Marketing Surya, Autor em Surya Dental https://blog.suryadental.com.br/author/marketingsurya/ Fri, 26 Sep 2025 18:32:05 +0000 pt-BR hourly 1 https://blog.suryadental.com.br/wp-content/uploads/2022/08/cropped-surya-1-e1652876833917-180x180-1-80x80.png Marketing Surya, Autor em Surya Dental https://blog.suryadental.com.br/author/marketingsurya/ 32 32 Xerostomia: sintomas, causas e manejo clínico odontológico https://blog.suryadental.com.br/xerostomia-sindrome-da-boca-seca/ https://blog.suryadental.com.br/xerostomia-sindrome-da-boca-seca/#respond Tue, 23 Sep 2025 16:28:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=2571 A xerostomia, também conhecida como síndrome da boca seca, é um desafio cada vez mais presente na prática odontológica, atingindo diferentes perfis de pacientes e impactando diretamente a qualidade de vida.

Com o aumento do uso de medicamentos, o envelhecimento populacional e a maior prevalência de doenças sistêmicas, é essencial que o cirurgião-dentista saiba identificar as causas, reconhecer os sintomas e atuar de forma resolutiva no diagnóstico e no manejo clínico.

Este guia reúne informações científicas atualizadas sobre o tema, detalhando desde as funções biológicas da saliva até protocolos modernos de tratamento, além de destacar recursos que podem auxiliar o profissional na rotina clínica. Continue lendo para saber mais!

Xerostomia: o que é, causas e importância no contexto clínico

A xerostomia é definida como a sensação subjetiva de secura bucal ou lábios ressecados, geralmente associada à redução do fluxo salivar. Essa condição, frequente no consultório odontológico, traz consequências que ultrapassam o desconforto, aumentando o risco de cáries, doenças periodontais, infecções fúngicas e dificuldades em funções básicas,como mastigação, fala e deglutição.

A detecção precoce pelo cirurgião-dentista permite desenvolver estratégias preventivas e personalizar o tratamento, já que a origem pode estar relacionada ao uso de múltiplos medicamentos, a doenças autoimunes ou a tratamentos oncológicos. Compreender a fisiopatologia da xerostomia é, portanto, indispensável para oferecer um atendimento diferenciado e centrado na saúde bucal integral.

No cenário atual, conhecer a fundo as manifestações da boca seca contribui para o fortalecimento da relação com o paciente, favorecendo a adesão ao tratamento e reduzindo complicações. Aproveite e conheça também os 12 maiores inimigos da saúde bucal e como combatê-los.

Funções da saliva e impacto da sua redução na saúde bucal

A saliva desempenha papel central na homeostase oral, pois facilita a mastigação e a deglutição, participa do início da digestão e regula o pH bucal, prevenindo desmineralizações e lesões cariosas.

Sua presença contínua também dificulta a colonização bacteriana e fúngica, funcionando como uma importante barreira contra infecções. Além disso, contribui para a remineralização do esmalte e a limpeza dos resíduos alimentares, protegendo a mucosa oral.

Dessa forma, avaliar o fluxo salivar deve ser parte de toda consulta odontológica, especialmente diante de queixas de lábio ressecado ou histórico de doenças sistêmicas. Manter a produção salivar em níveis adequados é fundamental para preservar o conforto e a qualidade de vida do paciente.

Boca seca: o que pode ser? Entenda os fatores locais e sistêmicos

A xerostomia tem origem multifatorial. Os fatores sistêmicos mais comuns são o uso prolongado de medicamentos, como antidepressivos, anti-hipertensivos e anticolinérgicos, que reduzem o estímulo das glândulas salivares.

Pacientes submetidos à radioterapia de cabeça e pescoço também apresentam risco elevado devido ao comprometimento glandular. Doenças autoimunes, como a síndrome de Sjögren, e condições como diabetes mellitus ou infecções virais (HIV, hepatite C) devem ser consideradas.

Entre os fatores locais, destacam-se a respiração bucal crônica, próteses mal adaptadas e distúrbios anatômicos das glândulas salivares, além de desidratação e ansiedade, que podem agravar o quadro.

O levantamento completo do histórico médico e odontológico é essencial para orientar o tratamento. Para aprofundar esse tema, veja as doenças bucais mais comuns na terceira idade.

Quais são os sinais e sintomas mais frequentes da boca seca?

Os sintomas relatados pelos pacientes são sensação persistente de secura, lábios rachados, fissuras na língua, ardência e alteração do paladar. Essas manifestações comprometem a mastigação, a fala e a deglutição, prejudicando a rotina diária.

No exame clínico, observa-se mucosa seca e brilhante, saburra lingual e, em alguns casos, presença de candidíase, gengivites, cáries rampantes e erosão do esmalte. Reconhecer esses sinais é fundamental para prevenir complicações e definir condutas adequadas.

Estratégias para o diagnóstico de xerostomia no consultório

O diagnóstico deve começar com uma anamnese detalhada, incluindo histórico medicamentoso, presença de doenças sistêmicas, hábitos de vida e características da sensação de boca seca ou lábio ressecado.

O exame clínico cuidadoso das glândulas salivares, da língua e da mucosa oral ajuda a diferenciar a xerostomia de outras condições. Em casos complexos, exames complementares, como sialometria, testes de pH e avaliações microbiológicas, podem ser necessários para confirmar o quadro.

Manejo clínico da xerostomia: protocolos atualizados

O manejo deve ser individualizado e considerar tanto a causa quanto a gravidade do quadro. Recomenda-se ingestão frequente de água, estímulo mastigatório com gomas sem açúcar e ajustes em próteses quando necessário.

Em casos específicos, podem ser prescritos medicamentos colinérgicos, como pilocarpina ou cevimelina, sempre com acompanhamento médico. Outra alternativa é o uso de saliva artificial, sprays, géis ou pastilhas hidratantes.

Além disso, a aplicação tópica de flúor, a manutenção da higiene oral rigorosa e o monitoramento periódico são fundamentais para reduzir complicações. Para aprofundar esse tema, confira as doenças na boca mais comuns e como tratá-las.

Higiene bucal e prevenção de complicações associadas

Pacientes com xerostomia precisam de protocolos rigorosos de higiene bucal. O uso de escovas de cerdas macias, fios dentais encerados, cremes dentais fluoretados e enxaguantes sem álcool ajuda a controlar o biofilme e reduzir riscos de cáries, gengivites e infecções.

O acompanhamento odontológico frequente e a educação do paciente sobre sinais de agravamento contribuem para o controle do quadro. Para ampliar esse conhecimento, conheça a síndrome da boca ardente: o que é, causas e tratamentos.

Xerostomia em pacientes especiais: grupos de risco e cuidados

Alguns grupos merecem atenção diferenciada, como idosos, pacientes em radioterapia de cabeça e pescoço, portadores de síndrome de Sjögren, diabéticos descompensados e polimedicados.

Nesses casos, o tratamento pode incluir lubrificantes bucais, antifúngicos tópicos, reforço da higiene oral e acompanhamento multidisciplinar, reduzindo complicações e proporcionando maior conforto ao paciente.

Orientações simples para o alívio da xerostomia

O autocuidado é parte essencial do tratamento. Orienta-se o paciente a ingerir água em intervalos regulares, evitar álcool, refrigerantes açucarados e tabaco, além de consumir alimentos úmidos.

O uso de chicletes sem açúcar, sprays salivares e géis hidratantes pode aliviar os sintomas. Essas medidas, associadas ao acompanhamento odontológico, ajudam a melhorar a qualidade de vida. Para mais informações, confira o que são as doenças na língua, causas, sintomas e tratamentos.

Qual a diferença entre a xerostomia da boca seca momentânea?

A boca seca transitória costuma desaparecer após ingestão de água ou eliminação do fator desencadeante, enquanto a xerostomia persiste e se associa a sinais clínicos, como fissuras, mucosa seca e maior predisposição a cáries.

Abordagens específicas para idosos e pacientes oncológicos

Idosos geralmente apresentam múltiplos fatores associados, exigindo abordagem global. Já pacientes submetidos à radioterapia demandam protocolos mais específicos, com uso de saliva artificial, antifúngicos tópicos e acompanhamento multidisciplinar.

A xerostomia é um tema de relevância crescente na odontologia e exige atualização constante por parte do cirurgião-dentista. O domínio das causas, o diagnóstico criterioso e a aplicação de protocolos modernos são fundamentais para o sucesso terapêutico.

Investir em capacitação e manter-se atualizado garante condutas seguras e um atendimento de maior qualidade, contribuindo para a saúde e o bem-estar dos pacientes.

Potencialize seu atendimento com os produtos que a Surya Dental oferece e garanta resultados superiores no manejo da xerostomia. Entre em contato para conhecer as soluções da Surya Dental e descubra novas possibilidades para o manejo da xerostomia com qualidade e segurança.

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Tudo que você precisa saber sobre a endocardite na odontologia https://blog.suryadental.com.br/aumento-em-endocardite-dao-diretrizes-para-dentistas/ https://blog.suryadental.com.br/aumento-em-endocardite-dao-diretrizes-para-dentistas/#respond Wed, 17 Sep 2025 23:15:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=975 A relação entre saúde bucal e saúde do coração está cada vez mais presente no dia a dia dos profissionais de odontologia. A endocardite, uma condição que pode ter origem bacteriana ou infecciosa, exige atenção especial de dentistas, estudantes e de todos os interessados em manter não apenas a boca saudável, mas também o bem-estar do sistema cardiovascular.

Pensando nisso, preparamos um guia completo explicando como a odontologia se conecta diretamente com a prevenção e o controle da endocardite, quais sintomas merecem alerta e como seguir protocolos seguros em consultório. Confira só:

O que é endocardite e por que merece atenção na odontologia?

A endocardite é uma inflamação do endocárdio, a camada interna do coração, podendo comprometer principalmente as válvulas cardíacas. Sua origem pode ser bacteriana (mais comum), mas também pode envolver outros microrganismos, como fungos. O perigo da doença está em sua evolução silenciosa e na gravidade dos quadros clínicos, podendo levar a complicações sérias e até risco de vida.

Na prática odontológica, a endocardite ganha relevância porque procedimentos invasivos, como extrações de siso, limpezas profundas e cirurgias periodontais, podem permitir que bactérias da boca entrem na corrente sanguínea. Isso cria um caminho para que esses microrganismos se instalem no coração, especialmente em pessoas com doenças cardíacas prévias, próteses valvares ou imunidade comprometida.

Como a saúde bucal pode influenciar no desenvolvimento da endocardite?

Quando a boca não recebe os cuidados adequados, microrganismos patogênicos encontram facilidade para penetrar na corrente sanguínea. Inflamações gengivais, periodontite, lesões orais e sangramentos recorrentes são portas de entrada para bactérias. Atos simples, como mastigar ou escovar os dentes, podem provocar pequenas lesões que permitem a passagem desses agentes.

Durante procedimentos odontológicos invasivos, como extrações e raspagens subgengivais, o risco de bacteremia temporária aumenta. Pacientes com doenças cardíacas conhecidas, próteses valvares ou histórico de endocardite estão mais suscetíveis a desenvolver complicações graves a partir dessas situações.

O papel do dentista vai além do tratamento de cáries e restaurações. Orientar sobre a importância da higiene bucal, identificar sinais de inflamação e adotar medidas preventivas são atitudes que salvam vidas. Uma conduta proativa em consultório inclui também o acompanhamento regular de pacientes com fatores de risco, reforçando que o cuidado com a boca é uma estratégia fundamental para evitar a endocardite.

Endocardite bacteriana: a principal preocupação para dentistas

A endocardite bacteriana ocorre quando bactérias da boca, sobretudo as do grupo Streptococcus viridans, atingem o endocárdio após procedimentos invasivos, devido à má higiene bucal, feridas como gengivite e outras condições. Pacientes com lesões valvares, uso de próteses cardíacas ou histórico de infecções cardíacas formam o grupo de maior risco.

Casos descritos na literatura científica mostram que até cuidados rotineiros, como limpeza periodontal, podem desencadear quadros graves em indivíduos vulneráveis. Por isso, a anamnese detalhada e o acompanhamento criterioso são indispensáveis. O dentista deve sempre avaliar o histórico médico antes de qualquer procedimento, buscando sinais de alerta e, quando necessário, encaminhar o paciente para avaliação médica.

Endocardite infecciosa: quando outras causas estão envolvidas

A endocardite infecciosa resulta não apenas da ação de bactérias, mas também de outros microrganismos, como fungos. Ela é mais rara, porém merece atenção especial em pacientes imunocomprometidos, portadores de doenças crônicas ou com histórico de internações prolongadas.

Dentistas devem estar atentos a quadros atípicos, principalmente em pessoas que utilizam medicamentos imunossupressores, possuem infecções sistêmicas recorrentes ou apresentam fatores de risco não tradicionais. Nesses contextos, o manejo interdisciplinar é fundamental. O trabalho conjunto com médicos infectologistas e cardiologistas potencializa os resultados e reduz complicações.

Endocardite: sintomas que todo dentista e paciente precisam conhecer

Os sintomas da endocardite são, muitas vezes, inespecíficos, dificultando o diagnóstico precoce. Entre os principais sinais, estão febre persistente, cansaço extremo, perda de peso inexplicada e surgimento de sopros cardíacos. Manchas avermelhadas na pele, sudorese noturna e dores articulares também podem ocorrer.

No consultório odontológico, alguns sintomas indiretos chamam a atenção:

  • Sangramentos gengivais recorrentes;
  • Úlceras orais que demoram a cicatrizar;
  • Infecções bucais de difícil resolução.

O dentista não realiza o diagnóstico definitivo da endocardite, mas pode identificar sinais de alerta e orientar o paciente a buscar avaliação médica imediata. O diálogo aberto, a escuta ativa das queixas e a observação detalhada do estado geral do paciente são práticas que fazem diferença no desfecho clínico.

Diretrizes para dentistas diante de pacientes com risco de endocardite

Seguir as normas e recomendações atualizadas é essencial para garantir segurança aos pacientes. A avaliação prévia inclui identificar condições cardíacas, uso de próteses valvares, histórico de endocardite e outras doenças sistêmicas. O registro detalhado dessas informações orienta a conduta do dentista e permite a tomada de decisões fundamentadas.

Antes de procedimentos invasivos, alguns protocolos indicam a necessidade de encaminhar o paciente ao cardiologista. Esse cuidado evita complicações e permite a adoção de medidas preventivas adequadas ao perfil de risco.

A atualização constante nas diretrizes clínicas e a participação em treinamentos de saúde bucal coletiva são fatores que contribuem para a excelência no atendimento e para a construção de uma prática odontológica segura.

O papel da anamnese detalhada para endocardite

A anamnese é o primeiro passo para o atendimento seguro de pacientes com risco de endocardite. Saber detalhadamente o histórico médico, doenças cardíacas, uso de medicamentos, alergias e procedimentos cirúrgicos prévios permite ao dentista planejar o tratamento e evitar situações de risco.

O registro dessas informações deve ser feito de forma organizada, clara e atualizada a cada consulta. Manter um prontuário detalhado facilita o acompanhamento do paciente e a troca de informações com outros profissionais de saúde.

Quando encaminhar para avaliação médica

Existem situações em que o dentista deve suspender ou adiar procedimentos e encaminhar o paciente para avaliação médica. Febre inexplicada, sintomas cardíacos recentes, histórico de infecções sistêmicas ou dúvida sobre o uso de medicamentos são motivos legítimos para buscar apoio de um cardiologista.

O encaminhamento não deve ser visto como falha, mas como parte do cuidado integral ao paciente. A colaboração entre profissionais amplia o leque de possibilidades terapêuticas e garante maior segurança a todos os envolvidos.

Prevenção e acompanhamento: o que pacientes e dentistas devem fazer

A prevenção da endocardite começa com uma rotina eficiente de higiene que previne doenças bucais. Escovação adequada, uso de fio dental, limpeza profissional periódica e visitas regulares ao dentista são medidas que reduzem significativamente o risco de complicações cardíacas.

Pacientes com condições cardíacas devem informar ao dentista sobre seu histórico e seguir rigorosamente as orientações recebidas. O acompanhamento multiprofissional é indispensável, promovendo o monitoramento contínuo da saúde.

O dentista tem o papel de educar, prevenir e identificar fatores de risco, colaborando com médicos e outros profissionais para garantir o melhor resultado possível.

O papel do estudante de odontologia no aprendizado sobre endocardite

Durante a graduação, estudantes de odontologia aprendem sobre a relação entre saúde bucal e condições sistêmicas, com destaque para a endocardite. Protocolos de atendimento, identificação de grupos de risco e atualização científica são temas presentes em disciplinas teóricas e práticas.

Quais são os sintomas da endocardite bacteriana?

Os sintomas mais frequentes incluem febre persistente, fadiga, dor muscular, perda de peso e presença de sopros cardíacos. Em situações mais avançadas, podem surgir manchas avermelhadas na pele e outros sinais sistêmicos.

A endocardite é uma condição que tem cura?

A endocardite pode ser tratada com antibióticos específicos. Em casos graves, pode ser necessário procedimento cirúrgico, especialmente se houver comprometimento das válvulas cardíacas. O prognóstico melhora com diagnóstico e tratamento precoces.

Diferenças entre endocardite infecciosa e endocardite bacteriana

A endocardite bacteriana é causada por bactérias, principalmente Streptococcus, enquanto a infecciosa pode ser provocada por outros microrganismos, como fungos ou vírus. Ambas exigem atenção e tratamento adequados.

A integração entre saúde bucal e saúde do coração é um dos tópicos mais relevantes da odontologia contemporânea. Prevenir a endocardite começa pelo cuidado diário com a higiene oral e pela atuação responsável dos profissionais. Dentistas, estudantes e pacientes têm papel central na identificação de riscos e na adoção de práticas seguras.

Gostou desse conteúdo? Então aproveite também para entender melhor sobre as principais doenças na boca!

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Quanto custa a faculdade de odontologia: guia dos custos e dicas https://blog.suryadental.com.br/quanto-gasta-um-estudante-de-odontologia/ https://blog.suryadental.com.br/quanto-gasta-um-estudante-de-odontologia/#comments Fri, 12 Sep 2025 10:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=5184 Ingressar na faculdade de odontologia é um passo importante para quem deseja atuar na área da saúde, mas esse caminho envolve desafios financeiros e de organização. Saber quanto custa a faculdade de odontologia, quais são os principais gastos, os materiais indispensáveis e como economizar é essencial para evitar surpresas e garantir uma formação tranquila.

Este guia detalha os investimentos necessários, traz dicas práticas de organização financeira e mostra estratégias para lidar com as despesas ao longo da graduação. Compartilhe o conteúdo com colegas, planeje-se com antecedência e torne sua jornada acadêmica mais segura e produtiva.

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Custos médios da faculdade de odontologia no Brasil

O curso de odontologia é reconhecido pela qualidade técnica e pela valorização no mercado, mas também exige um investimento elevado. Desde o processo seletivo até as atividades práticas, o estudante enfrenta despesas que precisam ser previstas com cuidado.

Mensalidades, taxas administrativas, compra de livros e materiais, transporte, alimentação e moradia compõem o orçamento. Em universidades públicas, apesar da gratuidade da mensalidade, custos com aluguel e deslocamento se tornam mais evidentes. Já nas privadas, o valor da mensalidade pesa mais, embora as demais despesas também devam ser consideradas.

A formação inclui atividades práticas que exigem instrumentos individuais e insumos descartáveis, o que torna o gasto recorrente. Assim, é importante analisar não apenas o valor das mensalidades, mas todo o conjunto de despesas que acompanha a graduação. Veja uma média do resumo dos gastos:

  • Mensalidades: variam entre R$ 1.500 e R$ 3.500 por mês;
  • Materiais básicos e instrumentais: estimativas indicam entre R$ 500 por semestre e até R$ 3.000 a R$ 6.000 por ano com livros e insumos;
  • Total mensal estimado: entre R$ 2.000 e R$ 4.000, podendo ultrapassar essa faixa a depender da instituição de ensino escolhida e se será necessário arcar com custos de moradia.
estudante de odontologia
Curso de odontologia: quanto custa? Em universidade pública, o curso é gratuito; nas particulares, a mensalidade é a partir de R$ 1,8 mil.

Planejar-se, conversar com veteranos, pesquisar valores em diferentes regiões e entender a rotina do curso são atitudes que ajudam a evitar imprevistos e tornam a experiência acadêmica mais equilibrada. A seguir, detalhamos as informações relacionadas à média de custos para cursar odontologia, então, continue sua leitura e confira:

1. Valores médios em faculdades públicas e privadas

A diferença de custos entre instituições públicas e privadas é grande. Nas públicas, o curso é gratuito, mas o estudante precisa considerar despesas com moradia, alimentação, transporte e materiais. O aluguel, por exemplo, pode variar de R$ 700,00 a R$ 2.000,00 mensais, dependendo da cidade.

Nas privadas, a mensalidade é o maior peso no orçamento. Em grandes centros, o valor pode superar R$ 3.500,00, chegando a R$ 8.000,00 em instituições de referência. No interior, os valores tendem a ser menores, mas ainda exigem organização financeira.

Infraestrutura, quantidade de aulas práticas, conceito no MEC e oportunidades de estágio também influenciam a escolha da instituição. Por isso, comparar propostas e conversar com alunos matriculados ajuda a tomar uma decisão mais segura.

2. Custos variáveis: moradia, transporte, alimentação e vida acadêmica

A vida universitária envolve gastos que vão além das mensalidades. Para muitos, mudar de cidade é inevitável, o que inclui despesas com aluguel, condomínio, contas básicas e mobiliário. O transporte, seja por transporte público, aplicativos ou veículo próprio, representa outro impacto significativo.

Na alimentação, equilibrar praticidade e economia é essencial. Muitos estudantes recorrem a restaurantes universitários, lanchonetes ou cozinham em casa. Fazer compras em mercados, aproveitar promoções e dividir despesas com colegas são formas eficientes de reduzir custos.

Além disso, há gastos com papelaria, roupas acadêmicas, estágios, congressos e eventos. Manter um controle detalhado das finanças, registrando receitas e despesas, é a melhor forma de evitar surpresas.

Para quem deseja atuar no setor público, veja as 12 dicas de como se preparar para um concurso para dentista.

O preparo de lanches em casa ajuda a economizar dinheiro, além de serem mais saudáveis.

3. Materiais obrigatórios em cada semestre da graduação

Durante o curso, o estudante precisa adquirir materiais que mudam a cada semestre, essenciais para práticas em laboratório e clínicas. No início, são exigidos jaleco, luvas, máscaras, kit anatômico, instrumentos básicos, fichários e caixas organizadoras.

O investimento inicial pode ultrapassar R$ 2.000,00, dependendo da instituição e da escolha de marcas. Com o avanço do curso, cresce a necessidade de instrumentos específicos para clínicas e estágios. Priorizar materiais de qualidade garante durabilidade e evita reposições constantes.

Alguns itens podem ser reaproveitados, desde que estejam em bom estado e sigam normas de biossegurança. Outros, como descartáveis, precisam de reposição frequente.

Manter os materiais organizados, identificados e higienizados contribui para a segurança e o bom desempenho. Para dicas práticas, veja como organizar materiais de odontologia da faculdade.

Para saber quanto custam os materiais do curso de odontologia, é preciso pesquisar.

4. Lista de materiais do 1º semestre e custos estimados

O primeiro semestre costuma surpreender pelo valor dos materiais. Entre os principais itens estão jalecos, luvas, máscaras, kit anatômico, instrumentos básicos e materiais de papelaria.

A estimativa de custos é:

  • Jaleco: R$ 100,00 a R$ 200,00;
  • Kit anatômico: R$ 250,00 a R$ 400,00;
  • Luvas e máscaras: R$ 80,00 a R$ 150,00;
  • Instrumentos clínicos iniciais: R$ 400,00 a R$ 600,00;
  • Cadernos e fichários: R$ 50,00 a R$ 100,00;
  • Caixa organizadora: R$ 80,00 a R$ 150,00.

Optar por fornecedores confiáveis e produtos certificados é fundamental para garantir durabilidade e segurança.

5. Kit acadêmico odontológico: funções, custos e critérios de escolha

O kit acadêmico odontológico reúne instrumentos indispensáveis, como peças de mão, espelhos, pinças, sondas e espátulas. Trata-se de um dos maiores investimentos do início da graduação, com valores que variam de R$ 2.200,00 a mais de R$ 3.500,00, conforme a marca e as exigências da instituição.

Na hora da escolha, é importante verificar se os itens atendem às normas acadêmicas, priorizar instrumentos de aço inoxidável, avaliar kits completos pelo custo-benefício e buscar orientação de professores ou veteranos.

Para quem deseja se preparar para a carreira, confira as 12 dicas para dentistas recém-formados.

Quanto custam os materiais de odontologia? O kit acadêmico tem valores de início de quase R$ 2 mil.

Jaleco e EPIs: importância, normas de uso e valores

O jaleco é obrigatório em laboratórios e clínicas, atendendo normas da Anvisa e garantindo segurança para estudantes e pacientes. O valor inicial varia conforme o modelo, mas é essencial optar por peças confortáveis, resistentes e fáceis de higienizar.

Além dele, outros EPIs são indispensáveis, como toucas, óculos de proteção, máscaras e luvas, que devem ser adquiridos em fornecedores confiáveis e sempre dentro do prazo de validade. A durabilidade depende dos cuidados de uso e da frequência de higienização.

Materiais descartáveis e insumos: frequência de reposição e custos

Itens como luvas, máscaras, algodão, gaze e descartáveis plásticos são utilizados rotineiramente, especialmente nos semestres mais avançados, quando aumentam as práticas clínicas.

O gasto depende da frequência de reposição e da carga horária de atendimentos. Buscar fornecedores que ofereçam qualidade e preços justos garante a biossegurança exigida pelas instituições.

Principais formas de ingresso e opções de financiamento estudantil

O acesso ao curso pode ocorrer por vestibulares tradicionais, muito comuns em instituições públicas e privadas, ou por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que permite a entrada pelo Sisu e possibilita bolsas pelo ProUni.

O ProUni concede bolsas integrais e parciais em faculdades privadas, reduzindo significativamente os custos. Já o FIES permite financiar as mensalidades e iniciar o pagamento após a conclusão do curso, o que amplia o acesso, mas exige planejamento para o futuro.

Além desses programas, muitas universidades oferecem bolsas próprias, descontos por desempenho ou convênios com entidades, o que pode tornar a graduação mais acessível.

Consultar editais, acompanhar prazos e reunir a documentação necessária são etapas fundamentais para definir a melhor forma de ingresso, sempre levando em conta o perfil familiar e a disponibilidade de recursos.

Para organizar os estudos e alcançar bons resultados, confira as 8 dicas para alunos de odontologia irem bem na faculdade.

Como economizar nos custos da graduação de odontologia

Economizar é possível com organização e planejamento. Comprar kits promocionais, aproveitar períodos de oferta, realizar compras coletivas e participar de programas de descontos são estratégias que reduzem o impacto financeiro.

Além disso, cuidar bem dos instrumentos, usar insumos de forma racional e planejar as compras de cada semestre contribui para evitar gastos excessivos.

Para se destacar em trabalhos acadêmicos, confira as 5 dicas para apresentação de trabalhos no curso de odontologia.

Com a lista de materiais para odontologia em mãos, o ideal é pesquisar por boas marcas.

Investimento total e planejamento para o futuro profissional

Ao longo dos cinco anos de curso, o investimento pode ultrapassar R$ 100.000,00, considerando mensalidades, materiais, insumos e custos de vida. O valor varia conforme a instituição e a cidade escolhida.

Preparar-se para esse compromisso exige disciplina, controle do orçamento familiar e visão de longo prazo, já que o retorno aparece nas oportunidades de carreira, especializações e concursos públicos.

Entender quanto custa a faculdade de odontologia vai além das mensalidades. Avaliar cada etapa, organizar as finanças e conhecer os principais gastos são atitudes que tornam a experiência acadêmica mais tranquila e produtiva.

Antes de iniciar sua formação clínica, confira também como fazer o primeiro atendimento no curso de odontologia e comece sua trajetória com mais segurança e confiança.

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Overjet e overbite: entendendo o significado de más oclusões https://blog.suryadental.com.br/overjet-e-overbite/ https://blog.suryadental.com.br/overjet-e-overbite/#respond Tue, 09 Sep 2025 10:00:00 +0000 https://blog.suryadental.com.br/?p=21368 No campo da odontologia, uma má oclusão pode apresentar desafios tanto estéticos quanto funcionais. Duas condições que frequentemente surgem são overjet e overbite: esses malefícios podem impactar negativamente a saúde sistêmica e bucal do paciente, como a respiração e a mastigação.

Embora esses termos possam parecer complexos à primeira vista, compreender o que significam é essencial para a prática clínica odontológica. Neste artigo, portanto, vamos explorar as diferenças entre overjet e overbite, além dos fatores que os causam, como realizar medições e as consequências dessas más oclusões. Confira todos os detalhes a seguir!

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Diferenças entre overjet e overbite

Overjet e overbite são termos usados para descrever a posição dos dentes superiores em relação aos inferiores, identificados como classe II de Angle. A principal diferença está na direção e no tipo de projeção. O overjet refere-se à distância horizontal dos superiores aos inferiores. Em outras palavras, é o espaço entre os incisivos quando a arcada dentária está em oclusão. Normalmente, o afastamento mais adequado varia de 2 mm a 3 mm.

Por outro lado, overbite é a medida vertical de sobreposição dos superiores quanto aos inferiores quando a arcada está fechada. Calcula-se pela porcentagem entre os incisivos de cima sobre os de baixo. Os valores ideais estão entre 10% e 15%. Vale dizer que os números podem mudar caso a caso, em razão do tamanho dos dentes dos pacientes ou por conta da espessura das cristas marginais.

Fatores contribuintes para má oclusão

Quando se trata da ocorrência de overjet e overbite, vários motivos podem colaborar para o desenvolvimento dessas condições. Veja quais fatores mais influenciam:

1. Diferenças no desenvolvimento ósseo

Discrepâncias esqueléticas entre a mandíbula superior e inferior possibilitam a ocorrência das más oclusões, principalmente em variações de crescimento e posicionamento.

2. Genética

Traços hereditários aumentam a probabilidade de impactar o desenvolvimento das posições dos dentes superiores e inferiores.

overjet e overbite pode ser uma condição genética
As más oclusões podem ter origem genética.

3. Hábitos

Certos costumes presentes na infância, como chupar o dedo, fazer uso prolongado de chupeta ou empurrar a língua contra os dentes (língua presa), podem contribuir para a formação de overjet e overbite. Esses hábitos exercem pressão sobre os dentes e as mandíbulas, fazendo com que se desloquem ao longo do tempo.

4. Perda de dentes

Um dos fatores para a presença do overjet acentuado é a falta de dentes inferiores, uma vez que gera desequilíbrio na relação entre superiores e inferiores.

5. Desgaste do esmalte

Já o desgaste excessivo do esmalte nos pontos de contato dos dentes pode levar a uma diminuição da sobreposição vertical e contribuir para o aumento de overbite.

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Como dentistas fazem a avaliação clínica

Para avaliar o overjet, o profissional de odontologia mede a distância horizontal entre a borda incisal do incisivo superior mais proeminente e a borda incisal do incisivo inferior correspondente.

Já para classificar o overbite, é preciso aferir a distância vertical entre a borda dos dentes de cima em relação aos de baixo, quando estiverem oclusos. Além disso, o ortodontista pode avaliar a relação vertical dos dentes posteriores e a mordida cruzada posterior.

No entanto, é importante notar que essas medidas são apenas uma parte da avaliação. O dentista também examina visualmente outras características, como a posição dos dentes anteriores e posteriores, a relação entre superiores e inferiores, a oclusão e a mordida transversal. O uso de radiografias e a produção de modelos fazem parte do diagnóstico para determinar o plano de tratamento adequado.

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Como aferir as distâncias?

No YouTube, a dentista Taciana Drumond explica como realizar a medição da distância do overjet e da angulação do overbite. Ela orienta que é preciso ter uma régua que comece a medir do 0 (zero) desde a extremidade.

Com os modelos montados no articulador odontológico, é possível executar as aferições. Veja no vídeo os locais que devem ser marcados e como posicionar a régua:

Para medir diretamente no paciente, a dentista instrui que a aferição seja feita da mesma forma, mas é preciso que a régua ou o paquímetro esteja devidamente esterilizado.

Consequências do overjet e overbite

Ambos os casos podem implicar em consequências significativas na vida de um paciente, já que afetam a mordida e, consequentemente, a mastigação adequada dos alimentos, acarretando adversidades digestivas. Fisicamente, também é aumentado o risco de lesão nos dentes inferiores em caso de traumas, como quedas ou impactos.

Além disso, a protrusão dos dentes (overjet) pode interferir na estética do sorriso e afetar questões relacionadas à autoestima da pessoa. 

Já quando o overbite é acentuado, uma das consequências é a possibilidade de sobrecarga na região durante a mastigação, levando ao desgaste anormal, além de problemas na articulação temporomandibular (ATM), dores musculares, dificuldades na fala e na alimentação. Confira outras consequências dessas duas condições:

  • Bruxismo;
  • Apneia do sono;
  • Disfunção de ATM;
  • Alterações na mastigação e deglutição;
  • Problemas periodontais;
  • Trauma dental;
  • Desgaste de esmalte e dentina;
  • Dor muscular;
  • Respiração bucal;
  • Alterações na fonação.

1. Relações com a estética facial

Uma consequência estética da má oclusão é o desequilíbrio no posicionamento dos lábios. Em casos de overjet aumentado, os incisivos superiores ficam posicionados muito à frente dos inferiores, o que resulta em um aspecto facial desarmônico, impactando a estética geral do sorriso.

Overlays Indiretas de Compósitos Nano-Híbridos nas correções oclusais classe II de Angle

Outra complicação é o impacto no perfil facial. Como são casos de classe II de Angle, ambos contribuem para o deslocamento da mandíbula, impactando no delineamento do rosto. Compreender o significado e as consequências das más oclusões, entre elas o overjet e o overbite, é de extrema importância durante a graduação em odontologia.

Tratamentos para overbite

De forma geral, a sobremordida acentuada (também conhecida como overbite profundo) pode resultar em desgaste excessivo dos dentes da arcada inferior, distúrbios na articulação temporomandibular (ATM) e comprometimento da função mastigatória.

No entanto, a abordagem terapêutica varia conforme a gravidade do caso clínico apresentado pelo paciente. Confira as intervenções mais frequentes:

1. Ortodontia fixa com bráquetes

Atuam no reposicionamento vertical dos dentes superiores e/ou inferiores, sendo recomendados para casos de sobremordida de média a alta complexidade.

2. Alinhadores estéticos (Invisalign)

Oferecem correção em situações leves ou intermediárias de overbite. Utilizam placas transparentes personalizadas para promover movimentação dentária progressiva.

3. Aparelhos de estimulação funcional

Indicados durante a fase de desenvolvimento ósseo em crianças e adolescentes. Dispositivos como o Herbst e o Bionator auxiliam no redirecionamento do crescimento mandibular.

4. Modificação da superfície dentária ou reconstrução

Em adultos com sobremordida extrema, técnicas como ajustes mínimos na estrutura dentária ou aplicação de restaurações protéticas podem restabelecer a harmonia oclusal.

5. Cirurgia ortognática

Destinada a pacientes com desproporções esqueléticas significativas. Envolve procedimentos cirúrgicos para reposicionar os maxilares e normalizar a mordida.

Como futuros profissionais, é essencial que os estudantes desenvolvam conhecimento sólido sobre essas condições e sobre as implicações que elas ocasionam na vida dos pacientes. A ortodontia é a especialidade que oferece técnicas e intervenções para corrigir esses casos para visar a reabilitação oral, tanto pela parte funcional quanto pelos pontos estéticos.

Se você é um estudante de odontologia em busca de mais conteúdo acadêmico, confira outros textos como esse no blog da Surya Dental, como restauração indireta em dente posterior Metal Free. Aqui, você encontra diversos artigos e informações relevantes para a sua formação acadêmica. Até lá.

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Classificação de Kennedy: o que é, importância e princípios https://blog.suryadental.com.br/classificacao-de-kennedy/ https://blog.suryadental.com.br/classificacao-de-kennedy/#respond Thu, 04 Sep 2025 10:00:00 +0000 https://blog.suryadental.com.br/?p=20814 A perda parcial de dentes continua sendo uma das situações clínicas mais comuns no consultório odontológico. Para lidar com esses casos de forma precisa, é importante contar com sistemas de classificação que ajudem a definir o melhor tipo de prótese a ser indicada. Um dos mais usados nesse processo é a classificação de Kennedy.

Criada para organizar os diferentes tipos de arcadas parcialmente desdentadas, ela divide os casos em quatro grupos principais, com base na localização e na extensão das áreas sem dentes. Isso permite que o profissional tenha um ponto de partida mais claro ao planejar próteses parciais removíveis (PPR).

Neste artigo, você vai entender o que é a classificação de Kennedy, como ela se aplica na prática clínica, quais são suas modificações e como usá-la para indicar a melhor solução para seus pacientes. Continue a leitura e aproveite o conteúdo completo!

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O que é a classificação de Kennedy?

A classificação de Kennedy é um sistema utilizado na odontologia para identificar e categorizar as combinações das arcadas parcialmente desdentadas. O objetivo é facilitar o planejamento e o projeto de próteses dentárias para pacientes que possuem dentes ausentes em apenas algumas áreas da boca.

O sistema divide as arcadas parcialmente desdentadas em quatro grupos principais, baseando-se na localização e extensão dos espaços edêntulos. Essa abordagem permite uma comunicação eficaz entre os profissionais de odontologia, incluindo dentistas, técnicos em prótese dentária e outros especialistas, e auxilia na escolha do tipo de prótese mais adequado para cada caso.

Classe I – Ausência bilateral de dentes posteriores

A Classe I refere-se a arcos edêntulos bilaterais com áreas desdentadas posteriores. Ou seja, não há dentes posteriores em ambos os lados do arco, mas os dentes anteriores estão presentes. Essa configuração é comum em pacientes que perderam os molares e pré-molares posteriores, mantendo os dentes anteriores intactos.

A prótese parcial removível indicada para essa classe geralmente é dentomucossuportada, exigindo cuidados específicos no planejamento para distribuir adequadamente as forças mastigatórias e preservar os tecidos de suporte.

Classe II – Ausência unilateral de dentes posteriores

A Classe II descreve um arco edêntulo unilateral, onde apenas um lado apresenta área desdentada posterior. Nesse caso, os dentes anteriores e os dentes posteriores do lado oposto estão presentes.

Essa configuração requer atenção especial no planejamento da prótese parcial removível, pois a distribuição assimétrica das forças mastigatórias pode impactar a estabilidade, a retenção da prótese e o funcionamento da boca. A utilização de apoios e grampos adequados é fundamental para proporcionar conforto e funcionalidade ao paciente.

Classe III – Espaço edêntulo limitado por dentes adjacentes

A Classe III caracteriza-se por um espaço desdentado unilateral, mas com dentes naturais presentes anterior e posteriormente ao espaço desdentado, criando um limite mais definido. Essa configuração permite a confecção de próteses parciais removíveis dentossuportadas, oferecendo maior estabilidade e retenção.

O planejamento deve considerar a posição e a condição dos dentes adjacentes, garantindo uma distribuição equilibrada das forças mastigatórias e preservando a integridade dos tecidos de suporte.

Classe IV – Ausência de dentes anteriores cruzando a linha média

A Classe IV é usada para descrever arcos com áreas desdentadas localizadas na região anterior, atravessando a linha média e sendo bilaterais. Essa configuração apresenta desafios estéticos e funcionais, exigindo um planejamento cuidadoso para restaurar a estética do sorriso e a função mastigatória.

A prótese parcial removível deve ser projetada para se integrar harmoniosamente com os dentes remanescentes, proporcionando conforto e naturalidade ao paciente.

Cirurgião-dentista atendendo paciente no consultório.
Com a classificação, o dentista consegue fazer o planejamento adequado das próteses.

Importância da classificação no planejamento odontológico

A classificação de Kennedy desempenha um papel fundamental no planejamento odontológico, pois permite uma avaliação sistemática das condições do arco dentário.

Ao categorizar os tipos de edentulismo, os profissionais podem determinar o tipo de prótese mais adequado, avaliar a distribuição das forças mastigatórias, considerar aspectos estéticos e funcionais, simplificar o planejamento e facilitar a comunicação entre os membros da equipe odontológica.

Essa abordagem estruturada contribui para tratamentos mais personalizados, atendendo às necessidades específicas de cada paciente.

Escolha adequada da prótese parcial removível

A classificação de Kennedy auxilia na escolha do tipo de prótese parcial removível mais apropriada para cada caso. Ao identificar a classe do arco edêntulo, o profissional pode decidir entre próteses dentossuportadas, mucossuportadas ou dentomucossuportadas, considerando estabilidade, retenção e conforto para o paciente. Essa decisão impacta diretamente na eficácia do tratamento e na satisfação do paciente com a prótese.

Distribuição eficiente das cargas mastigatórias

A distribuição adequada das forças mastigatórias é essencial para a longevidade da prótese e a saúde dos tecidos de suporte. A classificação de Kennedy permite ao profissional avaliar a posição dos dentes remanescentes e planejar a prótese de forma a equilibrar as cargas, evitando sobrecargas em áreas específicas e prevenindo possíveis complicações, como reabsorção óssea ou mobilidade dentária.

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Equilíbrio entre estética e funcionalidade

A restauração da estética e da função mastigatória é um dos principais objetivos do tratamento protético. A classificação de Kennedy orienta o planejamento da prótese, permitindo ao profissional considerar a posição dos dentes ausentes e remanescentes, a linha do sorriso e a oclusão.

Dessa forma, é possível confeccionar próteses que se integrem harmoniosamente ao sorriso do paciente e restabeleçam a eficiência mastigatória.

Facilidade na comunicação entre profissionais

A classificação de Kennedy facilita a comunicação entre os membros da equipe odontológica. Ao utilizar uma terminologia padronizada, todos os envolvidos no tratamento podem compreender rapidamente as características do caso, discutir opções terapêuticas e colaborar de forma eficiente na confecção da prótese, promovendo um atendimento integrado e de qualidade ao paciente.

Simplificação do planejamento clínico

A utilização da classificação de Kennedy simplifica o processo de planejamento protético, proporcionando uma estrutura clara e objetiva para a avaliação do caso. Com base na classe identificada, o profissional pode seguir protocolos estabelecidos, selecionar os componentes protéticos adequados e antecipar possíveis desafios, otimizando o tempo e os recursos envolvidos no tratamento.

Benefícios da aplicação correta para o paciente

A aplicação da classificação de Kennedy no planejamento protético traz diversos benefícios ao paciente. Ela contribui para:

  • Planejamento adequado do tratamento;
  • Confecção de próteses mais confortáveis;
  • Próteses estáveis e esteticamente agradáveis;
  • Melhora a função mastigatória e a fonética;
  • Preserva os tecidos de suporte e os dentes remanescentes;
  • Proporciona uma experiência de tratamento mais eficiente e personalizada.

Esses fatores impactam positivamente na qualidade de vida do paciente e na saúde bucal, promovendo bem-estar e satisfação com o resultado obtido, além de uma estética natural e harmoniosa.

Classificação de Kennedy e modificações

A classificação de Kennedy é topográfica, ou seja, analisa apenas a imagem com espaços sem dentes. Assim, quando existem casos diferentes das classes, são consideradas como modificações. Elas são categorizadas da seguinte maneira:

  • Modificação 1 da classe I: ausência de um novo elemento;
  • Modificação 2 da classe I: ausência de dois novos elementos;
  • Modificação 1 da classe II: ausência de um novo elemento;
  • Modificação 2 da classe II: ausência de dois novos elementos; 
  • Modificação 1 da classe III: apresenta uma nova ausência intercalar;
  • Modificação 2 da classe III: apresenta duas novas ausências intercalares;
  • Não há modificações para a classe IV.
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Regras de Applegate

Em 1935, Applegate propôs um conjunto de 8 regras para complementar a classificação de Kennedy, visando maior precisão na categorização dos arcos desdentados. São elas:

  1. O espaço mais posterior é o que determina a classificação; 
  2. Áreas adicionais ao espaço protético são consideradas modificações ou subclasses;
  3. A modificação é determinada pelo número de espaços, não pela extensão;
  4. A classe IV não possui modificações;
  5. As classificações devem ser o preparo da boca para recebimento da prótese;
  6. Quando há ausência de terceiros molares, desconsidera-se a região na classificação. A situação muda em casos de reposição de próteses;
  7. O terceiro molar é considerado para classificação se for dente pilar ou base de suporte;
  8. Na ausência do segundo molar, não se considera o espaço na classificação.

Essas regras proporcionam uma abordagem mais sistemática e consistente no planejamento de PPRs, facilitando a comunicação entre os profissionais e a escolha adequada dos componentes protéticos.

Casos complexos e a necessidade de abordagens complementares

Embora a classificação de Kennedy seja amplamente utilizada, ela apresenta limitações em casos clínicos mais complexos. Situações que envolvem múltiplas áreas edêntulas não contíguas, dentes remanescentes com comprometimento periodontal ou necessidade de suporte adicional podem não ser adequadamente categorizadas por esse sistema.

Nesses casos, recomenda-se a utilização de classificações complementares ou abordagens individualizadas que considerem fatores anatômicos e funcionais específicos, proporcionando um planejamento protético mais abrangente e personalizado.

Você pode gostar também: Implantodontista: guia sobre o especialista em reabilitação oral

Integração com outras classificações e sistemas protéticos

Para superar as limitações da classificação de Kennedy, diversos sistemas complementares foram desenvolvidos, como as classificações de Cummer, Wild e ACP. Esses sistemas consideram aspectos adicionais, como o tipo de suporte (dental, mucoso ou misto), a relação dos dentes pilares com o rebordo alveolar e a complexidade do caso clínico.

A integração dessas classificações permite uma análise mais detalhada das condições do paciente, auxiliando na escolha da prótese mais adequada e na previsão de possíveis desafios durante o tratamento.

Compreender a classificação de Kennedy e suas modificações é fundamental para o planejamento eficaz de próteses parciais removíveis. Esse sistema facilita a comunicação entre profissionais e contribui para a elaboração de tratamentos mais precisos e personalizados.

Ao aplicar corretamente essa classificação, é possível otimizar a distribuição de cargas, melhorar a função mastigatória e atender às expectativas estéticas dos pacientes.

Para aprofundar seus conhecimentos e oferecer uma melhor experiência aos seus pacientes, convidamos você a explorar a classificação de Black e o que significa cada uma das classes.

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Resina composta: tudo o que o dentista precisa saber https://blog.suryadental.com.br/resina-composta-odontologia/ https://blog.suryadental.com.br/resina-composta-odontologia/#comments Fri, 29 Aug 2025 10:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=11890 A resina composta se consolidou como um dos principais materiais restauradores na odontologia contemporânea. Versátil, estética e cada vez mais resistente, ela está presente na rotina clínica de profissionais que buscam aliar performance e previsibilidade nos tratamentos. 

Diante da variedade de resinas odontológicas disponíveis no mercado, é essencial entender suas classificações, indicações e diferenças técnicas para fazer escolhas mais seguras, tanto em consultório quanto no ambiente acadêmico.

Neste artigo, reunimos as principais informações sobre o tema, com foco prático e baseado nas atualizações mais relevantes da odontologia restauradora. Continue lendo e entenda!

O que é resina composta na odontologia?

A resina composta é um dos materiais restauradores mais utilizados na odontologia atual, indicada para reconstruções estéticas e funcionais de dentes anteriores e posteriores. Sua aplicação direta em boca, aliada à boa estética e resistência mecânica, torna o material versátil e indispensável na rotina clínica.

Além da ampla gama de indicações, a evolução tecnológica das resinas odontológicas tem ampliado a durabilidade, a resistência e o controle estético dos procedimentos restauradores.

Qual a composição da resina composta?

A resina composta é formada por 3 componentes principais:

  1. Matriz orgânica: geralmente à base de monômeros como o BIS-GMA, UDMA ou TEGDMA. Essa fase é responsável pela maleabilidade inicial da resina e por sua capacidade de polimerização;
  2. Partículas inorgânicas de carga: como vidro de bário, quartzo ou sílica. São elas que conferem resistência mecânica, estabilidade dimensional e características ópticas ao material;
  3. Sistema de ativação: composto por agentes fotoiniciadores (como a canforoquinona), que permitem o endurecimento do material com o uso de luz halógena ou LED.

A proporção entre esses componentes influencia diretamente as propriedades da resina, como sua resistência, grau de contração, viscosidade e polimento final. Por isso, compreender a composição é essencial para escolher o material adequado a cada caso clínico.

Para o que serve a resina composta?

A resina composta é utilizada para restaurar forma, função e estética de dentes que sofreram algum tipo de perda de estrutura — seja por cárie, fratura, desgaste ou necessidade estética. Sua aplicação direta e a possibilidade de escultura em camadas permitem reproduzir com precisão a anatomia e a cor do dente natural.

Na prática clínica, a resina composta é indicada para uma variedade de procedimentos:

  • Restaurações diretas e indiretas em dentes anteriores e posteriores;
  • Forramento de cavidades, como base ou proteção pulpar;
  • Selamento de fóssulas e fissuras, principalmente em dentes permanentes jovens;
  • Confecção de coroas provisórias ou definitivas em casos selecionados;
  • Restaurações provisórias em reabilitações complexas ou em fases intermediárias de tratamento;
  • Cimentação de próteses e aparelhos ortodônticos quando indicado;
  • Uso como cimento endodôntico em técnicas específicas;
  • Fechamento de diastemas e correções estéticas de forma e volume dental;
  • Colagem de fragmentos dentários em casos de fraturas coronárias;
  • Confecção de núcleos de preenchimento em preparos para coroas.

Resina composta: vantagens e desvantagens

A resina composta é um dos materiais restauradores mais utilizados na odontologia moderna, especialmente em procedimentos estéticos e conservadores. Sua popularidade se deve à capacidade de reproduzir com fidelidade a cor e a forma dos dentes naturais, além de permitir um tratamento minimamente invasivo.

No entanto, como qualquer material, ela apresenta pontos positivos e limitações que devem ser considerados na escolha clínica. Conheça suas principais vantagens e desvantagens a seguir:

Vantagens da resina composta

As resinas compostas oferecem uma série de benefícios que as tornam o material de escolha em muitas situações clínicas. A seguir, estão as principais vantagens desse material:

  • Estética excelente: pode ser feita na cor do dente, proporcionando um resultado natural e discreto, ideal para regiões visíveis;
  • Adesão ao tecido dentário: liga-se quimicamente ao esmalte e à dentina, permitindo a preservação de estrutura dental sadia;
  • Tratamento conservador: requer menos desgaste do dente em comparação com outros materiais, como amálgama ou cerâmica;
  • Versatilidade de uso: indicada para restaurações anteriores e posteriores, facetas diretas, fraturas dentárias, fechamento de diastemas e mais;
  • Facilidade de reparo: pode ser ajustada ou refeita diretamente na boca, sem a necessidade de laboratórios protéticos.

Desvantagens da resina composta

Apesar das suas qualidades, a resina composta também possui limitações que devem ser levadas em conta, especialmente em situações clínicas que exigem maior resistência mecânica ou durabilidade:

  • Sensibilidade pós-operatória: alguns pacientes podem apresentar sensibilidade ao frio ou ao calor nos primeiros dias após a restauração;
  • Contração de polimerização: durante a fotopolimerização, a resina sofre leve retração, o que pode gerar infiltrações se não for bem manipulada;
  • Desgaste com o tempo: em áreas de grande carga mastigatória, pode apresentar desgaste mais rápido em comparação com materiais mais rígidos;
  • Durabilidade menor que cerâmica: embora resistente, tende a ter menor longevidade quando comparada a materiais cerâmicos em restaurações indiretas.

Classificação das resinas compostas

As resinas compostas podem ser classificadas de diferentes maneiras dependendo do critério adotado, como a forma de aplicação clínica e o mecanismo de polimerização.

Essas classificações ajudam o cirurgião-dentista a escolher o material mais adequado para cada tipo de procedimento, considerando fatores como consistência, profundidade da cavidade, tempo clínico e estética desejada. Entenda:

Quanto à indicação clínica (consistência e forma de aplicação)

Essa classificação leva em conta a viscosidade e a forma de uso da resina composta, influenciando diretamente a adaptação do material, sua resistência e o tipo de procedimento onde será utilizada. Cada tipo apresenta características específicas que atendem a diferentes demandas clínicas.

Tipo de resinaCaracterísticasIndicações
Resina de uso universalPode ser usada em diversas situações clínicas.Restaurações em dentes anteriores e posteriores.
Flow (fluida)Baixa viscosidade, boa adaptação. Menor carga inorgânica.Forros cavitários, pequenas restaurações, áreas de difícil acesso.
Bulk fillPermite aplicação em camadas espessas (4–5 mm). Fotopolimerização profunda.Restaurações posteriores rápidas.
Resina para cimentaçãoAdaptada para colagem de pinos, facetas etc.Cimentação adesiva.
Resina para provisóriosUsada para coroas e restaurações temporárias.Restaurações temporárias estéticas.

Quanto ao tipo de ativação (polimerização)

Outra forma de classificar as resinas compostas é de acordo com o método de ativação, ou seja, como o material endurece após ser aplicado. Isso influencia o controle do tempo clínico, a profundidade de cura e a adaptação em áreas de difícil acesso à luz.

Tipo de polimerizaçãoComo funcionaExemplo de uso
FotopolimerizávelEndurece com luz (geralmente LED azul).Restaurações diretas.
Autopolimerizável (quimicamente ativada)Endurece sem luz, por reação química.Núcleos de preenchimento, bases.
DualCombina luz e reação química.Cimentação de pinos ou coroas em áreas com pouca luz.

Quer entender melhor como funciona a chamada resina camaleão e o que a torna tão versátil no consultório? Confira nosso conteúdo completo com tudo o que você precisa saber.

Onde comprar resina composta para dente?

A aquisição de resina composta deve ser feita em locais que garantam a procedência, a qualidade do material e o suporte técnico adequado. Para profissionais da odontologia, é fundamental contar com fornecedores especializados e confiáveis.

A Surya Dental é referência nacional na distribuição de materiais odontológicos e oferece soluções completas para consultórios, clínicas e laboratórios. Além da variedade de marcas e categorias, o diferencial está no atendimento qualificado e na logística eficiente que atende profissionais em todo o Brasil.

Com uma plataforma online intuitiva, a Surya permite que cirurgiões-dentistas façam suas compras com segurança, recebam suporte técnico e tenham acesso a condições facilitadas.

Acesse a página de resinas e conheça todas as opções disponíveis!


A resina composta é um dos materiais mais versáteis e indispensáveis na prática clínica odontológica. Com diferentes composições, indicações e formas de aplicação, ela permite restaurar dentes com segurança, estética e durabilidade — desde casos simples até procedimentos mais complexos.

Conhecer as classificações, vantagens e limitações do material é essencial para escolher a resina mais adequada a cada situação, por isso, contar com um fornecedor confiável faz toda a diferença no processo. Continue navegando em nosso blog e entenda as principais diferenças entre lentes de resina e porcelana. Até lá!

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Normas da ANVISA para um consultório odontológico https://blog.suryadental.com.br/normas-para-montar-um-consultorio-odontologico/ https://blog.suryadental.com.br/normas-para-montar-um-consultorio-odontologico/#comments Thu, 14 Aug 2025 18:10:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=439 Montar um consultório odontológico envolve muito mais do que adquirir equipamentos e decorar o ambiente. Para funcionar dentro das normas, a clínica precisa atender a uma série de exigências legais, estruturais e sanitárias que garantem segurança no atendimento e organização no dia a dia de trabalho.

As normas da Anvisa são o ponto de partida para quem deseja abrir as portas com segurança jurídica e responsabilidade técnica. Elas orientam desde o projeto arquitetônico até o descarte correto dos resíduos gerados nos procedimentos. Seguir essas diretrizes é uma forma de proteger sua equipe, cuidar do paciente e estruturar uma clínica com base sólida.

Neste guia, você vai conhecer os principais pontos exigidos para montar um consultório odontológico regularizado: desde a aprovação do projeto na prefeitura até o manual de boas práticas, passando pela estrutura física, climatização e iluminação. Siga a leitura e descubra como colocar sua clínica para funcionar de forma segura.

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Monte um projeto

O primeiro passo para montar um consultório odontológico envolve a elaboração de um projeto detalhado, que deve contemplar aspectos como a disposição dos ambientes, a infraestrutura necessária, os equipamentos a serem utilizados e as normas sanitárias vigentes. Esse projeto deve ser desenvolvido por profissionais especializados, como arquitetos e engenheiros, que possuam conhecimento sobre as exigências específicas do setor da saúde.

A RDC 50/2002 da Anvisa estabelece diretrizes para o planejamento físico de serviços de saúde, incluindo consultórios odontológicos. O projeto deve prever áreas adequadas para atendimento, esterilização, armazenamento de materiais e resíduos, além de garantir acessibilidade e conforto para pacientes e profissionais.

A elaboração cuidadosa do projeto é fundamental para evitar problemas futuros e assegurar que o consultório atenda às exigências legais e proporcione um ambiente seguro e funcional. Além das normas federais, também é indispensável verificar as regulamentações da sua cidade e do seu estado para garantir que tudo esteja regularizado.

Aprove o projeto na prefeitura

Depois de finalizar o projeto do consultório, é hora de buscar a aprovação junto à prefeitura da sua cidade. Esse processo envolve a análise do projeto arquitetônico e das instalações prediais, verificando se estão em conformidade com o código de obras municipal e as normas sanitárias.

A aprovação é um requisito para a obtenção do alvará de funcionamento, documento que autoriza o início das atividades do consultório. Dependendo do município, podem existir regras adicionais, como distanciamento mínimo entre consultórios, exigências específicas de acessibilidade ou critérios ambientais.

O processo de aprovação pode variar de acordo com a localidade, por isso é recomendável consultar a secretaria de urbanismo ou órgão responsável pela análise de projetos na sua cidade. Ter a documentação completa e cumprir todos os requisitos logo no início do processo ajuda a agilizar a abertura do consultório e evita problemas no futuro.

Projeto arquitetônico e estrutural do consultório

O desenvolvimento do projeto arquitetônico e estrutural vai muito além da estética. Ele deve seguir padrões técnicos que garantam a segurança, o conforto e a eficiência dos atendimentos. A RDC 50/2002 da Anvisa estabelece parâmetros para o dimensionamento e a organização dos ambientes, considerando aspectos como ventilação, iluminação, acessibilidade e fluxo de trabalho.

É importante que o projeto preveja áreas distintas para recepção, atendimento clínico, esterilização, armazenamento de materiais e resíduos, além de sanitários para pacientes e funcionários. As estruturas devem ser planejadas para suportar os equipamentos odontológicos e permitir a instalação adequada das redes elétrica, hidráulica e de gases medicinais, quando necessário.

A escolha de materiais de construção deve considerar a facilidade de limpeza e a resistência a produtos químicos utilizados na rotina do consultório. Um projeto bem elaborado contribui para a eficiência dos processos, a segurança dos pacientes e profissionais, e o cumprimento das normas sanitárias vigentes.

normas para montar consultório odontológico
Foto: Michael Browning

Instalações elétricas e eletrônicas

A parte elétrica de um consultório odontológico exige atenção total, tanto na segurança quanto na funcionalidade. Toda a instalação — desde os pontos de iluminação até as tomadas e circuitos de força — deve seguir rigorosamente as normas da ABNT e as exigências da Anvisa, que são específicas para ambientes de saúde.

No projeto executivo, que será protocolado para obter o alvará de funcionamento do consultório, é preciso ter as seguintes descrições:

  • Localização e características da rede pública de fornecimento de energia elétrica;
  • Sistema de energia: entrada, transformação, medição e distribuição;
  • Sistema de proteção contra raios;
  • Localização e características da rede pública de telefonia;
  • Sistema telefônico;
  • Sistema de computadores;
  • Sistema de radiologia;
  • Sistema de geração de energia de emergência (geradores);
  • Sistema de alarme contra incêndios.

Além disso, é importante prever pontos de energia estrategicamente posicionados para facilitar o uso dos aparelhos e evitar o uso de extensões. As instalações eletrônicas devem contemplar sistemas de informática, telefonia e internet, para a gestão do consultório e o atendimento aos pacientes.

Instalações hidráulicas

As instalações hidráulicas de um consultório odontológico devem ser planejadas para atender às necessidades de abastecimento de água potável e descarte adequado de efluentes. O consultório odontológico deve ter um projeto de instalações hidráulicas (água e esgoto) compatível. Esse documento detalha:

  • Localização da rede pública de fornecimento de água ou a indicação de poço artesiano;
  • Descrição do sistema de abastecimento de água;
  • Previsões do consumo de água;
  • Sistema de proteção e combate a incêndio;
  • Localização da rede pública de esgoto ou a indicação de sistema de tratamento (fossa séptica);
  • Localização de galeria para drenagem de águas pluviais;
  • Sistema de tratamento de esgoto;
  • Sistema de tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS);
  • Centrais de gases medicinais, vácuo e vapor, se houver, incluindo redes e pontos de consumo.

É necessário prever pontos de água em locais estratégicos, como pias para higienização das mãos, equipamentos odontológicos e áreas de esterilização. O sistema de esgoto deve ser dimensionado para suportar o volume de resíduos líquidos gerados, incluindo os provenientes da limpeza de instrumentos e do uso de cuspideiras.

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Você pode gostar também: como fazer a limpeza correta das peças de mão.

Sistema de climatização

A climatização adequada de um consultório odontológico é fundamental para proporcionar conforto térmico a pacientes e profissionais, além de contribuir para a conservação de materiais e equipamentos. A seguir, apresentamos os principais elementos que devem ser considerados na elaboração dos projetos:

  • Áreas que serão climatizadas ou ventiladas;
  • Previsão de consumo de energia elétrica;
  • Localização dos pontos de consumo elétrico com determinação de potência, tensão e número de fases.

É importante que o ar-condicionado possua filtros eficientes para a retenção de partículas e microrganismos, auxiliando na manutenção da qualidade do ar. A manutenção periódica dos aparelhos, incluindo a limpeza e a troca de filtros, é necessária para evitar a proliferação de fungos e bactérias.

Ambientes do consultório odontológico: o que é exigido

A estrutura física de um consultório odontológico deve seguir as normas da Anvisa, que estabelecem dimensões mínimas para garantir a segurança, a higiene e o conforto de pacientes e profissionais.

Em espaços onde apenas um dentista atua, a área não pode ser inferior a 9 m². Já em clínicas com múltiplos profissionais atendendo simultaneamente, o tamanho deve ser planejado conforme a quantidade de equipamentos e o fluxo de circulação necessário para garantir conforto e segurança.

Regras de distanciamento entre equipamentos

O posicionamento da cadeira odontológica e dos demais itens deve respeitar espaçamentos específicos para permitir a movimentação da equipe e reduzir o risco de contaminação:

  • Espaço ao redor da cadeira odontológica: é preciso deixar ao menos 80 cm livres na parte da cabeceira (frontal) e mais de 1 metro nas laterais. Esse espaço é fundamental para que o dentista e o auxiliar possam se movimentar com facilidade durante o atendimento;
  • Entre cadeiras em clínicas com múltiplos atendimentos: quando mais de uma cadeira odontológica é instalada no mesmo ambiente, deve haver uma distância mínima de 2 metros entre elas. Isso ajuda a evitar a propagação de aerossóis e minimiza o risco de contaminação cruzada.

Ambientes obrigatórios e suas dimensões

Além da sala de atendimento, outros espaços são obrigatórios no consultório:

  • Sala de espera: pelo menos 1,2 m² por pessoa, considerando pacientes e acompanhantes;
  • Depósito de material de limpeza (DML): mínimo de 2 m², com tanque instalado;
  • Sanitários para pacientes:
    • Individual comum: 1,6 m²;
    • Acessível para pessoas com deficiência: mínimo de 3,2 m²;
    • Coletivo: uma bacia sanitária e um lavatório a cada seis pessoas.
  • Central de material esterilizado (CME): deve ser dividida em duas áreas separadas:
    • Área suja: para lavagem e descontaminação dos instrumentos, com pia e bancada;
    • Área limpa: para preparo, esterilização e armazenamento, com bancada e armários;
    • Cada uma das salas deve ter, no mínimo, 4,8 m².

Ambientes opcionais e suas recomendações

  • Sanitários para funcionários: área mínima de 1,6 m²;
  • Depósito de equipamentos e materiais: não possui metragem mínima definida;
  • Sala administrativa: recomendada área de 5,5 m² por pessoa;
  • Copa: mínimo de 2,6 m².

A disposição estratégica dos ambientes facilita o atendimento eficiente e a manutenção da higiene, aspectos indispensáveis para a qualidade dos serviços prestados. A disposição dos ambientes deve permitir um fluxo contínuo e evitar cruzamentos entre materiais limpos e sujos, contribuindo para a biossegurança.

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Materiais de acabamento: o que considerar

A escolha dos materiais de acabamento em consultórios odontológicos vai além da estética. Ela tem papel importante na prevenção de infecções, ajudando a criar barreiras físicas contra a contaminação, facilitando a limpeza e contribuindo para a qualidade do ar nos ambientes.

Veja abaixo quais são os materiais mais indicados para cada tipo de superfície:

Paredes, pisos e tetos

Devem ser revestidos com materiais resistentes à lavagem e ao uso frequente de desinfetantes. A instalação deve ser bem feita para evitar frestas, emendas e ranhuras, que dificultam a limpeza e favorecem o acúmulo de sujeira.

Divisórias removíveis

Não são permitidas em áreas críticas, como salas onde ocorrem procedimentos cirúrgicos ou com alto risco de contaminação. Já as paredes pré-fabricadas são aceitas, desde que sejam laváveis e tenham superfície lisa, sem ranhuras ou relevos.

Tintas

Podem ser usadas em áreas molhadas, desde que sejam resistentes à lavagem e à ação de desinfetantes, pois são importantes para a biossegurança do consultório. Não devem ser aplicadas com pincel, para evitar marcas que dificultem a limpeza.

Rodapés

O encontro entre o rodapé e o piso deve permitir uma limpeza completa, sem cantos onde a sujeira possa se acumular. Evite modelos arredondados, pois são mais difíceis de higienizar com eficiência.

Forros

Em áreas críticas, forros removíveis são proibidos. A escolha dos materiais para acabamento do consultório precisa considerar critérios de segurança e higiene.

Outra recomendação importante é que os forros e os revestimentos sejam resistentes ao calor e aos produtos químicos usados na limpeza, prolongando sua durabilidade e mantendo o ambiente seguro.

Cortinas

Se forem usadas, devem ser feitas de material lavável e passar por limpeza frequente. Como alternativa, vale considerar o uso de películas protetoras nos vidros ou brises-soleil nas fachadas. Essas soluções bloqueiam a luz solar e têm a vantagem de não acumular poeira.

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Plano de Gerenciamento de Resíduos

Todo consultório odontológico precisa elaborar e implementar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). Esse documento define as práticas necessárias para o correto manejo dos resíduos produzidos no exercício da atividade. A RDC 222/2018 da Anvisa estabelece diretrizes para a elaboração e implementação do PGRSS, visando à proteção da saúde pública e do meio ambiente.

O plano deve contemplar a identificação, a segregação, o acondicionamento, o transporte interno, o armazenamento temporário, a coleta e a destinação final dos resíduos. É necessário classificar os resíduos de acordo com sua natureza, como infectantes, químicos e perfurocortantes, e adotar medidas específicas para cada tipo.

O material infectante, como resíduos biológicos, deve ser descartado exclusivamente em saco plástico branco leitoso, colocado em lixeira com tampa acionada por pedal. Esse saco deve ser substituído quando atingir dois terços da capacidade ou, no máximo, a cada 24 horas, mesmo que não esteja cheio.

Uma informação que nem todos sabem: além do PGRSS, alguns municípios exigem que clínicas odontológicas contratem empresas especializadas no recolhimento e na destinação de resíduos infectantes, perfurocortantes e químicos, como amálgama e produtos com mercúrio, reforçando a responsabilidade ambiental do estabelecimento.

Para segurança, não coloque essas caixas no chão nem sobre pias ou bancadas. O local de descarte deve ser de fácil acesso, mas sempre longe de áreas que possam gerar contaminação cruzada.

Instalação e armazenamento do compressor odontológico

O compressor odontológico exige cuidados específicos na instalação para garantir a qualidade do ar utilizado nos procedimentos. Isso ajuda a preservar a qualidade do ar comprimido e a evitar ruídos excessivos. O equipamento pode gerar cerca de 60 decibéis, o que compromete o conforto acústico.

Evite instalar o compressor:

  • Dentro da sala de atendimento;
  • Próximo a sanitários, áreas de resíduos ou ambientes com risco de contaminação;
  • Em locais inadequados como garagens, porões, depósitos ou despensas.

Outra boa prática é prever uma área de fácil acesso para manutenção periódica do equipamento, para facilitar inspeções, trocas de filtros e drenagem do reservatório, o que contribui diretamente para a vida útil do compressor e para a segurança dos atendimentos.

Acessibilidade, conforto térmico e iluminação

O projeto do consultório odontológico também precisa contemplar itens que garantam acessibilidade, conforto e bem-estar para todos os usuários. Isso significa oferecer acesso facilitado para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, sejam pacientes, profissionais ou acompanhantes. Alguns pontos importantes incluem:

  • Guias rebaixadas nas calçadas, para passagem de cadeiras de rodas;
  • Corredores com corrimão em pelo menos um dos lados;
  • Plataforma mecânica ou escadas são suficientes em imóveis com até dois pavimentos;
  • Elevador ou rampas obrigatórios em imóveis com três ou mais pavimentos.

Essas medidas favorecem a inclusão e seguem as normas de acessibilidade previstas por lei.

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Foto: Martha Dominguez de Gouveia

Já o conforto térmico deve considerar a quantidade de pessoas no ambiente, os equipamentos utilizados e as atividades realizadas. É importante manter a temperatura agradável e a ventilação adequada, principalmente em áreas fechadas ou com uso constante de aparelhos geradores de calor.

E, por fim, a iluminação deve oferecer boa visibilidade, sem sombras ou ofuscamentos, principalmente nas salas de atendimento. O ideal é optar por:

  • Lâmpadas LED ou fluorescentes;
  • Luminárias com refletores, que direcionem a luz de forma eficiente.

Essa escolha melhora a precisão nos procedimentos e contribui para o bem-estar de profissionais e pacientes.

Elaboração do Manual de Boas Práticas de Funcionamento

O Manual de Boas Práticas de Funcionamento (MBPF) é um documento que descreve as rotinas e procedimentos adotados no consultório odontológico para assegurar a qualidade e a segurança dos serviços prestados.

Conforme a RDC 63/2011, sua elaboração é obrigatória e deve contemplar aspectos como controle de infecções, gerenciamento de resíduos, manutenção de equipamentos e capacitação da equipe. O MBPF serve como referência para a equipe, promovendo a padronização das atividades e facilitando a fiscalização pelos órgãos competentes.

Requisitos para a sala de esterilização

A sala de esterilização deve ser projetada de acordo com as diretrizes da RDC 50/2002, contemplando áreas distintas para a recepção de materiais sujos, limpeza, preparo e esterilização. Essa separação física é fundamental para evitar a contaminação cruzada. Além disso, é importante que o ambiente seja ventilado, iluminado e equipado com pias, bancadas e equipamentos adequados para o processamento dos materiais.

Capacitação e qualificação da equipe

Conforme a RDC 63/2011, é fundamental que todos os profissionais envolvidos nas atividades do consultório odontológico estejam devidamente capacitados e qualificados para desempenhar suas funções.

A equipe deve receber treinamentos periódicos sobre biossegurança, protocolos clínicos, uso de equipamentos e gerenciamento de resíduos. Essa capacitação contínua contribui para a melhoria da qualidade dos serviços e para a segurança dos pacientes e profissionais.

Cumprir as normas exigidas para montar um consultório odontológico é uma etapa fundamental para atuar com segurança, profissionalismo e dentro da lei. Desde o projeto inicial até a organização dos ambientes, cada detalhe influencia diretamente na qualidade do atendimento e no bem-estar de quem circula pela clínica.

Com tudo regularizado, o próximo passo é pensar na experiência do paciente. E isso começa pela sala de espera, que muitas vezes é o primeiro contato com o consultório.

Quer saber como tornar esse espaço mais confortável, acolhedor e funcional? Leia nosso próximo conteúdo: como melhorar a sala de espera do consultório.

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Conheça as doenças na boca mais comuns e como tratá-las https://blog.suryadental.com.br/problemas-na-boca-indicam-doencas-graves/ https://blog.suryadental.com.br/problemas-na-boca-indicam-doencas-graves/#comments Wed, 13 Aug 2025 10:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=456 Tratar e prevenir doenças na boca é responsabilidade dos dentistas. Por isso, é funda

Tratar e prevenir doenças na boca é responsabilidade dos dentistas. Por isso, é indispensável que os profissionais estejam preparados para realizar diagnósticos precisos, saibam tratá-las e também educar os pacientes a respeito das formas de prevenção e tratamento de diversas doenças, como gengivite e periodontite.

Neste post da Surya Dental, vamos abordar doenças periodontais, endodônticas, cáries, câncer bucal, além das patologias bucais com manifestações orais mais comuns na odontologia. Confira todos os detalhes a seguir e boa leitura:

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O que são doenças periodontais?

A doença periodontal é um grupo de condições inflamatórias crônicas de origem bacteriana que inicialmente afetam a gengiva. Com o tempo, essa inflamação pode progredir, comprometendo os tecidos que dão suporte aos dentes, como o cemento, o ligamento periodontal e o osso alveolar, o que pode resultar na perda dentária.

Os microrganismos presentes na placa bacteriana dental são os principais agentes causadores dessa doença. O processo inflamatório leva à perda da inserção do ligamento periodontal e à destruição do osso adjacente. A progressão dessa condição, impulsionada pelo acúmulo de tártaro e pela ação bacteriana contínua, cria bolsas periodontais, que são espaços entre o dente e a gengiva.

Essas bolsas favorecem a proliferação bacteriana e aprofundam a destruição tecidual, levando à mobilidade dentária e, eventualmente, à perda dos dentes. Fatores como diabetes, imunossupressão e tabagismo podem acelerar o desenvolvimento e a progressão da doença periodontal, tornando-a ainda mais agressiva em pacientes com essas condições. Entenda abaixo mais sobre as doenças periodontais:

1. Gengivite

A gengivite é uma inflamação da gengiva causada pelo acúmulo de placa bacteriana nos dentes, caracterizada por vermelhidão, inchaço e sangramento gengival durante a escovação e o uso de fio dental.

O dentista pode fazer um exame clínico, em que são avaliados aspectos como a consistência e o formato das gengivas, além do índice de placa bacteriana, profundidade de sondagem e a presença de sangue. Outra ferramenta para identificação é o exame radiográfico para detectar possíveis perdas ósseas.

Como é uma das doenças causadas por falta de higiene na boca, o profissional deve explicar sobre a importância da limpeza adequada, com o uso de escovação correta e frequente e fio dental. Em casos mais graves, pode ser necessário realizar raspagem e alisamento radicular.

No entanto, vale salientar que a gengivite também pode ser ocasionada por fatores genéticos, tabagismo, diabetes, mudanças hormonais, estresse, uso de alguns medicamentos, má alimentação e até mesmo a presença de aparelhos ortodônticos, dentaduras mal ajustadas ou pontes dentárias que não se encaixam corretamente.

2. Periodontite

Já a periodontite é uma doença mais avançada e grave em comparação com a gengivite. Entre os sintomas, está a inflamação crônica dos tecidos, resultando em perda de inserção periodontal e destruição do osso alveolar que suporta os dentes.

As gengivas também ficam avermelhadas, inchadas e sensíveis, ocorre retração gengival, mobilidade dentária, mau hálito persistente, sensibilidade ao frio ou ao calor e presença de pus. A identificação da periodontite requer uma avaliação clínica detalhada, com medição da profundidade das bolsas e análise da radiografia.

periodontite doença na boca
A periodontite é uma das doenças na boca que tem como sintoma a inflamação da gengiva.

O tratamento requer uma limpeza profissional com raspagem radicular e remoção do acúmulo de placa bacteriana e tártaro das raízes dos dentes. Além disso, pode ser necessária a prescrição de medicamentos para reduzir a inflamação e, até mesmo, uma cirurgia para restauração da saúde das gengivas e do osso.

3. Cárie dentária 

As cáries dentárias são uma das doenças na boca causadas por bactérias. Ocorrem quando a placa bacteriana produz ácidos que corroem o esmalte dentário. Os sintomas variam de acordo com o tipo, mas geralmente incluem sensibilidade ao frio ou ao calor, dor ao mastigar e manchas escuras ou cavidades nos dentes.

O dentista consegue identificá-la por meio da radiografia e do exame clínico que demonstra o processo de desmineralização do esmalte. Para tratá-la, é preciso removê-la e restaurar o dente com resina composta ou amálgama. Se o caso for avançado, pode ser necessário fazer tratamento de canal com um endodontista.

A prevenção envolve cuidados diários de higiene oral, como uso de fio dental, limitação da exposição a alimentos ricos em açúcar e visitas regulares ao dentista para exames e limpezas.

O que são doenças endodônticas?

A doença endodôntica engloba diversas condições patológicas que afetam a polpa dentária e os tecidos ao redor da raiz do dente (periapicais). Geralmente, essas enfermidades são provocadas por infecções bacterianas, que podem surgir de cáries profundas, traumas nos dentes ou de procedimentos odontológicos realizados de forma inadequada.

É importante que haja uma identificação e um tratamento precoce dessas condições para evitar complicações mais sérias, como a formação de abscessos e a eventual perda do dente comprometido. Pulpites e lesões periapicais são as condições endodônticas mais comuns. Vamos abordar mais detalhes sobre cada uma na sequência:

1. Pulpite

A pulpite é uma inflamação da polpa, tecido localizado no interior do dente e que possui vasos sanguíneos e nervos. Os principais sintomas incluem sensibilidade ao calor, ao frio e a alimentos doces, além de dor intensa que piora com a mastigação ou com a ingestão de bebidas e alimentos.

Essa doença na boca pode ser identificada por exame clínico realizado pelo dentista, que vai avaliar os sintomas relatados pelo paciente, a resposta aos estímulos térmicos e a presença de cáries ou lesões.

O tratamento da pulpite envolve a remoção da causa da inflamação e a realização de tratamento de canal. A higiene oral é fundamental para a prevenção da doença.

3. Lesões periapicais

As lesões periapicais são alterações que ocorrem na região ao redor da raiz, conhecida como ápice dentário. As causas são processos inflamatórios ou infecciosos na área, que podem surgir devido à necrose pulpar, trauma dental, cáries não tratadas ou infecções que se espalham a partir do canal radicular. 

Os sintomas incluem dor localizada, inchaço na região afetada, sensibilidade ao toque e presença de abscessos ou fístulas na gengiva próxima ao dente. O dentista faz a identificação com a palpação da região afetada, radiografias periapicais para visualizar a estrutura óssea e testes de vitalidade da polpa dental.

O tratamento de canal é a solução, pois remove o tecido danificado, desinfeta o canal radicular e previne a progressão da infecção. Em casos mais graves, pode ser necessária a cirurgia periapical para drenar o abscesso ou remover o tecido inflamado.

tratamento de canal
O tratamento de canal é uma das opções de tratamento para as lesões periapicais.

Patologia bucal comum: entenda quais são!

Além das condições já mencionadas, a cavidade bucal pode ser afetada por uma variedade de outras patologias comuns, cada uma com suas características distintas e que exigem abordagens de tratamento específicas. Dessa forma, é importante reconhecer que a saúde bucal vai muito além da ausência de cáries ou doenças gengivais e engloba um espectro de condições que podem impactar significativamente o bem-estar dos pacientes.

A identificação precoce e o manejo adequado da patologia bucal é o que faz diferença para prevenir complicações, aliviar sintomas e garantir a manutenção de uma boca saudável, pois essas patologias podem ter diversas origens, que incluem fatores infecciosos, inflamatórios, autoimunes, traumáticos e até mesmo manifestações de doenças sistêmicas. Veja abaixo:

1. Bruxismo

O bruxismo é uma disfunção caracterizada pelo ato de ranger ou apertar os dentes de forma involuntária, principalmente durante o sono. É considerado um problema multifatorial, podendo ser causado por estresse, ansiedade, desordens neuromusculares, questões na oclusão dentária, entre outros fatores.

Os sintomas mais comuns do bruxismo incluem desgaste excessivo dos dentes, dores de cabeça frequentes, dores na mandíbula e nos músculos faciais, sensibilidade, problemas na articulação temporomandibular (ATM), além de possíveis distúrbios do sono.

Para identificar o bruxismo, geralmente é realizado um exame clínico pelo dentista para avaliação dos desgastes na arcada dentária, presença de mordida desalinhada e tensão muscular na face. Durante a anamnese, também será investigado se existe consumo excessivo de alimentos duros.

O tratamento pode variar de acordo com a causa e a gravidade do problema. Geralmente, o dentista recomenda o uso de placa de mordida para proteger os dentes do desgaste durante o ranger ou apertar. Quando há danos significativos nos dentes ou na ATM, pode ser necessário um tratamento multidisciplinar.

bruxismo
As placas podem protegem os dentes das pessoas com bruxismo.

A prevenção do bruxismo tem relação com as possíveis causas. Por isso, é importante orientar medidas para redução do estresse e da ansiedade, como técnicas de relaxamento mental, evitar consumir cafeína e álcool em excesso, além de manter uma boa higiene do sono. E, claro, recomenda-se acompanhamento com dentista regularmente para avaliação das ações.

2. Disfunção temporomandibular (DTM)

A disfunção temporomandibular (DTM) é um conjunto de condições clínicas que afetam a ATM, os músculos da mastigação e as estruturas associadas. É uma das disfunções mais comuns do sistema estomatognático e pode se manifestar de várias formas.

Os pacientes podem apresentar dor facial, em músculos da mastigação, de cabeça e de ouvido, dificuldade para abrir a boca e para mastigar, ruídos articulares, sensação de que a mandíbula está “trancada” ou fora do lugar, desgaste dentário, entre outros sintomas.

O diagnóstico da DTM pode ser realizado com a avaliação clínica do cirurgião-dentista. Geralmente, é feito após a exclusão de outras patologias bucais que possam apresentar sintomas semelhantes. Alguns exames complementares, como radiografias, ressonância magnética, tomografia e análise de oclusão, podem auxiliar o profissional.

Quanto aos tratamentos, eles variam de acordo com a causa do problema. No entanto, podem incluir desde medicamentos para alívio da dor, terapia com laser, infiltrações na musculatura, até a realização de processos odontológicos para ajuste oclusal.

3. Candidíase oral

A candidíase oral é uma das doenças de boca mais comuns. A infecção é causada pelo fungo Candida albicans, que afeta a mucosa. É popularmente conhecida como “sapinho”.  

Em determinadas situações, o micro-organismo pode se proliferar e causar sintomas, como manchas brancas ou amareladas na língua, no palato e nas mucosas (de aspecto semelhante a leite coalhado), dor e sensação de queimação, assim como inchaço e vermelhidão nas áreas afetadas.

O diagnóstico dessa doença na boca é feito por exame clínico para identificar as lesões características e diferenciá-las de outras condições semelhantes. Além disso, pode ser necessária a realização de exames complementares, como culturas de amostras, para confirmar a presença do fungo.

candidíase oral
A doença sapinho na boca se caracteriza por manchas pela língua.

O tratamento da candidíase oral consiste em eliminar o crescimento excessivo do fungo e aliviar os sintomas. Para prevenir a doença, é preciso:

  • Manter uma boa higiene oral.
  • Evitar o uso excessivo de antibióticos, que podem levar ao desequilíbrio da flora oral.
  • Não consumir açúcar em excesso, que pode favorecer o crescimento do fungo.
  • Evitar o uso de próteses dentárias mal ajustadas.
  • Controlar doenças sistêmicas, como o diabetes, que podem contribuir para o desenvolvimento do fungo.

4. Leucoplasia

A leucoplasia é uma condição clínica que se caracteriza pelo aparecimento na mucosa oral ou no céu da boca de lesões brancas. É considerada uma lesão pré-maligna, ou seja, tem potencial para se transformar em um câncer de boca, principalmente se associada ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool.

A mancha branca na boca costuma ser espessa e bem aderida à mucosa, apresentando resistência ao tentar removê-la com um instrumento. A doença pode ocorrer em qualquer local da boca. 

No diagnóstico da leucoplasia, é importante que o cirurgião-dentista faça o exame clínico e tenha biópsia e exames de imagem, como tomografia computadorizada. Esses laudos vão servir como complemento na avaliação da lesão. 

Para tratar, o ideal é remover a fim de evitar a recorrência da boca branca ou esbranquiçada e impedir a progressão ao câncer.

leucoplastia
Pele branca na gengiva pode ser um dos sinais de leucoplasia.

5. Câncer bucal

O câncer de boca é um tipo de câncer que se desenvolve nas estruturas da cavidade oral, como lábios, gengivas, língua, bochechas e palato. O principal fator de risco para o surgimento é o tabagismo, tanto o ativo como o passivo, mas também está associado ao consumo excessivo de álcool, exposição prolongada ao sol, má higiene bucal e infecções por vírus como o HPV.

O câncer é uma doença que dá feridas na boca. Um detalhe é que elas não cicatrizam. Outros sintomas são dor persistente na boca, dificuldade para mastigar ou engolir, caroços ou inchaços no pescoço, rouquidão contínua, sensação de dormência na boca e perda de peso inexplicada.

Para identificar o câncer, o profissional deve solicitar exames de imagem e encaminhar a lesão para biópsia. O tratamento depende do estágio da doença bucal e pode incluir cirurgia para remoção do tumor, assim como radioterapia, quimioterapia ou uma combinação das abordagens. A prevenção do câncer bucal envolve evitar os fatores de risco.

Doenças sistêmicas e suas manifestações orais

As doenças sistêmicas são condições que afetam múltiplas partes do corpo e podem ter um impacto abrangente na saúde do indivíduo. O que muitas pessoas não sabem é que a cavidade oral frequentemente serve como um importante indicador da presença e progressão dessas doenças. Isso significa que a boca pode apresentar sintomas e manifestações específicas que funcionam como “sinais de alerta” para condições que estão ocorrendo em outras regiões do corpo.

A relação entre a saúde bucal e a saúde sistêmica é bidirecional: enquanto doenças sistêmicas podem se manifestar na boca, a saúde bucal comprometida (como infecções ou inflamações crônicas) também pode influenciar o curso de doenças sistêmicas. Por isso, a avaliação cuidadosa da cavidade oral é indispensável no diagnóstico precoce e no acompanhamento de diversas condições médicas. A seguir, vamos explorar algumas:

1. Sangramento gengival

Níveis altos de glicose no sangue facilitam o crescimento de bactérias na boca, ocasionando o sangramento da gengiva. Primeiro, o tecido fica vermelho e inchado, podendo sangrar durante a escovação dos dentes.

O sangramento gengival pode ocasionar doenças periodontais que, se não tratadas, podem culminar na retração gengival e na exposição da raiz dos dentes. Esse problema na boca é mais comum entre pacientes diabéticos com glicose não controlada. 

2. Boca seca

A boca seca, ou xerostomia, é caracterizada pela falta de saliva. Acontece quando as glândulas não produzem o suficiente para deixar a cavidade oral hidratada, resultando até na bochecha e boca ásperas por dentro.

Esse problema na boca pode ser desencadeado por questões emocionais, como estresse, depressão e nervosismo, assim como por diabetes, câncer e doenças autoimunes, como a Síndrome de Sjögren, em que o corpo ataca as células que produzem lágrimas e saliva. Outras causas são tabagismo, uso de alguns medicamentos e de drogas.

Entre os fármacos que podem diminuir a produção de saliva, estão: anti-histamínicos, antidepressivos, anti-hipertensivos, antipsicóticos e sedativos.

remédios podem causar boca seca
Certos remédios podem causar a boca seca.

O tratamento é voltado para a origem do problema. Se é causada pelo uso de algum remédio, é indicado mudar a dosagem ou encontrar uma fórmula substituta. Caso seja decorrente da Síndrome de Sjögren, é importante que o dentista faça o encaminhamento a um médico especialista. Existem algumas formas de prevenir a boca seca. Veja quais são:

  • Beber bastante água.
  • Evitar bebidas à base de cafeína, como café, chá e refrigerante.
  • Não fumar e não ingerir bebidas alcoólicas em excesso.
  • Diminuir o consumo de açúcar, assim como de alimentos picantes e ácidos.

3. Feridas na boca

Feridas e bolhas estão entre os problemas na boca mais comuns. Na maioria dos casos, são inofensivas, mas funcionam como um sinal de alerta do corpo quando não somem e nem cicatrizam.

A afta (ou úlcera aftosa), por exemplo, surge na língua, nos lábios e na cavidade interna das bochechas e tende a desaparecer em poucos dias. A lesão branca com contorno vermelho não é contagiosa e não tem causa definida.

Podem ser decorrentes de trauma, ingestão de alimentos picantes, salgados e muito ácidos, mas também de deficiência de vitamina B, estresse e problemas hormonais. Outra doença na boca é a herpes simples. As lesões aparecem nos lábios em situações de estresse. São perigosas por serem altamente contagiosas, podendo ser transmitidas, por exemplo, ao beijar. A infecção não tem cura, apenas controle.

herbes bucal
Doença na boca transmissível por beijo: a herpes simples é muito contagiosa.

4. Mau hálito

O problema pode indicar distúrbios gástricos ou infecção nas amígdalas. A origem do mau hálito é geralmente na língua e é decorrente da má higienização e do acúmulo de alimentos. A superfície acumula bactérias e restos de alimentos, formando a saburra, que causa odor desagradável porque libera compostos à base de enxofre.

O mau hálito é facilmente eliminado com a higienização correta da língua. O dentista pode recomendar aos pacientes que usem limpadores (ou raspadores) de língua ou escovas dentais sempre após a escovação. Enxaguantes bucais também são indicados, pois ajudam a reduzir as bactérias e o mau hálito, assim como o fio dental.

Embora a halitose esteja geralmente associada a uma má higiene da língua, o mau hálito também pode ser um sinal de problemas maiores, como diabetes, doenças dos rins, fígado e pulmão, além dos distúrbios gastrointestinais citados. A solução, nesses casos, requer tratamento da doença de origem associada a uma completa higiene bucal.

5. Saburra e placa bacteriana

Boca amarelada por dentro: o que pode ser? Saburra. Ela se caracteriza por uma camada branca, amarela ou marrom formada por bactérias e restos de alimentos que se alojam na língua. 

Pode acontecer ainda em razão da baixa produção de saliva e do descamamento natural da cavidade bucal. Essa secreção branca na boca ao acordar é uma das principais causas do mau hálito. 

Esse problema na boca é prevenido fazendo uma boa higiene bucal. O paciente pode utilizar um limpador de língua para a limpeza das papilas em direção às pontas, até que a camada de saburra desapareça. Instrua para que as pessoas lavem o raspador a cada utilização.

A placa bacteriana, que se aloja nos dentes, também é resultado de má higienização da boca. Ela se caracteriza por saliva e língua amarela e gosto amargo na boca. Causa cáries, problemas gengivais, mas também pode entrar na corrente sanguínea, desencadeando inflamações e infecções.

Principais causas das doenças na boca

Os problemas de saúde bucal podem ter diversas origens, por isso, buscar a avaliação de um dentista ou de um clínico geral é muito importante. Eles são os profissionais mais indicados para identificar os sinais, diagnosticar a causa e recomendar as melhores estratégias de prevenção e tratamento. No entanto, algumas das causas mais frequentes de doenças na boca incluem:

  • Higiene bucal deficiente: a falta de uma rotina adequada de escovação e uso do fio dental permite o acúmulo de resíduos e microrganismos;
  • Infecções fúngicas: a presença de certos fungos pode levar ao desenvolvimento de condições como a candidíase oral;
  • Proliferação bacteriana: bactérias naturalmente presentes na boca, quando em desequilíbrio, podem causar diversas doenças;
  • Acúmulo de placa bacteriana: uma película pegajosa de bactérias que se forma constantemente sobre os dentes;
  • Formação de tártaro: a calcificação da placa bacteriana, formando depósitos duros que aderem aos dentes;
  • Tabagismo: o uso de cigarro é um fator de risco significativo para uma série de problemas bucais, incluindo doenças periodontais e câncer oral.

E não esqueça: além de manter uma rigorosa higiene bucal, a adoção e a eliminação de certos hábitos podem ser cruciais para prevenir essas condições.

O conhecimento sobre as doenças bucais é indispensável no exercício de uma prática odontológica eficaz ao realizar a identificação com os exames clínicos e de imagem. E, claro, para proporcionar um tratamento adequado aos pacientes.

É válido dizer que existem outras doenças na boca e, se você ainda está cursando odontologia e quer ficar por dentro de vários assuntos, continue navegando pelo blog da Surya Dental para descobrir diversos conteúdos exclusivos para acadêmicos e profissionais da área! Agora, que tal conferir nosso post sobre doenças ocupacionais na odontologia? Não deixe de conferir e até lá!

conteúdos para universitários de odontologia no blog da surya dental
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Como tirar CRO de ASB e qual a importância da carteirinha? https://blog.suryadental.com.br/cro-de-asb/ https://blog.suryadental.com.br/cro-de-asb/#respond Tue, 12 Aug 2025 10:00:00 +0000 https://blog.suryadental.com.br/?p=20344 Se você acabou de adquirir o seu diploma de auxiliar de saúde bucal (ASB) e está em

Se você quer atuar como Auxiliar em Saúde Bucal (ASB), precisa estar com a situação regularizada no Conselho Regional de Odontologia (CRO). O registro é obrigatório e garante que o profissional esteja apto a exercer suas funções de forma legal, oferecendo mais segurança para clínicas e pacientes.

Neste conteúdo, você vai entender quem pode tirar o CRO de ASB, quais são os documentos necessários e como funciona todo o processo. Também explicamos qual é o papel do Conselho, os prazos para emissão do registro e os riscos de atuar sem estar devidamente habilitado. Continue lendo e saiba mais!

O que é o CRO e por que ele é obrigatório para ASBs?

O Conselho Regional de Odontologia (CRO) é o órgão responsável por regulamentar e fiscalizar o exercício das profissões da área odontológica, como dentistas, técnicos e auxiliares. Seu papel é garantir que os serviços sigam os padrões técnicos e éticos estabelecidos pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO).

Para atuar legalmente, todo profissional da área — inclusive o Auxiliar de Saúde Bucal (ASB) — precisa estar inscrito no CRO. Esse registro é exigido por clínicas, consultórios e instituições públicas, sendo um requisito obrigatório para contratação e exercício profissional formal.

Quem pode tirar o CRO de ASB?

Quem deseja obter o CRO de ASB precisa, antes de tudo, ter concluído um curso profissionalizante de Auxiliar em Saúde Bucal reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Só com esse certificado é possível dar entrada no pedido de registro junto ao Conselho Regional de Odontologia.

Além disso, o profissional deve ser maior de 18 anos e estar em situação regular com a Justiça Eleitoral e, se for o caso, com o serviço militar. Esses critérios são exigidos no momento da inscrição e fazem parte da documentação básica para se registrar como ASB.

Documentos para designação ASB

Para solicitar a designação como Auxiliar em Saúde Bucal, é necessário apresentar a documentação exigida pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO). Os documentos comprovam a formação e a regularidade do profissional junto aos órgãos competentes. Abaixo, estão os principais itens solicitados:

  • Certificado de conclusão do curso de ASB, com carga mínima de 300 horas — sendo 240 horas de aulas teóricas e práticas e 60 horas em estágio supervisionado;
  • Histórico do curso;
  • Impressão da consulta pública de concluinte (GDAE) para cursos técnicos;
  • Histórico escolar ou certificado que comprove a conclusão do ensino fundamental e médio;
  • Documentos pessoais originais: CPF, RG, título de eleitor, certidão de nascimento ou casamento (com averbação para divorciados) e título de reservista (quando aplicável);
  • Comprovante de endereço recente;
  • Uma foto 3×4 colorida, com fundo branco.

Além desses documentos, o profissional deve preencher os formulários exigidos pelo CRO e pagar a taxa de inscrição. Como a lista pode variar conforme o estado, é importante consultar o site do CRO da sua região antes de iniciar o processo.

Quer entender melhor as funções e diferenças entre TSB e ASB na odontologia? Leia agora nosso conteúdo completo e descubra como esses profissionais atuam para fazer a diferença na saúde bucal!

Como tirar o CRO de ASB: passo a passo!

Depois de reunir todos os documentos necessários, o próximo passo é iniciar o processo de registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO). Cada estado pode ter suas particularidades, mas, em geral, o procedimento segue etapas semelhantes. Veja o passo a passo para tirar o CRO de ASB:

1. Verifique os requisitos

Antes de iniciar o processo, confirme se o seu curso de Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Além disso, certifique-se de que você atende aos critérios básicos, como ser maior de 18 anos e estar com seus documentos pessoais em dia para evitar problemas futuros.

2. Reúna a documentação

Organize todos os documentos solicitados pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO) do seu estado. Entre os principais, estão o certificado do curso de ASB, documentos pessoais como RG e CPF, comprovante de residência recente, além de outros que possam ser exigidos regionalmente.

3. Acesse o site do CRO regional

Visite o site oficial do CRO do seu estado para obter informações atualizadas sobre o processo de inscrição. Muitos conselhos oferecem pré-cadastro online e orientações para o atendimento presencial, facilitando o andamento da sua solicitação.

4. Preencha os formulários

Preencha com atenção todos os formulários exigidos pelo CRO, inserindo dados pessoais e profissionais corretos. Essas informações são fundamentais para que seu cadastro seja válido e o processo de registro possa seguir sem contratempos.

5. Pague a taxa de inscrição

Realize o pagamento da taxa de inscrição conforme os valores estabelecidos pelo CRO do seu estado. Esse pagamento é obrigatório para que o seu pedido de registro seja analisado e processado oficialmente pela entidade.

6. Aguarde a análise do pedido

Após a entrega dos documentos e o pagamento, o CRO iniciará a análise do seu pedido. Se tudo estiver correto, o Conselho emitirá o seu número de registro, autorizando você a atuar legalmente como Auxiliar em Saúde Bucal.

Benefícios da carteira do CRO

Ter a carteira CRO é um compromisso que todo profissional da área de odontologia deve ter. Essa é uma forma de atuar com seriedade e ética. O ASB que não possui o documento, além de correr o risco de punições pelo CFO, perde boas oportunidades e direitos.

A carteira é essencial para que você concorra a vagas de trabalho, como em concursos públicos. Esse tipo de oportunidade é sempre bastante atraente, tanto pelo salário como pela estabilidade oferecida.

Além disso, o registro proporciona que o ASB tenha os seus direitos assegurados, como auxílio-maternidade, seguro-desemprego, entre outros. Afinal, o CRO é um órgão que também luta pela valorização do trabalho na odontologia e, portanto, estar credenciado é uma medida de segurança.

ASB e dentista em consultório odontológico
Não sabe como tirar o CRO de ASB? Continue a leitura!

Quanto tempo leva para sair o CRO de ASB?

O prazo para emissão do CRO de ASB pode variar conforme o Conselho Regional de Odontologia de cada estado. Em geral, o processo leva entre 15 a 30 dias úteis, contando a partir do momento em que a documentação completa é entregue e a taxa de inscrição paga.

No entanto, atrasos podem ocorrer caso haja pendências nos documentos ou necessidade de ajustes no cadastro. Por isso, é fundamental enviar tudo corretamente e acompanhar o andamento do pedido pelo canal oficial do CRO da sua região.

Atuar como ASB sem CRO é permitido?

Não. Atuar como Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) sem possuir registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO) não é permitido pela legislação brasileira. O CRO é o órgão responsável pela regulamentação, fiscalização e controle do exercício profissional na área odontológica, garantindo que todos os profissionais estejam habilitados, capacitados e sigam os padrões éticos e técnicos estabelecidos pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO).

O registro no CRO funciona como uma autorização legal que permite ao Auxiliar em Saúde Bucal exercer suas funções com segurança, tanto para o profissional quanto para os pacientes e empregadores. Sem esse registro, o ASB está atuando irregularmente, o que pode trazer consequências sérias.

Riscos e consequências de atuar sem CRO

Atuar sem estar registrado no CRO é uma infração legal que pode acarretar diversas penalidades, tanto para o profissional quanto para as instituições que o empregam. Entre as principais consequências estão:

  • Multas e sanções administrativas: o Conselho Regional de Odontologia pode aplicar multas e outras penalidades ao profissional irregular e à clínica ou consultório que o contratar;
  • Interdição do estabelecimento: clínicas e consultórios que permitirem o exercício ilegal da profissão podem ter suas atividades suspensas temporariamente;
  • Processos judiciais: a atuação irregular pode gerar ações civis e criminais, principalmente se causar prejuízo ou dano à saúde do paciente;
  • Impedimento de futuras regularizações: profissionais que atuam sem registro podem ter dificuldades para regularizar sua situação no futuro, enfrentando restrições e processos burocráticos mais rigorosos.

Ter o registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO) é fundamental para quem deseja atuar como Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) de forma legal e segura. Além de garantir o cumprimento das normas técnicas e éticas, o registro traz mais credibilidade e proteção para o profissional, as clínicas e os pacientes.

Seguindo o passo a passo, reunindo a documentação correta e respeitando os prazos, você evita problemas e assegura sua atuação dentro da legislação vigente. Se você ainda não tem o seu CRO, comece hoje mesmo o processo de regularização e fortaleça sua carreira na área da saúde bucal.

Para mais dicas e informações úteis como esta, continue explorando o blog da Surya. Você vai encontrar conteúdos sobre produtos para clínicas, orientações para universitários e muito mais. Fique por aqui e confira também nosso guia completo para fazer currículo para dentista recém-formado. Não deixe essa oportunidade passar!

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Acupuntura na odontologia: como aplicar no consultório https://blog.suryadental.com.br/a-acupuntura-na-odontologia/ https://blog.suryadental.com.br/a-acupuntura-na-odontologia/#comments Wed, 16 Jul 2025 15:57:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=362 A medicina tradicional chinesa, também conhecida como MTC, é um conjunto de procedimentos milenares que pode ser utilizado como tratamento complementar na área da saúde. Entre eles está a acupuntura, que faz uso de pequenas agulhas para aliviar dores e tratar questões emocionais.

Desde 2008, a utilização da acupuntura na odontologia é permitida pelo Conselho Federal (CFO), levando muitos cirurgiões-dentistas a investir nessa prática como tratamento complementar. Se você quer entender melhor para que serve a acupuntura e como ela pode ser utilizada em consultas odontológicas e melhorar os resultados, continue no blog da Surya Dental e confira a seguir:

A história da acupuntura na odontologia

A acupuntura é uma prática tradicional da medicina chinesa e tornou-se popular nos países ocidentais a partir dos anos 1970. Segundo o artigo Habilitação em acupuntura para cirurgiões-dentistas no Brasil: uma análise por estados e regiões da revista Arch Health Invest (2017), a propagação do método se deu graças aos benefícios, como as propriedades anti-inflamatórias, ansiolíticas e ativadoras da função imunológica.

Apesar de existir há milhares de anos, a acupuntura viria a ser reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um método efetivo na medicina tradicional somente em 1979. A partir de então, profissionais passaram a praticar a odontologia humanizada e começaram a pesquisar a eficácia desse método para diminuir as dores de seus pacientes durante tratamentos, além de conseguirem comprovar sua eficácia no ano de 2003, no congresso de Genebra da OMS.

No Brasil, a popularização dessa terapia na odontologia se deu com a resolução federal CFO-82/2008, que autoriza o uso de práticas integrativas, incluindo a acupuntura, por cirurgiões-dentistas para promover a saúde e o bem-estar bucal. Na ocasião, o órgão declarou acreditar que a técnica milenar poderia oferecer mais oportunidades de trabalho para os cirurgiões-dentistas no âmbito público e privado, bem como novas opções de tratamento.

Conceitos de terapias complementares e práticas integrativas

Para profissionais que desejam atuar com a acupuntura, é interessante partir do ponto de que existem muitos conceitos sobre as práticas complementares e integrativas a serem compreendidos e que é comum haver dúvidas e confusões sobre cada um deles.

É necessário compreendê-los para evitar, inclusive, preconceitos com a prática, que podem surgir por parte de profissionais e pacientes. Ao saber diferenciar os conceitos, você terá mais argumentos para defender a inserção do tratamento quando oferecê-lo em consultório.

No total, são cinco conceitos importantes que você deve entender: medicina alternativa, medicina tradicional, terapias complementares, medicina integrativa e práticas integrativas e complementares. Vamos compreender melhor cada um.

Se interessou pelo tema? Então, salve para ler depois o que é odontologia forense: e como atuar na área?

1. Medicina alternativa

A medicina alternativa é um conjunto de práticas que visam substituir os tratamentos convencionais por abordagens, que em sua maioria, não possuem respaldo técnico. Portanto, é alvo de diversas críticas por parte da comunidade científica.

2. Medicina tradicional

A medicina tradicional é uma prática recomendada pela OMS, especialmente se tiver comprovação científica. A organização define-a como “a soma total de conhecimento, habilidades e práticas baseadas nas teorias, crenças e experiências de diferentes culturas, explicáveis ou não, e usadas na manutenção da saúde, bem como na prevenção, diagnóstico, tratamento ou melhoria de doenças físicas ou mentais”.

Médico estudando medicina tradicional chinesa
A medicina tradicional é um conjunto de práticas que existem antes mesmo da medicina convencional. A exemplo, temos a chinesa, muito conhecida.

Segundo a portaria nº 971 do Ministério da Saúde, a OMS recomenda a acupuntura e afirma que existem comprovações científicas sobre a prática, além de reconhecer seus benefícios para diversas áreas da saúde.

3. Terapias complementares

O termo terapias complementares é um dos mais utilizados ao redor do mundo e se refere a uma abordagem não convencional que atua junto com a medicina convencional.

4. Medicina integrativa

A medicina integrativa vê o paciente como um todo e, portanto, está preocupada em cuidar de todos os aspectos, sejam eles físicos e psicológicos. Além disso, quem recebe os tratamentos também é mais ativo no processo.

A medicina integrativa trabalha de forma multidisciplinar, alinhada a outras práticas que podem ser medicinais tradicionais, uso de fitoterápicos, relaxamento, entre outros.

5. Práticas integrativas e complementares

De acordo com o Ministério da Saúde, “práticas integrativas e complementares (PICs) são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças […]. Em alguns casos, pode ser utilizado como tratamento paliativo”.

Portanto, a acupuntura, que pertence à medicina tradicional chinesa, deve ser encaixada dentro das PICs, que são oferecidas pelo próprio SUS e apoiadas pelo Ministério da Saúde.

Acupuntura na odontologia: como aplicá-la

A acupuntura é uma prática que ainda pode assustar muitos pacientes, afinal, pensar em agulhas é sempre algo que gera algum desconforto. Portanto, essa PIC deve ser muito bem explicada e requer estudo por parte do profissional, a fim de compreender suas indicações e as condições clínicas em que sua aplicação é recomendada. Entenda:

1. Como funciona a acupuntura

Em linhas gerais, trata-se da aplicação de pequenas agulhas em pontos específicos do corpo (chamados de meridianos ou acupontos) para curar problemas tanto físicos quanto emocionais.

Os acupunturistas creem que o corpo é composto de energia e que os meridianos são regiões com grande concentração energética. Se não estiverem em harmonia, esses pontos podem causar desequilíbrio, que gera sintomas como dor, ansiedade e cansaço.

acupuntura odontologia como funciona a acupuntura
A acupuntura é utilizada para curar problemas físicos e emocionais.

Há ainda outros tipos de acupuntura que são menos utilizados, como laseracupuntura, acupressão, moxibustão e auricular, que fazem uso de outros mecanismos para obter os mesmos resultados.

Para quais procedimentos pode ser utilizada?

Afinal, qual é a função da acupuntura na odontologia? A resposta é que ela pode ser utilizada como complemento de diversos tratamentos e, inclusive, já há estudos que relatam essas experiências.

Antes de explicar o funcionamento, é importante reforçar que a acupuntura é uma terapia alternativa e complementar. Isso significa que ela não é obrigatória e não substitui o tratamento comum, servindo como suporte.

A acupuntura poderá ser utilizada nos três estágios do tratamento, ou seja, antes, durante e depois. Em cada uma das situações, ela terá resultados diferentes.

1. Analgesia

Muitos cirurgiões-dentistas fazem uso desses métodos da medicina chinesa por suas propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, para melhorar seus resultados em consultório.

A analgesia por meio de acupuntura, por exemplo, funciona da seguinte maneira: a aplicação das agulhas provoca uma microinflamação, que desencadeia a produção de substâncias neurotransmissoras, como endorfinas, serotonina e norepinefrina. Dessa forma, há um bloqueio da dor no sistema nervoso, além do desenvolvimento de uma sensação de bem-estar.

Curiosamente, os pontos de acupuntura na odontologia não precisam estar na boca, uma vez que os meridianos do corpo são todos interligados. Além de regiões da face, os cirurgiões-dentistas inserem agulhas nos braços e pernas, em regiões que estimulam órgãos e no sistema nervoso.

2. Dor orofacial

A PIC pode entrar como um método alternativo eficiente como complemento ao tratamento de disfunção temporomandibular (DTM). A DTM é um espectro de problemas clínicos articulares e musculares da região orofacial e, como sintomas, o paciente sente dor, dificuldades em movimentar a musculatura e funções limitadas.

A PIC auxilia na recuperação das funções motoras, o que é essencial para a DTM, que costuma paralisar o rosto do paciente. No estudo, foi constatado que o paciente com DTM já havia feito uso de medicamentos para a dor, entretanto, não surtiu o efeito esperado. De acordo com a pesquisa, após a aplicação da acupuntura, os sintomas foram amenizados instantaneamente, sendo bastante benéfico à pessoa atendida.

3. Dor do tinido

A dor do tinido também pode estar associada à DTM, assim como à dor na musculatura mastigatória. Em ambos os casos, o cirurgião-dentista pode recorrer à acupuntura. Entretanto, é importante lembrar que o tratamento deve ser personalizado de acordo com a necessidade de cada paciente.

Segundo a Revista Dor, na pesquisa Acupuntura no manuseio da dor orofacial e do tinido, a paciente atendida no estudo teve melhora na dor após a segunda sessão. Também foi observada uma melhora no relaxamento da musculatura e diminuição do tinido.

Rosto de mulher asiática com agulhas de acupuntura
O efeito da acupuntura no controle da dor é algo notado em estudos científicos da odontologia.

Para este caso clínico, os resultados foram positivos e, ao fim das sessões, a paciente não sentia mais o tinido. A musculatura da mastigação, da orelha média e dos músculos elevadores do palato apresentou relaxamento e, consequentemente, a redução da dor.

4. Bruxismo

Os tratamentos para bruxismo podem ser variados, de acordo com a etiologia. Entre os procedimentos, a acupuntura pode entrar como método alternativo, uma vez que ela é uma PIC bastante eficiente para o tratamento das dores geradas pelo bruxismo, que possui um número crescente de evidências científicas que comprovam isso.

Além das manifestações bucais citadas e analgesia, que é o método mais difundido,a acupuntura pode ser utilizada na recuperação de funções motoras, em casos de paralisias faciais, controle de reflexos, como ânsia e vômito, bem como no tratamento da ansiedade e de fobias.

5. Ponto de acupuntura para dor de dente

A dor de dente pode ser amenizada com técnicas de pressão em regiões específicas do corpo! Conheça três áreas estratégicas que, quando estimuladas, contribuem para reduzir o incômodo de forma natural e rápida. Confira com detalhes:

1. Região posterior da orelha

Localizado atrás da orelha, este ponto requer pressão firme com os dedos. Recomenda-se realizar três séries de 30 compressões para priorizar movimentos ritmados e ativar a circulação, bem como promover alívio.

2. Limite entre o lóbulo auricular e o rosto

Na divisão entre o lóbulo da orelha e o rosto, utilize as pontas dos dedos ou até as unhas para aplicar pressão suave. Faça três ciclos de dez estímulos e mantenha uma intensidade confortável para potencializar o efeito analgésico.

3. Área abaixo da articulação do dedo indicador

Na mão, concentre-se na região logo abaixo da junta do dedo indicador, usando o dorso dos dedos para pressionar. Se a dor for mais intensa no lado esquerdo, priorize a mão esquerda, e vice-versa. Repita o processo em três séries de 30 movimentos e sincronize a respiração para melhorar os resultados.

Acupuntura na prática odontológica

A inclusão da acupuntura na rotina odontológica pode ser extremamente estratégica, uma vez que eleva a qualidade do atendimento ao priorizar o cuidado integral. Entenda quais são as vantagens oferecidas ao dentista e os benefícios para o paciente a seguir:

1. Vantagens para o dentista:

  • Aumenta o leque de abordagens clínicas conforme a necessidade;
  • Fideliza clientes ao oferecer terapias complementares;
  • Diminui a dependência de fármacos, o que reduz efeitos colaterais e custos com medicamentos.

2. Benefícios para o paciente:

  • Método pouco invasivo e livre de desconfortos durante procedimentos;
  • Proporciona alívio natural de dores, ansiedade e inflamações;
  • Promove equilíbrio físico e emocional, pois contribui na recuperação pós-tratamento.

Ainda não sabe em qual área da odontologia seguir? Não se preocupe, confira agora todas as áreas da odontologia e qual é o melhor caminho para você!

Acupuntura auricular

Integrante da Acupuntura Sistêmica, a técnica auricular se destaca nessa área, pois é uma ferramenta valiosa para profissionais da Odontologia. Ela é prática, pois tem uma avaliação simplificada, já que a orelha reflete um microssistema completo do corpo humano ao mapear órgãos, meridianos e até condições específicas. Isso permite direcionar o tratamento de forma precisa para se alinhar às necessidades individuais de cada paciente.

Por ser realizada na região auricular, a terapia pode ser aplicada diretamente na cadeira odontológica, o que otimiza o atendimento. O método tem sido eficaz em casos como enjoos durante moldagens, ansiedade pré-consulta e controle do bruxismo. Além disso, a abordagem minimiza intervenções invasivas, além de levar conforto ao processo terapêutico.

A literatura científica reforça sua eficácia: plataformas como o PubMed registram mais de 40 mil estudos sobre acupuntura geral e cerca de 600 publicações quando associada à odontologia. Esses dados mostram a crescente aceitação da técnica no meio acadêmico.

Dr. Hélio Sampaio Filho enaltece o trabalho dos Cirurgiões-Dentistas especializados na área, especialmente os membros da Câmara Técnica de Acupuntura, por promoverem avanços significativos na prática clínica. Já o Dr. Braz Antunes, presidente do CROSP, ressalta a importância desse grupo para oferecer suporte técnico à categoria: “Nesta celebração do Dia Mundial do Acupunturista, em nome dos Cirurgiões-Dentistas integrantes da Câmara Técnica, parabenizo a todos os especialistas de São Paulo pelo excelente trabalho”, finaliza.

Eficácia da acupuntura

Este é um ponto que gera muitos debates. Enquanto para muitos pesquisadores esse método é pseudocientífico, há uma série de estudos realizados com pacientes que comprovam sua eficácia.

A verdade é que não há uma resposta exata para essa questão, e ela pode variar de acordo com o ponto de vista do profissional. Se você tem vontade de escolher essa especialidade, o ideal é fazer algumas sessões para entender sobre seu funcionamento.

acupuntura odontologia uso da acupuntura
A aplicação de acupuntura nos braços e pernas pode servir para a Odontologia.

Benefícios da acupuntura: entenda quais são!

A acupuntura é um método holístico que beneficia múltiplas áreas da saúde. A técnica consiste na inserção de agulhas em regiões específicas do corpo, como músculos ou tecidos, para estimular terminações nervosas que enviam sinais ao cérebro. Esse processo desencadeia a produção de substâncias com ação anti-inflamatória, analgésica e até reguladora das emoções, o que promove equilíbrio físico e mental. Entenda a seguir:

1. Equilíbrio emocional

Desequilíbrios como ansiedade, depressão e síndrome do pânico podem ser amenizados com a técnica. Ao atuar em regiões estratégicas — antebraço, punho, pé e tornozelo —, as agulhas estimulam respostas neurológicas que ajudam a modular o humor e reduzir tensões. A técnica é reconhecida por auxiliar no controle de reações químicas e físicas ligadas ao estresse.

2. Saúde gastrointestinal

Problemas como gastrite, constipação e síndrome do intestino irritável também são alvos da terapia. A acupuntura promove alívio dos sintomas e contribui para a recuperação do funcionamento intestinal, o que equilibra processos digestivos por meio da regulação nervosa e da circulação energética.

3. Controle de dores persistentes

Caso o paciente tenha quadros neurológicas (enxaqueca), reumatológicas (artrite, fibromialgia), musculares (lombalgia) ou ginecológicas (cólicas menstruais), a técnica é uma aliada como terapia integrativa. Seu efeito analgésico e relaxante muscular ajuda a reduzir a intensidade e a frequência de desconfortos crônicos.

4. Melhora respiratória

Condições como asma, bronquite, sinusite e rinite alérgica têm seus sintomas atenuados com o método. Ao estimular pontos que fortalecem a imunidade e regulam vias respiratórias, a acupuntura complementa tratamentos convencionais, reforçando sua eficácia com base em princípios da medicina tradicional chinesa e, no caso da área odontológica, a odontologia integrativa.

Com comprovação científica crescente, a técnica tem se consolidado como uma opção versátil, que integra conhecimentos de povos antigos com as necessidades contemporâneas de saúde.

A acupuntura pode ser combinada com outros tratamentos?

A acupuntura, técnica milenar da medicina chinesa, pode ser combinada com diversas terapias e potencializar os resultados em diferentes condições de saúde. Ao trabalhar em conjunto com a fisioterapia, por exemplo, ela é capaz de auxiliar na recuperação de lesões e na redução de desconfortos persistentes, além de favorecer a mobilidade articular.

Também é comum sua associação a tratamentos psicológicos ou farmacológicos para equilibrar desordens como ansiedade e depressão, pois ela age de forma complementar no controle de sintomas emocionais.

Práticas como massagens relaxantes, uso de plantas medicinais e técnicas de mindfulness são outras opções que, combinadas à acupuntura, ampliam os efeitos terapêuticos. Essa sinergia entre métodos fortalece não apenas a recuperação física, mas também o bem-estar integral do paciente.

Quem pode trabalhar com acupuntura na odontologia?

A acupuntura é uma especialização em odontologia, por isso é necessário realizar um curso preparatório para utilizar essa técnica. Se você tem interesse, procure uma instituição chancelada pelo Conselho Regional do seu Estado. Por ser uma novidade na área de odontologia, o número de profissionais trabalhando com essa técnica ainda é pequeno. Em São Paulo, estado com maior número de adeptos, há cerca de 300 cirurgiões-dentistas acupunturistas.

Também é importante ressaltar que, por ser uma novidade, ainda não há alta procura por esse tratamento alternativo por parte dos pacientes. Dependendo da sua cidade ou região, a acupuntura pode não ser a melhor especialidade para se trabalhar.

Onde se especializar?

É importante citar que a acupuntura deve ser algo estudado a fundo, especialmente porque será aplicada em conjunto com práticas clínicas da odontologia. Como já dissemos, é necessário buscar uma instituição apta e que tenha autoridade no assunto. Uma das instituições que vale a pena conhecer é a Unicamp, que oferece um curso de extensão com 20 vagas.

A USP também oferece a especialização em acupuntura, voltada para profissionais da saúde. As vagas são limitadas a apenas 12 pessoas. No cenário brasileiro, ainda há falta de cursos de acupuntura para que profissionais possam se aprofundar, sobretudo nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Dessa forma, a habilitação para atuar com o método fica centrada no Sul e Sudeste.

A utilização de acupuntura na odontologia é algo recente, apesar de ser uma técnica criada há milhares de anos. Hoje, é apontada por muitos profissionais como uma excelente forma de melhorar os resultados em consultório! Agora que você já sabe tudo sobre o assunto, que tal conferir outros conteúdos imperdíveis do nosso blog, como homeopatia na odontologia! Até lá.

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