você a atuar legalmente como Auxiliar em Saúde Bucal.

Benefícios da carteira do CRO

Ter a carteira CRO é um compromisso que todo profissional da área de odontologia deve ter. Essa é uma forma de atuar com seriedade e ética. O ASB que não possui o documento, além de correr o risco de punições pelo CFO, perde boas oportunidades e direitos.

A carteira é essencial para que você concorra a vagas de trabalho, como em concursos públicos. Esse tipo de oportunidade é sempre bastante atraente, tanto pelo salário como pela estabilidade oferecida.

Além disso, o registro proporciona que o ASB tenha os seus direitos assegurados, como auxílio-maternidade, seguro-desemprego, entre outros. Afinal, o CRO é um órgão que também luta pela valorização do trabalho na odontologia e, portanto, estar credenciado é uma medida de segurança.

ASB e dentista em consultório odontológico
Não sabe como tirar o CRO de ASB? Continue a leitura!

Quanto tempo leva para sair o CRO de ASB?

O prazo para emissão do CRO de ASB pode variar conforme o Conselho Regional de Odontologia de cada estado. Em geral, o processo leva entre 15 a 30 dias úteis, contando a partir do momento em que a documentação completa é entregue e a taxa de inscrição paga.

No entanto, atrasos podem ocorrer caso haja pendências nos documentos ou necessidade de ajustes no cadastro. Por isso, é fundamental enviar tudo corretamente e acompanhar o andamento do pedido pelo canal oficial do CRO da sua região.

Atuar como ASB sem CRO é permitido?

Não. Atuar como Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) sem possuir registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO) não é permitido pela legislação brasileira. O CRO é o órgão responsável pela regulamentação, fiscalização e controle do exercício profissional na área odontológica, garantindo que todos os profissionais estejam habilitados, capacitados e sigam os padrões éticos e técnicos estabelecidos pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO).

O registro no CRO funciona como uma autorização legal que permite ao Auxiliar em Saúde Bucal exercer suas funções com segurança, tanto para o profissional quanto para os pacientes e empregadores. Sem esse registro, o ASB está atuando irregularmente, o que pode trazer consequências sérias.

Riscos e consequências de atuar sem CRO

Atuar sem estar registrado no CRO é uma infração legal que pode acarretar diversas penalidades, tanto para o profissional quanto para as instituições que o empregam. Entre as principais consequências estão:

  • Multas e sanções administrativas: o Conselho Regional de Odontologia pode aplicar multas e outras penalidades ao profissional irregular e à clínica ou consultório que o contratar;
  • Interdição do estabelecimento: clínicas e consultórios que permitirem o exercício ilegal da profissão podem ter suas atividades suspensas temporariamente;
  • Processos judiciais: a atuação irregular pode gerar ações civis e criminais, principalmente se causar prejuízo ou dano à saúde do paciente;
  • Impedimento de futuras regularizações: profissionais que atuam sem registro podem ter dificuldades para regularizar sua situação no futuro, enfrentando restrições e processos burocráticos mais rigorosos.

Ter o registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO) é fundamental para quem deseja atuar como Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) de forma legal e segura. Além de garantir o cumprimento das normas técnicas e éticas, o registro traz mais credibilidade e proteção para o profissional, as clínicas e os pacientes.

Seguindo o passo a passo, reunindo a documentação correta e respeitando os prazos, você evita problemas e assegura sua atuação dentro da legislação vigente. Se você ainda não tem o seu CRO, comece hoje mesmo o processo de regularização e fortaleça sua carreira na área da saúde bucal.

Para mais dicas e informações úteis como esta, continue explorando o blog da Surya. Você vai encontrar conteúdos sobre produtos para clínicas, orientações para universitários e muito mais. Fique por aqui e confira também nosso guia completo para fazer currículo para dentista recém-formado. Não deixe essa oportunidade passar!

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Acupuntura na odontologia: como aplicar no consultório https://blog.suryadental.com.br/a-acupuntura-na-odontologia/ https://blog.suryadental.com.br/a-acupuntura-na-odontologia/#comments Wed, 16 Jul 2025 15:57:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=362 A medicina tradicional chinesa, também conhecida como MTC, é um conjunto de procedimentos milenares que pode ser utilizado como tratamento complementar na área da saúde. Entre eles está a acupuntura, que faz uso de pequenas agulhas para aliviar dores e tratar questões emocionais.

Desde 2008, a utilização da acupuntura na odontologia é permitida pelo Conselho Federal (CFO), levando muitos cirurgiões-dentistas a investir nessa prática como tratamento complementar. Se você quer entender melhor para que serve a acupuntura e como ela pode ser utilizada em consultas odontológicas e melhorar os resultados, continue no blog da Surya Dental e confira a seguir:

A história da acupuntura na odontologia

A acupuntura é uma prática tradicional da medicina chinesa e tornou-se popular nos países ocidentais a partir dos anos 1970. Segundo o artigo Habilitação em acupuntura para cirurgiões-dentistas no Brasil: uma análise por estados e regiões da revista Arch Health Invest (2017), a propagação do método se deu graças aos benefícios, como as propriedades anti-inflamatórias, ansiolíticas e ativadoras da função imunológica.

Apesar de existir há milhares de anos, a acupuntura viria a ser reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um método efetivo na medicina tradicional somente em 1979. A partir de então, profissionais passaram a praticar a odontologia humanizada e começaram a pesquisar a eficácia desse método para diminuir as dores de seus pacientes durante tratamentos, além de conseguirem comprovar sua eficácia no ano de 2003, no congresso de Genebra da OMS.

No Brasil, a popularização dessa terapia na odontologia se deu com a resolução federal CFO-82/2008, que autoriza o uso de práticas integrativas, incluindo a acupuntura, por cirurgiões-dentistas para promover a saúde e o bem-estar bucal. Na ocasião, o órgão declarou acreditar que a técnica milenar poderia oferecer mais oportunidades de trabalho para os cirurgiões-dentistas no âmbito público e privado, bem como novas opções de tratamento.

Conceitos de terapias complementares e práticas integrativas

Para profissionais que desejam atuar com a acupuntura, é interessante partir do ponto de que existem muitos conceitos sobre as práticas complementares e integrativas a serem compreendidos e que é comum haver dúvidas e confusões sobre cada um deles.

É necessário compreendê-los para evitar, inclusive, preconceitos com a prática, que podem surgir por parte de profissionais e pacientes. Ao saber diferenciar os conceitos, você terá mais argumentos para defender a inserção do tratamento quando oferecê-lo em consultório.

No total, são cinco conceitos importantes que você deve entender: medicina alternativa, medicina tradicional, terapias complementares, medicina integrativa e práticas integrativas e complementares. Vamos compreender melhor cada um.

Se interessou pelo tema? Então, salve para ler depois o que é odontologia forense: e como atuar na área?

1. Medicina alternativa

A medicina alternativa é um conjunto de práticas que visam substituir os tratamentos convencionais por abordagens, que em sua maioria, não possuem respaldo técnico. Portanto, é alvo de diversas críticas por parte da comunidade científica.

2. Medicina tradicional

A medicina tradicional é uma prática recomendada pela OMS, especialmente se tiver comprovação científica. A organização define-a como “a soma total de conhecimento, habilidades e práticas baseadas nas teorias, crenças e experiências de diferentes culturas, explicáveis ou não, e usadas na manutenção da saúde, bem como na prevenção, diagnóstico, tratamento ou melhoria de doenças físicas ou mentais”.

Médico estudando medicina tradicional chinesa
A medicina tradicional é um conjunto de práticas que existem antes mesmo da medicina convencional. A exemplo, temos a chinesa, muito conhecida.

Segundo a portaria nº 971 do Ministério da Saúde, a OMS recomenda a acupuntura e afirma que existem comprovações científicas sobre a prática, além de reconhecer seus benefícios para diversas áreas da saúde.

3. Terapias complementares

O termo terapias complementares é um dos mais utilizados ao redor do mundo e se refere a uma abordagem não convencional que atua junto com a medicina convencional.

4. Medicina integrativa

A medicina integrativa vê o paciente como um todo e, portanto, está preocupada em cuidar de todos os aspectos, sejam eles físicos e psicológicos. Além disso, quem recebe os tratamentos também é mais ativo no processo.

A medicina integrativa trabalha de forma multidisciplinar, alinhada a outras práticas que podem ser medicinais tradicionais, uso de fitoterápicos, relaxamento, entre outros.

5. Práticas integrativas e complementares

De acordo com o Ministério da Saúde, “práticas integrativas e complementares (PICs) são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças […]. Em alguns casos, pode ser utilizado como tratamento paliativo”.

Portanto, a acupuntura, que pertence à medicina tradicional chinesa, deve ser encaixada dentro das PICs, que são oferecidas pelo próprio SUS e apoiadas pelo Ministério da Saúde.

Acupuntura na odontologia: como aplicá-la

A acupuntura é uma prática que ainda pode assustar muitos pacientes, afinal, pensar em agulhas é sempre algo que gera algum desconforto. Portanto, essa PIC deve ser muito bem explicada e requer estudo por parte do profissional, a fim de compreender suas indicações e as condições clínicas em que sua aplicação é recomendada. Entenda:

1. Como funciona a acupuntura

Em linhas gerais, trata-se da aplicação de pequenas agulhas em pontos específicos do corpo (chamados de meridianos ou acupontos) para curar problemas tanto físicos quanto emocionais.

Os acupunturistas creem que o corpo é composto de energia e que os meridianos são regiões com grande concentração energética. Se não estiverem em harmonia, esses pontos podem causar desequilíbrio, que gera sintomas como dor, ansiedade e cansaço.

acupuntura odontologia como funciona a acupuntura
A acupuntura é utilizada para curar problemas físicos e emocionais.

Há ainda outros tipos de acupuntura que são menos utilizados, como laseracupuntura, acupressão, moxibustão e auricular, que fazem uso de outros mecanismos para obter os mesmos resultados.

Para quais procedimentos pode ser utilizada?

Afinal, qual é a função da acupuntura na odontologia? A resposta é que ela pode ser utilizada como complemento de diversos tratamentos e, inclusive, já há estudos que relatam essas experiências.

Antes de explicar o funcionamento, é importante reforçar que a acupuntura é uma terapia alternativa e complementar. Isso significa que ela não é obrigatória e não substitui o tratamento comum, servindo como suporte.

A acupuntura poderá ser utilizada nos três estágios do tratamento, ou seja, antes, durante e depois. Em cada uma das situações, ela terá resultados diferentes.

1. Analgesia

Muitos cirurgiões-dentistas fazem uso desses métodos da medicina chinesa por suas propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, para melhorar seus resultados em consultório.

A analgesia por meio de acupuntura, por exemplo, funciona da seguinte maneira: a aplicação das agulhas provoca uma microinflamação, que desencadeia a produção de substâncias neurotransmissoras, como endorfinas, serotonina e norepinefrina. Dessa forma, há um bloqueio da dor no sistema nervoso, além do desenvolvimento de uma sensação de bem-estar.

Curiosamente, os pontos de acupuntura na odontologia não precisam estar na boca, uma vez que os meridianos do corpo são todos interligados. Além de regiões da face, os cirurgiões-dentistas inserem agulhas nos braços e pernas, em regiões que estimulam órgãos e no sistema nervoso.

2. Dor orofacial

A PIC pode entrar como um método alternativo eficiente como complemento ao tratamento de disfunção temporomandibular (DTM). A DTM é um espectro de problemas clínicos articulares e musculares da região orofacial e, como sintomas, o paciente sente dor, dificuldades em movimentar a musculatura e funções limitadas.

A PIC auxilia na recuperação das funções motoras, o que é essencial para a DTM, que costuma paralisar o rosto do paciente. No estudo, foi constatado que o paciente com DTM já havia feito uso de medicamentos para a dor, entretanto, não surtiu o efeito esperado. De acordo com a pesquisa, após a aplicação da acupuntura, os sintomas foram amenizados instantaneamente, sendo bastante benéfico à pessoa atendida.

3. Dor do tinido

A dor do tinido também pode estar associada à DTM, assim como à dor na musculatura mastigatória. Em ambos os casos, o cirurgião-dentista pode recorrer à acupuntura. Entretanto, é importante lembrar que o tratamento deve ser personalizado de acordo com a necessidade de cada paciente.

Segundo a Revista Dor, na pesquisa Acupuntura no manuseio da dor orofacial e do tinido, a paciente atendida no estudo teve melhora na dor após a segunda sessão. Também foi observada uma melhora no relaxamento da musculatura e diminuição do tinido.

Rosto de mulher asiática com agulhas de acupuntura
O efeito da acupuntura no controle da dor é algo notado em estudos científicos da odontologia.

Para este caso clínico, os resultados foram positivos e, ao fim das sessões, a paciente não sentia mais o tinido. A musculatura da mastigação, da orelha média e dos músculos elevadores do palato apresentou relaxamento e, consequentemente, a redução da dor.

4. Bruxismo

Os tratamentos para bruxismo podem ser variados, de acordo com a etiologia. Entre os procedimentos, a acupuntura pode entrar como método alternativo, uma vez que ela é uma PIC bastante eficiente para o tratamento das dores geradas pelo bruxismo, que possui um número crescente de evidências científicas que comprovam isso.

Além das manifestações bucais citadas e analgesia, que é o método mais difundido,a acupuntura pode ser utilizada na recuperação de funções motoras, em casos de paralisias faciais, controle de reflexos, como ânsia e vômito, bem como no tratamento da ansiedade e de fobias.

5. Ponto de acupuntura para dor de dente

A dor de dente pode ser amenizada com técnicas de pressão em regiões específicas do corpo! Conheça três áreas estratégicas que, quando estimuladas, contribuem para reduzir o incômodo de forma natural e rápida. Confira com detalhes:

1. Região posterior da orelha

Localizado atrás da orelha, este ponto requer pressão firme com os dedos. Recomenda-se realizar três séries de 30 compressões para priorizar movimentos ritmados e ativar a circulação, bem como promover alívio.

2. Limite entre o lóbulo auricular e o rosto

Na divisão entre o lóbulo da orelha e o rosto, utilize as pontas dos dedos ou até as unhas para aplicar pressão suave. Faça três ciclos de dez estímulos e mantenha uma intensidade confortável para potencializar o efeito analgésico.

3. Área abaixo da articulação do dedo indicador

Na mão, concentre-se na região logo abaixo da junta do dedo indicador, usando o dorso dos dedos para pressionar. Se a dor for mais intensa no lado esquerdo, priorize a mão esquerda, e vice-versa. Repita o processo em três séries de 30 movimentos e sincronize a respiração para melhorar os resultados.

Acupuntura na prática odontológica

A inclusão da acupuntura na rotina odontológica pode ser extremamente estratégica, uma vez que eleva a qualidade do atendimento ao priorizar o cuidado integral. Entenda quais são as vantagens oferecidas ao dentista e os benefícios para o paciente a seguir:

1. Vantagens para o dentista:

  • Aumenta o leque de abordagens clínicas conforme a necessidade;
  • Fideliza clientes ao oferecer terapias complementares;
  • Diminui a dependência de fármacos, o que reduz efeitos colaterais e custos com medicamentos.

2. Benefícios para o paciente:

  • Método pouco invasivo e livre de desconfortos durante procedimentos;
  • Proporciona alívio natural de dores, ansiedade e inflamações;
  • Promove equilíbrio físico e emocional, pois contribui na recuperação pós-tratamento.

Ainda não sabe em qual área da odontologia seguir? Não se preocupe, confira agora todas as áreas da odontologia e qual é o melhor caminho para você!

Acupuntura auricular

Integrante da Acupuntura Sistêmica, a técnica auricular se destaca nessa área, pois é uma ferramenta valiosa para profissionais da Odontologia. Ela é prática, pois tem uma avaliação simplificada, já que a orelha reflete um microssistema completo do corpo humano ao mapear órgãos, meridianos e até condições específicas. Isso permite direcionar o tratamento de forma precisa para se alinhar às necessidades individuais de cada paciente.

Por ser realizada na região auricular, a terapia pode ser aplicada diretamente na cadeira odontológica, o que otimiza o atendimento. O método tem sido eficaz em casos como enjoos durante moldagens, ansiedade pré-consulta e controle do bruxismo. Além disso, a abordagem minimiza intervenções invasivas, além de levar conforto ao processo terapêutico.

A literatura científica reforça sua eficácia: plataformas como o PubMed registram mais de 40 mil estudos sobre acupuntura geral e cerca de 600 publicações quando associada à odontologia. Esses dados mostram a crescente aceitação da técnica no meio acadêmico.

Dr. Hélio Sampaio Filho enaltece o trabalho dos Cirurgiões-Dentistas especializados na área, especialmente os membros da Câmara Técnica de Acupuntura, por promoverem avanços significativos na prática clínica. Já o Dr. Braz Antunes, presidente do CROSP, ressalta a importância desse grupo para oferecer suporte técnico à categoria: “Nesta celebração do Dia Mundial do Acupunturista, em nome dos Cirurgiões-Dentistas integrantes da Câmara Técnica, parabenizo a todos os especialistas de São Paulo pelo excelente trabalho”, finaliza.

Eficácia da acupuntura

Este é um ponto que gera muitos debates. Enquanto para muitos pesquisadores esse método é pseudocientífico, há uma série de estudos realizados com pacientes que comprovam sua eficácia.

A verdade é que não há uma resposta exata para essa questão, e ela pode variar de acordo com o ponto de vista do profissional. Se você tem vontade de escolher essa especialidade, o ideal é fazer algumas sessões para entender sobre seu funcionamento.

acupuntura odontologia uso da acupuntura
A aplicação de acupuntura nos braços e pernas pode servir para a Odontologia.

Benefícios da acupuntura: entenda quais são!

A acupuntura é um método holístico que beneficia múltiplas áreas da saúde. A técnica consiste na inserção de agulhas em regiões específicas do corpo, como músculos ou tecidos, para estimular terminações nervosas que enviam sinais ao cérebro. Esse processo desencadeia a produção de substâncias com ação anti-inflamatória, analgésica e até reguladora das emoções, o que promove equilíbrio físico e mental. Entenda a seguir:

1. Equilíbrio emocional

Desequilíbrios como ansiedade, depressão e síndrome do pânico podem ser amenizados com a técnica. Ao atuar em regiões estratégicas — antebraço, punho, pé e tornozelo —, as agulhas estimulam respostas neurológicas que ajudam a modular o humor e reduzir tensões. A técnica é reconhecida por auxiliar no controle de reações químicas e físicas ligadas ao estresse.

2. Saúde gastrointestinal

Problemas como gastrite, constipação e síndrome do intestino irritável também são alvos da terapia. A acupuntura promove alívio dos sintomas e contribui para a recuperação do funcionamento intestinal, o que equilibra processos digestivos por meio da regulação nervosa e da circulação energética.

3. Controle de dores persistentes

Caso o paciente tenha quadros neurológicas (enxaqueca), reumatológicas (artrite, fibromialgia), musculares (lombalgia) ou ginecológicas (cólicas menstruais), a técnica é uma aliada como terapia integrativa. Seu efeito analgésico e relaxante muscular ajuda a reduzir a intensidade e a frequência de desconfortos crônicos.

4. Melhora respiratória

Condições como asma, bronquite, sinusite e rinite alérgica têm seus sintomas atenuados com o método. Ao estimular pontos que fortalecem a imunidade e regulam vias respiratórias, a acupuntura complementa tratamentos convencionais, reforçando sua eficácia com base em princípios da medicina tradicional chinesa e, no caso da área odontológica, a odontologia integrativa.

Com comprovação científica crescente, a técnica tem se consolidado como uma opção versátil, que integra conhecimentos de povos antigos com as necessidades contemporâneas de saúde.

A acupuntura pode ser combinada com outros tratamentos?

A acupuntura, técnica milenar da medicina chinesa, pode ser combinada com diversas terapias e potencializar os resultados em diferentes condições de saúde. Ao trabalhar em conjunto com a fisioterapia, por exemplo, ela é capaz de auxiliar na recuperação de lesões e na redução de desconfortos persistentes, além de favorecer a mobilidade articular.

Também é comum sua associação a tratamentos psicológicos ou farmacológicos para equilibrar desordens como ansiedade e depressão, pois ela age de forma complementar no controle de sintomas emocionais.

Práticas como massagens relaxantes, uso de plantas medicinais e técnicas de mindfulness são outras opções que, combinadas à acupuntura, ampliam os efeitos terapêuticos. Essa sinergia entre métodos fortalece não apenas a recuperação física, mas também o bem-estar integral do paciente.

Quem pode trabalhar com acupuntura na odontologia?

A acupuntura é uma especialização em odontologia, por isso é necessário realizar um curso preparatório para utilizar essa técnica. Se você tem interesse, procure uma instituição chancelada pelo Conselho Regional do seu Estado. Por ser uma novidade na área de odontologia, o número de profissionais trabalhando com essa técnica ainda é pequeno. Em São Paulo, estado com maior número de adeptos, há cerca de 300 cirurgiões-dentistas acupunturistas.

Também é importante ressaltar que, por ser uma novidade, ainda não há alta procura por esse tratamento alternativo por parte dos pacientes. Dependendo da sua cidade ou região, a acupuntura pode não ser a melhor especialidade para se trabalhar.

Onde se especializar?

É importante citar que a acupuntura deve ser algo estudado a fundo, especialmente porque será aplicada em conjunto com práticas clínicas da odontologia. Como já dissemos, é necessário buscar uma instituição apta e que tenha autoridade no assunto. Uma das instituições que vale a pena conhecer é a Unicamp, que oferece um curso de extensão com 20 vagas.

A USP também oferece a especialização em acupuntura, voltada para profissionais da saúde. As vagas são limitadas a apenas 12 pessoas. No cenário brasileiro, ainda há falta de cursos de acupuntura para que profissionais possam se aprofundar, sobretudo nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Dessa forma, a habilitação para atuar com o método fica centrada no Sul e Sudeste.

A utilização de acupuntura na odontologia é algo recente, apesar de ser uma técnica criada há milhares de anos. Hoje, é apontada por muitos profissionais como uma excelente forma de melhorar os resultados em consultório! Agora que você já sabe tudo sobre o assunto, que tal conferir outros conteúdos imperdíveis do nosso blog, como homeopatia na odontologia! Até lá.

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Materiais de cirurgia odontológica: o que você deve saber https://blog.suryadental.com.br/materiais-de-cirurgia-odontologica/ https://blog.suryadental.com.br/materiais-de-cirurgia-odontologica/#respond Fri, 27 Jun 2025 10:00:00 +0000 https://blog.suryadental.com.br/?p=20430 O conjunto de instrumentais usados em cirurgias odontológicas é muito grande e diversificado, principalmente para estudantes, técnicos e profissionais da área odontológica que estão em fase de aprimoramento prático. Dessa forma, conhecer cada item e suas funcionalidades é importante para desenvolver segurança durante os procedimentos.

Se você está cursando Odontologia, TSB ou ASB, confira a seguir uma lista completa dos principais materiais para cirurgia odontológica!

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O que é uma cirurgia odontológica?

A cirurgia odontológica é qualquer procedimento clínico que visa tratar lesões, doenças ou alterações nos tecidos da boca, na estrutura dos dentes ou na região facial do paciente.

Essas intervenções são adaptadas para cada situação clínica, com técnicas e objetivos distintos. Alguns processos mais simples — como remoção de dentes (exodontias), enxertos ósseos ou correções na gengiva — podem ser realizados diretamente no consultório ao usar apenas anestesia local para garantir o conforto durante o atendimento.

Material odontológico: para que serve e quais são eles?

Os instrumentos usados na cirurgia incluem seringas, brocas, descartáveis, tesouras e muitos outros. Esses instrumentos são empregados em diversos procedimentos clínicos, como:

  • Extração dentária;
  • Preparo e limpeza dental para procedimentos restauradores;
  • Aplicação de materiais restauradores, como coroas, pontes, facetas e obturações;
  • Correções ortodônticas para alinhamento dentário;
  • Remoção de tecidos moles (gengiva) e duros (osso);
  • Manutenção e reparo de próteses dentárias;
  • Polimento e acabamento estético de restaurações.

Os materiais odontológicos são fundamentais para garantir tratamentos precisos, desde diagnósticos até procedimentos restauradores e estéticos. Sua variedade e especificidade asseguram eficiência, segurança e resultados duradouros na saúde bucal dos pacientes. Confira quais são os principais instrumentos de cirurgia odontológica e suas funções:

1. Fórceps

Os fórceps podem ser encontrados em diversas numerações e são utilizados na exodontia para a remoção dentária do osso alveolar. A grande variedade de modelos se justifica porque cada tipo é utilizado para um dente específico.

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2. Pinças

As pinças também estão disponíveis em diferentes modelos: Adson com ou sem dente, hemostática ou de dissecação. A escolha do instrumental vai depender da sua necessidade.

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3. Tesouras

As tesouras fazem parte da lista de materiais para cirurgia odontológica. Geralmente, são utilizados os modelos Goldman Fox reta, Goldman Fox curva e Metzenbaum curva.

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4. Brocas

Existem diversos modelos de brocas, como carbides e esféricas, e, em geral, são utilizadas para remoção de cárie e para criar o formato do contorno inicial no dente. Também são usadas para penetrar no teto da câmara pulpar e removê-lo.

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5. Carpule

Carpules são semelhantes a ampolas, porém sem bico. Ela é utilizada para a anestesia sem dor na odontologia e pode encontrá-la no modelo com refluxo (que torna o processo mais preciso) e sem refluxo.

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6. Cabo e lâmina de bisturi

Os bisturis podem ser descartáveis, elétricos ou do modelo tradicional. A escolha vai depender da sua necessidade e, também, da preferência na hora de fazer um procedimento. 

Nos modelos tradicionais, você deve ter um cabo (geralmente n.º 3 ou n.º 5) e lâminas, que estão disponíveis em diferentes tamanhos.

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7. Descartáveis

Cirurgia odontológica e biossegurança são aliadas. Tão importante quanto ter bons instrumentais é contar com luvas, máscaras descartáveis, aventais e outros similares que garantem a proteção do seu paciente e a sua. 

O estoque sempre deve estar bem abastecido com descartáveis de qualidade e aprovados pela Anvisa. Na hora de fazer a compra, lembre-se de verificar esse quesito!

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8. Sugador cirúrgico

Produto fundamental para acompanhar os procedimentos, o sugador é necessário para remover fluidos, sangue e secreções durante a cirurgia. Dessa forma, ele é essencial e não deve faltar no consultório.

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9. Afastador Minnesota

O afastador Minnesota é um instrumental feito em aço inox e serve para afastar o lábio e a bochecha durante cirurgias odontológicas.

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10. Seringa Carpule

Trata-se de um instrumento fundamental para administrar anestésico local na região gengival do paciente. Por meio do Carpule, o profissional consegue gerenciar com precisão o volume e a velocidade da substância injetada, minimizando o desconforto durante uma extração de siso, por exemplo.

A seringa é encontrada em versões com ou sem refluxo, sendo o modelo com refluxo considerado mais preciso em comparação à alternativa sem o recurso.

11. Cureta

A cureta Lucas é bastante usada em procedimentos cirúrgicos, pois auxilia na curetagem de alvéolos. Outros usos são na remoção de dentinas cariadas e de cimento endodôntico.

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12. Alavancas odontológicas

As alavancas são bastante utilizadas na área de exodontia e servem para extrair dentes. Existem diferentes tipos desse instrumental e cada um tem uma função própria. 

13. Cuba inox

A cuba de inox contribui para a higienização, funcionando também como um ponto adequado para o descarte de materiais utilizados durante os procedimentos de atendimento.

Como preparar a mesa cirúrgica?

O primeiro passo é retirar relógios, joias e acessórios, como anéis e pulseiras. Depois, higienize muito bem as mãos e faça o uso correto dos EPIs, incluindo a luva. Após essa preparação, chegou o momento de organizar a mesa. A lógica é que a montagem da mesa seja da esquerda para a direita, com os instrumentos por ordem de uso. Dessa forma, deixe pronto:

  • Kit para exame clínico;
  • Carpule;
  • Cabo de bisturi;
  • Descoladores;
  • Sindesmotomo;
  • Tesoura Metzenbaum reta;
  • Cinzéis;
  • Martelo;
  • Alavanca;
  • Fórceps;
  • Alveolotomo;
  • Lima para osso;
  • Cureta de Lucas;
  • Porta-agulha;
  • Pinça Dietrich;
  • Tesoura para sutura.

Os materiais auxiliares, como os afastadores Minnesota, abaixador, afastadores Farabeuf e pinças Backaus, devem ficar no centro da mesa. Adicione, também, pinças e tesouras auxiliares. No final da mesa, coloque os materiais de consumo, como duas cubas, seringa e agulha descartável, fio de sutura, gases, anestésico tópico, hidratante labial (vaselina), anestésico, lâmina de bisturi e gazes esterilizadas.

Após a mesa estar pronta, lembre-se de deixar todas as pontas dos instrumentos viradas para o tampo. Dessa forma, você diminui os riscos de se machucar enquanto faz o atendimento. Como já destacamos, a variedade de instrumentos é ampla e altamente especializada — cada item possui uma função específica dentro dos diversos procedimentos disponíveis na área odontológica.

Esperamos que este conteúdo sirva como uma lista prática para estudantes e profissionais na hora de selecionar os componentes adequados para montar o ambiente cirúrgico e organizar os recursos necessários para os atendimentos clínicos diários e descomplicar a rotina de trabalho.

Agora, você já sabe quais são os principais instrumentais de cirurgia odontológica e como montar uma mesa, não deixe de navegar pelo nosso blog e descobrir outros conteúdos imperdíveis sobre o assunto, como o que é cirurgia ortognática. Não deixe de conferir e até lá.

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Tudo que você precisa saber sobre a resina camaleão https://blog.suryadental.com.br/resina-camaleao/ https://blog.suryadental.com.br/resina-camaleao/#respond Thu, 29 May 2025 10:00:00 +0000 https://blog.suryadental.com.br/?p=22039 Com a evolução das tecnologias na odontologia, os profissionais da área estão sempre em busca de materiais que melhorem a funcionalidade e a estética dos tratamentos oferecidos aos pacientes. Uma das inovações neste campo é a resina camaleão!

Esse tipo de material se adapta à coloração dos dentes adjacentes, o que proporciona resultados mais harmoniosos, sem a necessidade de selecionar uma resina específica com a tonalidade do dente, além de facilitar a prática para os cirurgiões-dentistas.

Se você está com dúvidas em relação à resina camaleão, continue a leitura na Surya Dental para entender suas características, benefícios, indicações de uso e onde comprar! Confira todos os detalhes a seguir:

O que é a resina camaleão?

Resina camaleão é um termo para descrever uma resina composta monocromática. Esse material é aplicado em procedimentos de restauração odontológica, pois possui a capacidade de imitar a cor do dente do paciente perfeitamente.

Por ser altamente estético, o produto foi desenvolvido a fim de se integrar de maneira harmoniosa com o esmalte e a dentina natural do dente e ajustar-se para corresponder às variações de cor presentes nos dentes naturais. Inclusive, a resina camaleão permite maior conservação do elemento dentário.

Diferente de casos normais, em que a seleção de cor com apoio da escala é feita, o efeito camaleão se baseia no efeito de cor estrutural. Apoiada em estudos físicos, ela se adapta aos tons que estão ao redor da resina para que fique com o efeito natural. Em resumo, é uma cor que serve para todas as situações e dentes.

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Características da resina camaleão

Esse arranjo de resina composta se destaca entre outros materiais, pois sua combinação é única, resistente, flexível e esteticamente avançada. Desenvolvido com tecnologia moderna, ele se adapta às estruturas dentárias, oferece menor sensibilidade pós-procedimento e longevidade comprovada. Veja na sequência as características:

1. Adaptação de cor

A resina monocromática possui agentes ópticos que reagem à luz e às cores circundantes, o que mimetiza eficazmente as cores do dente quando aplicadas. Isso permite que a mesma resina seja utilizada em diferentes pacientes, facilitando, assim, o processo de restauração ao diminuir a necessidade de ter muitas tonalidades de resina.

2. Polimerização 

Assim como outras resinas compostas, a resina camaleão é fotopolimerizável, ou seja, ela endurece quando exposta à luz de uma cor específica, o que dá ao dentista controle do tempo de trabalho com o material.

3. Manipulação e contorno 

Este tipo de resina tende a apresentar uma boa viscosidade, o que facilita a manipulação, aplicação e o contorno durante o procedimento restaurador, proporcionando um acabamento mais natural e estético.

4. Propriedades físicas e mecânicas 

Ao longo dos anos, as resinas passaram a oferecer ótima resistência ao desgaste, boa retenção de polimento, além de resistência à compressão e tração adequadas!

Benefícios de usar a resina camaleão  

A resina camaleão oferece benefícios significativos em tratamentos dentários por suas particularidades estéticas devido às suas características diferenciadas em relação às demais. O principal benefício é a capacidade de entregar brilho e polimento às restaurações dentárias, sendo particularmente valorizada em dentes anteriores devido à sua capacidade de mimetizar o substrato dental adjacente. 

O efeito permite copiar a cor do substrato dental durante o processo de polimerização e alcançar um mimetismo perfeito em razão das propriedades de espelhamento cromático. Isso significa que, com uma única cor de resina, é possível abranger diversas tonalidades! Em resumo, a resina camaleão leva ao procedimento odontológico:

  • Reprodução perfeita e fiel do tom dental, sem comprometer a estética;
  • Uma única tonalidade abrange desde dentes clareados (Bleach) até tons mais escuros (D4);
  • Graças à tecnologia APS exclusiva, erros comuns na gestão de consultórios podem ser evitados;
  • Redução de estoque;
  • Não requer controle de validade das cores de baixo giro;
  • Agilidade na escolha do tom para não tornar o procedimento demorado;
  • Aumento da produtividade nos procedimentos rotineiros.

Indicações clínicas para o uso da resina camaleão

Devido à capacidade adaptativa da resina camaleão, esse material tornou-se a escolha mais popular para certas situações, entre elas:

  • Restaurações de cárie;
  • Restaurações de fraturas;
  • Fechamento de diastemas; 
  • Modificação de forma e tamanho dos dentes com fins estéticos; 
  • Restaurações em dentes de leite que ainda estão em processo de mudança de cor durante o crescimento;
  • Restauração sobre implante;
  • Attachments em alinhadores invisíveis.
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6 usos da resina camaleão

Unir qualidade estética à praticidade clínica ainda é um desafio constante para cirurgiões-dentistas em seus procedimentos. Com a resina camaleão, no entanto, essa missão se torna mais simples: o diferencial desse produto está em sua capacidade de se adaptar à tonalidade do substrato dental e melhorar os resultados ao reduzir etapas técnicas.

Entenda abaixo como esse material pode revolucionar sua prática profissional:

1. Odontopediatria

A saúde bucal infantil exige precisão do cirurgião-dentista, especialmente por ser um público mais sensível. Neste caso, a resina camaleão tem o poder de simplificar esse processo: além de eliminar a etapa de seleção de cor e encurtar o tempo do procedimento, o produto oferece agilidade no procedimento como o fator capaz de tornar o tratamento menos estressante para as crianças.

2. Restauração em dente posterior

Com alta resistência à flexão e capacidade de suportar impactos e fraturas, a resina camaleão garante restaurações capazes de suportar as intensas forças mastigatórias dos dentes posteriores. Além da robustez, sua propriedade de transmissão de cor mantém resultados estéticos naturais, combinando resistência e harmonia visual em um único material.

3. Restauração sobre implante

Além da agilidade da resina camaleão ser o ponto de destaque nas restaurações sobre implantes, após isolar o acesso ao parafuso com fita de teflon, o material camufla a região e se adapta ao substrato e às estruturas adjacentes. O resultado desse procedimento é uma harmonização perfeita, rápida e com acabamento estético e efeito natural!

4. Alinhadores invisíveis

A discrição que é exigida pelos tratamentos com alinhadores transparentes encontra na resina camaleão um ponto estratégico. Graças à capacidade de reproduzir a tonalidade natural dos dentes, os attachments confeccionados com o material surtem o efeito de mimetismo perfeitamente, além de manter a eficácia do movimento ortodôntico sem comprometer a estética do sorriso desejado durante o processo.

5. Fechamento de diastema e restauração anterior

É por replicar a cor e o brilho dos dentes de forma perfeita que a resina camaleão eleva a estética de restaurações de dente e tratamentos de diastema anteriores. As suas propriedades ópticas avançadas tornam possível um polimento impecável e uma integração cromática, que garante resultados delicados e resistentes como os dentes naturais, mesmo em áreas da cavidade bucal difíceis de acessar.

Onde comprar resina camaleão? 

No e-commerce da Surya Dental, você consegue encontrar diversos tipos de resinas compostas, inclusive modelos com efeito camaleão! Confira outros lugares para adquirir esse material também:

1. Vittra Unique Flow – FGM

A Vittra APS Unique é a resina camaleão da FGM. Ela é do tipo flow, ou seja, com a consistência mais fluida e baixa viscosidade. O diferencial do modelo é a resina camaleão do tipo submicrométrica e unicromática.

Dessa forma, ela proporciona o efeito desejado por espelhar a cor do dente, o que dispensa a necessidade de seleção de cor, além de agilizar os processos restauradores e reduzir a necessidade de estoque pelo dentista. 

A resina Vittra Unique é BPA Free (livre de Bisfenol A), o que garante segurança e saúde ao paciente. Além disso, possui tecnologia exclusiva Advanced Polymerization System (APS). Essa opção é ideal para:

  • Base sob restaurações diretas;
  • Preparo tipo tune;
  • Reparo de defeitos de esmalte;
  • Colagem de fragmentos dentários;
  • Lesões cervicais não cariosas;
  • Planificação de paredes de preparo;
  • Restaurações diretas em dentes anteriores e posteriores. 
Vittra Unique Flow - FGM
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2. Palfique Omnichroma – Tokuyama 

A Palfique Ominichroma da Tokuyama é a primeira resina composta com a tecnologia que possibilita o efeito camaleão nas restaurações, uma vez que realiza a cobertura das tonalidades A1 a D4! 

Palfique Omnichroma – Tokuyama
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Além disso, os enchimentos supra-nano esféricos possuem tamanho uniforme e permitem a combinação das cores a partir de uma ciência chamada Tecnologia Cromática Inteligente. 

Escolher os materiais corretos para a rotina profissional no consultório odontológico é crucial. Por isso, a resina camaleão é um coringa de alta tecnologia que ajuda a abranger diversas tonalidades e agilizar a seleção das cores.

Agora que você entende tudo sobre resina camaleão, não deixe de navegar pelo nosso blog e descobrir outros conteúdos imperdíveis, como qual é o melhor material para restauração dentária! Até lá.

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Gengivite: O que é? O que causa? https://blog.suryadental.com.br/gengivite-o-que-e-o-que-causa/ https://blog.suryadental.com.br/gengivite-o-que-e-o-que-causa/#comments Wed, 28 May 2025 15:23:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=389 A gengivite é um dos quadros inflamatórios mais prevalentes na clínica odontológica e representa o estágio inicial das doenças periodontais. Essa condição, provocada principalmente pelo acúmulo de biofilme dental, é reversível quando identificada precocemente, mas pode evoluir para quadros mais severos, como a periodontite, se negligenciada.

Além de representar um fator de risco para a perda dentária, a gengivite tem impacto direto na saúde sistêmica, especialmente em pacientes com comorbidades como diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e distúrbios imunológicos. Nesse contexto, deve-se controlar o local da infecção e também buscar orientação, prevenção e acompanhamento contínuo.

Neste artigo, você vai entender o que é gengivite, o que causa gengivite, seus principais sintomas clínicos, as diferenças em relação à periodontite, além de explorar condições como a gengivite necrosante. Vamos abordar ainda estratégias de prevenção. Boa leitura!

O que é gengivite?

A gengivite é um tipo de doença comum na boca que surge devido ao acúmulo de placa bacteriana (também conhecida como biofilme dental) na linha da gengiva. Essa placa é formada por restos de alimentos e bactérias que, se não removidos com uma boa higiene bucal diária, irritam a gengiva e causam inflamação, marcando o estágio inicial das doenças periodontais.

A condição pode afetar pessoas de todas as idades, profilaxia Quando tratada adequadamente, a gengivite é reversível e não deixa sequelas. Porém, sua negligência pode levar a complicações sérias, como a periodontite.

O que causa gengivite?

Entre as principais causas da gengivite, estão:

  • Má higiene bucal;
  • Uso incorreto ou ausência de fio dental;
  • Acúmulo de placa bacteriana;
  • Tabagismo;
  • Mudanças hormonais (como na gravidez ou menopausa);
  • Doenças sistêmicas, como diabetes;
  • Uso de determinados medicamentos;
  • Fatores genéticos;
  • Estresse crônico, que pode afetar a resposta imunológica;
  • Boca seca (xerostomia), especialmente em pacientes medicados ou idosos.

Além disso, aparelhos ortodônticos e próteses mal adaptadas podem dificultar a limpeza adequada dos dentes, aumentando o risco de inflamação gengival.

Menino com aparelho dentário mostrando dor facial
Menino com aparelho dentário mostrando dor facial

Gengivite: sintomas mais comuns

Os sintomas da gengivite são geralmente sutis no início, o que pode dificultar a identificação do problema. Fique atento aos seguintes sinais:

  • Gengiva vermelha, inchada e sensível;
  • Sangramento durante a escovação ou uso do fio dental;
  • Mau hálito persistente (halitose);
  • Retração gengival (dentes parecem mais longos);
  • Gosto ruim na boca;
  • Alterações na forma como os dentes se encaixam ao morder;
  • Dor ou desconforto ao mastigar (em casos mais avançados).

Esses sinais auxiliam no diagnóstico diferencial entre gengivite e outras condições, como hiperplasias, lesões ulcerativas ou manifestações sistêmicas.

Estágios da gengivite e sua evolução

A gengivite pode evoluir em três estágios, sendo cada um mais agressivo que o anterior:

1. Gengivite

Neste estágio inicial, a inflamação é causada pelo acúmulo de placa bacteriana na linha da gengiva. Pode haver sangramento leve durante a escovação, mas ainda não há dano ósseo ou aos tecidos profundos. O tratamento é simples e eficaz quando feito precocemente.

2. Periodontite

Se a gengivite não for tratada, ela pode evoluir para periodontite, onde há comprometimento do osso e das fibras que sustentam os dentes. Bolsas se formam entre a gengiva e os dentes, acumulando ainda mais bactérias e resíduos. Essa fase exige tratamento odontológico mais intensivo, incluindo limpeza profunda dos dentes (profilaxia), raspagens e, em alguns casos, cirurgia periodontal.

Você pode gostar também: 10 dicas de higienização para pacientes que usam aparelho odontológico.

3. Periodontite avançada

Na fase mais grave, a destruição óssea pode ser extensa, levando à mobilidade dos dentes e, eventualmente, à perda dentária. A mordida pode ser afetada, e os tratamentos se tornam mais complexos e custosos, podendo envolver enxertos ósseos e implantes dentários.

Gengivite necrosante: o que é?

A gengivite necrosante é uma forma aguda e agressiva da gengivite, caracterizada pela necrose (morte) dos tecidos gengivais. Ela é mais comum em pessoas com imunidade comprometida, fumantes e em condições de estresse extremo.

Seus sintomas incluem dor intensa, sangramento espontâneo, mau hálito forte e presença de úlceras ou lesões na gengiva. É considerada uma emergência odontológica e requer tratamento imediato com antibióticos, limpeza profissional e, em alguns casos, intervenção hospitalar.

Gengivite e periodontite: qual a diferença?

Embora estejam relacionadas, gengivite e periodontite não são a mesma coisa. A gengivite é o estágio inicial e reversível da inflamação. Já a periodontite é uma progressão da gengivite não tratada, onde ocorre destruição do osso e tecidos de suporte do dente.

Em resumo:

  • Gengivite: inflamação superficial, reversível;
  • Periodontite: inflamação profunda, com perda óssea, irreversível sem intervenção profissional.

Como prevenir a gengivite

A melhor forma de evitar a gengivite é manter uma higiene bucal adequada e adotar hábitos saudáveis. Confira algumas dicas:

  • Escove os dentes pelo menos duas vezes ao dia utilizando creme dental com flúor;
  • Use fio dental diariamente;
  • Visite o dentista a cada seis meses;
  • Evite o consumo excessivo de açúcares;
  • Não fume;
  • Mantenha uma dieta equilibrada e rica em nutrientes;
  • Use enxaguantes bucais com orientação profissional;
  • Realize limpezas profissionais periódicas, especialmente em pacientes com histórico de doença periodontal.

A prevenção é sempre o melhor caminho para evitar complicações futuras e garantir uma saúde bucal de qualidade.

Dentista utilizando ferramentas de trabalho em paciente
Dentista utilizando ferramentas de trabalho em paciente

Dúvidas frequentes sobre gengivite

Vejamos os principais questionamentos sobre a gengivite:

Gengivite tem cura?

Sim. Quando diagnosticada e tratada no início, a gengivite tem cura completa sem deixar sequelas.

Quanto tempo leva para curar a gengivite?

Com os cuidados adequados e acompanhamento profissional, é possível notar melhora em poucos dias.

Gengivite pode voltar?

Sim. Se os cuidados com a higiene bucal forem negligenciados, a gengivite pode retornar.

Crianças podem ter gengivite?

Sim. Embora mais comum em adultos, crianças também podem desenvolver gengivite.

Gengivite pode causar dor de dente?

A gengivite em si não costuma causar dor de dente, mas a inflamação pode gerar desconforto e sensibilidade.

Gengivite pode afetar a saúde geral?

Sim. Estudos indicam que doenças periodontais não tratadas podem estar relacionadas a problemas cardiovasculares, diabetes descompensada e complicações na gravidez e afetar a saúde geral do paciente.

Dentista mostrando modelo de dente e raízes
Dentista mostrando modelo de dente e raízes

Continue aprendendo com a Surya Dental

A gengivite é um tema central na periodontia, mas é apenas uma das inúmeras condições clínicas que exigem atenção. O conhecimento técnico e prático sobre essa inflamação gengival é importante, assim como o tratamento e a prevenção, além da orientação adequada aos pacientes.

Da mesma forma, ao aprofundar-se em temas relacionados como gengivoplastia, periodontite, peri-implantite e outras abordagens cirúrgicas e clínicas, o profissional amplia sua capacidade de diagnóstico, intervenção e planejamento terapêutico individualizado. Por isso, mantenha-se atento às abordagens complementares, como a gengivoplastia e os tratamentos periodontais cirúrgicos, que ampliam o repertório clínico e contribuem para melhores resultados estéticos e funcionais.

Portanto, continue acompanhando o blog da Surya Dental e aprofunde seus conhecimentos no post gengivoplastia: indicações, como é feito e mais. Um conteúdo completo e atualizado para transformar sua prática clínica e otimizar os cuidados periodontais dos seus pacientes.

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Erosão dentária, saiba o que é e como evitar https://blog.suryadental.com.br/erosao-dentaria-saiba-o-que-e-e-como-evitar/ https://blog.suryadental.com.br/erosao-dentaria-saiba-o-que-e-e-como-evitar/#comments Tue, 27 May 2025 21:27:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=538 A erosão dentária é uma condição cada vez mais comum na prática odontológica e um tema importante para a odontologia. Trata-se da perda progressiva de estrutura dental causada por processos químicos não bacterianos, com potencial de comprometer a estética e a função dos dentes. Embora muitas vezes silenciosa, essa condição merece atenção especial por sua prevalência crescente em pacientes de todas as idades.

A origem da erosão dentária pode estar associada a fatores intrínsecos, como distúrbios gástricos e refluxo ácido, ou extrínsecos, como o consumo excessivo de alimentos e bebidas ácidas. Associada à atrição dentária, a erosão acelera o desgaste do esmalte dental, expondo a dentina e aumentando a sensibilidade dentária. Além disso, pode estar presente em quadros de bruxismo, bulimia nervosa e hábitos dietéticos inadequados.

Neste conteúdo, você vai compreender os principais tipos de erosão, os sinais clínicos mais relevantes, os fatores etiológicos, além de estratégias preventivas e terapêuticas baseadas em evidências científicas. Também responderemos dúvidas comuns e indicaremos leituras complementares. Boa leitura!

O que é erosão dentária?

A erosão dentária é definida como a perda irreversível de tecido dental provocada por ácidos que não envolvem atividade bacteriana. Ao contrário da cárie, que envolve a ação de microrganismos, a erosão ocorre por ação direta de ácidos sobre a superfície dental.

Os dentes são protegidos por uma camada de esmalte dental, composta por cristais de hidroxiapatita. Em contato com substâncias ácidas, esse esmalte sofre desmineralização e pode ser dissolvido ao longo do tempo. A saliva exerce papel fundamental na neutralização do pH e na remineralização dos dentes, mas sua ação é limitada frente a ataques ácidos frequentes ou intensos.

Quais são os tipos de erosão dental?

A erosão dental pode ser classificada de acordo com a origem do ácido que a causa:

1. Erosão intrínseca

Provocada por ácidos provenientes do próprio organismo, especialmente do suco gástrico. Está associada a condições como:

  • Refluxo gastroesofágico;
  • Vômitos frequentes (bulimia ou hiperêmese gravídica);
  • Distúrbios alimentares;
  • Doenças gástricas.

É comum que os dentes posteriores (oclusais e palatinos) sejam mais afetados nesses casos.

2. Erosão extrínseca

Causada por ácidos provenientes de fontes externas, como alimentos e bebidas ácidas:

  • Refrigerantes (mesmo os sem açúcar);
  • Sucos cítricos naturais e industrializados;
  • Bebidas energéticas e esportivas;
  • Vinagre, frutas ácidas (limão e abacaxi);
  • Vinhos e chás ácidos.

Essa forma geralmente compromete os dentes anteriores e as superfícies vestibulares.

Erosão x Atrição dentária

A atrição dentária é o desgaste da estrutura dental causado pelo contato direto dente a dente, geralmente associado ao bruxismo ou hábitos parafuncionais. Quando somada à erosão, potencializa ainda mais a perda dentária, especialmente quando o esmalte já está fragilizado pela ação ácida.

A associação entre erosão e atrição é comum em pacientes adultos jovens e deve ser avaliada de forma criteriosa durante o exame clínico.

Sinais clínicos da erosão dentária

O reconhecimento precoce da erosão dental é imprescindível para evitar perdas irreversíveis. Os principais sinais e sintomas incluem:

  • Superfícies dentárias lisas e brilhantes;
  • Perda de estrutura dental em áreas não sujeitas à mastigação;
  • Exposição de dentina (com coloração mais amarelada);
  • Sensibilidade térmica ou química;
  • Redução da altura dos dentes;
  • Margens restauradoras elevadas devido à perda de esmalte ao redor.

Em estágios mais avançados, o desgaste pode comprometer a estética do sorriso e alterar a oclusão.

Fatores de risco e populações vulneráveis

Diversos fatores podem favorecer o aparecimento da erosão dentária, como fatores emocionais ligados ao estresse, e mais:

  • Dietas ácidas (ricas em frutas cítricas e refrigerantes);
  • Atletas que consomem bebidas esportivas com frequência;
  • Pacientes com distúrbios gástricos;
  • Pessoas com bulimia ou anorexia;
  • Idosos com menor fluxo salivar;
  • Usuários de medicações que reduzem a salivação (xerostomia).

A identificação desses grupos de risco é fundamental para orientar condutas preventivas e reduzir a progressão do quadro clínico.

Como prevenir a erosão dental?

A prevenção é a melhor abordagem para o controle da erosão dentária. Veja algumas estratégias clínicas e orientações para os pacientes:

  • Reduzir a frequência do consumo de bebidas e alimentos ácidos;
  • Preferir o uso de canudo para evitar o contato direto com os dentes;
  • Evitar escovar os dentes logo após ingerir alimentos ácidos (esperar pelo menos 30 minutos);
  • Utilizar escovas com cerdas macias;
  • Indicar cremes dentais com alta concentração de flúor (1.100 ppm ou mais);
Mulher sorrindo enquanto coloca creme dental em uma escova de dentes.
Mulher sorrindo enquanto coloca creme dental em uma escova de dentes.
  • Reforçar o uso de agentes remineralizantes (ex.: CPP-ACP, fluoreto de estanho);
  • Estimular o consumo de água e a salivação;
  • Acompanhamento odontológico periódico com um dentista clínico-geral.

Em pacientes com refluxo ou vômitos frequentes, o encaminhamento médico pode ser necessário para controle da causa sistêmica.

Abordagem clínica e tratamento

O tratamento da erosão dentária depende da gravidade do desgaste:

  • Estágios iniciais: controle da dieta, uso de flúor tópico e monitoramento clínico;
  • Desgaste moderado: restaurações em resina composta podem ser indicadas para reconstituir forma e função;
  • Casos severos: planejamento restaurador mais complexo, com facetas, coroas ou até reabilitação com próteses totais, em situações extremas.

Avaliações periódicas, fotografias clínicas e modelos de estudo ajudam a monitorar a evolução da lesão e a adesão ao tratamento.

Dúvidas frequentes sobre erosão dentária

A erosão dentária é um problema comum, mas ainda cercado de muitas dúvidas. Afeta pacientes de todas as idades e, quando não identificada precocemente, pode comprometer a saúde bucal de forma significativa. A seguir, respondemos às perguntas mais frequentes sobre o tema.

Erosão dentária tem cura?

Não há cura no sentido de reversão completa do esmalte perdido, mas o processo pode ser interrompido com intervenção precoce.

É possível recuperar o esmalte desgastado?

Não, o esmalte não se regenera. Porém, materiais restauradores e estratégias de remineralização ajudam a restaurar função e estética.

Crianças também podem ter erosão dentária?

Sim. O consumo de sucos artificiais, refrigerantes e má higiene são inimigos da saúde bucal e favorecem a erosão já na infância.

Existe relação entre erosão e sensibilidade dentária?

Sim. Com a exposição da dentina, o paciente pode relatar dor ao ingerir alimentos frios, quentes ou doces.

Mulher com expressão de dor na mandíbula
Mulher com expressão de dor na mandíbula

Qual é o melhor creme dental para prevenir erosão?

Os que possuem flúor em alta concentração (acima de 1.100 ppm), preferencialmente com baixa abrasividade.

Continue acompanhando o blog da Surya Dental

O conhecimento sobre erosão dentária é indispensável para o clínico geral e o futuro especialista em odontologia restauradora. Com a identificação precoce, orientação eficaz e intervenções baseadas em evidências, é possível preservar a integridade dental e garantir saúde bucal a longo prazo.

Aproveite e continue se atualizando no blog da Surya Dental, onde você encontra conteúdos exclusivos sobre técnicas restauradoras, estética dental e muito mais. Indicamos a leitura complementar do nosso artigo sobre a fina relação entre saúde bucal e corpo humano. Entenda como alterações na cavidade oral podem refletir em doenças sistêmicas e como o cirurgião-dentista tem papel fundamental na saúde global do paciente.

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Odontopediatria: saúde bucal para crianças https://blog.suryadental.com.br/odontopediatria/ https://blog.suryadental.com.br/odontopediatria/#comments Mon, 26 May 2025 21:14:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=626 Para garantir um atendimento odontológico adequado desde os primeiros anos de vida até a adolescência, existe uma especialidade chamada odontopediatria. Ela é focada no cuidado da saúde bucal de crianças e adolescentes, promovendo bons hábitos desde cedo e prevenindo problemas futuros.

Neste artigo, você vai entender melhor como funciona essa área da odontologia infantil, quando levar seu filho ao dentista pela primeira vez e quais são os cuidados indicados em cada fase da vida. Boa leitura!

O que é odontopediatria?

A odontopediatria é a área da odontologia responsável por atender bebês, crianças e adolescentes. O foco não é apenas tratar problemas bucais, mas acompanhar o crescimento dos dentes, orientar os pais e incentivar uma rotina de higiene bucal saudável.

Mais do que um atendimento técnico, o dentista infantil precisa criar um vínculo de confiança com os pequenos. Isso porque experiências ruins durante a infância podem gerar traumas e medos que se estendem até a vida adulta. Por isso, é fundamental que o odontopediatra tenha empatia, paciência e uma boa comunicação tanto com a criança quanto com os responsáveis, ou seja, um atendimento humanizado.

Além disso, por lidar com uma faixa etária tão diversa, o profissional deve estar preparado para adaptar seu atendimento conforme a idade, o comportamento e as necessidades específicas de cada fase do desenvolvimento.

odontopediatria e saúde bucal para crianças

Quando levar a criança ao odontopediatra?

Muita gente não sabe, mas o ideal é levar o bebê ao dentista assim que nascer o primeiro dente — por volta dos 6 meses de idade. Nessa consulta, o profissional poderá orientar sobre a escovação correta, uso de cremes dentais apropriados e identificar precocemente possíveis problemas, como a cárie de mamadeira.

Outro momento importante é ainda durante a gestação. Sim, o cuidado com a saúde bucal começa antes mesmo do nascimento. O acompanhamento com um odontopediatra ajuda a evitar inflamações nas gengivas da gestante e prepara os pais para a higienização do bebê após o parto.

Aproveite e leia depois: Aleitamento e a saúde bucal do bebê. Saiba tudo!

Qual é a frequência das consultas de odontopediatria?

A recomendação geral é que a criança vá ao dentista a cada seis meses. No entanto, essa frequência pode ser ajustada conforme o histórico de saúde bucal e os hábitos da criança. Em casos de tratamento ou problemas específicos, o acompanhamento pode ser feito a cada três meses.

Visitas regulares ao consultório odontológico ajudam a prevenir problemas, reforçar a importância da higiene e tornar o ambiente mais familiar, reduzindo o medo e a ansiedade.

Odontopediatria por faixa etária: gestantes, crianças e adolescentes

O profissional de odontopediatria pode atender pacientes de diversas faixas etárias. Para cada um, há um tipo de orientação. Confira!

1. Odontopediatria para gestantes

Durante a gestação, é comum que algumas mulheres tenham gengivite aguda causada pelo aumento na quantidade de hormônios. O odontopediatra poderá recomendar os cuidados adequados para a saúde bucal durante esse período, como escovas com cerdas mais macias e uma escovação mais cautelosa.

O profissional também poderá orientar a dieta durante a gestação, que deve ser rica em frutas, verduras e legumes. Esse fator é muito importante e tem influência direta sobre a saúde e o paladar do bebê.

2. Odontopediatria para crianças de até 2 anos

Nesse período, será possível acompanhar o nascimento dos primeiros dentes da criança. Levá-la ao consultório será essencial para que ela se habitue a cuidar da saúde bucal e comece a enxergar esse processo como algo positivo.

É muito importante para o crescimento de dentes saudáveis que a criança abandone a mamadeira e a chupeta. A escovação pode ser feita com uma escova pequena de cerdas macias e creme dental fluoretado.

odontopediatria

3. Odontopediatria para crianças de 3 a 5 anos

Com essa idade, as crianças já podem fazer o uso constante de fio dental, pelo menos uma vez ao dia, além das escovações regulares supervisionadas pelos pais.

Também é importante que os pequenos tenham uma alimentação variada. O açúcar pode fazer parte das refeições, porém de maneira esporádica, aos fins de semana ou em ocasiões especiais.

4. Odontopediatria para crianças de 6 a 9 anos

É a fase da troca de dentes. Para que os permanentes nasçam corretamente, visite o odontopediatra e verifique se há algum hábito da criança que possa atrapalhar nesse processo.

5. Odontopediatria para crianças de 10 a 12 anos

Com o estabelecimento da dentição permanente, é importante levar as crianças ao consultório. Além de exigir outros cuidados, é preciso certificar-se de que os dentes crescerão corretamente.

Caso isso não ocorra, a criança terá que fazer uso de aparelho ortodôntico. Isso também implicará em manutenção e limpeza para que os dentes possam crescer saudáveis.

6. Odontopediatria para adolescentes

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a adolescência é compreendida como o período dos 13 aos 19 anos. Durante essa época, ocorrem grandes transformações no corpo, bem como na boca e nos dentes.

Também é comum que haja uma mudança nos hábitos, como o consumo de bebidas – e drogas em alguns casos –, utilização de piercings e distúrbios alimentares. Por isso, é necessário que o profissional da saúde bucal esteja preparado para lidar com todas essas situações.

Embora muitos odontopediatras atendam somente crianças de até 12 anos, esse tipo de profissional está apto para lidar com essas mudanças do período da adolescência.

Por que escolher um dentista infantil?

A odontopediatria é a especialidade da odontologia voltada para o cuidado de bebês, crianças e adolescentes. Seu foco não está apenas em tratar doenças bucais, mas em educar os pequenos para que a higiene oral se torne um hábito natural e prazeroso.

Essa especialidade também visa acompanhar o desenvolvimento dos dentes e da arcada dentária, além de identificar possíveis alterações que possam comprometer o crescimento adequado da estrutura bucal.

Além disso, mais do que um atendimento técnico, o profissional precisa criar um vínculo de confiança com os pequenos, principalmente se eles têm medo de dentista. Consultas lúdicas, uso de brinquedos, linguagem acessível e um ambiente acolhedor são recursos importantes que fazem parte da odontopediatria para evitar traumas e incentivar visitas regulares.

E o impacto não para aí! O dentista infantil também tem papel educativo com os pais e responsáveis, pois atua orientando sobre alimentação, escovação correta, uso de flúor e como lidar com hábitos prejudiciais, como o uso prolongado de chupetas ou a sucção de dedo.

Então, gostou do conteúdo? Esperamos que sim! A odontopediatria é uma aliada fundamental para a formação de uma geração mais consciente e saudável. Com o acompanhamento de um dentista infantil, seu filho aprende desde cedo a cuidar dos dentes, sem medo e com responsabilidade.

Levar a criança ao dentista regularmente é um ato de amor, prevenção e cuidado com o futuro. E se você quer continuar aprendendo sobre odontologia infantil, assine nossa newsletter e receba conteúdos exclusivos direto no seu e-mail!

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