Marketing Surya, Autor em Surya Dental https://blog.suryadental.com.br/author/marketingsurya/ Thu, 14 Aug 2025 18:55:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://blog.suryadental.com.br/wp-content/uploads/2022/08/cropped-surya-1-e1652876833917-180x180-1-80x80.png Marketing Surya, Autor em Surya Dental https://blog.suryadental.com.br/author/marketingsurya/ 32 32 Normas da ANVISA para um consultório odontológico https://blog.suryadental.com.br/normas-para-montar-um-consultorio-odontologico/ https://blog.suryadental.com.br/normas-para-montar-um-consultorio-odontologico/#comments Thu, 14 Aug 2025 18:10:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=439 Montar um consultório odontológico envolve muito mais do que adquirir equipamentos e decorar o ambiente. Para funcionar dentro das normas, a clínica precisa atender a uma série de exigências legais, estruturais e sanitárias que garantem segurança no atendimento e organização no dia a dia de trabalho.

As normas da Anvisa são o ponto de partida para quem deseja abrir as portas com segurança jurídica e responsabilidade técnica. Elas orientam desde o projeto arquitetônico até o descarte correto dos resíduos gerados nos procedimentos. Seguir essas diretrizes é uma forma de proteger sua equipe, cuidar do paciente e estruturar uma clínica com base sólida.

Neste guia, você vai conhecer os principais pontos exigidos para montar um consultório odontológico regularizado: desde a aprovação do projeto na prefeitura até o manual de boas práticas, passando pela estrutura física, climatização e iluminação. Siga a leitura e descubra como colocar sua clínica para funcionar de forma segura.

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Monte um projeto

O primeiro passo para montar um consultório odontológico envolve a elaboração de um projeto detalhado, que deve contemplar aspectos como a disposição dos ambientes, a infraestrutura necessária, os equipamentos a serem utilizados e as normas sanitárias vigentes. Esse projeto deve ser desenvolvido por profissionais especializados, como arquitetos e engenheiros, que possuam conhecimento sobre as exigências específicas do setor da saúde.

A RDC 50/2002 da Anvisa estabelece diretrizes para o planejamento físico de serviços de saúde, incluindo consultórios odontológicos. O projeto deve prever áreas adequadas para atendimento, esterilização, armazenamento de materiais e resíduos, além de garantir acessibilidade e conforto para pacientes e profissionais.

A elaboração cuidadosa do projeto é fundamental para evitar problemas futuros e assegurar que o consultório atenda às exigências legais e proporcione um ambiente seguro e funcional. Além das normas federais, também é indispensável verificar as regulamentações da sua cidade e do seu estado para garantir que tudo esteja regularizado.

Aprove o projeto na prefeitura

Depois de finalizar o projeto do consultório, é hora de buscar a aprovação junto à prefeitura da sua cidade. Esse processo envolve a análise do projeto arquitetônico e das instalações prediais, verificando se estão em conformidade com o código de obras municipal e as normas sanitárias.

A aprovação é um requisito para a obtenção do alvará de funcionamento, documento que autoriza o início das atividades do consultório. Dependendo do município, podem existir regras adicionais, como distanciamento mínimo entre consultórios, exigências específicas de acessibilidade ou critérios ambientais.

O processo de aprovação pode variar de acordo com a localidade, por isso é recomendável consultar a secretaria de urbanismo ou órgão responsável pela análise de projetos na sua cidade. Ter a documentação completa e cumprir todos os requisitos logo no início do processo ajuda a agilizar a abertura do consultório e evita problemas no futuro.

Projeto arquitetônico e estrutural do consultório

O desenvolvimento do projeto arquitetônico e estrutural vai muito além da estética. Ele deve seguir padrões técnicos que garantam a segurança, o conforto e a eficiência dos atendimentos. A RDC 50/2002 da Anvisa estabelece parâmetros para o dimensionamento e a organização dos ambientes, considerando aspectos como ventilação, iluminação, acessibilidade e fluxo de trabalho.

É importante que o projeto preveja áreas distintas para recepção, atendimento clínico, esterilização, armazenamento de materiais e resíduos, além de sanitários para pacientes e funcionários. As estruturas devem ser planejadas para suportar os equipamentos odontológicos e permitir a instalação adequada das redes elétrica, hidráulica e de gases medicinais, quando necessário.

A escolha de materiais de construção deve considerar a facilidade de limpeza e a resistência a produtos químicos utilizados na rotina do consultório. Um projeto bem elaborado contribui para a eficiência dos processos, a segurança dos pacientes e profissionais, e o cumprimento das normas sanitárias vigentes.

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Foto: Michael Browning

Instalações elétricas e eletrônicas

A parte elétrica de um consultório odontológico exige atenção total, tanto na segurança quanto na funcionalidade. Toda a instalação — desde os pontos de iluminação até as tomadas e circuitos de força — deve seguir rigorosamente as normas da ABNT e as exigências da Anvisa, que são específicas para ambientes de saúde.

No projeto executivo, que será protocolado para obter o alvará de funcionamento do consultório, é preciso ter as seguintes descrições:

  • Localização e características da rede pública de fornecimento de energia elétrica;
  • Sistema de energia: entrada, transformação, medição e distribuição;
  • Sistema de proteção contra raios;
  • Localização e características da rede pública de telefonia;
  • Sistema telefônico;
  • Sistema de computadores;
  • Sistema de radiologia;
  • Sistema de geração de energia de emergência (geradores);
  • Sistema de alarme contra incêndios.

Além disso, é importante prever pontos de energia estrategicamente posicionados para facilitar o uso dos aparelhos e evitar o uso de extensões. As instalações eletrônicas devem contemplar sistemas de informática, telefonia e internet, para a gestão do consultório e o atendimento aos pacientes.

Instalações hidráulicas

As instalações hidráulicas de um consultório odontológico devem ser planejadas para atender às necessidades de abastecimento de água potável e descarte adequado de efluentes. O consultório odontológico deve ter um projeto de instalações hidráulicas (água e esgoto) compatível. Esse documento detalha:

  • Localização da rede pública de fornecimento de água ou a indicação de poço artesiano;
  • Descrição do sistema de abastecimento de água;
  • Previsões do consumo de água;
  • Sistema de proteção e combate a incêndio;
  • Localização da rede pública de esgoto ou a indicação de sistema de tratamento (fossa séptica);
  • Localização de galeria para drenagem de águas pluviais;
  • Sistema de tratamento de esgoto;
  • Sistema de tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS);
  • Centrais de gases medicinais, vácuo e vapor, se houver, incluindo redes e pontos de consumo.

É necessário prever pontos de água em locais estratégicos, como pias para higienização das mãos, equipamentos odontológicos e áreas de esterilização. O sistema de esgoto deve ser dimensionado para suportar o volume de resíduos líquidos gerados, incluindo os provenientes da limpeza de instrumentos e do uso de cuspideiras.

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Sistema de climatização

A climatização adequada de um consultório odontológico é fundamental para proporcionar conforto térmico a pacientes e profissionais, além de contribuir para a conservação de materiais e equipamentos. A seguir, apresentamos os principais elementos que devem ser considerados na elaboração dos projetos:

  • Áreas que serão climatizadas ou ventiladas;
  • Previsão de consumo de energia elétrica;
  • Localização dos pontos de consumo elétrico com determinação de potência, tensão e número de fases.

É importante que o ar-condicionado possua filtros eficientes para a retenção de partículas e microrganismos, auxiliando na manutenção da qualidade do ar. A manutenção periódica dos aparelhos, incluindo a limpeza e a troca de filtros, é necessária para evitar a proliferação de fungos e bactérias.

Ambientes do consultório odontológico: o que é exigido

A estrutura física de um consultório odontológico deve seguir as normas da Anvisa, que estabelecem dimensões mínimas para garantir a segurança, a higiene e o conforto de pacientes e profissionais.

Em espaços onde apenas um dentista atua, a área não pode ser inferior a 9 m². Já em clínicas com múltiplos profissionais atendendo simultaneamente, o tamanho deve ser planejado conforme a quantidade de equipamentos e o fluxo de circulação necessário para garantir conforto e segurança.

Regras de distanciamento entre equipamentos

O posicionamento da cadeira odontológica e dos demais itens deve respeitar espaçamentos específicos para permitir a movimentação da equipe e reduzir o risco de contaminação:

  • Espaço ao redor da cadeira odontológica: é preciso deixar ao menos 80 cm livres na parte da cabeceira (frontal) e mais de 1 metro nas laterais. Esse espaço é fundamental para que o dentista e o auxiliar possam se movimentar com facilidade durante o atendimento;
  • Entre cadeiras em clínicas com múltiplos atendimentos: quando mais de uma cadeira odontológica é instalada no mesmo ambiente, deve haver uma distância mínima de 2 metros entre elas. Isso ajuda a evitar a propagação de aerossóis e minimiza o risco de contaminação cruzada.

Ambientes obrigatórios e suas dimensões

Além da sala de atendimento, outros espaços são obrigatórios no consultório:

  • Sala de espera: pelo menos 1,2 m² por pessoa, considerando pacientes e acompanhantes;
  • Depósito de material de limpeza (DML): mínimo de 2 m², com tanque instalado;
  • Sanitários para pacientes:
    • Individual comum: 1,6 m²;
    • Acessível para pessoas com deficiência: mínimo de 3,2 m²;
    • Coletivo: uma bacia sanitária e um lavatório a cada seis pessoas.
  • Central de material esterilizado (CME): deve ser dividida em duas áreas separadas:
    • Área suja: para lavagem e descontaminação dos instrumentos, com pia e bancada;
    • Área limpa: para preparo, esterilização e armazenamento, com bancada e armários;
    • Cada uma das salas deve ter, no mínimo, 4,8 m².

Ambientes opcionais e suas recomendações

  • Sanitários para funcionários: área mínima de 1,6 m²;
  • Depósito de equipamentos e materiais: não possui metragem mínima definida;
  • Sala administrativa: recomendada área de 5,5 m² por pessoa;
  • Copa: mínimo de 2,6 m².

A disposição estratégica dos ambientes facilita o atendimento eficiente e a manutenção da higiene, aspectos indispensáveis para a qualidade dos serviços prestados. A disposição dos ambientes deve permitir um fluxo contínuo e evitar cruzamentos entre materiais limpos e sujos, contribuindo para a biossegurança.

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Materiais de acabamento: o que considerar

A escolha dos materiais de acabamento em consultórios odontológicos vai além da estética. Ela tem papel importante na prevenção de infecções, ajudando a criar barreiras físicas contra a contaminação, facilitando a limpeza e contribuindo para a qualidade do ar nos ambientes.

Veja abaixo quais são os materiais mais indicados para cada tipo de superfície:

Paredes, pisos e tetos

Devem ser revestidos com materiais resistentes à lavagem e ao uso frequente de desinfetantes. A instalação deve ser bem feita para evitar frestas, emendas e ranhuras, que dificultam a limpeza e favorecem o acúmulo de sujeira.

Divisórias removíveis

Não são permitidas em áreas críticas, como salas onde ocorrem procedimentos cirúrgicos ou com alto risco de contaminação. Já as paredes pré-fabricadas são aceitas, desde que sejam laváveis e tenham superfície lisa, sem ranhuras ou relevos.

Tintas

Podem ser usadas em áreas molhadas, desde que sejam resistentes à lavagem e à ação de desinfetantes, pois são importantes para a biossegurança do consultório. Não devem ser aplicadas com pincel, para evitar marcas que dificultem a limpeza.

Rodapés

O encontro entre o rodapé e o piso deve permitir uma limpeza completa, sem cantos onde a sujeira possa se acumular. Evite modelos arredondados, pois são mais difíceis de higienizar com eficiência.

Forros

Em áreas críticas, forros removíveis são proibidos. A escolha dos materiais para acabamento do consultório precisa considerar critérios de segurança e higiene.

Outra recomendação importante é que os forros e os revestimentos sejam resistentes ao calor e aos produtos químicos usados na limpeza, prolongando sua durabilidade e mantendo o ambiente seguro.

Cortinas

Se forem usadas, devem ser feitas de material lavável e passar por limpeza frequente. Como alternativa, vale considerar o uso de películas protetoras nos vidros ou brises-soleil nas fachadas. Essas soluções bloqueiam a luz solar e têm a vantagem de não acumular poeira.

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Plano de Gerenciamento de Resíduos

Todo consultório odontológico precisa elaborar e implementar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). Esse documento define as práticas necessárias para o correto manejo dos resíduos produzidos no exercício da atividade. A RDC 222/2018 da Anvisa estabelece diretrizes para a elaboração e implementação do PGRSS, visando à proteção da saúde pública e do meio ambiente.

O plano deve contemplar a identificação, a segregação, o acondicionamento, o transporte interno, o armazenamento temporário, a coleta e a destinação final dos resíduos. É necessário classificar os resíduos de acordo com sua natureza, como infectantes, químicos e perfurocortantes, e adotar medidas específicas para cada tipo.

O material infectante, como resíduos biológicos, deve ser descartado exclusivamente em saco plástico branco leitoso, colocado em lixeira com tampa acionada por pedal. Esse saco deve ser substituído quando atingir dois terços da capacidade ou, no máximo, a cada 24 horas, mesmo que não esteja cheio.

Uma informação que nem todos sabem: além do PGRSS, alguns municípios exigem que clínicas odontológicas contratem empresas especializadas no recolhimento e na destinação de resíduos infectantes, perfurocortantes e químicos, como amálgama e produtos com mercúrio, reforçando a responsabilidade ambiental do estabelecimento.

Para segurança, não coloque essas caixas no chão nem sobre pias ou bancadas. O local de descarte deve ser de fácil acesso, mas sempre longe de áreas que possam gerar contaminação cruzada.

Instalação e armazenamento do compressor odontológico

O compressor odontológico exige cuidados específicos na instalação para garantir a qualidade do ar utilizado nos procedimentos. Isso ajuda a preservar a qualidade do ar comprimido e a evitar ruídos excessivos. O equipamento pode gerar cerca de 60 decibéis, o que compromete o conforto acústico.

Evite instalar o compressor:

  • Dentro da sala de atendimento;
  • Próximo a sanitários, áreas de resíduos ou ambientes com risco de contaminação;
  • Em locais inadequados como garagens, porões, depósitos ou despensas.

Outra boa prática é prever uma área de fácil acesso para manutenção periódica do equipamento, para facilitar inspeções, trocas de filtros e drenagem do reservatório, o que contribui diretamente para a vida útil do compressor e para a segurança dos atendimentos.

Acessibilidade, conforto térmico e iluminação

O projeto do consultório odontológico também precisa contemplar itens que garantam acessibilidade, conforto e bem-estar para todos os usuários. Isso significa oferecer acesso facilitado para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, sejam pacientes, profissionais ou acompanhantes. Alguns pontos importantes incluem:

  • Guias rebaixadas nas calçadas, para passagem de cadeiras de rodas;
  • Corredores com corrimão em pelo menos um dos lados;
  • Plataforma mecânica ou escadas são suficientes em imóveis com até dois pavimentos;
  • Elevador ou rampas obrigatórios em imóveis com três ou mais pavimentos.

Essas medidas favorecem a inclusão e seguem as normas de acessibilidade previstas por lei.

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Foto: Martha Dominguez de Gouveia

Já o conforto térmico deve considerar a quantidade de pessoas no ambiente, os equipamentos utilizados e as atividades realizadas. É importante manter a temperatura agradável e a ventilação adequada, principalmente em áreas fechadas ou com uso constante de aparelhos geradores de calor.

E, por fim, a iluminação deve oferecer boa visibilidade, sem sombras ou ofuscamentos, principalmente nas salas de atendimento. O ideal é optar por:

  • Lâmpadas LED ou fluorescentes;
  • Luminárias com refletores, que direcionem a luz de forma eficiente.

Essa escolha melhora a precisão nos procedimentos e contribui para o bem-estar de profissionais e pacientes.

Elaboração do Manual de Boas Práticas de Funcionamento

O Manual de Boas Práticas de Funcionamento (MBPF) é um documento que descreve as rotinas e procedimentos adotados no consultório odontológico para assegurar a qualidade e a segurança dos serviços prestados.

Conforme a RDC 63/2011, sua elaboração é obrigatória e deve contemplar aspectos como controle de infecções, gerenciamento de resíduos, manutenção de equipamentos e capacitação da equipe. O MBPF serve como referência para a equipe, promovendo a padronização das atividades e facilitando a fiscalização pelos órgãos competentes.

Requisitos para a sala de esterilização

A sala de esterilização deve ser projetada de acordo com as diretrizes da RDC 50/2002, contemplando áreas distintas para a recepção de materiais sujos, limpeza, preparo e esterilização. Essa separação física é fundamental para evitar a contaminação cruzada. Além disso, é importante que o ambiente seja ventilado, iluminado e equipado com pias, bancadas e equipamentos adequados para o processamento dos materiais.

Capacitação e qualificação da equipe

Conforme a RDC 63/2011, é fundamental que todos os profissionais envolvidos nas atividades do consultório odontológico estejam devidamente capacitados e qualificados para desempenhar suas funções.

A equipe deve receber treinamentos periódicos sobre biossegurança, protocolos clínicos, uso de equipamentos e gerenciamento de resíduos. Essa capacitação contínua contribui para a melhoria da qualidade dos serviços e para a segurança dos pacientes e profissionais.

Cumprir as normas exigidas para montar um consultório odontológico é uma etapa fundamental para atuar com segurança, profissionalismo e dentro da lei. Desde o projeto inicial até a organização dos ambientes, cada detalhe influencia diretamente na qualidade do atendimento e no bem-estar de quem circula pela clínica.

Com tudo regularizado, o próximo passo é pensar na experiência do paciente. E isso começa pela sala de espera, que muitas vezes é o primeiro contato com o consultório.

Quer saber como tornar esse espaço mais confortável, acolhedor e funcional? Leia nosso próximo conteúdo: como melhorar a sala de espera do consultório.

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Conheça as doenças na boca mais comuns e como tratá-las https://blog.suryadental.com.br/problemas-na-boca-indicam-doencas-graves/ https://blog.suryadental.com.br/problemas-na-boca-indicam-doencas-graves/#comments Wed, 13 Aug 2025 10:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=456 Tratar e prevenir doenças na boca é responsabilidade dos dentistas. Por isso, é funda

Tratar e prevenir doenças na boca é responsabilidade dos dentistas. Por isso, é indispensável que os profissionais estejam preparados para realizar diagnósticos precisos, saibam tratá-las e também educar os pacientes a respeito das formas de prevenção e tratamento de diversas doenças, como gengivite e periodontite.

Neste post da Surya Dental, vamos abordar doenças periodontais, endodônticas, cáries, câncer bucal, além das patologias bucais com manifestações orais mais comuns na odontologia. Confira todos os detalhes a seguir e boa leitura:

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O que são doenças periodontais?

A doença periodontal é um grupo de condições inflamatórias crônicas de origem bacteriana que inicialmente afetam a gengiva. Com o tempo, essa inflamação pode progredir, comprometendo os tecidos que dão suporte aos dentes, como o cemento, o ligamento periodontal e o osso alveolar, o que pode resultar na perda dentária.

Os microrganismos presentes na placa bacteriana dental são os principais agentes causadores dessa doença. O processo inflamatório leva à perda da inserção do ligamento periodontal e à destruição do osso adjacente. A progressão dessa condição, impulsionada pelo acúmulo de tártaro e pela ação bacteriana contínua, cria bolsas periodontais, que são espaços entre o dente e a gengiva.

Essas bolsas favorecem a proliferação bacteriana e aprofundam a destruição tecidual, levando à mobilidade dentária e, eventualmente, à perda dos dentes. Fatores como diabetes, imunossupressão e tabagismo podem acelerar o desenvolvimento e a progressão da doença periodontal, tornando-a ainda mais agressiva em pacientes com essas condições. Entenda abaixo mais sobre as doenças periodontais:

1. Gengivite

A gengivite é uma inflamação da gengiva causada pelo acúmulo de placa bacteriana nos dentes, caracterizada por vermelhidão, inchaço e sangramento gengival durante a escovação e o uso de fio dental.

O dentista pode fazer um exame clínico, em que são avaliados aspectos como a consistência e o formato das gengivas, além do índice de placa bacteriana, profundidade de sondagem e a presença de sangue. Outra ferramenta para identificação é o exame radiográfico para detectar possíveis perdas ósseas.

Como é uma das doenças causadas por falta de higiene na boca, o profissional deve explicar sobre a importância da limpeza adequada, com o uso de escovação correta e frequente e fio dental. Em casos mais graves, pode ser necessário realizar raspagem e alisamento radicular.

No entanto, vale salientar que a gengivite também pode ser ocasionada por fatores genéticos, tabagismo, diabetes, mudanças hormonais, estresse, uso de alguns medicamentos, má alimentação e até mesmo a presença de aparelhos ortodônticos, dentaduras mal ajustadas ou pontes dentárias que não se encaixam corretamente.

2. Periodontite

Já a periodontite é uma doença mais avançada e grave em comparação com a gengivite. Entre os sintomas, está a inflamação crônica dos tecidos, resultando em perda de inserção periodontal e destruição do osso alveolar que suporta os dentes.

As gengivas também ficam avermelhadas, inchadas e sensíveis, ocorre retração gengival, mobilidade dentária, mau hálito persistente, sensibilidade ao frio ou ao calor e presença de pus. A identificação da periodontite requer uma avaliação clínica detalhada, com medição da profundidade das bolsas e análise da radiografia.

periodontite doença na boca
A periodontite é uma das doenças na boca que tem como sintoma a inflamação da gengiva.

O tratamento requer uma limpeza profissional com raspagem radicular e remoção do acúmulo de placa bacteriana e tártaro das raízes dos dentes. Além disso, pode ser necessária a prescrição de medicamentos para reduzir a inflamação e, até mesmo, uma cirurgia para restauração da saúde das gengivas e do osso.

3. Cárie dentária 

As cáries dentárias são uma das doenças na boca causadas por bactérias. Ocorrem quando a placa bacteriana produz ácidos que corroem o esmalte dentário. Os sintomas variam de acordo com o tipo, mas geralmente incluem sensibilidade ao frio ou ao calor, dor ao mastigar e manchas escuras ou cavidades nos dentes.

O dentista consegue identificá-la por meio da radiografia e do exame clínico que demonstra o processo de desmineralização do esmalte. Para tratá-la, é preciso removê-la e restaurar o dente com resina composta ou amálgama. Se o caso for avançado, pode ser necessário fazer tratamento de canal com um endodontista.

A prevenção envolve cuidados diários de higiene oral, como uso de fio dental, limitação da exposição a alimentos ricos em açúcar e visitas regulares ao dentista para exames e limpezas.

O que são doenças endodônticas?

A doença endodôntica engloba diversas condições patológicas que afetam a polpa dentária e os tecidos ao redor da raiz do dente (periapicais). Geralmente, essas enfermidades são provocadas por infecções bacterianas, que podem surgir de cáries profundas, traumas nos dentes ou de procedimentos odontológicos realizados de forma inadequada.

É importante que haja uma identificação e um tratamento precoce dessas condições para evitar complicações mais sérias, como a formação de abscessos e a eventual perda do dente comprometido. Pulpites e lesões periapicais são as condições endodônticas mais comuns. Vamos abordar mais detalhes sobre cada uma na sequência:

1. Pulpite

A pulpite é uma inflamação da polpa, tecido localizado no interior do dente e que possui vasos sanguíneos e nervos. Os principais sintomas incluem sensibilidade ao calor, ao frio e a alimentos doces, além de dor intensa que piora com a mastigação ou com a ingestão de bebidas e alimentos.

Essa doença na boca pode ser identificada por exame clínico realizado pelo dentista, que vai avaliar os sintomas relatados pelo paciente, a resposta aos estímulos térmicos e a presença de cáries ou lesões.

O tratamento da pulpite envolve a remoção da causa da inflamação e a realização de tratamento de canal. A higiene oral é fundamental para a prevenção da doença.

3. Lesões periapicais

As lesões periapicais são alterações que ocorrem na região ao redor da raiz, conhecida como ápice dentário. As causas são processos inflamatórios ou infecciosos na área, que podem surgir devido à necrose pulpar, trauma dental, cáries não tratadas ou infecções que se espalham a partir do canal radicular. 

Os sintomas incluem dor localizada, inchaço na região afetada, sensibilidade ao toque e presença de abscessos ou fístulas na gengiva próxima ao dente. O dentista faz a identificação com a palpação da região afetada, radiografias periapicais para visualizar a estrutura óssea e testes de vitalidade da polpa dental.

O tratamento de canal é a solução, pois remove o tecido danificado, desinfeta o canal radicular e previne a progressão da infecção. Em casos mais graves, pode ser necessária a cirurgia periapical para drenar o abscesso ou remover o tecido inflamado.

tratamento de canal
O tratamento de canal é uma das opções de tratamento para as lesões periapicais.

Patologia bucal comum: entenda quais são!

Além das condições já mencionadas, a cavidade bucal pode ser afetada por uma variedade de outras patologias comuns, cada uma com suas características distintas e que exigem abordagens de tratamento específicas. Dessa forma, é importante reconhecer que a saúde bucal vai muito além da ausência de cáries ou doenças gengivais e engloba um espectro de condições que podem impactar significativamente o bem-estar dos pacientes.

A identificação precoce e o manejo adequado da patologia bucal é o que faz diferença para prevenir complicações, aliviar sintomas e garantir a manutenção de uma boca saudável, pois essas patologias podem ter diversas origens, que incluem fatores infecciosos, inflamatórios, autoimunes, traumáticos e até mesmo manifestações de doenças sistêmicas. Veja abaixo:

1. Bruxismo

O bruxismo é uma disfunção caracterizada pelo ato de ranger ou apertar os dentes de forma involuntária, principalmente durante o sono. É considerado um problema multifatorial, podendo ser causado por estresse, ansiedade, desordens neuromusculares, questões na oclusão dentária, entre outros fatores.

Os sintomas mais comuns do bruxismo incluem desgaste excessivo dos dentes, dores de cabeça frequentes, dores na mandíbula e nos músculos faciais, sensibilidade, problemas na articulação temporomandibular (ATM), além de possíveis distúrbios do sono.

Para identificar o bruxismo, geralmente é realizado um exame clínico pelo dentista para avaliação dos desgastes na arcada dentária, presença de mordida desalinhada e tensão muscular na face. Durante a anamnese, também será investigado se existe consumo excessivo de alimentos duros.

O tratamento pode variar de acordo com a causa e a gravidade do problema. Geralmente, o dentista recomenda o uso de placa de mordida para proteger os dentes do desgaste durante o ranger ou apertar. Quando há danos significativos nos dentes ou na ATM, pode ser necessário um tratamento multidisciplinar.

bruxismo
As placas podem protegem os dentes das pessoas com bruxismo.

A prevenção do bruxismo tem relação com as possíveis causas. Por isso, é importante orientar medidas para redução do estresse e da ansiedade, como técnicas de relaxamento mental, evitar consumir cafeína e álcool em excesso, além de manter uma boa higiene do sono. E, claro, recomenda-se acompanhamento com dentista regularmente para avaliação das ações.

2. Disfunção temporomandibular (DTM)

A disfunção temporomandibular (DTM) é um conjunto de condições clínicas que afetam a ATM, os músculos da mastigação e as estruturas associadas. É uma das disfunções mais comuns do sistema estomatognático e pode se manifestar de várias formas.

Os pacientes podem apresentar dor facial, em músculos da mastigação, de cabeça e de ouvido, dificuldade para abrir a boca e para mastigar, ruídos articulares, sensação de que a mandíbula está “trancada” ou fora do lugar, desgaste dentário, entre outros sintomas.

O diagnóstico da DTM pode ser realizado com a avaliação clínica do cirurgião-dentista. Geralmente, é feito após a exclusão de outras patologias bucais que possam apresentar sintomas semelhantes. Alguns exames complementares, como radiografias, ressonância magnética, tomografia e análise de oclusão, podem auxiliar o profissional.

Quanto aos tratamentos, eles variam de acordo com a causa do problema. No entanto, podem incluir desde medicamentos para alívio da dor, terapia com laser, infiltrações na musculatura, até a realização de processos odontológicos para ajuste oclusal.

3. Candidíase oral

A candidíase oral é uma das doenças de boca mais comuns. A infecção é causada pelo fungo Candida albicans, que afeta a mucosa. É popularmente conhecida como “sapinho”.  

Em determinadas situações, o micro-organismo pode se proliferar e causar sintomas, como manchas brancas ou amareladas na língua, no palato e nas mucosas (de aspecto semelhante a leite coalhado), dor e sensação de queimação, assim como inchaço e vermelhidão nas áreas afetadas.

O diagnóstico dessa doença na boca é feito por exame clínico para identificar as lesões características e diferenciá-las de outras condições semelhantes. Além disso, pode ser necessária a realização de exames complementares, como culturas de amostras, para confirmar a presença do fungo.

candidíase oral
A doença sapinho na boca se caracteriza por manchas pela língua.

O tratamento da candidíase oral consiste em eliminar o crescimento excessivo do fungo e aliviar os sintomas. Para prevenir a doença, é preciso:

  • Manter uma boa higiene oral.
  • Evitar o uso excessivo de antibióticos, que podem levar ao desequilíbrio da flora oral.
  • Não consumir açúcar em excesso, que pode favorecer o crescimento do fungo.
  • Evitar o uso de próteses dentárias mal ajustadas.
  • Controlar doenças sistêmicas, como o diabetes, que podem contribuir para o desenvolvimento do fungo.

4. Leucoplasia

A leucoplasia é uma condição clínica que se caracteriza pelo aparecimento na mucosa oral ou no céu da boca de lesões brancas. É considerada uma lesão pré-maligna, ou seja, tem potencial para se transformar em um câncer de boca, principalmente se associada ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool.

A mancha branca na boca costuma ser espessa e bem aderida à mucosa, apresentando resistência ao tentar removê-la com um instrumento. A doença pode ocorrer em qualquer local da boca. 

No diagnóstico da leucoplasia, é importante que o cirurgião-dentista faça o exame clínico e tenha biópsia e exames de imagem, como tomografia computadorizada. Esses laudos vão servir como complemento na avaliação da lesão. 

Para tratar, o ideal é remover a fim de evitar a recorrência da boca branca ou esbranquiçada e impedir a progressão ao câncer.

leucoplastia
Pele branca na gengiva pode ser um dos sinais de leucoplasia.

5. Câncer bucal

O câncer de boca é um tipo de câncer que se desenvolve nas estruturas da cavidade oral, como lábios, gengivas, língua, bochechas e palato. O principal fator de risco para o surgimento é o tabagismo, tanto o ativo como o passivo, mas também está associado ao consumo excessivo de álcool, exposição prolongada ao sol, má higiene bucal e infecções por vírus como o HPV.

O câncer é uma doença que dá feridas na boca. Um detalhe é que elas não cicatrizam. Outros sintomas são dor persistente na boca, dificuldade para mastigar ou engolir, caroços ou inchaços no pescoço, rouquidão contínua, sensação de dormência na boca e perda de peso inexplicada.

Para identificar o câncer, o profissional deve solicitar exames de imagem e encaminhar a lesão para biópsia. O tratamento depende do estágio da doença bucal e pode incluir cirurgia para remoção do tumor, assim como radioterapia, quimioterapia ou uma combinação das abordagens. A prevenção do câncer bucal envolve evitar os fatores de risco.

Doenças sistêmicas e suas manifestações orais

As doenças sistêmicas são condições que afetam múltiplas partes do corpo e podem ter um impacto abrangente na saúde do indivíduo. O que muitas pessoas não sabem é que a cavidade oral frequentemente serve como um importante indicador da presença e progressão dessas doenças. Isso significa que a boca pode apresentar sintomas e manifestações específicas que funcionam como “sinais de alerta” para condições que estão ocorrendo em outras regiões do corpo.

A relação entre a saúde bucal e a saúde sistêmica é bidirecional: enquanto doenças sistêmicas podem se manifestar na boca, a saúde bucal comprometida (como infecções ou inflamações crônicas) também pode influenciar o curso de doenças sistêmicas. Por isso, a avaliação cuidadosa da cavidade oral é indispensável no diagnóstico precoce e no acompanhamento de diversas condições médicas. A seguir, vamos explorar algumas:

1. Sangramento gengival

Níveis altos de glicose no sangue facilitam o crescimento de bactérias na boca, ocasionando o sangramento da gengiva. Primeiro, o tecido fica vermelho e inchado, podendo sangrar durante a escovação dos dentes.

O sangramento gengival pode ocasionar doenças periodontais que, se não tratadas, podem culminar na retração gengival e na exposição da raiz dos dentes. Esse problema na boca é mais comum entre pacientes diabéticos com glicose não controlada. 

2. Boca seca

A boca seca, ou xerostomia, é caracterizada pela falta de saliva. Acontece quando as glândulas não produzem o suficiente para deixar a cavidade oral hidratada, resultando até na bochecha e boca ásperas por dentro.

Esse problema na boca pode ser desencadeado por questões emocionais, como estresse, depressão e nervosismo, assim como por diabetes, câncer e doenças autoimunes, como a Síndrome de Sjögren, em que o corpo ataca as células que produzem lágrimas e saliva. Outras causas são tabagismo, uso de alguns medicamentos e de drogas.

Entre os fármacos que podem diminuir a produção de saliva, estão: anti-histamínicos, antidepressivos, anti-hipertensivos, antipsicóticos e sedativos.

remédios podem causar boca seca
Certos remédios podem causar a boca seca.

O tratamento é voltado para a origem do problema. Se é causada pelo uso de algum remédio, é indicado mudar a dosagem ou encontrar uma fórmula substituta. Caso seja decorrente da Síndrome de Sjögren, é importante que o dentista faça o encaminhamento a um médico especialista. Existem algumas formas de prevenir a boca seca. Veja quais são:

  • Beber bastante água.
  • Evitar bebidas à base de cafeína, como café, chá e refrigerante.
  • Não fumar e não ingerir bebidas alcoólicas em excesso.
  • Diminuir o consumo de açúcar, assim como de alimentos picantes e ácidos.

3. Feridas na boca

Feridas e bolhas estão entre os problemas na boca mais comuns. Na maioria dos casos, são inofensivas, mas funcionam como um sinal de alerta do corpo quando não somem e nem cicatrizam.

A afta (ou úlcera aftosa), por exemplo, surge na língua, nos lábios e na cavidade interna das bochechas e tende a desaparecer em poucos dias. A lesão branca com contorno vermelho não é contagiosa e não tem causa definida.

Podem ser decorrentes de trauma, ingestão de alimentos picantes, salgados e muito ácidos, mas também de deficiência de vitamina B, estresse e problemas hormonais. Outra doença na boca é a herpes simples. As lesões aparecem nos lábios em situações de estresse. São perigosas por serem altamente contagiosas, podendo ser transmitidas, por exemplo, ao beijar. A infecção não tem cura, apenas controle.

herbes bucal
Doença na boca transmissível por beijo: a herpes simples é muito contagiosa.

4. Mau hálito

O problema pode indicar distúrbios gástricos ou infecção nas amígdalas. A origem do mau hálito é geralmente na língua e é decorrente da má higienização e do acúmulo de alimentos. A superfície acumula bactérias e restos de alimentos, formando a saburra, que causa odor desagradável porque libera compostos à base de enxofre.

O mau hálito é facilmente eliminado com a higienização correta da língua. O dentista pode recomendar aos pacientes que usem limpadores (ou raspadores) de língua ou escovas dentais sempre após a escovação. Enxaguantes bucais também são indicados, pois ajudam a reduzir as bactérias e o mau hálito, assim como o fio dental.

Embora a halitose esteja geralmente associada a uma má higiene da língua, o mau hálito também pode ser um sinal de problemas maiores, como diabetes, doenças dos rins, fígado e pulmão, além dos distúrbios gastrointestinais citados. A solução, nesses casos, requer tratamento da doença de origem associada a uma completa higiene bucal.

5. Saburra e placa bacteriana

Boca amarelada por dentro: o que pode ser? Saburra. Ela se caracteriza por uma camada branca, amarela ou marrom formada por bactérias e restos de alimentos que se alojam na língua. 

Pode acontecer ainda em razão da baixa produção de saliva e do descamamento natural da cavidade bucal. Essa secreção branca na boca ao acordar é uma das principais causas do mau hálito. 

Esse problema na boca é prevenido fazendo uma boa higiene bucal. O paciente pode utilizar um limpador de língua para a limpeza das papilas em direção às pontas, até que a camada de saburra desapareça. Instrua para que as pessoas lavem o raspador a cada utilização.

A placa bacteriana, que se aloja nos dentes, também é resultado de má higienização da boca. Ela se caracteriza por saliva e língua amarela e gosto amargo na boca. Causa cáries, problemas gengivais, mas também pode entrar na corrente sanguínea, desencadeando inflamações e infecções.

Principais causas das doenças na boca

Os problemas de saúde bucal podem ter diversas origens, por isso, buscar a avaliação de um dentista ou de um clínico geral é muito importante. Eles são os profissionais mais indicados para identificar os sinais, diagnosticar a causa e recomendar as melhores estratégias de prevenção e tratamento. No entanto, algumas das causas mais frequentes de doenças na boca incluem:

  • Higiene bucal deficiente: a falta de uma rotina adequada de escovação e uso do fio dental permite o acúmulo de resíduos e microrganismos;
  • Infecções fúngicas: a presença de certos fungos pode levar ao desenvolvimento de condições como a candidíase oral;
  • Proliferação bacteriana: bactérias naturalmente presentes na boca, quando em desequilíbrio, podem causar diversas doenças;
  • Acúmulo de placa bacteriana: uma película pegajosa de bactérias que se forma constantemente sobre os dentes;
  • Formação de tártaro: a calcificação da placa bacteriana, formando depósitos duros que aderem aos dentes;
  • Tabagismo: o uso de cigarro é um fator de risco significativo para uma série de problemas bucais, incluindo doenças periodontais e câncer oral.

E não esqueça: além de manter uma rigorosa higiene bucal, a adoção e a eliminação de certos hábitos podem ser cruciais para prevenir essas condições.

O conhecimento sobre as doenças bucais é indispensável no exercício de uma prática odontológica eficaz ao realizar a identificação com os exames clínicos e de imagem. E, claro, para proporcionar um tratamento adequado aos pacientes.

É válido dizer que existem outras doenças na boca e, se você ainda está cursando odontologia e quer ficar por dentro de vários assuntos, continue navegando pelo blog da Surya Dental para descobrir diversos conteúdos exclusivos para acadêmicos e profissionais da área! Agora, que tal conferir nosso post sobre doenças ocupacionais na odontologia? Não deixe de conferir e até lá!

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Como tirar CRO de ASB e qual a importância da carteirinha? https://blog.suryadental.com.br/cro-de-asb/ https://blog.suryadental.com.br/cro-de-asb/#respond Tue, 12 Aug 2025 10:00:00 +0000 https://blog.suryadental.com.br/?p=20344 Se você acabou de adquirir o seu diploma de auxiliar de saúde bucal (ASB) e está em

Se você quer atuar como Auxiliar em Saúde Bucal (ASB), precisa estar com a situação regularizada no Conselho Regional de Odontologia (CRO). O registro é obrigatório e garante que o profissional esteja apto a exercer suas funções de forma legal, oferecendo mais segurança para clínicas e pacientes.

Neste conteúdo, você vai entender quem pode tirar o CRO de ASB, quais são os documentos necessários e como funciona todo o processo. Também explicamos qual é o papel do Conselho, os prazos para emissão do registro e os riscos de atuar sem estar devidamente habilitado. Continue lendo e saiba mais!

O que é o CRO e por que ele é obrigatório para ASBs?

O Conselho Regional de Odontologia (CRO) é o órgão responsável por regulamentar e fiscalizar o exercício das profissões da área odontológica, como dentistas, técnicos e auxiliares. Seu papel é garantir que os serviços sigam os padrões técnicos e éticos estabelecidos pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO).

Para atuar legalmente, todo profissional da área — inclusive o Auxiliar de Saúde Bucal (ASB) — precisa estar inscrito no CRO. Esse registro é exigido por clínicas, consultórios e instituições públicas, sendo um requisito obrigatório para contratação e exercício profissional formal.

Quem pode tirar o CRO de ASB?

Quem deseja obter o CRO de ASB precisa, antes de tudo, ter concluído um curso profissionalizante de Auxiliar em Saúde Bucal reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Só com esse certificado é possível dar entrada no pedido de registro junto ao Conselho Regional de Odontologia.

Além disso, o profissional deve ser maior de 18 anos e estar em situação regular com a Justiça Eleitoral e, se for o caso, com o serviço militar. Esses critérios são exigidos no momento da inscrição e fazem parte da documentação básica para se registrar como ASB.

Documentos para designação ASB

Para solicitar a designação como Auxiliar em Saúde Bucal, é necessário apresentar a documentação exigida pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO). Os documentos comprovam a formação e a regularidade do profissional junto aos órgãos competentes. Abaixo, estão os principais itens solicitados:

  • Certificado de conclusão do curso de ASB, com carga mínima de 300 horas — sendo 240 horas de aulas teóricas e práticas e 60 horas em estágio supervisionado;
  • Histórico do curso;
  • Impressão da consulta pública de concluinte (GDAE) para cursos técnicos;
  • Histórico escolar ou certificado que comprove a conclusão do ensino fundamental e médio;
  • Documentos pessoais originais: CPF, RG, título de eleitor, certidão de nascimento ou casamento (com averbação para divorciados) e título de reservista (quando aplicável);
  • Comprovante de endereço recente;
  • Uma foto 3×4 colorida, com fundo branco.

Além desses documentos, o profissional deve preencher os formulários exigidos pelo CRO e pagar a taxa de inscrição. Como a lista pode variar conforme o estado, é importante consultar o site do CRO da sua região antes de iniciar o processo.

Quer entender melhor as funções e diferenças entre TSB e ASB na odontologia? Leia agora nosso conteúdo completo e descubra como esses profissionais atuam para fazer a diferença na saúde bucal!

Como tirar o CRO de ASB: passo a passo!

Depois de reunir todos os documentos necessários, o próximo passo é iniciar o processo de registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO). Cada estado pode ter suas particularidades, mas, em geral, o procedimento segue etapas semelhantes. Veja o passo a passo para tirar o CRO de ASB:

1. Verifique os requisitos

Antes de iniciar o processo, confirme se o seu curso de Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Além disso, certifique-se de que você atende aos critérios básicos, como ser maior de 18 anos e estar com seus documentos pessoais em dia para evitar problemas futuros.

2. Reúna a documentação

Organize todos os documentos solicitados pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO) do seu estado. Entre os principais, estão o certificado do curso de ASB, documentos pessoais como RG e CPF, comprovante de residência recente, além de outros que possam ser exigidos regionalmente.

3. Acesse o site do CRO regional

Visite o site oficial do CRO do seu estado para obter informações atualizadas sobre o processo de inscrição. Muitos conselhos oferecem pré-cadastro online e orientações para o atendimento presencial, facilitando o andamento da sua solicitação.

4. Preencha os formulários

Preencha com atenção todos os formulários exigidos pelo CRO, inserindo dados pessoais e profissionais corretos. Essas informações são fundamentais para que seu cadastro seja válido e o processo de registro possa seguir sem contratempos.

5. Pague a taxa de inscrição

Realize o pagamento da taxa de inscrição conforme os valores estabelecidos pelo CRO do seu estado. Esse pagamento é obrigatório para que o seu pedido de registro seja analisado e processado oficialmente pela entidade.

6. Aguarde a análise do pedido

Após a entrega dos documentos e o pagamento, o CRO iniciará a análise do seu pedido. Se tudo estiver correto, o Conselho emitirá o seu número de registro, autorizando você a atuar legalmente como Auxiliar em Saúde Bucal.

Benefícios da carteira do CRO

Ter a carteira CRO é um compromisso que todo profissional da área de odontologia deve ter. Essa é uma forma de atuar com seriedade e ética. O ASB que não possui o documento, além de correr o risco de punições pelo CFO, perde boas oportunidades e direitos.

A carteira é essencial para que você concorra a vagas de trabalho, como em concursos públicos. Esse tipo de oportunidade é sempre bastante atraente, tanto pelo salário como pela estabilidade oferecida.

Além disso, o registro proporciona que o ASB tenha os seus direitos assegurados, como auxílio-maternidade, seguro-desemprego, entre outros. Afinal, o CRO é um órgão que também luta pela valorização do trabalho na odontologia e, portanto, estar credenciado é uma medida de segurança.

ASB e dentista em consultório odontológico
Não sabe como tirar o CRO de ASB? Continue a leitura!

Quanto tempo leva para sair o CRO de ASB?

O prazo para emissão do CRO de ASB pode variar conforme o Conselho Regional de Odontologia de cada estado. Em geral, o processo leva entre 15 a 30 dias úteis, contando a partir do momento em que a documentação completa é entregue e a taxa de inscrição paga.

No entanto, atrasos podem ocorrer caso haja pendências nos documentos ou necessidade de ajustes no cadastro. Por isso, é fundamental enviar tudo corretamente e acompanhar o andamento do pedido pelo canal oficial do CRO da sua região.

Atuar como ASB sem CRO é permitido?

Não. Atuar como Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) sem possuir registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO) não é permitido pela legislação brasileira. O CRO é o órgão responsável pela regulamentação, fiscalização e controle do exercício profissional na área odontológica, garantindo que todos os profissionais estejam habilitados, capacitados e sigam os padrões éticos e técnicos estabelecidos pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO).

O registro no CRO funciona como uma autorização legal que permite ao Auxiliar em Saúde Bucal exercer suas funções com segurança, tanto para o profissional quanto para os pacientes e empregadores. Sem esse registro, o ASB está atuando irregularmente, o que pode trazer consequências sérias.

Riscos e consequências de atuar sem CRO

Atuar sem estar registrado no CRO é uma infração legal que pode acarretar diversas penalidades, tanto para o profissional quanto para as instituições que o empregam. Entre as principais consequências estão:

  • Multas e sanções administrativas: o Conselho Regional de Odontologia pode aplicar multas e outras penalidades ao profissional irregular e à clínica ou consultório que o contratar;
  • Interdição do estabelecimento: clínicas e consultórios que permitirem o exercício ilegal da profissão podem ter suas atividades suspensas temporariamente;
  • Processos judiciais: a atuação irregular pode gerar ações civis e criminais, principalmente se causar prejuízo ou dano à saúde do paciente;
  • Impedimento de futuras regularizações: profissionais que atuam sem registro podem ter dificuldades para regularizar sua situação no futuro, enfrentando restrições e processos burocráticos mais rigorosos.

Ter o registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO) é fundamental para quem deseja atuar como Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) de forma legal e segura. Além de garantir o cumprimento das normas técnicas e éticas, o registro traz mais credibilidade e proteção para o profissional, as clínicas e os pacientes.

Seguindo o passo a passo, reunindo a documentação correta e respeitando os prazos, você evita problemas e assegura sua atuação dentro da legislação vigente. Se você ainda não tem o seu CRO, comece hoje mesmo o processo de regularização e fortaleça sua carreira na área da saúde bucal.

Para mais dicas e informações úteis como esta, continue explorando o blog da Surya. Você vai encontrar conteúdos sobre produtos para clínicas, orientações para universitários e muito mais. Fique por aqui e confira também nosso guia completo para fazer currículo para dentista recém-formado. Não deixe essa oportunidade passar!

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Acupuntura na odontologia: como aplicar no consultório https://blog.suryadental.com.br/a-acupuntura-na-odontologia/ https://blog.suryadental.com.br/a-acupuntura-na-odontologia/#comments Wed, 16 Jul 2025 15:57:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=362 A medicina tradicional chinesa, também conhecida como MTC, é um conjunto de procedimentos milenares que pode ser utilizado como tratamento complementar na área da saúde. Entre eles está a acupuntura, que faz uso de pequenas agulhas para aliviar dores e tratar questões emocionais.

Desde 2008, a utilização da acupuntura na odontologia é permitida pelo Conselho Federal (CFO), levando muitos cirurgiões-dentistas a investir nessa prática como tratamento complementar. Se você quer entender melhor para que serve a acupuntura e como ela pode ser utilizada em consultas odontológicas e melhorar os resultados, continue no blog da Surya Dental e confira a seguir:

A história da acupuntura na odontologia

A acupuntura é uma prática tradicional da medicina chinesa e tornou-se popular nos países ocidentais a partir dos anos 1970. Segundo o artigo Habilitação em acupuntura para cirurgiões-dentistas no Brasil: uma análise por estados e regiões da revista Arch Health Invest (2017), a propagação do método se deu graças aos benefícios, como as propriedades anti-inflamatórias, ansiolíticas e ativadoras da função imunológica.

Apesar de existir há milhares de anos, a acupuntura viria a ser reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um método efetivo na medicina tradicional somente em 1979. A partir de então, profissionais passaram a praticar a odontologia humanizada e começaram a pesquisar a eficácia desse método para diminuir as dores de seus pacientes durante tratamentos, além de conseguirem comprovar sua eficácia no ano de 2003, no congresso de Genebra da OMS.

No Brasil, a popularização dessa terapia na odontologia se deu com a resolução federal CFO-82/2008, que autoriza o uso de práticas integrativas, incluindo a acupuntura, por cirurgiões-dentistas para promover a saúde e o bem-estar bucal. Na ocasião, o órgão declarou acreditar que a técnica milenar poderia oferecer mais oportunidades de trabalho para os cirurgiões-dentistas no âmbito público e privado, bem como novas opções de tratamento.

Conceitos de terapias complementares e práticas integrativas

Para profissionais que desejam atuar com a acupuntura, é interessante partir do ponto de que existem muitos conceitos sobre as práticas complementares e integrativas a serem compreendidos e que é comum haver dúvidas e confusões sobre cada um deles.

É necessário compreendê-los para evitar, inclusive, preconceitos com a prática, que podem surgir por parte de profissionais e pacientes. Ao saber diferenciar os conceitos, você terá mais argumentos para defender a inserção do tratamento quando oferecê-lo em consultório.

No total, são cinco conceitos importantes que você deve entender: medicina alternativa, medicina tradicional, terapias complementares, medicina integrativa e práticas integrativas e complementares. Vamos compreender melhor cada um.

Se interessou pelo tema? Então, salve para ler depois o que é odontologia forense: e como atuar na área?

1. Medicina alternativa

A medicina alternativa é um conjunto de práticas que visam substituir os tratamentos convencionais por abordagens, que em sua maioria, não possuem respaldo técnico. Portanto, é alvo de diversas críticas por parte da comunidade científica.

2. Medicina tradicional

A medicina tradicional é uma prática recomendada pela OMS, especialmente se tiver comprovação científica. A organização define-a como “a soma total de conhecimento, habilidades e práticas baseadas nas teorias, crenças e experiências de diferentes culturas, explicáveis ou não, e usadas na manutenção da saúde, bem como na prevenção, diagnóstico, tratamento ou melhoria de doenças físicas ou mentais”.

Médico estudando medicina tradicional chinesa
A medicina tradicional é um conjunto de práticas que existem antes mesmo da medicina convencional. A exemplo, temos a chinesa, muito conhecida.

Segundo a portaria nº 971 do Ministério da Saúde, a OMS recomenda a acupuntura e afirma que existem comprovações científicas sobre a prática, além de reconhecer seus benefícios para diversas áreas da saúde.

3. Terapias complementares

O termo terapias complementares é um dos mais utilizados ao redor do mundo e se refere a uma abordagem não convencional que atua junto com a medicina convencional.

4. Medicina integrativa

A medicina integrativa vê o paciente como um todo e, portanto, está preocupada em cuidar de todos os aspectos, sejam eles físicos e psicológicos. Além disso, quem recebe os tratamentos também é mais ativo no processo.

A medicina integrativa trabalha de forma multidisciplinar, alinhada a outras práticas que podem ser medicinais tradicionais, uso de fitoterápicos, relaxamento, entre outros.

5. Práticas integrativas e complementares

De acordo com o Ministério da Saúde, “práticas integrativas e complementares (PICs) são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças […]. Em alguns casos, pode ser utilizado como tratamento paliativo”.

Portanto, a acupuntura, que pertence à medicina tradicional chinesa, deve ser encaixada dentro das PICs, que são oferecidas pelo próprio SUS e apoiadas pelo Ministério da Saúde.

Acupuntura na odontologia: como aplicá-la

A acupuntura é uma prática que ainda pode assustar muitos pacientes, afinal, pensar em agulhas é sempre algo que gera algum desconforto. Portanto, essa PIC deve ser muito bem explicada e requer estudo por parte do profissional, a fim de compreender suas indicações e as condições clínicas em que sua aplicação é recomendada. Entenda:

1. Como funciona a acupuntura

Em linhas gerais, trata-se da aplicação de pequenas agulhas em pontos específicos do corpo (chamados de meridianos ou acupontos) para curar problemas tanto físicos quanto emocionais.

Os acupunturistas creem que o corpo é composto de energia e que os meridianos são regiões com grande concentração energética. Se não estiverem em harmonia, esses pontos podem causar desequilíbrio, que gera sintomas como dor, ansiedade e cansaço.

acupuntura odontologia como funciona a acupuntura
A acupuntura é utilizada para curar problemas físicos e emocionais.

Há ainda outros tipos de acupuntura que são menos utilizados, como laseracupuntura, acupressão, moxibustão e auricular, que fazem uso de outros mecanismos para obter os mesmos resultados.

Para quais procedimentos pode ser utilizada?

Afinal, qual é a função da acupuntura na odontologia? A resposta é que ela pode ser utilizada como complemento de diversos tratamentos e, inclusive, já há estudos que relatam essas experiências.

Antes de explicar o funcionamento, é importante reforçar que a acupuntura é uma terapia alternativa e complementar. Isso significa que ela não é obrigatória e não substitui o tratamento comum, servindo como suporte.

A acupuntura poderá ser utilizada nos três estágios do tratamento, ou seja, antes, durante e depois. Em cada uma das situações, ela terá resultados diferentes.

1. Analgesia

Muitos cirurgiões-dentistas fazem uso desses métodos da medicina chinesa por suas propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, para melhorar seus resultados em consultório.

A analgesia por meio de acupuntura, por exemplo, funciona da seguinte maneira: a aplicação das agulhas provoca uma microinflamação, que desencadeia a produção de substâncias neurotransmissoras, como endorfinas, serotonina e norepinefrina. Dessa forma, há um bloqueio da dor no sistema nervoso, além do desenvolvimento de uma sensação de bem-estar.

Curiosamente, os pontos de acupuntura na odontologia não precisam estar na boca, uma vez que os meridianos do corpo são todos interligados. Além de regiões da face, os cirurgiões-dentistas inserem agulhas nos braços e pernas, em regiões que estimulam órgãos e no sistema nervoso.

2. Dor orofacial

A PIC pode entrar como um método alternativo eficiente como complemento ao tratamento de disfunção temporomandibular (DTM). A DTM é um espectro de problemas clínicos articulares e musculares da região orofacial e, como sintomas, o paciente sente dor, dificuldades em movimentar a musculatura e funções limitadas.

A PIC auxilia na recuperação das funções motoras, o que é essencial para a DTM, que costuma paralisar o rosto do paciente. No estudo, foi constatado que o paciente com DTM já havia feito uso de medicamentos para a dor, entretanto, não surtiu o efeito esperado. De acordo com a pesquisa, após a aplicação da acupuntura, os sintomas foram amenizados instantaneamente, sendo bastante benéfico à pessoa atendida.

3. Dor do tinido

A dor do tinido também pode estar associada à DTM, assim como à dor na musculatura mastigatória. Em ambos os casos, o cirurgião-dentista pode recorrer à acupuntura. Entretanto, é importante lembrar que o tratamento deve ser personalizado de acordo com a necessidade de cada paciente.

Segundo a Revista Dor, na pesquisa Acupuntura no manuseio da dor orofacial e do tinido, a paciente atendida no estudo teve melhora na dor após a segunda sessão. Também foi observada uma melhora no relaxamento da musculatura e diminuição do tinido.

Rosto de mulher asiática com agulhas de acupuntura
O efeito da acupuntura no controle da dor é algo notado em estudos científicos da odontologia.

Para este caso clínico, os resultados foram positivos e, ao fim das sessões, a paciente não sentia mais o tinido. A musculatura da mastigação, da orelha média e dos músculos elevadores do palato apresentou relaxamento e, consequentemente, a redução da dor.

4. Bruxismo

Os tratamentos para bruxismo podem ser variados, de acordo com a etiologia. Entre os procedimentos, a acupuntura pode entrar como método alternativo, uma vez que ela é uma PIC bastante eficiente para o tratamento das dores geradas pelo bruxismo, que possui um número crescente de evidências científicas que comprovam isso.

Além das manifestações bucais citadas e analgesia, que é o método mais difundido,a acupuntura pode ser utilizada na recuperação de funções motoras, em casos de paralisias faciais, controle de reflexos, como ânsia e vômito, bem como no tratamento da ansiedade e de fobias.

5. Ponto de acupuntura para dor de dente

A dor de dente pode ser amenizada com técnicas de pressão em regiões específicas do corpo! Conheça três áreas estratégicas que, quando estimuladas, contribuem para reduzir o incômodo de forma natural e rápida. Confira com detalhes:

1. Região posterior da orelha

Localizado atrás da orelha, este ponto requer pressão firme com os dedos. Recomenda-se realizar três séries de 30 compressões para priorizar movimentos ritmados e ativar a circulação, bem como promover alívio.

2. Limite entre o lóbulo auricular e o rosto

Na divisão entre o lóbulo da orelha e o rosto, utilize as pontas dos dedos ou até as unhas para aplicar pressão suave. Faça três ciclos de dez estímulos e mantenha uma intensidade confortável para potencializar o efeito analgésico.

3. Área abaixo da articulação do dedo indicador

Na mão, concentre-se na região logo abaixo da junta do dedo indicador, usando o dorso dos dedos para pressionar. Se a dor for mais intensa no lado esquerdo, priorize a mão esquerda, e vice-versa. Repita o processo em três séries de 30 movimentos e sincronize a respiração para melhorar os resultados.

Acupuntura na prática odontológica

A inclusão da acupuntura na rotina odontológica pode ser extremamente estratégica, uma vez que eleva a qualidade do atendimento ao priorizar o cuidado integral. Entenda quais são as vantagens oferecidas ao dentista e os benefícios para o paciente a seguir:

1. Vantagens para o dentista:

  • Aumenta o leque de abordagens clínicas conforme a necessidade;
  • Fideliza clientes ao oferecer terapias complementares;
  • Diminui a dependência de fármacos, o que reduz efeitos colaterais e custos com medicamentos.

2. Benefícios para o paciente:

  • Método pouco invasivo e livre de desconfortos durante procedimentos;
  • Proporciona alívio natural de dores, ansiedade e inflamações;
  • Promove equilíbrio físico e emocional, pois contribui na recuperação pós-tratamento.

Ainda não sabe em qual área da odontologia seguir? Não se preocupe, confira agora todas as áreas da odontologia e qual é o melhor caminho para você!

Acupuntura auricular

Integrante da Acupuntura Sistêmica, a técnica auricular se destaca nessa área, pois é uma ferramenta valiosa para profissionais da Odontologia. Ela é prática, pois tem uma avaliação simplificada, já que a orelha reflete um microssistema completo do corpo humano ao mapear órgãos, meridianos e até condições específicas. Isso permite direcionar o tratamento de forma precisa para se alinhar às necessidades individuais de cada paciente.

Por ser realizada na região auricular, a terapia pode ser aplicada diretamente na cadeira odontológica, o que otimiza o atendimento. O método tem sido eficaz em casos como enjoos durante moldagens, ansiedade pré-consulta e controle do bruxismo. Além disso, a abordagem minimiza intervenções invasivas, além de levar conforto ao processo terapêutico.

A literatura científica reforça sua eficácia: plataformas como o PubMed registram mais de 40 mil estudos sobre acupuntura geral e cerca de 600 publicações quando associada à odontologia. Esses dados mostram a crescente aceitação da técnica no meio acadêmico.

Dr. Hélio Sampaio Filho enaltece o trabalho dos Cirurgiões-Dentistas especializados na área, especialmente os membros da Câmara Técnica de Acupuntura, por promoverem avanços significativos na prática clínica. Já o Dr. Braz Antunes, presidente do CROSP, ressalta a importância desse grupo para oferecer suporte técnico à categoria: “Nesta celebração do Dia Mundial do Acupunturista, em nome dos Cirurgiões-Dentistas integrantes da Câmara Técnica, parabenizo a todos os especialistas de São Paulo pelo excelente trabalho”, finaliza.

Eficácia da acupuntura

Este é um ponto que gera muitos debates. Enquanto para muitos pesquisadores esse método é pseudocientífico, há uma série de estudos realizados com pacientes que comprovam sua eficácia.

A verdade é que não há uma resposta exata para essa questão, e ela pode variar de acordo com o ponto de vista do profissional. Se você tem vontade de escolher essa especialidade, o ideal é fazer algumas sessões para entender sobre seu funcionamento.

acupuntura odontologia uso da acupuntura
A aplicação de acupuntura nos braços e pernas pode servir para a Odontologia.

Benefícios da acupuntura: entenda quais são!

A acupuntura é um método holístico que beneficia múltiplas áreas da saúde. A técnica consiste na inserção de agulhas em regiões específicas do corpo, como músculos ou tecidos, para estimular terminações nervosas que enviam sinais ao cérebro. Esse processo desencadeia a produção de substâncias com ação anti-inflamatória, analgésica e até reguladora das emoções, o que promove equilíbrio físico e mental. Entenda a seguir:

1. Equilíbrio emocional

Desequilíbrios como ansiedade, depressão e síndrome do pânico podem ser amenizados com a técnica. Ao atuar em regiões estratégicas — antebraço, punho, pé e tornozelo —, as agulhas estimulam respostas neurológicas que ajudam a modular o humor e reduzir tensões. A técnica é reconhecida por auxiliar no controle de reações químicas e físicas ligadas ao estresse.

2. Saúde gastrointestinal

Problemas como gastrite, constipação e síndrome do intestino irritável também são alvos da terapia. A acupuntura promove alívio dos sintomas e contribui para a recuperação do funcionamento intestinal, o que equilibra processos digestivos por meio da regulação nervosa e da circulação energética.

3. Controle de dores persistentes

Caso o paciente tenha quadros neurológicas (enxaqueca), reumatológicas (artrite, fibromialgia), musculares (lombalgia) ou ginecológicas (cólicas menstruais), a técnica é uma aliada como terapia integrativa. Seu efeito analgésico e relaxante muscular ajuda a reduzir a intensidade e a frequência de desconfortos crônicos.

4. Melhora respiratória

Condições como asma, bronquite, sinusite e rinite alérgica têm seus sintomas atenuados com o método. Ao estimular pontos que fortalecem a imunidade e regulam vias respiratórias, a acupuntura complementa tratamentos convencionais, reforçando sua eficácia com base em princípios da medicina tradicional chinesa e, no caso da área odontológica, a odontologia integrativa.

Com comprovação científica crescente, a técnica tem se consolidado como uma opção versátil, que integra conhecimentos de povos antigos com as necessidades contemporâneas de saúde.

A acupuntura pode ser combinada com outros tratamentos?

A acupuntura, técnica milenar da medicina chinesa, pode ser combinada com diversas terapias e potencializar os resultados em diferentes condições de saúde. Ao trabalhar em conjunto com a fisioterapia, por exemplo, ela é capaz de auxiliar na recuperação de lesões e na redução de desconfortos persistentes, além de favorecer a mobilidade articular.

Também é comum sua associação a tratamentos psicológicos ou farmacológicos para equilibrar desordens como ansiedade e depressão, pois ela age de forma complementar no controle de sintomas emocionais.

Práticas como massagens relaxantes, uso de plantas medicinais e técnicas de mindfulness são outras opções que, combinadas à acupuntura, ampliam os efeitos terapêuticos. Essa sinergia entre métodos fortalece não apenas a recuperação física, mas também o bem-estar integral do paciente.

Quem pode trabalhar com acupuntura na odontologia?

A acupuntura é uma especialização em odontologia, por isso é necessário realizar um curso preparatório para utilizar essa técnica. Se você tem interesse, procure uma instituição chancelada pelo Conselho Regional do seu Estado. Por ser uma novidade na área de odontologia, o número de profissionais trabalhando com essa técnica ainda é pequeno. Em São Paulo, estado com maior número de adeptos, há cerca de 300 cirurgiões-dentistas acupunturistas.

Também é importante ressaltar que, por ser uma novidade, ainda não há alta procura por esse tratamento alternativo por parte dos pacientes. Dependendo da sua cidade ou região, a acupuntura pode não ser a melhor especialidade para se trabalhar.

Onde se especializar?

É importante citar que a acupuntura deve ser algo estudado a fundo, especialmente porque será aplicada em conjunto com práticas clínicas da odontologia. Como já dissemos, é necessário buscar uma instituição apta e que tenha autoridade no assunto. Uma das instituições que vale a pena conhecer é a Unicamp, que oferece um curso de extensão com 20 vagas.

A USP também oferece a especialização em acupuntura, voltada para profissionais da saúde. As vagas são limitadas a apenas 12 pessoas. No cenário brasileiro, ainda há falta de cursos de acupuntura para que profissionais possam se aprofundar, sobretudo nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Dessa forma, a habilitação para atuar com o método fica centrada no Sul e Sudeste.

A utilização de acupuntura na odontologia é algo recente, apesar de ser uma técnica criada há milhares de anos. Hoje, é apontada por muitos profissionais como uma excelente forma de melhorar os resultados em consultório! Agora que você já sabe tudo sobre o assunto, que tal conferir outros conteúdos imperdíveis do nosso blog, como homeopatia na odontologia! Até lá.

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Dengue e odontologia: manifestações bucais e o papel do dentista https://blog.suryadental.com.br/dengue-cuidados-com-o-paciente/ https://blog.suryadental.com.br/dengue-cuidados-com-o-paciente/#respond Fri, 11 Jul 2025 10:00:00 +0000 https://blog.suryadental.com.br/?p=20511 A cada ano, surtos de dengue afetam milhões de brasileiros, o que requer muita atenção da população e dos profissionais de saúde. Com sintomas que podem variar de leves a potencialmente fatais, a doença impõe desafios não só ao diagnóstico precoce, mas também ao manejo clínico em diversas áreas da medicina — inclusive na odontologia.

Dentistas, assim como outros profissionais da saúde, podem encontrar manifestações bucais relacionadas à dengue e outras arboviroses, como zika e chikungunya. Além disso, é necessário tomar precauções específicas antes de realizar atendimentos odontológicos em pacientes com suspeita ou histórico recente dessas doenças.

Neste conteúdo, você vai entender a relação entre a dengue e a odontologia, conhecer os sinais clínicos que merecem atenção na prática odontológica, além de conferir os cuidados que devem ser tomados em cada fase da doença. Também abordaremos manifestações orais associadas ao zika e à chikungunya, assim como orientações práticas para um atendimento seguro. Boa leitura!

Entenda a dengue e seu impacto na saúde bucal

A dengue é uma infecção viral transmitida principalmente pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em ambientes urbanos com acúmulo de água parada. O vírus pertence à família Flaviviridae e apresenta quatro sorotipos distintos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

A infecção por um desses sorotipos confere imunidade permanente apenas contra o mesmo tipo, deixando o indivíduo suscetível aos demais. Infecções subsequentes por sorotipos diferentes podem resultar em formas mais graves da doença.

A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa: a transmissão ocorre exclusivamente por meio da picada do mosquito infectado. Após picar uma pessoa contaminada, o mosquito pode transmitir o vírus a outros indivíduos depois de um período de incubação.

Fases da doença

A dengue evolui em três fases clínicas:

  1. Fase febril: caracterizada por febre alta, dores de cabeça, musculares e articulares, além de náuseas e erupções cutâneas. Essa fase dura de dois a sete dias;
  2. Fase crítica: ocorre após a queda da febre e é marcada por aumento da permeabilidade vascular, podendo levar a complicações como sangramentos, acúmulo de líquidos e queda da pressão arterial. Essa fase exige monitoramento intensivo;
  3. Fase de recuperação: os sintomas começam a regredir, e o paciente retorna gradualmente ao estado normal de saúde. Essa fase pode durar de alguns dias a semanas.

Implicações sistêmicas

A dengue pode afetar diversos sistemas do corpo humano. Em casos graves, ocorre o comprometimento hepático, cardíaco e neurológico. A forma grave da doença, anteriormente conhecida como dengue hemorrágica, pode levar a uma emergência médica, ao choque circulatório e à morte se não houver intervenção profissional adequada.

Nos últimos anos, a patologia tem preocupado drasticamente autoridades da saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Diante da complexidade da doença, é fundamental que profissionais de saúde estejam atentos aos sinais clínicos e laboratoriais para um diagnóstico preciso e tratamento eficiente.

Arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti: dengue, zika e chikungunya

O Aedes aegypti, conhecido por sua adaptação ao ambiente urbano, é o principal vetor de arboviroses como dengue, chikungunya e zika. Essas doenças compartilham sintomas semelhantes, como febre, dores no corpo e manchas na pele, mas cada uma apresenta características específicas e potenciais complicações distintas.

Dengue: evolução e desafios

A dengue continua sendo uma das arboviroses mais prevalentes no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, em 2024, o país registrou quase 6 milhões de casos prováveis, representando um aumento significativo em relação ao ano anterior. A doença é causada por quatro sorotipos diferentes do vírus, e a infecção por um deles não confere imunidade contra os outros, o que pode levar a casos mais graves em infecções subsequentes.

Os sintomas incluem febre alta, dores musculares intensas e, em casos mais severos, hemorragias e choque. A prevenção ainda é a melhor estratégia, com foco na eliminação de criadouros do mosquito e na vacinação em áreas endêmicas.

Chikungunya: impacto prolongado

Introduzida no Brasil em 2014, a chikungunya se espalhou rapidamente pelo território nacional. Embora os sintomas iniciais, como febre e dores articulares, possam ser semelhantes aos da dengue, a chikungunya se destaca pela possibilidade de dores nas articulações persistirem por meses ou até anos após a infecção.

Ilustração com os sintomas da Chikungunya em cada parte do corpo.
Sintomas da chikungunya. Imagem: Reprodução/Ministério da Saúde

A persistência dos sintomas pode afetar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, tornando a chikungunya uma preocupação contínua para a saúde pública.

Zika: riscos neurológicos e congênitos

O vírus zika ganhou destaque durante a epidemia de 2015-2016, quando foi associado a casos de microcefalia em recém-nascidos e à síndrome de Guillain-Barré em adultos. Embora a maioria das infecções seja assintomática ou apresente sintomas leves, como febre baixa e erupções cutâneas, as possíveis complicações tornam o vírus uma ameaça significativa, especialmente para gestantes.

O zika vírus pode se apresentar como uma doença febril autolimitada, como a dengue e a chikungunya. Porém, a patologia preocupa, porque a ciência já associa a presença do vírus a outros quadros de complicações neurológicas, como a microcefalia congênita e a síndrome de Guillain-Barré. 

Apesar de todas as idades e todos os gêneros estarem suscetíveis ao desenvolvimento, algumas pessoas pertencem ao grupo de risco, como as gestantes e pessoas acima de 60 anos, uma vez que essa população concentra maiores chances de complicações.

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Sintomas comuns da dengue e sinais de alerta para dentistas

Apesar de ser amplamente divulgado pelos órgãos de saúde, é sempre importante destacar que os sintomas da dengue são:

  • Febre alta maior que 38 °C;
  • Dor no corpo e nas articulações;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Mal-estar;
  • Falta de apetite;
  • Dor de cabeça;
  • Manchas vermelhas no corpo.

Esses sinais geralmente surgem de forma abrupta e podem durar de 2 a 7 dias. Entre o terceiro e o sétimo dia após o início dos sintomas, alguns pacientes podem desenvolver sinais que indicam agravamento da doença, como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramentos nas mucosas (gengivas e nariz), dificuldade respiratória, pele pálida e fria, sonolência ou irritabilidade e queda na pressão arterial.

Além disso, ela pode agravar algumas infecções odontogênicas, como o relato de caso “Influência da dengue na infecção odontogênica” aborda.

Pessoa com vermelhidão no braço por causa da febre da dengue.
Além dos sintomas físicos de dengue, há estudos que registram interferências na cavidade bucal.

Manifestações bucais relevantes para dentistas

Entenda mais sobre as manifestações na cavidade oral relacionadas à dengue e outros tipos de arboviroses.

Manifestações orais na dengue: o que pode surgir?

Embora as alterações bucais na dengue clássica ainda não sejam amplamente documentadas, alguns estudos relatam a presença de eritema, crostas nos lábios, vesículas no palato mole, além de hiperpigmentação, vermelhidão na mucosa alveolar, inchaço e manchas na mucosa jugal e no lábio inferior.

Na forma hemorrágica da doença, o sangramento gengival tende a ser mais frequente, possivelmente devido à baixa contagem de plaquetas. Também podem surgir petéquias, equimoses, bolhas com sangue sob a língua e nas laterais, sangramento nasal, aumento das amígdalas, ressecamento da boca e sensação de sede intensa.

Além disso, alguns pacientes relatam gosto amargo persistente e dor de dente, sintomas que podem estar associados à inflamação local e à resposta do organismo à infecção.

Zika vírus e impactos na saúde bucal

O zika vírus pode ser identificado na saliva, o que abre espaço para seu uso em diagnósticos. A infecção durante a gestação levanta preocupações, pois pode provocar microcefalia no bebê, condição ligada a alterações como bruxismo, dificuldade para engolir, atraso na erupção dos dentes, doenças gengivais e micrognatia.

Também há registros de crianças com fenda palatina e labial sem histórico familiar, levantando suspeitas de associação com o vírus. Outros sinais observados incluem úlceras aftosas e hipoplasia de esmalte, que podem se manifestar como manchas leves ou perda significativa da estrutura dental.

Chikungunya: manifestações orais associadas ao vírus

Embora distinto do zika, o vírus da chikungunya também pode estar presente na cavidade bucal. Estudos experimentais com camundongos sugerem uma possível transmissão pela saliva durante a fase aguda da infecção.

Os sintomas relatados por pessoas infectadas envolvem dor e ardência na boca, sangramento nas gengivas, dificuldade para mastigar ou engolir, mau hálito, úlceras, incômodo ao abrir a boca, aumento na produção de saliva e secreção esbranquiçada nas gengivas. Esses sinais podem ser confundidos com outras condições bucais, tornando fundamental a avaliação cuidadosa por parte dos dentistas.

Identificação de sinais clínicos graves

Durante a fase crítica da dengue, que geralmente ocorre entre o terceiro e o sétimo dia após o início dos sintomas, podem surgir sinais de alarme, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos nas mucosas (incluindo gengivorragia), letargia, hipotensão e dificuldade respiratória. A presença desses sinais indica a necessidade de encaminhamento imediato para avaliação médica especializada para o diagnóstico.

Importância da contagem de plaquetas antes de procedimentos

A trombocitopenia, ou seja, a redução significativa na contagem de plaquetas, é uma característica comum na dengue hemorrágica. Antes de realizar qualquer procedimento odontológico, especialmente os invasivos, é imprescindível solicitar um hemograma completo para avaliar a contagem de plaquetas. Procedimentos devem ser adiados se a contagem estiver abaixo de 50.000/mm³, devido ao risco aumentado de sangramentos.

Precauções em intervenções invasivas

Em pacientes com dengue, procedimentos invasivos, como extrações dentárias ou cirurgias periodontais, devem ser evitados durante a fase aguda da doença.

Caso sejam absolutamente necessários, é imprescindível que sejam realizados em ambiente hospitalar, com suporte médico adequado e monitoramento constante. Além disso, deve-se evitar o uso de anestésicos com vasoconstritores, que podem agravar o quadro clínico do paciente.

Protocolos odontológicos para pacientes com dengue

As arboviroses costumam apresentar manifestações na boca. Em casos mais simples, a imunossupressão é um fator predominante para o risco de candidíase pseudomembranosa oral, já nos graves, há sangramento gengival por dengue. 

Anamnese detalhada e avaliação do histórico médico

Antes de qualquer atendimento, é fundamental realizar uma anamnese completa, investigando sintomas recentes compatíveis com dengue, histórico de infecções anteriores e presença de comorbidades. Essa abordagem permite identificar pacientes em risco e planejar o atendimento de forma segura.

Adaptação de tratamentos durante a fase aguda

Durante a fase aguda da dengue, o foco deve ser em tratamentos conservadores e não invasivos. Procedimentos eletivos devem ser adiados até a recuperação completa do paciente. Em casos de urgência, como abscessos ou dores intensas, o tratamento deve ser realizado com cautela, priorizando o controle da infecção e alívio da dor, sempre considerando a condição sistêmica do paciente.

Cuidados pós-recuperação e monitoramento contínuo

Após a recuperação clínica da dengue, é importante reavaliar o paciente antes de retomar procedimentos odontológicos adiados. A contagem de plaquetas deve estar normalizada, e o paciente deve estar livre de sintomas sistêmicos. Além disso, é recomendável manter um acompanhamento regular para monitorar possíveis complicações tardias e assegurar a saúde bucal e também do corpo do paciente.

Diagnóstico diferencial e cuidado com os pacientes

Embora ainda haja poucas evidências consolidadas sobre os impactos da dengue nos dentes e demais estruturas da boca, é relevante que profissionais da odontologia estejam atentos a relatos que apontam manifestações orais menos conhecidas ligadas às arboviroses.

Acompanhamento constante de publicações científicas confiáveis, como revisões de literatura e estudos de caso, ajuda a ampliar o olhar clínico sobre possíveis sinais relacionados.

Dentista tomando notas em estudo.
Mantenha-se atualizado com estudos sobre dengue hemorrágica, dengue comum e outras doenças arbovirais.

Em pacientes que passaram recentemente por um quadro de dengue, a contagem de plaquetas deve ser avaliada com atenção, principalmente antes de procedimentos que envolvam maior risco de sangramento, como intervenções estéticas faciais.

Apesar da limitação de estudos aprofundados sobre manifestações bucais da dengue, conhecer os sinais iniciais é útil para que dentistas e otorrinolaringologistas contribuam com a detecção precoce da infecção.

Durante a anamnese, é recomendável incluir perguntas sobre doenças virais recentes, como dengue, zika e chikungunya, e verificar o histórico de exames laboratoriais. Em casos recentes, o hemograma pode indicar se há segurança para seguir com o tratamento ou se é melhor adiar certas intervenções para evitar complicações.

Conhecer as características das doenças é fundamental para um ótimo atendimento ao paciente com dengue, tanto no quesito de diagnóstico como de tratamento. Confira também nosso conteúdo sobre doenças na língua: o que são, causas, sintomas e diagnósticos!

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TSB e ASB: explorando funções dos profissionais na odontologia https://blog.suryadental.com.br/atividades-tecnico-auxiliar-de-saude-bucal/ https://blog.suryadental.com.br/atividades-tecnico-auxiliar-de-saude-bucal/#comments Fri, 04 Jul 2025 10:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=1391 Na odontologia, o trabalho dos auxiliares e técnicos de saúde bucal (ASB e TSB) é fundamental tanto para a rotina do consultório como para o cirurgião-dentista. Com esses dois profissionais, a clínica se torna um espaço mais dinâmico e organizado, o que automaticamente contribui para a produtividade e o crescimento do negócio.

Se você é dentista, é essencial compreender a fundo essas profissões para potencializar os seus colaboradores e implementar o team building para estar em conformidade com as normas que regulam as profissões e permitir que as tarefas do consultório sejam bem divididas.

Já para os interessados nessas funções, conhecer as diferenças entre ASB e TSB é primordial para investir em uma boa formação que esteja alinhada com as expectativas de carreira. Neste conteúdo, portanto, iremos explicar quais são as responsabilidades, o que é vetado, a importância de cada profissão, informações de cursos, o salário médio e os desafios da rotina. Acompanhe!

Qual é a diferença entre o ASB e o TSB?

Apesar de as siglas serem muito similares, as funções de ASB e TSB não são as mesmas. Basicamente, a diferença entre os dois está nas atividades exercidas e na formação.

O Auxiliar de Saúde Bucal (ASB) realiza tarefas que facilitam o dia a dia no consultório em relação à recepção de pacientes, preparação de documentos e materiais. Já o Técnico de Saúde Bucal (TSB) faz pequenos procedimentos durante o atendimento do paciente. Quanto à formação, o ASB conta com um curso de menor duração, em comparação, o TSB precisa de estudos técnicos, portanto, a carga horária é maior. 

Histórico das profissões de ASB e TSB

A história das profissões acompanha o desenvolvimento da odontologia e a evolução dos cuidados com a saúde bucal. Antes da criação desses dois papéis, a maior parte das atividades auxiliares no consultório odontológico era realizada por pessoas sem formação específica na área.

No entanto, com o objetivo de garantir a qualidade e a segurança nos atendimentos odontológicos, as funções de ASB e TSB foram criadas no Brasil por meio de regulamentações específicas. As profissões foram regulamentadas na Lei nº 11.889/2008, em que se estabeleceu a necessidade de formação e registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO) para atuar como ASB ou TSB.

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O que faz um auxiliar de dentista?

O ASB (auxiliar de dentista) atua com a recepção e a preparação de documentos do paciente, assim como cuida dos instrumentos utilizados durante o atendimento e no apoio ao cirurgião-dentista enquanto realiza procedimentos.

Entretanto, o ASB é vetado de fazer procedimentos invasivos na cavidade bucal, cuja responsabilidade é do cirurgião-dentista. De acordo com o Manual do TSB e ASB, produzido pelo CRO de São Paulo, são tarefas do auxiliar:

  • Organizar e executar atividades de higiene bucal;
  • Processar filme radiográfico;
  • Preparar o paciente para o atendimento;
  • Auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas, inclusive em ambientes hospitalares;
  • Manipular materiais de uso odontológico;
  • Selecionar moldeiras;
  • Preparar modelos em gesso;
  • Registrar dados e participar da análise das informações relacionadas ao controle administrativo em saúde bucal;
  • Executar limpeza, assepsia, desinfecção e esterilização de instrumental, equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho;
  • Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal;
  • Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos;
  • Desenvolver ações de promoção da saúde e prevenção de riscos ambientais e sanitários;
  • Realizar em equipe o levantamento de necessidades em saúde bucal;
  • Adotar medidas de biossegurança visando ao controle de infecção.
tsb odontologia
O auxiliar de dentista pode fazer limpeza e esterilização de instrumentais odontológicos.

Qual é a importância do ASB?

Apesar de trabalhar sozinho ser uma opção viável para cirurgiões-dentistas, a presença do ASB deixa a rotina muito mais dinâmica, inclusive os próprios atendimentos. É muito mais fácil trabalhar a quatro mãos, principalmente por questões de ergonomia, do que ter que adaptar todo o consultório para um atendimento por conta própria.

Além disso, passar algumas responsabilidades para o auxiliar, como o preparo do consultório, permitirá que o dentista tenha mais tempo para focar em atividades mais complexas e que só ele poderá fazer. Dessa forma, o trabalho torna-se mais prático e, consequentemente, a agenda terá mais espaço para novos pacientes.

O que um ASB não pode fazer no consultório?

O Auxiliar em Saúde Bucal não tem autonomia para exercer suas atividades sem supervisão. Sua atuação deve ocorrer exclusivamente sob a orientação de um cirurgião-dentista ou de um Técnico em Saúde Bucal (TSB), conforme determina a legislação da categoria.

Além disso, o ASB não pode executar procedimentos diretamente na boca do paciente que estejam fora de suas atribuições legais. As práticas proibidas incluem: colocação de aparelhos ortodônticos, remoção de pontos cirúrgicos, realização de clareamentos e outros tratamentos previstos na legislação como exclusivos do dentista ou TSB.

tsb na odontologia
O ASB contribui para que a rotina do consultório seja mais tranquila.

Por fim, o ASB não pode divulgar serviços de forma independente, seja em redes sociais, materiais publicitários ou mídias especializadas. Essa restrição visa evitar a promoção de atividades que ultrapassem suas competências, garantindo ética e segurança no atendimento odontológico.

O que faz um técnico em saúde bucal?

Ele faz tarefas mais complexas que contam com maior exigência de responsabilidade. O profissional tem permissão para fazer pequenos procedimentos junto ao cirurgião-dentista, inclusive, por isso, também é alguém mais exposto a agentes biológicos, o que o difere do ASB. De acordo com o manual, as atribuições do TSB são:

  • Participar do treinamento e da capacitação de auxiliar em saúde bucal e de agentes multiplicadores das ações de promoção à saúde;
  • Integrar-se em ações educativas, atuando na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais;
  • Realizar levantamentos e estudos epidemiológicos, exceto na categoria de examinador;
  • Ensinar técnicas de higiene bucal e realizar a prevenção das doenças bucais por meio da aplicação tópica do flúor, conforme orientação do cirurgião-dentista;
  • Fazer a remoção do biofilme, de acordo com a indicação técnica definida pelo cirurgião-dentista;
  • Supervisionar, sob delegação do cirurgião-dentista, o trabalho dos auxiliares de saúde bucal;
  • Realizar fotografias e tomadas de uso odontológico exclusivamente em consultórios ou clínicas odontológicas;
  • Inserir e distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos na restauração dentária direta, vetado o uso de materiais e instrumentos não indicados pelo cirurgião-dentista;
  • Proceder à limpeza e à antissepsia do campo operatório, antes e após atos cirúrgicos, inclusive em ambientes hospitalares;
  • Remover suturas;
  • Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos;
  • Realizar isolamento do campo operatório;
  • Exercer todas as competências no âmbito hospitalar, bem como instrumentar o cirurgião-dentista em ambientes clínicos e hospitalares.
Tecnico auxiliar de saúde bucal
TSB: o que é? Profissional responsável por tarefas mais complexas que o ASB.

Quais funções são vetadas ao TSB?

Se você é técnico em saúde dental, entenda o que não pode fazer:

  • Exercer a atividade de forma autônoma;
  • Prestar assistência direta ou indireta ao paciente sem a indispensável supervisão do cirurgião-dentista;
  • Realizar, na cavidade bucal do paciente, procedimentos não discriminados no artigo 5º da Lei 11.889/2008;
  • Fazer propaganda de seus serviços, exceto em revistas, jornais e folhetos especializados da área odontológica.

A importância do TSB na odontologia

Assim como o ASB, o técnico de saúde bucal é mais um elemento fundamental para facilitar o expediente no consultório e, até mesmo, em ambientes hospitalares. Ele é essencial para fazer tarefas mais complexas que o auxiliar, mas que não chegam a precisar do cirurgião-dentista.

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Entender o que é o TSB na odontologia é sinônimo de compreender a importância dele na rotina do consultório.

Por ser um profissional que pode abraçar mais responsabilidades, torna-se um grande aliado do dentista, até mesmo para reduzir a carga de trabalho exaustiva que resulta do acúmulo de funções.

Dentro do hospital, por exemplo, onde o propósito é oferecer aos pacientes atendimento integrado, o TSB pode atuar auxiliando nos cuidados bucais de pessoas internadas. Além disso, o profissional pode orientar e educar sobre práticas de higiene bucal nesse ambiente.

Desafios no mercado de trabalho para TSBs

Um dos principais desafios enfrentados pelos Técnicos em Saúde Bucal (TSB) é a limitação de oportunidades no mercado. Muitas vezes, esses profissionais são contratados para exercer funções compatíveis com as do ASB, como organização de consultório e apoio administrativo, enquanto suas competências técnicas — como realização de profilaxia, raspagem supragengival e radiografias — ficam subutilizadas.

Apesar de reconhecerem o potencial dos TSBs para otimizar a produtividade e a qualidade do atendimento, muitos dentistas ainda hesitam em delegar tarefas clínicas mais complexas.

Essa resistência pode ser explicada por múltiplos fatores. Em primeiro lugar, há uma tendência cultural de centralização de responsabilidades: alguns dentistas preferem executar pessoalmente procedimentos clínicos, seja por hábito, insegurança na capacitação do TSB ou desconhecimento de suas atribuições legais.

Em segundo lugar, a estrutura organizacional de muitas clínicas ainda não está adaptada para integrar o TSB em funções avançadas, mantendo-o em atividades básicas. Por fim, a ausência de políticas públicas ou regulamentações que incentivem a delegação de tarefas aos TSBs contribui para perpetuar essa lacuna, limitando o crescimento profissional desses técnicos.

Como o profissional de TSB pode mostrar seu valor?

Para destacar seu papel no consultório, o Técnico em Saúde Bucal (TSB) precisa adotar algumas estratégias. Domínio técnico é o primeiro passo: realizar procedimentos como profilaxia, aplicação de selantes e radiografias com precisão demonstra segurança e reforça sua credibilidade. Além disso, manter-se atualizado sobre protocolos e inovações da área é indispensável para garantir eficiência e qualidade nos serviços.

Outro diferencial está no desenvolvimento de habilidades de liderança. Coordenar equipes, otimizar processos administrativos e sugerir melhorias no fluxo de trabalho mostram proatividade e capacidade de gestão e mercado. O TSB também pode ampliar sua atuação assumindo tarefas pós-operatórias, como remoção de pontos e acompanhamento de recuperação, liberando o dentista para focar em procedimentos mais complexos.

Educação continuada também é um fator importante: participar de cursos, workshops e certificações atualiza conhecimentos e comprova comprometimento com a excelência. Por fim, divulgar experiências em eventos odontológicos, publicar cases de sucesso e integrar associações profissionais fortalece a visibilidade da categoria para destacar o impacto do TSB na odontologia moderna.

Quanto tempo dura o curso de auxiliar de dentista e de técnico?

Se você chegou até aqui e está interessado em fazer a formação para TSB ou ASB, vale a pena conhecer o que a legislação diz sobre o tempo dos cursos.

Para TSB, o curso deve ter, no mínimo, 1.200 horas. Esse tempo inclui as matérias e os estágios. Os interessados devem ter ensino médio completo. Em relação ao ASB, a carga horária é de, no mínimo, 300 horas. O aluno deve possuir ensino fundamental completo.

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Qual lei regulamenta as profissões de ASB e TSB?

A regulamentação das profissões de Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) e Técnico em Saúde Bucal (TSB) foi estabelecida pela Lei nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008. O Congresso Nacional destaca que:

Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008, que regulamenta o exercício das profissões de Técnico em Saúde Bucal – TSB e de Auxiliar em Saúde Bucal – ASB, para instituir a exigência de qualificação em nível médio para exercício das referidas profissões.

Art. 2º A Lei nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008, passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos 1º-A e 2º-A:

“Art. 1º-A. Para o disposto nesta Lei entende-se como Técnico em Saúde Bucal o profissional qualificado em nível médio que, sob supervisão direta ou indireta do cirurgião-dentista, executa ações de saúde bucal.

§ 1º Fica preservado o exercício da profissão dos Técnicos em Saúde Bucal que tenham qualificação inferior ao exigido na presente norma se já estiverem trabalhando como TSB na data de publicação desta Lei.

§ 2º Aqueles profissionais que exercerem atividades típicas de Técnico em Saúde Bucal sem atender os requisitos da presente lei poderão sofrer as penalidades impostas pelo Conselho Federal de Odontologia.

ASB e TSB: quanto ganham?

Quanto ganha um auxiliar de dentista? Segundo o site Glassdoor, em média, R$ 1.960; já o TSB tem salário aproximado de R$ 4.261. Os dados são de março de 2024. É sempre importante pontuar que os valores podem mudar de acordo com a região e com a experiência do profissional.

Como lidar com situações de emergências odontológicas

Auxiliares e técnicos de saúde bucal desempenham um papel importante no atendimento odontológico e devem estar preparados para lidar com emergências odontológicas. Confira orientações para lidar com essas situações!

1. Mantenha a calma

É fundamental manter a calma e tranquilizar o paciente, pois isso ajuda a diminuir a ansiedade e o estresse durante a emergência.

2. Avalie a situação

Auxiliares e técnicos na odontologia devem avaliar a situação para determinar a gravidade e tomar as medidas adequadas. Isso pode incluir a observação de sinais e sintomas, como dor intensa, sangramento, inchaço ou traumatismo dental.

3. Comunique-se com o dentista

É importante informar o dentista responsável sobre a situação emergencial e fornecer detalhes relevantes da ocorrência, como a descrição do problema, os sintomas apresentados pelo paciente e qualquer tratamento prévio realizado.

4. Providencie materiais e equipamentos necessários

Em algumas emergências odontológicas, pode ser necessário ter acesso a materiais e equipamentos específicos, como pinça, algodão, gaze esterilizada, compressas, solução antisséptica e anestésicos. Ter esses itens à mão pode ser útil para prestar atendimento adequado e oferecer uma odontologia humanizada.

técnico auxiliar de saúde bucal emergência
Na situação de emergência, é preciso fornecer os materiais necessários ao dentista.

5. Realize procedimentos de primeiros socorros

Em algumas situações, os profissionais podem precisar realizar procedimentos de primeiros socorros, como controlar o sangramento, aliviar a dor, imobilizar um dente fraturado ou traumatizado.

É importante lembrar, porém, que as orientações variam dependendo da emergência específica. Portanto, a capacitação é benéfica para ASBs e TSBs, pois proporciona conhecimentos e habilidades necessárias para lidar efetivamente com essas situações.

Principais desafios das profissões

Os desafios enfrentados pelos auxiliares e técnicos de saúde bucal se diferenciam. Vamos explorar as situações mais comuns em cada uma das funções.

1. ASB

Conforme a odontologia evolui, é importante que os ASBs estejam atualizados sobre as tecnologias e técnicas mais recentes utilizadas no cuidado bucal. Isso requer aprendizado contínuo e desenvolvimento profissional. 

Profissionais da área também devem ter conhecimentos sobre controle de infecções e implementação de práticas de biossegurança, como esterilização e descarte adequado de materiais perigosos. Sendo assim, é essencial que os ASBs estejam familiarizados com esses procedimentos e os sigam consistentemente para garantir a segurança dos pacientes e da própria equipe.

Outra habilidade requisitada é a comunicação eficaz com os pacientes para estabelecer conexão, lidar com as preocupações e fornecer instruções claras. Além disso, é essencial fazer a gestão do tempo e ter a capacidade de priorizar ações de forma eficaz.

2. TSB

Já os desafios que o técnico em saúde bucal passa residem na assistência a diferentes públicos, de crianças a idosos, com necessidades específicas — isso requer habilidade de adaptação e empatia para fornecer atendimento de qualidade.

Outra questão reside na exposição a riscos ocupacionais, uma vez que estão predispostos durante os procedimentos. É por isso que se adotam as medidas de biossegurança e ergonomia: para assegurar a proteção e o bem-estar dos profissionais e dos pacientes.

É preciso, ainda, saber trabalhar bem em equipe e realizar as funções solicitadas pelo dentista durante os procedimentos para uma cooperação eficiente. Além disso, é fundamental estar em constante atualização sobre técnicas, materiais e tecnologias.

Técnivo de saúde bucal equipamentos de proteção
É fundamental que os técnicos estejam protegidos com equipamentos de proteção individual.

TSB e ASB podem trabalhar sem supervisão do cirurgião-dentista?

Não. É importante ressaltar que ASB e TSB não atuam de forma autônoma: suas atividades devem ser sempre supervisionadas por um cirurgião-dentista. Ambos os profissionais compartilham funções como orientar pacientes sobre técnicas de escovação, higiene bucal e prevenção de doenças, mas sua atuação é complementar e não substituta à do dentista.

Além disso, a presença desses profissionais é relevante em clínicas particulares e no serviço público, onde podem auxiliar na ampliação do acesso à saúde bucal. Vale destacar que, conforme a legislação, o cirurgião-dentista tem o direito de solicitar a atuação de um ASB ou TSB em seu ambiente de trabalho para garantir maior eficiência e segurança nos procedimentos.

ASB e TSB: o consultório odontológico precisa de ambos?

Em um consultório odontológico, a presença de ASB (Auxiliar em Saúde Bucal) e TSB (Técnico em Saúde Bucal) é fundamental. O ideal é que o número de profissionais corresponda à demanda da clínica para permitir que cada um exerça suas funções com qualidade e sem sobrecarga.

Sobrecarregar o ASB com múltiplas responsabilidades — como auxiliar o dentista e gerenciar o fluxo de pacientes — pode levar a erros operacionais. Além disso, falta de organização e falhas na comunicação comprometem a experiência do paciente e mancham a reputação da clínica. Investir em uma equipe equilibrada evita esses problemas e garante um atendimento impecável.

O ASB e o TSB na odontologia são profissionais essenciais, afinal, a presença desses colaboradores deixa o trabalho mais organizado, bem dividido e ágil. O consultório torna-se um ambiente mais tranquilo quando nenhum membro da equipe está sobrecarregado e, consequentemente, todos conseguem fazer o expediente com mais produtividade e foco.

A odontologia é uma área com muito a oferecer profissionalmente, sem falar no leque de opções de campos para trabalhar. Quer saber mais sobre esse tema? Então, continue navegando pelo blog da Surya Dental e descubra outros conteúdos imperdíveis, como o que é dentista estomatologista e o que faz essa especialidade. Não deixe de conferir e até lá!

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Materiais de cirurgia odontológica: o que você deve saber https://blog.suryadental.com.br/materiais-de-cirurgia-odontologica/ https://blog.suryadental.com.br/materiais-de-cirurgia-odontologica/#respond Fri, 27 Jun 2025 10:00:00 +0000 https://blog.suryadental.com.br/?p=20430 O conjunto de instrumentais usados em cirurgias odontológicas é muito grande e diversificado, principalmente para estudantes, técnicos e profissionais da área odontológica que estão em fase de aprimoramento prático. Dessa forma, conhecer cada item e suas funcionalidades é importante para desenvolver segurança durante os procedimentos.

Se você está cursando Odontologia, TSB ou ASB, confira a seguir uma lista completa dos principais materiais para cirurgia odontológica!

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O que é uma cirurgia odontológica?

A cirurgia odontológica é qualquer procedimento clínico que visa tratar lesões, doenças ou alterações nos tecidos da boca, na estrutura dos dentes ou na região facial do paciente.

Essas intervenções são adaptadas para cada situação clínica, com técnicas e objetivos distintos. Alguns processos mais simples — como remoção de dentes (exodontias), enxertos ósseos ou correções na gengiva — podem ser realizados diretamente no consultório ao usar apenas anestesia local para garantir o conforto durante o atendimento.

Material odontológico: para que serve e quais são eles?

Os instrumentos usados na cirurgia incluem seringas, brocas, descartáveis, tesouras e muitos outros. Esses instrumentos são empregados em diversos procedimentos clínicos, como:

  • Extração dentária;
  • Preparo e limpeza dental para procedimentos restauradores;
  • Aplicação de materiais restauradores, como coroas, pontes, facetas e obturações;
  • Correções ortodônticas para alinhamento dentário;
  • Remoção de tecidos moles (gengiva) e duros (osso);
  • Manutenção e reparo de próteses dentárias;
  • Polimento e acabamento estético de restaurações.

Os materiais odontológicos são fundamentais para garantir tratamentos precisos, desde diagnósticos até procedimentos restauradores e estéticos. Sua variedade e especificidade asseguram eficiência, segurança e resultados duradouros na saúde bucal dos pacientes. Confira quais são os principais instrumentos de cirurgia odontológica e suas funções:

1. Fórceps

Os fórceps podem ser encontrados em diversas numerações e são utilizados na exodontia para a remoção dentária do osso alveolar. A grande variedade de modelos se justifica porque cada tipo é utilizado para um dente específico.

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2. Pinças

As pinças também estão disponíveis em diferentes modelos: Adson com ou sem dente, hemostática ou de dissecação. A escolha do instrumental vai depender da sua necessidade.

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3. Tesouras

As tesouras fazem parte da lista de materiais para cirurgia odontológica. Geralmente, são utilizados os modelos Goldman Fox reta, Goldman Fox curva e Metzenbaum curva.

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4. Brocas

Existem diversos modelos de brocas, como carbides e esféricas, e, em geral, são utilizadas para remoção de cárie e para criar o formato do contorno inicial no dente. Também são usadas para penetrar no teto da câmara pulpar e removê-lo.

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5. Carpule

Carpules são semelhantes a ampolas, porém sem bico. Ela é utilizada para a anestesia sem dor na odontologia e pode encontrá-la no modelo com refluxo (que torna o processo mais preciso) e sem refluxo.

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6. Cabo e lâmina de bisturi

Os bisturis podem ser descartáveis, elétricos ou do modelo tradicional. A escolha vai depender da sua necessidade e, também, da preferência na hora de fazer um procedimento. 

Nos modelos tradicionais, você deve ter um cabo (geralmente n.º 3 ou n.º 5) e lâminas, que estão disponíveis em diferentes tamanhos.

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7. Descartáveis

Cirurgia odontológica e biossegurança são aliadas. Tão importante quanto ter bons instrumentais é contar com luvas, máscaras descartáveis, aventais e outros similares que garantem a proteção do seu paciente e a sua. 

O estoque sempre deve estar bem abastecido com descartáveis de qualidade e aprovados pela Anvisa. Na hora de fazer a compra, lembre-se de verificar esse quesito!

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8. Sugador cirúrgico

Produto fundamental para acompanhar os procedimentos, o sugador é necessário para remover fluidos, sangue e secreções durante a cirurgia. Dessa forma, ele é essencial e não deve faltar no consultório.

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9. Afastador Minnesota

O afastador Minnesota é um instrumental feito em aço inox e serve para afastar o lábio e a bochecha durante cirurgias odontológicas.

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10. Seringa Carpule

Trata-se de um instrumento fundamental para administrar anestésico local na região gengival do paciente. Por meio do Carpule, o profissional consegue gerenciar com precisão o volume e a velocidade da substância injetada, minimizando o desconforto durante uma extração de siso, por exemplo.

A seringa é encontrada em versões com ou sem refluxo, sendo o modelo com refluxo considerado mais preciso em comparação à alternativa sem o recurso.

11. Cureta

A cureta Lucas é bastante usada em procedimentos cirúrgicos, pois auxilia na curetagem de alvéolos. Outros usos são na remoção de dentinas cariadas e de cimento endodôntico.

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12. Alavancas odontológicas

As alavancas são bastante utilizadas na área de exodontia e servem para extrair dentes. Existem diferentes tipos desse instrumental e cada um tem uma função própria. 

13. Cuba inox

A cuba de inox contribui para a higienização, funcionando também como um ponto adequado para o descarte de materiais utilizados durante os procedimentos de atendimento.

Como preparar a mesa cirúrgica?

O primeiro passo é retirar relógios, joias e acessórios, como anéis e pulseiras. Depois, higienize muito bem as mãos e faça o uso correto dos EPIs, incluindo a luva. Após essa preparação, chegou o momento de organizar a mesa. A lógica é que a montagem da mesa seja da esquerda para a direita, com os instrumentos por ordem de uso. Dessa forma, deixe pronto:

  • Kit para exame clínico;
  • Carpule;
  • Cabo de bisturi;
  • Descoladores;
  • Sindesmotomo;
  • Tesoura Metzenbaum reta;
  • Cinzéis;
  • Martelo;
  • Alavanca;
  • Fórceps;
  • Alveolotomo;
  • Lima para osso;
  • Cureta de Lucas;
  • Porta-agulha;
  • Pinça Dietrich;
  • Tesoura para sutura.

Os materiais auxiliares, como os afastadores Minnesota, abaixador, afastadores Farabeuf e pinças Backaus, devem ficar no centro da mesa. Adicione, também, pinças e tesouras auxiliares. No final da mesa, coloque os materiais de consumo, como duas cubas, seringa e agulha descartável, fio de sutura, gases, anestésico tópico, hidratante labial (vaselina), anestésico, lâmina de bisturi e gazes esterilizadas.

Após a mesa estar pronta, lembre-se de deixar todas as pontas dos instrumentos viradas para o tampo. Dessa forma, você diminui os riscos de se machucar enquanto faz o atendimento. Como já destacamos, a variedade de instrumentos é ampla e altamente especializada — cada item possui uma função específica dentro dos diversos procedimentos disponíveis na área odontológica.

Esperamos que este conteúdo sirva como uma lista prática para estudantes e profissionais na hora de selecionar os componentes adequados para montar o ambiente cirúrgico e organizar os recursos necessários para os atendimentos clínicos diários e descomplicar a rotina de trabalho.

Agora, você já sabe quais são os principais instrumentais de cirurgia odontológica e como montar uma mesa, não deixe de navegar pelo nosso blog e descobrir outros conteúdos imperdíveis sobre o assunto, como o que é cirurgia ortognática. Não deixe de conferir e até lá.

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Síndrome da boca ardente: o que é, causas e tratamentos https://blog.suryadental.com.br/ardencia-na-boca-pode-ser-doenca/ https://blog.suryadental.com.br/ardencia-na-boca-pode-ser-doenca/#comments Fri, 20 Jun 2025 10:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=3596 Você já atendeu um paciente que sente ardência constante na boca, sem nenhuma lesão visível? Ou queixa-se de queimação na língua, paladar alterado e até sensação de boca seca, mesmo com saliva presente?

Esses sinais podem estar relacionados à Síndrome da Boca Ardente (SBA), uma condição que desafia o diagnóstico clínico e impacta diretamente o bem-estar dos pacientes. Ainda pouco compreendida, a SBA exige atenção e conhecimento atualizado por parte dos dentistas.

Neste artigo, abordaremos o conceito da Síndrome da Boca Ardente, suas possíveis causas, manifestações clínicas, métodos de diagnóstico e estratégias terapêuticas para o alívio dos sintomas. Continue a leitura e aprofunde seus conhecimentos!

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O que é síndrome da boca ardente?

A Síndrome da Boca Ardente (SBA) é uma condição caracterizada por uma sensação persistente de queimação na cavidade oral, sem que haja lesões visíveis ou causas aparentes. Essa sensação pode afetar a língua, lábios, gengivas, palato e outras áreas da boca.

A Síndrome da Boca Ardente apresenta maior prevalência em mulheres, particularmente no período pós-menopausa, podendo manifestar-se de maneira súbita ou progressiva. A intensidade da dor varia entre os indivíduos, podendo ser leve ou grave.

Em muitos casos, a sensação de queimação aumenta ao longo do dia, interferindo nas atividades cotidianas, como alimentação e fala. Embora a SBA não cause danos físicos visíveis, o desconforto constante pode impactar significativamente a qualidade de vida.

O diagnóstico da SBA é desafiador, pois não existem exames específicos para confirmá-la. Geralmente, é necessário excluir outras condições que possam causar sintomas semelhantes, como infecções, deficiências nutricionais ou distúrbios hormonais. O tratamento é direcionado para aliviar os sintomas e pode incluir abordagens farmacológicas, terapias comportamentais e mudanças no estilo de vida.

Tipos de síndrome da boca ardente

A SBA pode ser classificada em diferentes tipos, com base nos padrões de sintomas apresentados pelos pacientes. Essa classificação auxilia os profissionais de saúde a compreender melhor a condição e a personalizar o tratamento.

  • Tipo 1: os sintomas estão ausentes ao acordar, mas aumentam progressivamente ao longo do dia. Esse padrão é frequentemente observado em pacientes sem distúrbios psicológicos associados;
  • Tipo 2: a dor está presente desde o início do dia e persiste durante todo o período de vigília. Esse tipo é comumente associado a distúrbios de ansiedade;
  • Tipo 3: os sintomas são intermitentes e podem ocorrer em locais atípicos da boca. Esse padrão pode estar relacionado a reações alérgicas a alimentos ou materiais dentários.

Essa classificação não é absoluta, sendo possível que os pacientes apresentem características de mais de um tipo simultaneamente.

Quais são os sintomas da síndrome da boca ardente?

Os sintomas da SBA variam entre os indivíduos, mas a característica principal é a sensação de queimação na boca. Essa sensação pode afetar diferentes áreas, como a língua, lábios, gengivas, palato e garganta. A dor pode ser constante ou intermitente e, em muitos casos, aumenta ao longo do dia.

Além da queimação, outros sintomas comuns incluem:

  • Alterações no paladar: muitos pacientes relatam um gosto metálico, amargo ou salgado persistente na boca;
  • Sensação de boca seca: mesmo com produção normal de saliva, é comum a sensação de secura na boca;
  • Formigamento ou dormência: algumas pessoas experimentam sensações de formigamento ou dormência na língua ou em outras áreas da boca;
  • Aumento da sede: a sensação de boca seca pode levar a um aumento na ingestão de líquidos.

Esses sintomas podem interferir nas atividades diárias, como comer, falar e dormir, impactando a qualidade de vida do paciente.

Alterações na salivação e paladar

Pacientes com SBA frequentemente relatam alterações na salivação e no paladar. A sensação de boca seca, conhecida como xerostomia, é comum, mesmo quando a produção de saliva está dentro dos padrões normais. Essa sensação pode ser causada por mudanças na composição da saliva ou por fatores neurológicos.

As alterações no paladar, chamadas de disgeusia, incluem a percepção de sabores metálicos, amargos ou salgados, mesmo na ausência de estímulos alimentares. Essas mudanças podem afetar o apetite e o prazer ao se alimentar.

A xerostomia e a disgeusia podem ser agravadas por fatores como estresse, uso de certos medicamentos e condições médicas subjacentes. O manejo desses sintomas pode envolver o uso de substitutos salivares, ajustes na dieta e, em alguns casos, terapias medicamentosas específicas.

Síndrome da boca ardente: diagnóstico

O diagnóstico da SBA é desafiador, pois não existem exames específicos para confirmá-lo. Geralmente, é necessário excluir outras condições que possam causar sintomas semelhantes, como anamnese. Alterações na tireoide ou diabetes também podem causar o menor fluxo de saliva, um dos sintomas da síndrome.

Histórico médico

Durante a conversa, o dentista deve coletar informações sobre sintomas, duração das queixas, intensidade da dor e outras características para que possa ter os dados em mãos e compreender as possibilidades antes de passar às exclusões.

Também é fundamental entender sobre o histórico médico e dentário; uso de medicamentos; estilo de vida; utilização de produtos, principalmente aqueles de contato com a boca, como pasta de dente e maquiagens; além do consumo de determinados alimentos.

Exame físico

Durante a consulta, o profissional examina a boca e a língua em busca de alterações que possam explicar a ardência. São observados sinais como inflamações, lesões, mudanças na cor ou na textura da mucosa.

Também é avaliado se há fatores locais, como próteses mal ajustadas ou atrito constante, que possam estar contribuindo para o incômodo. Mesmo na ausência de sinais visíveis, o exame ajuda a descartar outras condições bucais.

exame físico síndrome da boca ardente
No exame físico, o dentista checa as alterações que levaram a pessoa a estar com a boca assada, coçando, ardendo e ressecada.

Exclusão de outras condições

Com as informações obtidas e observadas, o dentista passa a descartar outras condições com sintomas semelhantes e que possam estar causando a ardência bucal. Entre as possíveis doenças estão:

  • Infecções bucais;
  • Reações alérgicas;
  • Deficiências nutricionais;
  • Alterações hormonais;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Diabetes.

A exclusão deve vir após a realização de exames de sangue, testes alérgicos, biópsias ou encaminhamento para um especialista apropriado.

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Avaliação do nível de dor

O profissional pode utilizar escalas de dor para avaliar a intensidade do desconforto do paciente. Isso pode ajudar no monitoramento dos sintomas ao longo do tempo.

Exames complementares

Para fechar o diagnóstico, podem ser realizados alguns exames complementares. Vejamos:

  • Exames laboratoriais para verificar deficiências nutricionais (vitaminas B12, B9, ferro), diabetes, distúrbios da tireoide, entre outros;
  • Testes de fluxo salivar para avaliar a produção de saliva;
  • Exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia, se necessário;
  • Testes de alergia a produtos dentários ou alimentos.

O que causa a síndrome da boca ardente?

De acordo com estudo etiológico, as causas exatas da SBA ainda não são totalmente conhecidas. No entanto, as relações podem ser locais, sistêmicas, emocionais ou idiopáticas. Vamos explorar mais detalhes na sequência!

Causas locais

A sensação de ardência e vermelhidão na região perioral pode ser decorrente do uso inadequado de aparelhos ortodônticos ou de próteses mal ajustadas e sem manutenção adequada. Assim, o metal pode levar à sensação de queimação. 

Mulher com dores da boca por conta da Síndrome da boca ardente
Lábios queimando: o que pode ser? Vermelhidão na boca e ardência podem estar relacionadas a causas locais. Foto: Reprodução/Freepik.

Causas sistêmicas

As causas sistêmicas englobam a alteração das glândulas salivares por certos medicamentos, como anticolinérgicos, anti-histamínicos, antidepressivos, omeprazol, antibióticos específicos e outros que causam xerostomia.

Doenças do tecido conectivo, como a síndrome de Sjögren (autoimune) ou a fibromialgia (de dor crônica), e endócrinas (pacientes com diabetes) também podem apresentar a sensação de boca seca como um dos sintomas.

A hipótese de questões neurológicas não deve ser descartada, principalmente por conta das neuralgias do trigêmeo e do glossofaríngeo. Deficiências nutricionais, como a falta de vitaminas do complexo B, estão associadas à queimação na língua. Já a carência de zinco pode levar à atrofia de papilas bucais.

Causas emocionais

Transtornos como ansiedade, depressão e síndrome do pânico podem estar ligados à síndrome da boca ardente. Situações de estresse intenso, perdas ou mudanças bruscas na rotina também costumam ser relatadas por pessoas com o quadro. A saúde emocional influencia diretamente a percepção da dor e pode contribuir para o aparecimento ou agravamento dos sintomas.

Mulher com sintomas de boca sensível
Os sintomas de boca sensível podem estar relacionados às questões emocionais.

Causas idiopáticas

Quando todas as possíveis causas conhecidas são descartadas e ainda assim os sintomas persistem, o quadro pode ser classificado como idiopático. Isso significa que a origem da ardência não foi identificada. Essa situação é comum na SBA e mostra a complexidade da condição, exigindo acompanhamento e foco no alívio dos sintomas mesmo sem um diagnóstico definitivo.

Fatores de risco

Diversos fatores podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento da SBA. Entre os principais estão:

  • Sexo feminino: a SBA é mais comum em mulheres, especialmente após a menopausa, sugerindo uma possível ligação com alterações hormonais;
  • Idade avançada: a prevalência da SBA aumenta com a idade, sendo mais frequente em indivíduos com mais de 50 anos;
  • Histórico de distúrbios psicológicos: condições como ansiedade e depressão estão frequentemente associadas à SBA;
  • Uso prolongado de próteses dentárias: próteses e implantes mal ajustados ou o uso prolongado podem contribuir para o desenvolvimento da SBA;
  • Estresse crônico: o estresse contínuo pode afetar a saúde bucal e contribuir para o aparecimento dos sintomas;
  • Consumo de alimentos irritantes: alimentos picantes, ácidos ou muito quentes podem irritar a mucosa bucal e desencadear os sintomas.

Reconhecer esses fatores de risco pode auxiliar na prevenção e no diagnóstico precoce da SBA.

Quem pode ter SBA?

Em teoria, todas as pessoas podem apresentar os sintomas da síndrome de ardência na boca. O quadro pode aparecer por uma condição alérgica ou devido ao uso de algum medicamento, como já explicamos. 

Conforme mencionado anteriormente, a etiologia indica que a incidência é mais elevada em mulheres com idades entre 40 e 60 anos, especialmente durante ou após o período da menopausa.

Abordagem clínica e tratamento

O tratamento da SBA é direcionado para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Como a condição pode ter múltiplas causas, uma abordagem personalizada é fundamental. As opções de tratamento incluem:

  • Terapias farmacológicas: uso de medicamentos como antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes, clonazepam e suplementos vitamínicos, dependendo das necessidades individuais;
  • Terapias tópicas: aplicação de substâncias como capsaicina ou uso de enxaguantes bucais específicos para aliviar a dor;
  • Terapias comportamentais: intervenções psicológicas, como a terapia cognitivo-comportamental, podem ser úteis, especialmente quando fatores emocionais estão presentes;
  • Ajustes na dieta: evitar alimentos e bebidas que possam irritar a mucosa bucal, como alimentos ácidos, picantes ou muito quentes;
  • Cuidados com a higiene bucal: manter uma boa higiene oral e utilizar produtos adequados pode ajudar a reduzir os sintomas.

A colaboração entre diferentes profissionais de saúde é importante para um tratamento eficaz.

A síndrome da boca ardente envolve múltiplos fatores, desde causas locais até questões sistêmicas e emocionais. Mesmo sem alterações visíveis, os sintomas são reais e podem afetar o dia a dia do paciente. O papel do dentista é investigar com cuidado, considerar todas as possibilidades e buscar uma abordagem integrada.

A compreensão dos sinais clínicos, a realização de uma anamnese detalhada e a identificação do momento adequado para encaminhamento a outros especialistas são fatores determinantes para o conforto do paciente e a adesão ao tratamento.

Aproveite para complementar seus conhecimentos com o nosso conteúdo sobre doenças na língua: o que são, causas, sintomas e diagnósticos. Clique e leia agora!

conteúdos para universitários de odontologia no blog da surya dental
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Marketing odontológico: 22 dicas de como atrair pacientes https://blog.suryadental.com.br/marketing-odontologico/ https://blog.suryadental.com.br/marketing-odontologico/#comments Fri, 13 Jun 2025 10:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=4832 A área da odontologia exige mais do que conhecimento técnico e bons equipamentos. Para que uma clínica cresça de forma sustentável, é necessário também pensar em como atrair e manter pacientes. É nesse ponto que o marketing odontológico se torna um aliado importante na rotina de dentistas e estudantes que estão se preparando para atuar no mercado.

Com a concorrência cada vez maior, destacar-se depende de boas estratégias de comunicação e relacionamento. Isso não significa fazer grandes investimentos ou seguir fórmulas prontas, mas sim encontrar formas autênticas e éticas de mostrar seu trabalho, se conectar com o público e fortalecer a imagem da sua clínica.

Neste post, você vai encontrar 22 dicas práticas de marketing para dentistas e estratégias de marketing para clínica odontológica que podem ser aplicadas mesmo com recursos limitados. Desde o uso das redes sociais até a criação de um blog, cada item foi pensado para ajudar a tornar sua marca mais visível e confiável para os pacientes.

1. Comunique-se pelo WhatsApp

O WhatsApp é uma ótima ferramenta para se comunicar com clientes e prospectos. Você pode utilizar o app para agendar consultas, tirar dúvidas e checar se está tudo bem com o paciente após um procedimento.

Além dessas formas de uso, você pode explorar o WhatsApp para distribuir conteúdo autoral. Produza vídeos, áudios, fotos e textos para enviar a dois tipos de contatos: os que já são clientes do seu consultório ou os que podem se tornar pacientes.

A dica mais valiosa para o WhatsApp é: não faça ofertas de produtos e serviços, e sim crie conteúdo informativo, que gera muito mais engajamento do que a venda direta.

O ideal é falar sobre um problema e apresentar a solução. Algumas sugestões de conteúdos que você pode produzir:

  • Dicas sobre higiene bucal;
  • Como o paciente pode cuidar do clareamento dental;
  • O que são lentes de contato;
  • Dicas de escovação para quem usa aparelho ortodôntico;
  • Como se previne cárie;
  • Saúde bucal do bebê.

A periodicidade do envio dos materiais também é importante. Não exagere na frequência, mas também não dê espaço ao ponto de o destinatário esquecer de você. Dispare os conteúdos uma ou duas vezes por semana, no máximo.

O WhatsApp é uma ótima ferramenta de marketing na odontologia porque aproxima profissional e paciente. Além disso, o conteúdo é compartilhado e a mensagem chega a pessoas fora da sua base de contatos inicial.

Se for usar o WhatsApp, a dica de ouro é apostar na versão business, pois ela oferece uma série de funcionalidades que vão facilitar o contato com o paciente.

2. Use softwares odontológicos

Os softwares odontológicos, além de serem essenciais para organizar a rotina do consultório, são bons aliados em estratégias de marketing.

Não há dúvidas de que se lembrar dos pacientes em datas especiais fortalece os laços, certo? Para isso, você pode contar com o e-mail ou com SMS, que podem ser disparados pelo software de forma automática, tornando o processo muito mais prático e garantindo que você não deixe passar nada.

Por isso, na hora de escolher qual software comprar, vale pesquisar diversas opções e optar pela mais completa e que vai suprir todas as necessidades do seu consultório, como o disparo de mensagens automáticas.

3. Construa relacionamentos sólidos com seus pacientes

A fidelização de pacientes passa pela forma como eles são tratados desde o primeiro contato com a clínica. Um atendimento atencioso e bem estruturado transmite segurança e reforça o valor do serviço prestado. Essa experiência começa no momento do agendamento, com uma conversa clara, acolhedora e respeitosa, e se estende até o pós-atendimento.

É importante que todos na equipe estejam alinhados com esse padrão de acolhimento. Receber o paciente com gentileza, informá-lo sobre o andamento da agenda e oferecer opções de conforto enquanto ele aguarda, como água, café ou acesso à internet, são atitudes simples que fazem diferença. Mostrar atenção individualizada e respeito ao tempo de quem busca atendimento contribui diretamente para a construção de confiança.

Pacientes satisfeitos costumam compartilhar boas experiências com amigos e familiares. Estimular esse tipo de indicação pode fortalecer a reputação da clínica. Para isso, vale agradecer cada nova recomendação de forma personalizada, seja com uma mensagem, seja com um e-mail.

Além disso, buscar feedback por meio de formulários rápidos, como no Google Docs, ajuda a identificar pontos fortes e ajustar aspectos que possam ser melhorados. Isso reforça a qualidade do serviço e o vínculo com os pacientes.

marketing odontologico atenda com excelência para fidelizar clientes
Manter um cliente satisfeito gera marketing positivo para o seu consultório. Foto: rawpixel

4. Conheça o seu público-alvo e a persona

Toda estratégia de marketing precisa partir do conhecimento do seu público-alvo e da sua persona. Essas informações são essenciais para que você crie uma comunicação que faça sentido para essas pessoas, assim como focar energias e investimentos em algo que realmente vale a pena.

Talvez você já tenha ouvido falar do conceito de público-alvo, que é um recorte genérico de pessoas que podem ser seus pacientes. Já a persona, termo comum entre profissionais do marketing digital, é o perfil fictício do seu cliente ideal. Em seguida, vamos dar alguns exemplos para que fique mais claro, considerando que a sua clínica trabalha com harmonização orofacial.

Público-alvoPersona
Mulheres 25 aos 65 anos Residentes na sua cidade Classe média altaMarisa Gomes 35 anos Mora em um bairro sofisticado da sua cidade Médica Preocupada em manter a boa aparência Gosta de se inspirar em famosas Deseja manter a jovialidade do rosto Nos tempos livres, gosta de viajar, jantar em restaurantes elegantes e ir ao clube

Com essa tabela, ficou mais fácil compreender.

Quando pensamos em persona, consideramos desde o perfil até os hábitos diários, as dificuldades que encontra, os desejos, a família etc. Essas informações vão ajudar você a entender que tipo de conteúdo faz sentido para essa pessoa e como solucionar as dores desse paciente.

Enquanto o público-alvo pode ser simples de entender apenas com informações e percepções do dia a dia da clínica, a persona necessita de mais estudos e pesquisas.

5. Marque presença online com um site profissional

Manter um site próprio é uma forma eficiente de posicionar sua clínica na internet e facilitar o contato com novos pacientes. Muitas pessoas buscam serviços odontológicos diretamente em mecanismos de busca, e um site bem estruturado pode colocar seu consultório em destaque. É o espaço ideal para apresentar seu trabalho com clareza e atrair quem está em busca de soluções específicas.

No site, é possível incluir dados relevantes como localização da clínica, especialidades atendidas, formas de agendamento, diferenciais do atendimento, além de um pouco da sua trajetória profissional. Isso gera transparência e ajuda a construir confiança antes mesmo da primeira consulta.

Adicionar conteúdos educativos, como artigos e respostas para dúvidas frequentes, fortalece o vínculo com o público e demonstra domínio sobre o que você faz.

Em vez de depender exclusivamente do boca a boca ou das redes sociais, o site oferece um ambiente totalmente seu para apresentar sua marca e transmitir credibilidade. Além disso, ferramentas de agendamento online e um design que funcione bem em dispositivos móveis contribuem para uma boa experiência do usuário. Estar visível na internet, com informações completas, amplia seu alcance e fortalece sua imagem como profissional.

6. Use as redes sociais de forma estratégica

Participar ativamente das redes sociais pode abrir novas oportunidades para o crescimento da sua clínica odontológica. Plataformas como Instagram, Facebook e até o TikTok se tornaram parte da rotina de milhões de pessoas, inclusive de quem busca por cuidados com a saúde bucal. Estar presente nesses espaços amplia sua visibilidade e fortalece a conexão com pacientes — tanto os atuais quanto os em potencial.

Para ter bons resultados, comece escolhendo as redes sociais que fazem sentido para o perfil do seu público. Aprender como cada ferramenta funciona e adaptar sua comunicação ao estilo de cada plataforma são pontos que influenciam no alcance das postagens.

Com o tempo, é possível identificar os formatos que geram mais interação, como vídeos curtos, enquetes ou carrosséis informativos, e utilizar esses recursos para manter sua presença digital ativa e relevante.

7. Produza um blog com foco em conteúdo útil

Ter um blog pode ser um grande diferencial para quem busca melhorar a presença digital da clínica odontológica. Criar um blog e publicar artigos sobre saúde bucal, prevenção, tratamentos e temas que respondem às dúvidas dos pacientes é uma forma eficiente de atrair visitas ao seu site.

Manter um blog ativo mostra que você acompanha as transformações da odontologia e que está disposto a compartilhar conhecimento. Isso ajuda a criar uma relação mais próxima com os pacientes e ainda fortalece sua imagem profissional. Para isso, vale a pena aprender técnicas de SEO, que ajudam o conteúdo a aparecer nos resultados de busca com mais facilidade, como títulos bem pensados e textos objetivos que fazem a diferença.

Caso a produção de textos não seja algo que você queira ou consiga encaixar na rotina, considere contratar um redator com experiência em marketing odontológico. Assim, você mantém o blog em dia e ainda conta com conteúdos escritos de forma estratégica. O importante é transformar o blog em um canal ativo de comunicação com quem procura por informações confiáveis sobre cuidados dentários.

8. Destaque os benefícios dos tratamentos oferecidos

Muitas pessoas ainda têm receio de iniciar tratamentos odontológicos por desconhecer os benefícios ou imaginar que serão longos e desconfortáveis. Mostrar, de forma clara e acessível, o que cada procedimento pode trazer de positivo para o paciente é uma maneira eficiente de desmistificar essas ideias e estimular o interesse. Isso pode ser feito em postagens nas redes sociais, no site ou em conversas diretas no consultório.

Ao explicar como um clareamento dental pode melhorar a autoestima ou como o uso de aparelho ortodôntico impacta na mastigação e na saúde bucal, você transforma o tratamento em algo mais próximo da realidade do paciente. Para isso, evite jargões técnicos e opte por uma linguagem simples, que valorize os resultados na rotina do dia a dia para divulgar seu consultório.

Além dos benefícios diretos, vale mostrar o que diferencia o atendimento na sua clínica. Se você investe em tecnologia, oferece flexibilidade de horários, acompanha os pacientes após o término do tratamento ou utiliza materiais de qualidade, esses pontos merecem destaque. Mostrar esse cuidado faz com que o paciente perceba valor na escolha do seu consultório, o que pode influenciar na decisão final.

9. Busque cursos de marketing digital para aplicar na odontologia

Aprender marketing digital pode facilitar bastante a divulgação da sua clínica. Existem cursos online gratuitos que ensinam desde o básico até ferramentas mais específicas.

A FGV, por exemplo, oferece um curso que aborda marketing de serviços, construção de marca e estratégias digitais. O conteúdo é prático e pensado para quem quer se destacar.

Com esse conhecimento, fica mais fácil tomar decisões sobre divulgação e encontrar formas de atrair e manter pacientes com mais consistência.

Marketing odontológico
Faça cursos para se especializar em marketing odontológico.

10. Amplie sua visão com livros sobre marketing

Uma excelente forma de compreender melhor o marketing e pensar em estratégias para o seu negócio é lendo livros sobre gerenciamento da clínica odontológica, desde títulos clássicos e importantes para o ramo, quanto lançamentos direcionados à atualidade.

Autores como Philip Kotler e Seth Godin abordam temas como relacionamento com o cliente, valor de marca e comportamento de consumo de forma acessível. São leituras importantes para quem quer construir uma base sólida sobre o tema e desenvolver uma visão mais estratégica do negócio.

Além desses nomes, vale explorar obras mais atuais, voltadas ao marketing digital, e até biografias de empreendedores como Steve Jobs, Walt Disney e Bill Gates. Essas leituras mostram como a comunicação e o posicionamento de marca podem transformar a percepção do público e abrir novas oportunidades para a clínica.

Marketing odontológico
Tem dúvidas de como fazer planejamento estratégico de marketing? A dica é ler alguns livros sobre o assunto.

11. Faça um planejamento

Fazer um planejamento de marketing é muito importante. Nesse documento, devem constar um estudo da situação atual do seu negócio e uma projeção dos próximos passos a serem tomados.

Para sua elaboração, leve em consideração os dados que você tem à disposição (como número de pacientes, clientes recorrentes, estatísticas de redes sociais) e outros fatores relevantes para o ramo, como datas comemorativas e a sazonalidade do comércio local.

A partir daí, trace seus objetivos para curto e longo prazo (podem ser aumentar o número de consultas ou de um procedimento específico, o volume de pacientes recorrentes, o faturamento) e o que será feito para alcançá-los, como ações em redes sociais, marketing de indicação ou otimização de processos do consultório.

marketing odontologico Monitore suas ações
As monitorar suas ações de marketing odontológico, é possível compreender sua eficácia.

12. Monitore suas ações

Além de planejar o que será feito para o crescimento do seu negócio, é fundamental que você monitore suas ações constantemente para saber o que está surtindo resultado.

Por exemplo: se você tem alimentado suas redes sociais há alguns meses e isso não tem surtido efeito, experimente modificar o teor das postagens, acrescentando um pouco do seu dia a dia, dicas para pacientes ou informações sobre algum tipo de procedimento.

Faça relatórios sobre tudo o que está sendo feito para ter um acompanhamento em tempo real.

13. Respeite o Código de Ética Odontológica

O dentista pode divulgar a clínica desde que as ações não desrespeitem o Código de Ética Odontológica. Seguir as instruções desse documento significa respeitar pacientes e colegas de profissão.

Veja quais condutas são vedadas ao cirurgião-dentista:

  • Anunciar preços, serviços gratuitos e modalidades de pagamento;
  • Divulgar títulos, qualificações, especialidades que não possua ou que não sejam reconhecidas pelo Conselho Federal de Odontologia;
  • Anunciar técnicas e terapias de tratamento sem comprovação científica;
  • Criticar técnicas utilizadas por outros profissionais como inadequadas ou ultrapassadas;
  • Dar consulta, diagnóstico ou prescrição de tratamento em veículos de comunicação;
  • Divulgar nome, endereço ou outro elemento que identifique o paciente, a não ser com o consentimento dele;
  • Aliciar pacientes, praticando ou permitindo a oferta de serviços por informação ou anúncio falso, irregular, ilícito ou imoral, com o intuito de atrair clientela;

Por isso, fique atento e tome cuidado com o conteúdo que pode ou não ser divulgado, para não ferir o Código de Ética.

14. Crie uma identidade visual

Recomenda-se que, na hora de criar a identidade visual, você converse com um profissional de design. Ele reunirá todas as suas ideias para fazer um estudo aprofundado, o que resultará em um visual que transmita, de fato, o que é o seu consultório.

15. Desenvolva um plano de marketing estruturado

Estabelecer um plano de marketing bem delineado é o primeiro passo para alcançar os objetivos da sua clínica. Defina metas claras, identifique o público-alvo e escolha os canais de comunicação mais adequados. Um planejamento sólido permite direcionar esforços de forma eficiente, otimizando recursos e maximizando resultados.

Além disso, um plano estruturado facilita a mensuração dos resultados das ações implementadas. Ao acompanhar indicadores como número de novos pacientes, taxa de retenção e retorno sobre investimento, é possível ajustar as estratégias conforme necessário, promovendo um crescimento sustentável da clínica.

A elaboração de um plano de marketing também auxilia na identificação de oportunidades de mercado e na antecipação de possíveis desafios. Com uma visão clara dos objetivos e das etapas necessárias para alcançá-los, a clínica pode se posicionar de maneira mais competitiva e eficaz no mercado odontológico.

16. Invista em marketing de conteúdo

Produzir conteúdo relevante e informativo fortalece a autoridade da sua clínica no mercado. Artigos, vídeos e postagens nas redes sociais que abordem temas de interesse dos pacientes, como cuidados bucais e novidades em tratamentos, ajudam a atrair e fidelizar o público.

Ao compartilhar conhecimento de forma acessível, você demonstra comprometimento com a saúde e bem-estar dos pacientes. Essa abordagem contribui para a construção de relacionamentos duradouros e aumenta a confiança dos pacientes nos serviços oferecidos pela clínica.

Além disso, o marketing de conteúdo melhora o posicionamento nos mecanismos de busca, aumentando a visibilidade online da clínica. Com uma estratégia bem definida, é possível alcançar um público mais amplo e consolidar a presença digital da sua marca.

17. Gerencie sua reputação online

A opinião dos pacientes influencia diretamente na decisão de novos clientes. Monitore avaliações em plataformas como Google Meu Negócio e redes sociais, respondendo de forma profissional e atenciosa. Um bom relacionamento online reforça a credibilidade da sua clínica.

Incentive pacientes satisfeitos a deixarem avaliações positivas e esteja preparado para lidar com críticas de maneira construtiva. Uma reputação online sólida contribui para a atração de novos pacientes e fortalece a imagem da clínica no mercado.

Além disso, a gestão proativa da reputação online permite identificar áreas de melhoria nos serviços oferecidos, promovendo a excelência no atendimento e a satisfação dos pacientes. Com uma abordagem estratégica, sua clínica pode se destacar positivamente no ambiente digital.

18. Explore o marketing pessoal

Destacar suas habilidades e conquistas profissionais humaniza a relação com os pacientes. Compartilhe sua trajetória, participe de eventos e esteja presente em comunidades relacionadas à odontologia. Essas ações fortalecem sua imagem e aproximam você do público.

Ao mostrar o lado humano por trás do profissional, você cria conexões mais profundas com os pacientes, aumentando a confiança e a fidelidade. O marketing pessoal é uma ferramenta poderosa para diferenciar-se em um mercado competitivo.

Além disso, investir no desenvolvimento contínuo e na atualização profissional demonstra comprometimento com a excelência, reforçando a credibilidade e a autoridade no campo da odontologia. Com uma presença autêntica e engajada, você pode atrair e fidelizar pacientes de forma eficaz.

19. Utilize ferramentas de CRM

Sistemas de gestão de relacionamento com o cliente (CRM) auxiliam no acompanhamento do histórico dos pacientes, facilitando a comunicação e a organização do agendamento de consultas. Com essas ferramentas, é possível oferecer um atendimento mais personalizado.

Além disso, o uso de CRM permite a automação de processos, como o envio de lembretes de consultas e campanhas de e-mail marketing, otimizando o tempo da equipe e melhorando a experiência do paciente.

A análise de dados fornecida pelo CRM também contribui para a identificação de padrões de comportamento dos pacientes, permitindo a criação de estratégias de marketing mais eficazes e direcionadas. Com uma gestão eficiente, sua clínica pode alcançar melhores resultados e satisfação dos pacientes.

20. Produza vídeos educativos

Vídeos que esclarecem dúvidas comuns ou apresentam procedimentos de forma didática são uma excelente forma de engajar o público. Compartilhe esses materiais em seu site e redes sociais para informar e atrair novos pacientes.

A produção de publicidade por meio de vídeos permite demonstrar a expertise da clínica e transmitir confiança aos pacientes. Além disso, conteúdos audiovisuais têm maior potencial de compartilhamento, ampliando o alcance da sua mensagem.

Invista em vídeos de qualidade, com linguagem acessível e informações relevantes; eles contribuirão para a construção de uma imagem positiva da clínica e fortalecerão o relacionamento com os pacientes. Com uma estratégia bem definida, os vídeos educativos podem ser uma ferramenta poderosa no marketing odontológico.

21. Segmente suas campanhas de marketing

Direcionar suas ações de marketing para grupos específicos aumenta a eficácia das campanhas. Considere fatores como idade, localização e interesses ao elaborar suas estratégias, garantindo que a mensagem alcance o público desejado.

A segmentação permite personalizar a comunicação, tornando-a mais relevante para cada grupo de pacientes. Isso resulta em maior engajamento e melhores taxas de conversão, contribuindo para o crescimento da clínica.

Além disso, a análise dos resultados das campanhas segmentadas fornece insights valiosos sobre o comportamento dos pacientes, permitindo ajustes e melhorias contínuas nas estratégias de marketing. Com uma abordagem direcionada, sua clínica pode alcançar resultados mais expressivos.

22. Mantenha-se atualizado sobre as tendências do setor

Acompanhar as novidades e inovações na área odontológica permite adaptar suas estratégias de marketing conforme as mudanças do mercado. Participe de cursos, workshops e eventos para estar sempre informado e oferecer o melhor aos seus pacientes.

Estar atualizado demonstra comprometimento com a excelência profissional e posiciona sua clínica como referência no setor. Além disso, a adoção de novas tecnologias e práticas pode melhorar a experiência do paciente e otimizar os processos internos.

Investir na atualização constante também contribui para a diferenciação da clínica no mercado competitivo, atraindo pacientes que valorizam a inovação e a qualidade nos serviços odontológicos. Com uma postura proativa, sua clínica pode se destacar e alcançar novos patamares de sucesso.

Investir em marketing odontológico ajuda a dar visibilidade ao seu trabalho, fortalecer a marca da clínica e se aproximar dos pacientes. Quando feito com cuidado e estratégia, os resultados aparecem com o tempo. Mesmo quem já atua há anos pode melhorar a forma como se comunica com o público. O importante é manter o foco tanto no atendimento quanto na maneira de mostrar isso nas redes e em outros canais.

Quer continuar aprendendo como criar conteúdos de qualidade e aplicar boas práticas de marketing para dentistas? Explore nosso conteúdo sobre como criar conteúdos de qualidade na odontologia.

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Principais eventos e congressos de odontologia em 2025/26 https://blog.suryadental.com.br/congressos-de-odontologia/ https://blog.suryadental.com.br/congressos-de-odontologia/#respond Fri, 06 Jun 2025 10:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=11441 Os congressos de odontologia são excelentes oportunidades para aumentar a sua rede de contatos, atualizar-se das novidades tecnológicas do mercado, fazer negócios e aprender técnicas de tratamento com nomes renomados da área. Por isso, ficar atento à agenda de 2025 é indispensável!

Participar de congressos odontológicos é uma oportunidade de promover conexões com especialistas e colegas da área, uma vez que esses eventos oferecem acesso a conteúdos de ponta e tendências que impulsionam a prática clínica. É o momento ideal para respirar novos ares, inspirar-se e transformar desafios em soluções inovadoras para seus pacientes.

Para te ajudar a decidir qual é o evento que mais lhe agrada, a Surya Dental listou neste post os melhores eventos de odontologia para participar neste ano no Brasil e no mundo. Confira todos os detalhes a seguir:

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Por que participar de eventos e congressos de odontologia?

Esses encontros são espaços privilegiados para acompanhar estudos em desenvolvimento na área e explorar eventos paralelos que apresentam novidades tecnológicas e soluções modernas, essenciais para elevar a qualidade dos serviços oferecidos em seu consultório.

Participar dessas iniciativas é fundamental para absorver conhecimentos atualizados, ampliar sua rede de contatos profissionais e descobrir parceiros comerciais estratégicos. Esses elementos, combinados, impactam diretamente na eficiência da sua gestão clínica, tornando-a mais competitiva e alinhada com as demandas do mercado atual.

Congressos de odontologia nacionais

Não há dúvidas de que o Brasil tem uma excelente programação científica quando o assunto é odontologia. Grandes eventos são sediados no país, além de contarmos com profissionais renomados e reconhecidos no mundo todo. Confira as opções para participar ao longo do ano!

1. 41º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo

Entre os primeiros congressos de odontologia de 2026 está o CIOSP, considerado um dos maiores congressos de odontologia da América Latina, que conta com programação científica para atualização de conhecimento entre os profissionais. Entre os cursos, há abordagem sobre estética, harmonização orofacial (HOF), gestão e marketing odontológico, terapias integrativas e complementares, entre outros assuntos específicos.

Além disso, os dentistas têm a oportunidade de conferir as últimas tendências e os avanços no mercado odontológico, com a presença de mais de 300 expositores do mundo inteiro.

  • Onde? Expo Center Norte, São Paulo (SP);
  • Quando? 28 a 31 de janeiro;
  • Ingressos: confira os valores no site, o preço varia de acordo com a categoria, seja estudante, cirurgião dentista, auxiliar ou técnico em saúde bucal.

2. Congresso Internacional de Especialidades Odontológicas

Um evento em que é possível se conectar e aprender com especialistas de diversas áreas da odontologia é o Conespo. O congresso acontece na cidade do Rio de Janeiro com mais de 50 palestras, duas salas de hands-on com dentistas renomados, área de expositores e módulos com sete especialidades (280 vagas cada).

  • Onde? Expomag, no Rio de Janeiro (RJ);
  • Quando? 28 a 29 de maio de 2025.
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26º Congresso Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial

O 27º COBRAC 2025 terá palestrantes nacionais e internacionais que vão destacar o que há de mais moderno em técnicas, riscos e benefícios da cirurgia buco-maxilo-facial, uma cirurgia ortognática. Organizado em formato de arena, é possível que haja interação entre profissionais e expositores, no ambiente em que ocorrem as palestras.

  • Onde? Natal (RN);
  • Quando? 26 a 28 de agosto de 2026;
  • Ingressos: confira os valores no site, pois podem diferir a depender da categoria.
Congresso odontologia
Participar de eventos é uma ótima forma de atualizar-se na profissão.

4. 21º Congresso Internacional de Odontologia da Bahia (Cioba)

Ética e sustentabilidade na odontologia: esse é o tema do 21º Cioba, congresso que ocorre em 2025.

Entre os principais assuntos que vão ser desdobrados em palestras e cursos do evento estão a ética nas redes sociais, a sustentabilidade na odontologia, resinas e cerâmica, estética periodontal e periimplantar, além de aspectos legais e atualidades sobre harmonização orofacial.

  • Onde? Centro de Convenções de Salvador, Salvador (BA);
  • Quando? A definir;
  • Ingressos: os valores dependem de cada categoria.

5. Orto-SPO

A ortodontia contemporânea é vasta e busca eficiência de resultados, com profissionais que buscam se especializar e entender diferentes abordagens, processos e técnicas para aplicar na clínica. São essas estratégias que melhoram a experiência do paciente e é o que propõe o congresso Orto-SPO 2025: conhecimento 360º direcionado para maior eficiência dos profissionais.

Serão mais de 200 atividades entre masterclasses, cursos internacionais, conferências, corporate sessions, meet and greet e digital lab para os profissionais aproveitarem.

  • Onde? Distrito Anhembi (SP);
  • Quando? 2 a 4 de outubro de 2025.

6. SucessOdonto

Organizar o consultório odontológico não é uma tarefa fácil, mas é necessário para gerenciar o negócio. Por isso, o SucessOdonto 2025 é o congresso certo para quem busca se atualizar sobre gestão e marketing para odontologia e seus consultórios. É o maior evento do mundo do segmento, com três dias e mais de 25 horas de conteúdo prático.

  • Onde? A definir;
  • Quando? 07, 08 e 09 de novembro de 2025.

Segundo a Associação Brasileira de Odontologia (ABO), outros eventos estão confirmados para 2025. Entretanto, ainda não possuem muitas informações. De toda forma, fique de olho nesses congressos!

7. Clinicorp Summit

Em 2025, o evento está programado para os dias 2, 3 e 4 de junho, das 17h às 21h, com o tema central “Agilidade, eficiência e tecnologia: caminhos para o sucesso profissional em odontologia!” reunirá 12 palestras ministradas por especialistas renomados do setor. As apresentações serão organizadas em três grandes áreas:

Gestão odontológica: estratégias para ampliar o número de tratamentos realizados e elevar a receita do consultório, além de orientações sobre como selecionar uma secretária especializada e gerenciar uma Clínica Escola de Odontologia de forma eficaz.

Inovação: especialistas reconhecidos explorarão os avanços mais recentes em Implantodontia e Harmonização Orofacial, discutirão aplicações práticas da Inteligência Artificial na área e compartilharão tendências em práticas sustentáveis no setor odontológico.

Marketing e vendas: palestras focadas em estratégias de marketing digital e convencional para potencializar o crescimento do consultório, melhorar a taxa de conversão de pacientes e impulsionar resultados comerciais.

8. Congresso Internacional de Odontologia Norte e Nordeste (Cionn)

  • Onde? Aracaju (SE);
  • Quando? 20 a 21 de setembro de 2025.

9. 15º Congresso Odontológico do Espírito Santo

  • Onde? Centro de Convenções de Vitória (ES);
  • Quando? A definir.

10. 24º Congresso Odontológico Rio-Grandense (Corig)

  • Onde? Centro de Eventos da PUC-RS, em Porto Alegre (RS);
  • Quando? 12 a 14 de junho de 2025.

11. Smile & HOF in Rio 2025

  • Onde? Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ);
  • Quando? 6 a 8 de agosto de 2025.
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12. 42ª Reunião Anual da SBPqO

A Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO) realizará a 42ª Reunião Anual da SBPqO, reconhecida como o maior e mais relevante evento na área de pesquisa odontológica do país! O evento acontecerá de 3 a 6 de setembro de 2025, em São Paulo (SP).

13. INDEX25 – Innovation Dental Exhibition

O INDEX25 é um encontro para dentistas e técnicos que trabalham em diferentes áreas da odontologia e entendem que inovação e tecnologia na odontologia são fundamentais para alcançar excelência profissional.

Da gestão à prática clínica e laboratorial, o evento reúne quem deseja aprimorar seus serviços e proporcionar atendimentos de qualidade superior aos pacientes. Ele acontecerá nos dias 9, 10, 11 e 12 de setembro de 2025 no distrito Anhembi em São Paulo. Não perca!

14. Odonto Conference

O Odonto Conference é o encontro exclusivo dos principais expoentes da odontologia e onde os conteúdos relevantes se transformam em prática. Esse evento é um espaço para desenvolver habilidades e se transformar em um especialista que dita as tendências e se destaca como referência no mercado odontológico! O evento será realizado na Expo Center Norte em São Paulo (SP) nos dias 11 e 12 de agosto desse ano.

Congressos de odontologia internacionais

Se dentro da sua agenda houver a oportunidade de ir a eventos internacionais, saiba que é uma ótima ocasião para expandir ainda mais o seu networking e ficar de olho no que é feito em outros países. Confira os principais congressos internacionais de odontologia!

1. Sessão Anual da Associação Americana de Ortodontistas (AAO)

Este é considerado o maior evento da ortodontia do mundo! A Sessão Anual da Associação Americana de Ortodontistas é uma experiência totalmente personalizada. De acordo com os seus objetivos, é possível escolher o melhor programa para você, como aprender mais sobre impressão 3D ou novas técnicas para a clínica.

A boa notícia sobre este evento é que você pode participar de forma virtual, excelente alternativa para quem não consegue fazer a viagem.

  • Onde? Filadélfia, Estados Unidos da América.
  • Quando? 25 e 27 de abril de 2025.

2. World Dental Congress

O World Dental Congress é um evento realizado pela World Dental Federation, com o objetivo de ser um congresso de educação continuada e, também, de promover laços entre profissionais de todo o mundo. Os participantes podem contar com fóruns interativos, programa científico de ponta e exposição odontológica.

  • Onde? Xangai, China;
  • Quando? 9 a 12 de setembro de 2025;
  • Ingressos: consulte o site do evento.

3. Implant Solutions World Summit

O Implant Solutions World Summit é um congresso internacional de odontologia de 2025 que vai ser realizado em Miami, cidade do Estado da Flórida, nos Estados Unidos.

Os congressistas vão ter a oportunidade de conferir as novidades de soluções em implantes, tecnologias em odontologia e regeneração óssea. É uma chance para se conectar com especialistas e conferir palestras de profissionais de renome mundial.

  • Onde? InterContinental, Miami (EUA);
  • Quando? 25 a 27 de setembro de 2025;
  • Veja os ingressos no site do evento.

Principais vantagens de participar de congressos de odontologia

Participar desses eventos é uma oportunidade única para fortalecer networking, atualizar conhecimentos técnicos e absorver inovações que renovam a prática clínica com perspectivas transformadoras. Confira as principais vantagens abaixo:

1. Capacitação constante

Os congressos são uma fonte essencial para acompanhar os últimos avanços clínicos, tecnológicos e científicos da odontologia, garantindo que os profissionais estejam alinhados com práticas modernas e descobertas inovadoras.

2. Conexões estratégicas

Esses encontros agregam dentistas, pesquisadores e líderes do setor, o que facilita a construção de redes de contato, a troca de ideias e o desenvolvimento de parcerias que impulsionam carreiras e projetos.

3. Educação

Por meio de palestras interativas, cursos para dentistas, workshops e debates, os congressos criam um ambiente dinâmico para o aperfeiçoamento de habilidades técnicas e a absorção de conhecimentos aplicáveis no dia a dia clínico.

5. Análise colaborativa de casos

Espaços dedicados à reflexão sobre casos clínicos complexos permitem que os profissionais compartilhem soluções, discutam abordagens multidisciplinares e adquiram insights para situações desafiadoras.

6. Novidades tecnológicas ao alcance

Feiras especializadas dentro dos congressos revelam equipamentos, materiais e softwares inovadores, possibilitando que os participantes testem e integrem recursos avançados em seus consultórios.

7. Estímulo criativo

A imersão nesses eventos desperta a vontade de explorar novas tendências, reinventar métodos de trabalho e buscar diferenciais que elevam a qualidade do atendimento oferecido.

8. Credenciais para a carreira

Muitos eventos concedem certificados e créditos válidos em programas de educação continuada, fortalecendo o currículo e atendendo a exigências de atualização profissional.

9. Projeção no mercado

Participar ativamente como palestrante, autor de trabalhos científicos ou debatedor amplia a visibilidade no campo odontológico, consolidando reputação e abrindo portas para novas oportunidades.

Os congressos de odontologia são oportunidades para descobrir novas técnicas, materiais e equipamentos, aprimorar os diagnósticos na prática clínica, fazer negócios e encontrar profissionais para conversar sobre o mercado e concretizar parcerias. Informe-se sobre a agenda de eventos da sua especialidade!

Quer ficar por dentro de mais assuntos do mundo da odontologia? Então, continue explorando o blog da Surya Dental para encontrar outros conteúdos imperdíveis sobre o mundo da odontologia, com informações sobre consultórios, produtos e casos clínicos. Confira também como foi o CIOSP 2025! Não deixe de conferir e até lá.

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