Arquivos Minha clínica - Surya Dental https://blog.suryadental.com.br/category/marketing-para-odontologia/ Thu, 14 Aug 2025 18:15:19 +0000 pt-BR hourly 1 https://blog.suryadental.com.br/wp-content/uploads/2022/08/cropped-surya-1-e1652876833917-180x180-1-80x80.png Arquivos Minha clínica - Surya Dental https://blog.suryadental.com.br/category/marketing-para-odontologia/ 32 32 Normas da ANVISA para um consultório odontológico https://blog.suryadental.com.br/normas-para-montar-um-consultorio-odontologico/ https://blog.suryadental.com.br/normas-para-montar-um-consultorio-odontologico/#comments Thu, 14 Aug 2025 18:10:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=439 Montar um consultório odontológico envolve muito mais do que adquirir equipamentos e decorar o ambiente. Para funcionar dentro das normas, a clínica precisa atender a uma série de exigências legais, estruturais e sanitárias que garantem segurança no atendimento e organização no dia a dia de trabalho.

As normas da Anvisa são o ponto de partida para quem deseja abrir as portas com segurança jurídica e responsabilidade técnica. Elas orientam desde o projeto arquitetônico até o descarte correto dos resíduos gerados nos procedimentos. Seguir essas diretrizes é uma forma de proteger sua equipe, cuidar do paciente e estruturar uma clínica com base sólida.

Neste guia, você vai conhecer os principais pontos exigidos para montar um consultório odontológico regularizado: desde a aprovação do projeto na prefeitura até o manual de boas práticas, passando pela estrutura física, climatização e iluminação. Siga a leitura e descubra como colocar sua clínica para funcionar de forma segura.

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Monte um projeto

O primeiro passo para montar um consultório odontológico envolve a elaboração de um projeto detalhado, que deve contemplar aspectos como a disposição dos ambientes, a infraestrutura necessária, os equipamentos a serem utilizados e as normas sanitárias vigentes. Esse projeto deve ser desenvolvido por profissionais especializados, como arquitetos e engenheiros, que possuam conhecimento sobre as exigências específicas do setor da saúde.

A RDC 50/2002 da Anvisa estabelece diretrizes para o planejamento físico de serviços de saúde, incluindo consultórios odontológicos. O projeto deve prever áreas adequadas para atendimento, esterilização, armazenamento de materiais e resíduos, além de garantir acessibilidade e conforto para pacientes e profissionais.

A elaboração cuidadosa do projeto é fundamental para evitar problemas futuros e assegurar que o consultório atenda às exigências legais e proporcione um ambiente seguro e funcional. Além das normas federais, também é indispensável verificar as regulamentações da sua cidade e do seu estado para garantir que tudo esteja regularizado.

Aprove o projeto na prefeitura

Depois de finalizar o projeto do consultório, é hora de buscar a aprovação junto à prefeitura da sua cidade. Esse processo envolve a análise do projeto arquitetônico e das instalações prediais, verificando se estão em conformidade com o código de obras municipal e as normas sanitárias.

A aprovação é um requisito para a obtenção do alvará de funcionamento, documento que autoriza o início das atividades do consultório. Dependendo do município, podem existir regras adicionais, como distanciamento mínimo entre consultórios, exigências específicas de acessibilidade ou critérios ambientais.

O processo de aprovação pode variar de acordo com a localidade, por isso é recomendável consultar a secretaria de urbanismo ou órgão responsável pela análise de projetos na sua cidade. Ter a documentação completa e cumprir todos os requisitos logo no início do processo ajuda a agilizar a abertura do consultório e evita problemas no futuro.

Projeto arquitetônico e estrutural do consultório

O desenvolvimento do projeto arquitetônico e estrutural vai muito além da estética. Ele deve seguir padrões técnicos que garantam a segurança, o conforto e a eficiência dos atendimentos. A RDC 50/2002 da Anvisa estabelece parâmetros para o dimensionamento e a organização dos ambientes, considerando aspectos como ventilação, iluminação, acessibilidade e fluxo de trabalho.

É importante que o projeto preveja áreas distintas para recepção, atendimento clínico, esterilização, armazenamento de materiais e resíduos, além de sanitários para pacientes e funcionários. As estruturas devem ser planejadas para suportar os equipamentos odontológicos e permitir a instalação adequada das redes elétrica, hidráulica e de gases medicinais, quando necessário.

A escolha de materiais de construção deve considerar a facilidade de limpeza e a resistência a produtos químicos utilizados na rotina do consultório. Um projeto bem elaborado contribui para a eficiência dos processos, a segurança dos pacientes e profissionais, e o cumprimento das normas sanitárias vigentes.

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Foto: Michael Browning

Instalações elétricas e eletrônicas

A parte elétrica de um consultório odontológico exige atenção total, tanto na segurança quanto na funcionalidade. Toda a instalação — desde os pontos de iluminação até as tomadas e circuitos de força — deve seguir rigorosamente as normas da ABNT e as exigências da Anvisa, que são específicas para ambientes de saúde.

No projeto executivo, que será protocolado para obter o alvará de funcionamento do consultório, é preciso ter as seguintes descrições:

  • Localização e características da rede pública de fornecimento de energia elétrica;
  • Sistema de energia: entrada, transformação, medição e distribuição;
  • Sistema de proteção contra raios;
  • Localização e características da rede pública de telefonia;
  • Sistema telefônico;
  • Sistema de computadores;
  • Sistema de radiologia;
  • Sistema de geração de energia de emergência (geradores);
  • Sistema de alarme contra incêndios.

Além disso, é importante prever pontos de energia estrategicamente posicionados para facilitar o uso dos aparelhos e evitar o uso de extensões. As instalações eletrônicas devem contemplar sistemas de informática, telefonia e internet, para a gestão do consultório e o atendimento aos pacientes.

Instalações hidráulicas

As instalações hidráulicas de um consultório odontológico devem ser planejadas para atender às necessidades de abastecimento de água potável e descarte adequado de efluentes. O consultório odontológico deve ter um projeto de instalações hidráulicas (água e esgoto) compatível. Esse documento detalha:

  • Localização da rede pública de fornecimento de água ou a indicação de poço artesiano;
  • Descrição do sistema de abastecimento de água;
  • Previsões do consumo de água;
  • Sistema de proteção e combate a incêndio;
  • Localização da rede pública de esgoto ou a indicação de sistema de tratamento (fossa séptica);
  • Localização de galeria para drenagem de águas pluviais;
  • Sistema de tratamento de esgoto;
  • Sistema de tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS);
  • Centrais de gases medicinais, vácuo e vapor, se houver, incluindo redes e pontos de consumo.

É necessário prever pontos de água em locais estratégicos, como pias para higienização das mãos, equipamentos odontológicos e áreas de esterilização. O sistema de esgoto deve ser dimensionado para suportar o volume de resíduos líquidos gerados, incluindo os provenientes da limpeza de instrumentos e do uso de cuspideiras.

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Você pode gostar também: como fazer a limpeza correta das peças de mão.

Sistema de climatização

A climatização adequada de um consultório odontológico é fundamental para proporcionar conforto térmico a pacientes e profissionais, além de contribuir para a conservação de materiais e equipamentos. A seguir, apresentamos os principais elementos que devem ser considerados na elaboração dos projetos:

  • Áreas que serão climatizadas ou ventiladas;
  • Previsão de consumo de energia elétrica;
  • Localização dos pontos de consumo elétrico com determinação de potência, tensão e número de fases.

É importante que o ar-condicionado possua filtros eficientes para a retenção de partículas e microrganismos, auxiliando na manutenção da qualidade do ar. A manutenção periódica dos aparelhos, incluindo a limpeza e a troca de filtros, é necessária para evitar a proliferação de fungos e bactérias.

Ambientes do consultório odontológico: o que é exigido

A estrutura física de um consultório odontológico deve seguir as normas da Anvisa, que estabelecem dimensões mínimas para garantir a segurança, a higiene e o conforto de pacientes e profissionais.

Em espaços onde apenas um dentista atua, a área não pode ser inferior a 9 m². Já em clínicas com múltiplos profissionais atendendo simultaneamente, o tamanho deve ser planejado conforme a quantidade de equipamentos e o fluxo de circulação necessário para garantir conforto e segurança.

Regras de distanciamento entre equipamentos

O posicionamento da cadeira odontológica e dos demais itens deve respeitar espaçamentos específicos para permitir a movimentação da equipe e reduzir o risco de contaminação:

  • Espaço ao redor da cadeira odontológica: é preciso deixar ao menos 80 cm livres na parte da cabeceira (frontal) e mais de 1 metro nas laterais. Esse espaço é fundamental para que o dentista e o auxiliar possam se movimentar com facilidade durante o atendimento;
  • Entre cadeiras em clínicas com múltiplos atendimentos: quando mais de uma cadeira odontológica é instalada no mesmo ambiente, deve haver uma distância mínima de 2 metros entre elas. Isso ajuda a evitar a propagação de aerossóis e minimiza o risco de contaminação cruzada.

Ambientes obrigatórios e suas dimensões

Além da sala de atendimento, outros espaços são obrigatórios no consultório:

  • Sala de espera: pelo menos 1,2 m² por pessoa, considerando pacientes e acompanhantes;
  • Depósito de material de limpeza (DML): mínimo de 2 m², com tanque instalado;
  • Sanitários para pacientes:
    • Individual comum: 1,6 m²;
    • Acessível para pessoas com deficiência: mínimo de 3,2 m²;
    • Coletivo: uma bacia sanitária e um lavatório a cada seis pessoas.
  • Central de material esterilizado (CME): deve ser dividida em duas áreas separadas:
    • Área suja: para lavagem e descontaminação dos instrumentos, com pia e bancada;
    • Área limpa: para preparo, esterilização e armazenamento, com bancada e armários;
    • Cada uma das salas deve ter, no mínimo, 4,8 m².

Ambientes opcionais e suas recomendações

  • Sanitários para funcionários: área mínima de 1,6 m²;
  • Depósito de equipamentos e materiais: não possui metragem mínima definida;
  • Sala administrativa: recomendada área de 5,5 m² por pessoa;
  • Copa: mínimo de 2,6 m².

A disposição estratégica dos ambientes facilita o atendimento eficiente e a manutenção da higiene, aspectos indispensáveis para a qualidade dos serviços prestados. A disposição dos ambientes deve permitir um fluxo contínuo e evitar cruzamentos entre materiais limpos e sujos, contribuindo para a biossegurança.

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Materiais de acabamento: o que considerar

A escolha dos materiais de acabamento em consultórios odontológicos vai além da estética. Ela tem papel importante na prevenção de infecções, ajudando a criar barreiras físicas contra a contaminação, facilitando a limpeza e contribuindo para a qualidade do ar nos ambientes.

Veja abaixo quais são os materiais mais indicados para cada tipo de superfície:

Paredes, pisos e tetos

Devem ser revestidos com materiais resistentes à lavagem e ao uso frequente de desinfetantes. A instalação deve ser bem feita para evitar frestas, emendas e ranhuras, que dificultam a limpeza e favorecem o acúmulo de sujeira.

Divisórias removíveis

Não são permitidas em áreas críticas, como salas onde ocorrem procedimentos cirúrgicos ou com alto risco de contaminação. Já as paredes pré-fabricadas são aceitas, desde que sejam laváveis e tenham superfície lisa, sem ranhuras ou relevos.

Tintas

Podem ser usadas em áreas molhadas, desde que sejam resistentes à lavagem e à ação de desinfetantes, pois são importantes para a biossegurança do consultório. Não devem ser aplicadas com pincel, para evitar marcas que dificultem a limpeza.

Rodapés

O encontro entre o rodapé e o piso deve permitir uma limpeza completa, sem cantos onde a sujeira possa se acumular. Evite modelos arredondados, pois são mais difíceis de higienizar com eficiência.

Forros

Em áreas críticas, forros removíveis são proibidos. A escolha dos materiais para acabamento do consultório precisa considerar critérios de segurança e higiene.

Outra recomendação importante é que os forros e os revestimentos sejam resistentes ao calor e aos produtos químicos usados na limpeza, prolongando sua durabilidade e mantendo o ambiente seguro.

Cortinas

Se forem usadas, devem ser feitas de material lavável e passar por limpeza frequente. Como alternativa, vale considerar o uso de películas protetoras nos vidros ou brises-soleil nas fachadas. Essas soluções bloqueiam a luz solar e têm a vantagem de não acumular poeira.

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Plano de Gerenciamento de Resíduos

Todo consultório odontológico precisa elaborar e implementar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). Esse documento define as práticas necessárias para o correto manejo dos resíduos produzidos no exercício da atividade. A RDC 222/2018 da Anvisa estabelece diretrizes para a elaboração e implementação do PGRSS, visando à proteção da saúde pública e do meio ambiente.

O plano deve contemplar a identificação, a segregação, o acondicionamento, o transporte interno, o armazenamento temporário, a coleta e a destinação final dos resíduos. É necessário classificar os resíduos de acordo com sua natureza, como infectantes, químicos e perfurocortantes, e adotar medidas específicas para cada tipo.

O material infectante, como resíduos biológicos, deve ser descartado exclusivamente em saco plástico branco leitoso, colocado em lixeira com tampa acionada por pedal. Esse saco deve ser substituído quando atingir dois terços da capacidade ou, no máximo, a cada 24 horas, mesmo que não esteja cheio.

Uma informação que nem todos sabem: além do PGRSS, alguns municípios exigem que clínicas odontológicas contratem empresas especializadas no recolhimento e na destinação de resíduos infectantes, perfurocortantes e químicos, como amálgama e produtos com mercúrio, reforçando a responsabilidade ambiental do estabelecimento.

Para segurança, não coloque essas caixas no chão nem sobre pias ou bancadas. O local de descarte deve ser de fácil acesso, mas sempre longe de áreas que possam gerar contaminação cruzada.

Instalação e armazenamento do compressor odontológico

O compressor odontológico exige cuidados específicos na instalação para garantir a qualidade do ar utilizado nos procedimentos. Isso ajuda a preservar a qualidade do ar comprimido e a evitar ruídos excessivos. O equipamento pode gerar cerca de 60 decibéis, o que compromete o conforto acústico.

Evite instalar o compressor:

  • Dentro da sala de atendimento;
  • Próximo a sanitários, áreas de resíduos ou ambientes com risco de contaminação;
  • Em locais inadequados como garagens, porões, depósitos ou despensas.

Outra boa prática é prever uma área de fácil acesso para manutenção periódica do equipamento, para facilitar inspeções, trocas de filtros e drenagem do reservatório, o que contribui diretamente para a vida útil do compressor e para a segurança dos atendimentos.

Acessibilidade, conforto térmico e iluminação

O projeto do consultório odontológico também precisa contemplar itens que garantam acessibilidade, conforto e bem-estar para todos os usuários. Isso significa oferecer acesso facilitado para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, sejam pacientes, profissionais ou acompanhantes. Alguns pontos importantes incluem:

  • Guias rebaixadas nas calçadas, para passagem de cadeiras de rodas;
  • Corredores com corrimão em pelo menos um dos lados;
  • Plataforma mecânica ou escadas são suficientes em imóveis com até dois pavimentos;
  • Elevador ou rampas obrigatórios em imóveis com três ou mais pavimentos.

Essas medidas favorecem a inclusão e seguem as normas de acessibilidade previstas por lei.

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Foto: Martha Dominguez de Gouveia

Já o conforto térmico deve considerar a quantidade de pessoas no ambiente, os equipamentos utilizados e as atividades realizadas. É importante manter a temperatura agradável e a ventilação adequada, principalmente em áreas fechadas ou com uso constante de aparelhos geradores de calor.

E, por fim, a iluminação deve oferecer boa visibilidade, sem sombras ou ofuscamentos, principalmente nas salas de atendimento. O ideal é optar por:

  • Lâmpadas LED ou fluorescentes;
  • Luminárias com refletores, que direcionem a luz de forma eficiente.

Essa escolha melhora a precisão nos procedimentos e contribui para o bem-estar de profissionais e pacientes.

Elaboração do Manual de Boas Práticas de Funcionamento

O Manual de Boas Práticas de Funcionamento (MBPF) é um documento que descreve as rotinas e procedimentos adotados no consultório odontológico para assegurar a qualidade e a segurança dos serviços prestados.

Conforme a RDC 63/2011, sua elaboração é obrigatória e deve contemplar aspectos como controle de infecções, gerenciamento de resíduos, manutenção de equipamentos e capacitação da equipe. O MBPF serve como referência para a equipe, promovendo a padronização das atividades e facilitando a fiscalização pelos órgãos competentes.

Requisitos para a sala de esterilização

A sala de esterilização deve ser projetada de acordo com as diretrizes da RDC 50/2002, contemplando áreas distintas para a recepção de materiais sujos, limpeza, preparo e esterilização. Essa separação física é fundamental para evitar a contaminação cruzada. Além disso, é importante que o ambiente seja ventilado, iluminado e equipado com pias, bancadas e equipamentos adequados para o processamento dos materiais.

Capacitação e qualificação da equipe

Conforme a RDC 63/2011, é fundamental que todos os profissionais envolvidos nas atividades do consultório odontológico estejam devidamente capacitados e qualificados para desempenhar suas funções.

A equipe deve receber treinamentos periódicos sobre biossegurança, protocolos clínicos, uso de equipamentos e gerenciamento de resíduos. Essa capacitação contínua contribui para a melhoria da qualidade dos serviços e para a segurança dos pacientes e profissionais.

Cumprir as normas exigidas para montar um consultório odontológico é uma etapa fundamental para atuar com segurança, profissionalismo e dentro da lei. Desde o projeto inicial até a organização dos ambientes, cada detalhe influencia diretamente na qualidade do atendimento e no bem-estar de quem circula pela clínica.

Com tudo regularizado, o próximo passo é pensar na experiência do paciente. E isso começa pela sala de espera, que muitas vezes é o primeiro contato com o consultório.

Quer saber como tornar esse espaço mais confortável, acolhedor e funcional? Leia nosso próximo conteúdo: como melhorar a sala de espera do consultório.

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Dengue e odontologia: manifestações bucais e o papel do dentista https://blog.suryadental.com.br/dengue-cuidados-com-o-paciente/ https://blog.suryadental.com.br/dengue-cuidados-com-o-paciente/#respond Fri, 11 Jul 2025 10:00:00 +0000 https://blog.suryadental.com.br/?p=20511 A cada ano, surtos de dengue afetam milhões de brasileiros, o que requer muita atenção da população e dos profissionais de saúde. Com sintomas que podem variar de leves a potencialmente fatais, a doença impõe desafios não só ao diagnóstico precoce, mas também ao manejo clínico em diversas áreas da medicina — inclusive na odontologia.

Dentistas, assim como outros profissionais da saúde, podem encontrar manifestações bucais relacionadas à dengue e outras arboviroses, como zika e chikungunya. Além disso, é necessário tomar precauções específicas antes de realizar atendimentos odontológicos em pacientes com suspeita ou histórico recente dessas doenças.

Neste conteúdo, você vai entender a relação entre a dengue e a odontologia, conhecer os sinais clínicos que merecem atenção na prática odontológica, além de conferir os cuidados que devem ser tomados em cada fase da doença. Também abordaremos manifestações orais associadas ao zika e à chikungunya, assim como orientações práticas para um atendimento seguro. Boa leitura!

Entenda a dengue e seu impacto na saúde bucal

A dengue é uma infecção viral transmitida principalmente pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em ambientes urbanos com acúmulo de água parada. O vírus pertence à família Flaviviridae e apresenta quatro sorotipos distintos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

A infecção por um desses sorotipos confere imunidade permanente apenas contra o mesmo tipo, deixando o indivíduo suscetível aos demais. Infecções subsequentes por sorotipos diferentes podem resultar em formas mais graves da doença.

A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa: a transmissão ocorre exclusivamente por meio da picada do mosquito infectado. Após picar uma pessoa contaminada, o mosquito pode transmitir o vírus a outros indivíduos depois de um período de incubação.

Fases da doença

A dengue evolui em três fases clínicas:

  1. Fase febril: caracterizada por febre alta, dores de cabeça, musculares e articulares, além de náuseas e erupções cutâneas. Essa fase dura de dois a sete dias;
  2. Fase crítica: ocorre após a queda da febre e é marcada por aumento da permeabilidade vascular, podendo levar a complicações como sangramentos, acúmulo de líquidos e queda da pressão arterial. Essa fase exige monitoramento intensivo;
  3. Fase de recuperação: os sintomas começam a regredir, e o paciente retorna gradualmente ao estado normal de saúde. Essa fase pode durar de alguns dias a semanas.

Implicações sistêmicas

A dengue pode afetar diversos sistemas do corpo humano. Em casos graves, ocorre o comprometimento hepático, cardíaco e neurológico. A forma grave da doença, anteriormente conhecida como dengue hemorrágica, pode levar a uma emergência médica, ao choque circulatório e à morte se não houver intervenção profissional adequada.

Nos últimos anos, a patologia tem preocupado drasticamente autoridades da saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Diante da complexidade da doença, é fundamental que profissionais de saúde estejam atentos aos sinais clínicos e laboratoriais para um diagnóstico preciso e tratamento eficiente.

Arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti: dengue, zika e chikungunya

O Aedes aegypti, conhecido por sua adaptação ao ambiente urbano, é o principal vetor de arboviroses como dengue, chikungunya e zika. Essas doenças compartilham sintomas semelhantes, como febre, dores no corpo e manchas na pele, mas cada uma apresenta características específicas e potenciais complicações distintas.

Dengue: evolução e desafios

A dengue continua sendo uma das arboviroses mais prevalentes no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, em 2024, o país registrou quase 6 milhões de casos prováveis, representando um aumento significativo em relação ao ano anterior. A doença é causada por quatro sorotipos diferentes do vírus, e a infecção por um deles não confere imunidade contra os outros, o que pode levar a casos mais graves em infecções subsequentes.

Os sintomas incluem febre alta, dores musculares intensas e, em casos mais severos, hemorragias e choque. A prevenção ainda é a melhor estratégia, com foco na eliminação de criadouros do mosquito e na vacinação em áreas endêmicas.

Chikungunya: impacto prolongado

Introduzida no Brasil em 2014, a chikungunya se espalhou rapidamente pelo território nacional. Embora os sintomas iniciais, como febre e dores articulares, possam ser semelhantes aos da dengue, a chikungunya se destaca pela possibilidade de dores nas articulações persistirem por meses ou até anos após a infecção.

Ilustração com os sintomas da Chikungunya em cada parte do corpo.
Sintomas da chikungunya. Imagem: Reprodução/Ministério da Saúde

A persistência dos sintomas pode afetar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, tornando a chikungunya uma preocupação contínua para a saúde pública.

Zika: riscos neurológicos e congênitos

O vírus zika ganhou destaque durante a epidemia de 2015-2016, quando foi associado a casos de microcefalia em recém-nascidos e à síndrome de Guillain-Barré em adultos. Embora a maioria das infecções seja assintomática ou apresente sintomas leves, como febre baixa e erupções cutâneas, as possíveis complicações tornam o vírus uma ameaça significativa, especialmente para gestantes.

O zika vírus pode se apresentar como uma doença febril autolimitada, como a dengue e a chikungunya. Porém, a patologia preocupa, porque a ciência já associa a presença do vírus a outros quadros de complicações neurológicas, como a microcefalia congênita e a síndrome de Guillain-Barré. 

Apesar de todas as idades e todos os gêneros estarem suscetíveis ao desenvolvimento, algumas pessoas pertencem ao grupo de risco, como as gestantes e pessoas acima de 60 anos, uma vez que essa população concentra maiores chances de complicações.

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Sintomas comuns da dengue e sinais de alerta para dentistas

Apesar de ser amplamente divulgado pelos órgãos de saúde, é sempre importante destacar que os sintomas da dengue são:

  • Febre alta maior que 38 °C;
  • Dor no corpo e nas articulações;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Mal-estar;
  • Falta de apetite;
  • Dor de cabeça;
  • Manchas vermelhas no corpo.

Esses sinais geralmente surgem de forma abrupta e podem durar de 2 a 7 dias. Entre o terceiro e o sétimo dia após o início dos sintomas, alguns pacientes podem desenvolver sinais que indicam agravamento da doença, como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramentos nas mucosas (gengivas e nariz), dificuldade respiratória, pele pálida e fria, sonolência ou irritabilidade e queda na pressão arterial.

Além disso, ela pode agravar algumas infecções odontogênicas, como o relato de caso “Influência da dengue na infecção odontogênica” aborda.

Pessoa com vermelhidão no braço por causa da febre da dengue.
Além dos sintomas físicos de dengue, há estudos que registram interferências na cavidade bucal.

Manifestações bucais relevantes para dentistas

Entenda mais sobre as manifestações na cavidade oral relacionadas à dengue e outros tipos de arboviroses.

Manifestações orais na dengue: o que pode surgir?

Embora as alterações bucais na dengue clássica ainda não sejam amplamente documentadas, alguns estudos relatam a presença de eritema, crostas nos lábios, vesículas no palato mole, além de hiperpigmentação, vermelhidão na mucosa alveolar, inchaço e manchas na mucosa jugal e no lábio inferior.

Na forma hemorrágica da doença, o sangramento gengival tende a ser mais frequente, possivelmente devido à baixa contagem de plaquetas. Também podem surgir petéquias, equimoses, bolhas com sangue sob a língua e nas laterais, sangramento nasal, aumento das amígdalas, ressecamento da boca e sensação de sede intensa.

Além disso, alguns pacientes relatam gosto amargo persistente e dor de dente, sintomas que podem estar associados à inflamação local e à resposta do organismo à infecção.

Zika vírus e impactos na saúde bucal

O zika vírus pode ser identificado na saliva, o que abre espaço para seu uso em diagnósticos. A infecção durante a gestação levanta preocupações, pois pode provocar microcefalia no bebê, condição ligada a alterações como bruxismo, dificuldade para engolir, atraso na erupção dos dentes, doenças gengivais e micrognatia.

Também há registros de crianças com fenda palatina e labial sem histórico familiar, levantando suspeitas de associação com o vírus. Outros sinais observados incluem úlceras aftosas e hipoplasia de esmalte, que podem se manifestar como manchas leves ou perda significativa da estrutura dental.

Chikungunya: manifestações orais associadas ao vírus

Embora distinto do zika, o vírus da chikungunya também pode estar presente na cavidade bucal. Estudos experimentais com camundongos sugerem uma possível transmissão pela saliva durante a fase aguda da infecção.

Os sintomas relatados por pessoas infectadas envolvem dor e ardência na boca, sangramento nas gengivas, dificuldade para mastigar ou engolir, mau hálito, úlceras, incômodo ao abrir a boca, aumento na produção de saliva e secreção esbranquiçada nas gengivas. Esses sinais podem ser confundidos com outras condições bucais, tornando fundamental a avaliação cuidadosa por parte dos dentistas.

Identificação de sinais clínicos graves

Durante a fase crítica da dengue, que geralmente ocorre entre o terceiro e o sétimo dia após o início dos sintomas, podem surgir sinais de alarme, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos nas mucosas (incluindo gengivorragia), letargia, hipotensão e dificuldade respiratória. A presença desses sinais indica a necessidade de encaminhamento imediato para avaliação médica especializada para o diagnóstico.

Importância da contagem de plaquetas antes de procedimentos

A trombocitopenia, ou seja, a redução significativa na contagem de plaquetas, é uma característica comum na dengue hemorrágica. Antes de realizar qualquer procedimento odontológico, especialmente os invasivos, é imprescindível solicitar um hemograma completo para avaliar a contagem de plaquetas. Procedimentos devem ser adiados se a contagem estiver abaixo de 50.000/mm³, devido ao risco aumentado de sangramentos.

Precauções em intervenções invasivas

Em pacientes com dengue, procedimentos invasivos, como extrações dentárias ou cirurgias periodontais, devem ser evitados durante a fase aguda da doença.

Caso sejam absolutamente necessários, é imprescindível que sejam realizados em ambiente hospitalar, com suporte médico adequado e monitoramento constante. Além disso, deve-se evitar o uso de anestésicos com vasoconstritores, que podem agravar o quadro clínico do paciente.

Protocolos odontológicos para pacientes com dengue

As arboviroses costumam apresentar manifestações na boca. Em casos mais simples, a imunossupressão é um fator predominante para o risco de candidíase pseudomembranosa oral, já nos graves, há sangramento gengival por dengue. 

Anamnese detalhada e avaliação do histórico médico

Antes de qualquer atendimento, é fundamental realizar uma anamnese completa, investigando sintomas recentes compatíveis com dengue, histórico de infecções anteriores e presença de comorbidades. Essa abordagem permite identificar pacientes em risco e planejar o atendimento de forma segura.

Adaptação de tratamentos durante a fase aguda

Durante a fase aguda da dengue, o foco deve ser em tratamentos conservadores e não invasivos. Procedimentos eletivos devem ser adiados até a recuperação completa do paciente. Em casos de urgência, como abscessos ou dores intensas, o tratamento deve ser realizado com cautela, priorizando o controle da infecção e alívio da dor, sempre considerando a condição sistêmica do paciente.

Cuidados pós-recuperação e monitoramento contínuo

Após a recuperação clínica da dengue, é importante reavaliar o paciente antes de retomar procedimentos odontológicos adiados. A contagem de plaquetas deve estar normalizada, e o paciente deve estar livre de sintomas sistêmicos. Além disso, é recomendável manter um acompanhamento regular para monitorar possíveis complicações tardias e assegurar a saúde bucal e também do corpo do paciente.

Diagnóstico diferencial e cuidado com os pacientes

Embora ainda haja poucas evidências consolidadas sobre os impactos da dengue nos dentes e demais estruturas da boca, é relevante que profissionais da odontologia estejam atentos a relatos que apontam manifestações orais menos conhecidas ligadas às arboviroses.

Acompanhamento constante de publicações científicas confiáveis, como revisões de literatura e estudos de caso, ajuda a ampliar o olhar clínico sobre possíveis sinais relacionados.

Dentista tomando notas em estudo.
Mantenha-se atualizado com estudos sobre dengue hemorrágica, dengue comum e outras doenças arbovirais.

Em pacientes que passaram recentemente por um quadro de dengue, a contagem de plaquetas deve ser avaliada com atenção, principalmente antes de procedimentos que envolvam maior risco de sangramento, como intervenções estéticas faciais.

Apesar da limitação de estudos aprofundados sobre manifestações bucais da dengue, conhecer os sinais iniciais é útil para que dentistas e otorrinolaringologistas contribuam com a detecção precoce da infecção.

Durante a anamnese, é recomendável incluir perguntas sobre doenças virais recentes, como dengue, zika e chikungunya, e verificar o histórico de exames laboratoriais. Em casos recentes, o hemograma pode indicar se há segurança para seguir com o tratamento ou se é melhor adiar certas intervenções para evitar complicações.

Conhecer as características das doenças é fundamental para um ótimo atendimento ao paciente com dengue, tanto no quesito de diagnóstico como de tratamento. Confira também nosso conteúdo sobre doenças na língua: o que são, causas, sintomas e diagnósticos!

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TSB e ASB: explorando funções dos profissionais na odontologia https://blog.suryadental.com.br/atividades-tecnico-auxiliar-de-saude-bucal/ https://blog.suryadental.com.br/atividades-tecnico-auxiliar-de-saude-bucal/#comments Fri, 04 Jul 2025 10:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=1391 Na odontologia, o trabalho dos auxiliares e técnicos de saúde bucal (ASB e TSB) é fundamental tanto para a rotina do consultório como para o cirurgião-dentista. Com esses dois profissionais, a clínica se torna um espaço mais dinâmico e organizado, o que automaticamente contribui para a produtividade e o crescimento do negócio.

Se você é dentista, é essencial compreender a fundo essas profissões para potencializar os seus colaboradores e implementar o team building para estar em conformidade com as normas que regulam as profissões e permitir que as tarefas do consultório sejam bem divididas.

Já para os interessados nessas funções, conhecer as diferenças entre ASB e TSB é primordial para investir em uma boa formação que esteja alinhada com as expectativas de carreira. Neste conteúdo, portanto, iremos explicar quais são as responsabilidades, o que é vetado, a importância de cada profissão, informações de cursos, o salário médio e os desafios da rotina. Acompanhe!

Qual é a diferença entre o ASB e o TSB?

Apesar de as siglas serem muito similares, as funções de ASB e TSB não são as mesmas. Basicamente, a diferença entre os dois está nas atividades exercidas e na formação.

O Auxiliar de Saúde Bucal (ASB) realiza tarefas que facilitam o dia a dia no consultório em relação à recepção de pacientes, preparação de documentos e materiais. Já o Técnico de Saúde Bucal (TSB) faz pequenos procedimentos durante o atendimento do paciente. Quanto à formação, o ASB conta com um curso de menor duração, em comparação, o TSB precisa de estudos técnicos, portanto, a carga horária é maior. 

Histórico das profissões de ASB e TSB

A história das profissões acompanha o desenvolvimento da odontologia e a evolução dos cuidados com a saúde bucal. Antes da criação desses dois papéis, a maior parte das atividades auxiliares no consultório odontológico era realizada por pessoas sem formação específica na área.

No entanto, com o objetivo de garantir a qualidade e a segurança nos atendimentos odontológicos, as funções de ASB e TSB foram criadas no Brasil por meio de regulamentações específicas. As profissões foram regulamentadas na Lei nº 11.889/2008, em que se estabeleceu a necessidade de formação e registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO) para atuar como ASB ou TSB.

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O que faz um auxiliar de dentista?

O ASB (auxiliar de dentista) atua com a recepção e a preparação de documentos do paciente, assim como cuida dos instrumentos utilizados durante o atendimento e no apoio ao cirurgião-dentista enquanto realiza procedimentos.

Entretanto, o ASB é vetado de fazer procedimentos invasivos na cavidade bucal, cuja responsabilidade é do cirurgião-dentista. De acordo com o Manual do TSB e ASB, produzido pelo CRO de São Paulo, são tarefas do auxiliar:

  • Organizar e executar atividades de higiene bucal;
  • Processar filme radiográfico;
  • Preparar o paciente para o atendimento;
  • Auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas, inclusive em ambientes hospitalares;
  • Manipular materiais de uso odontológico;
  • Selecionar moldeiras;
  • Preparar modelos em gesso;
  • Registrar dados e participar da análise das informações relacionadas ao controle administrativo em saúde bucal;
  • Executar limpeza, assepsia, desinfecção e esterilização de instrumental, equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho;
  • Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal;
  • Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos;
  • Desenvolver ações de promoção da saúde e prevenção de riscos ambientais e sanitários;
  • Realizar em equipe o levantamento de necessidades em saúde bucal;
  • Adotar medidas de biossegurança visando ao controle de infecção.
tsb odontologia
O auxiliar de dentista pode fazer limpeza e esterilização de instrumentais odontológicos.

Qual é a importância do ASB?

Apesar de trabalhar sozinho ser uma opção viável para cirurgiões-dentistas, a presença do ASB deixa a rotina muito mais dinâmica, inclusive os próprios atendimentos. É muito mais fácil trabalhar a quatro mãos, principalmente por questões de ergonomia, do que ter que adaptar todo o consultório para um atendimento por conta própria.

Além disso, passar algumas responsabilidades para o auxiliar, como o preparo do consultório, permitirá que o dentista tenha mais tempo para focar em atividades mais complexas e que só ele poderá fazer. Dessa forma, o trabalho torna-se mais prático e, consequentemente, a agenda terá mais espaço para novos pacientes.

O que um ASB não pode fazer no consultório?

O Auxiliar em Saúde Bucal não tem autonomia para exercer suas atividades sem supervisão. Sua atuação deve ocorrer exclusivamente sob a orientação de um cirurgião-dentista ou de um Técnico em Saúde Bucal (TSB), conforme determina a legislação da categoria.

Além disso, o ASB não pode executar procedimentos diretamente na boca do paciente que estejam fora de suas atribuições legais. As práticas proibidas incluem: colocação de aparelhos ortodônticos, remoção de pontos cirúrgicos, realização de clareamentos e outros tratamentos previstos na legislação como exclusivos do dentista ou TSB.

tsb na odontologia
O ASB contribui para que a rotina do consultório seja mais tranquila.

Por fim, o ASB não pode divulgar serviços de forma independente, seja em redes sociais, materiais publicitários ou mídias especializadas. Essa restrição visa evitar a promoção de atividades que ultrapassem suas competências, garantindo ética e segurança no atendimento odontológico.

O que faz um técnico em saúde bucal?

Ele faz tarefas mais complexas que contam com maior exigência de responsabilidade. O profissional tem permissão para fazer pequenos procedimentos junto ao cirurgião-dentista, inclusive, por isso, também é alguém mais exposto a agentes biológicos, o que o difere do ASB. De acordo com o manual, as atribuições do TSB são:

  • Participar do treinamento e da capacitação de auxiliar em saúde bucal e de agentes multiplicadores das ações de promoção à saúde;
  • Integrar-se em ações educativas, atuando na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais;
  • Realizar levantamentos e estudos epidemiológicos, exceto na categoria de examinador;
  • Ensinar técnicas de higiene bucal e realizar a prevenção das doenças bucais por meio da aplicação tópica do flúor, conforme orientação do cirurgião-dentista;
  • Fazer a remoção do biofilme, de acordo com a indicação técnica definida pelo cirurgião-dentista;
  • Supervisionar, sob delegação do cirurgião-dentista, o trabalho dos auxiliares de saúde bucal;
  • Realizar fotografias e tomadas de uso odontológico exclusivamente em consultórios ou clínicas odontológicas;
  • Inserir e distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos na restauração dentária direta, vetado o uso de materiais e instrumentos não indicados pelo cirurgião-dentista;
  • Proceder à limpeza e à antissepsia do campo operatório, antes e após atos cirúrgicos, inclusive em ambientes hospitalares;
  • Remover suturas;
  • Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos;
  • Realizar isolamento do campo operatório;
  • Exercer todas as competências no âmbito hospitalar, bem como instrumentar o cirurgião-dentista em ambientes clínicos e hospitalares.
Tecnico auxiliar de saúde bucal
TSB: o que é? Profissional responsável por tarefas mais complexas que o ASB.

Quais funções são vetadas ao TSB?

Se você é técnico em saúde dental, entenda o que não pode fazer:

  • Exercer a atividade de forma autônoma;
  • Prestar assistência direta ou indireta ao paciente sem a indispensável supervisão do cirurgião-dentista;
  • Realizar, na cavidade bucal do paciente, procedimentos não discriminados no artigo 5º da Lei 11.889/2008;
  • Fazer propaganda de seus serviços, exceto em revistas, jornais e folhetos especializados da área odontológica.

A importância do TSB na odontologia

Assim como o ASB, o técnico de saúde bucal é mais um elemento fundamental para facilitar o expediente no consultório e, até mesmo, em ambientes hospitalares. Ele é essencial para fazer tarefas mais complexas que o auxiliar, mas que não chegam a precisar do cirurgião-dentista.

tsb odontologia
Entender o que é o TSB na odontologia é sinônimo de compreender a importância dele na rotina do consultório.

Por ser um profissional que pode abraçar mais responsabilidades, torna-se um grande aliado do dentista, até mesmo para reduzir a carga de trabalho exaustiva que resulta do acúmulo de funções.

Dentro do hospital, por exemplo, onde o propósito é oferecer aos pacientes atendimento integrado, o TSB pode atuar auxiliando nos cuidados bucais de pessoas internadas. Além disso, o profissional pode orientar e educar sobre práticas de higiene bucal nesse ambiente.

Desafios no mercado de trabalho para TSBs

Um dos principais desafios enfrentados pelos Técnicos em Saúde Bucal (TSB) é a limitação de oportunidades no mercado. Muitas vezes, esses profissionais são contratados para exercer funções compatíveis com as do ASB, como organização de consultório e apoio administrativo, enquanto suas competências técnicas — como realização de profilaxia, raspagem supragengival e radiografias — ficam subutilizadas.

Apesar de reconhecerem o potencial dos TSBs para otimizar a produtividade e a qualidade do atendimento, muitos dentistas ainda hesitam em delegar tarefas clínicas mais complexas.

Essa resistência pode ser explicada por múltiplos fatores. Em primeiro lugar, há uma tendência cultural de centralização de responsabilidades: alguns dentistas preferem executar pessoalmente procedimentos clínicos, seja por hábito, insegurança na capacitação do TSB ou desconhecimento de suas atribuições legais.

Em segundo lugar, a estrutura organizacional de muitas clínicas ainda não está adaptada para integrar o TSB em funções avançadas, mantendo-o em atividades básicas. Por fim, a ausência de políticas públicas ou regulamentações que incentivem a delegação de tarefas aos TSBs contribui para perpetuar essa lacuna, limitando o crescimento profissional desses técnicos.

Como o profissional de TSB pode mostrar seu valor?

Para destacar seu papel no consultório, o Técnico em Saúde Bucal (TSB) precisa adotar algumas estratégias. Domínio técnico é o primeiro passo: realizar procedimentos como profilaxia, aplicação de selantes e radiografias com precisão demonstra segurança e reforça sua credibilidade. Além disso, manter-se atualizado sobre protocolos e inovações da área é indispensável para garantir eficiência e qualidade nos serviços.

Outro diferencial está no desenvolvimento de habilidades de liderança. Coordenar equipes, otimizar processos administrativos e sugerir melhorias no fluxo de trabalho mostram proatividade e capacidade de gestão e mercado. O TSB também pode ampliar sua atuação assumindo tarefas pós-operatórias, como remoção de pontos e acompanhamento de recuperação, liberando o dentista para focar em procedimentos mais complexos.

Educação continuada também é um fator importante: participar de cursos, workshops e certificações atualiza conhecimentos e comprova comprometimento com a excelência. Por fim, divulgar experiências em eventos odontológicos, publicar cases de sucesso e integrar associações profissionais fortalece a visibilidade da categoria para destacar o impacto do TSB na odontologia moderna.

Quanto tempo dura o curso de auxiliar de dentista e de técnico?

Se você chegou até aqui e está interessado em fazer a formação para TSB ou ASB, vale a pena conhecer o que a legislação diz sobre o tempo dos cursos.

Para TSB, o curso deve ter, no mínimo, 1.200 horas. Esse tempo inclui as matérias e os estágios. Os interessados devem ter ensino médio completo. Em relação ao ASB, a carga horária é de, no mínimo, 300 horas. O aluno deve possuir ensino fundamental completo.

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Qual lei regulamenta as profissões de ASB e TSB?

A regulamentação das profissões de Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) e Técnico em Saúde Bucal (TSB) foi estabelecida pela Lei nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008. O Congresso Nacional destaca que:

Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008, que regulamenta o exercício das profissões de Técnico em Saúde Bucal – TSB e de Auxiliar em Saúde Bucal – ASB, para instituir a exigência de qualificação em nível médio para exercício das referidas profissões.

Art. 2º A Lei nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008, passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos 1º-A e 2º-A:

“Art. 1º-A. Para o disposto nesta Lei entende-se como Técnico em Saúde Bucal o profissional qualificado em nível médio que, sob supervisão direta ou indireta do cirurgião-dentista, executa ações de saúde bucal.

§ 1º Fica preservado o exercício da profissão dos Técnicos em Saúde Bucal que tenham qualificação inferior ao exigido na presente norma se já estiverem trabalhando como TSB na data de publicação desta Lei.

§ 2º Aqueles profissionais que exercerem atividades típicas de Técnico em Saúde Bucal sem atender os requisitos da presente lei poderão sofrer as penalidades impostas pelo Conselho Federal de Odontologia.

ASB e TSB: quanto ganham?

Quanto ganha um auxiliar de dentista? Segundo o site Glassdoor, em média, R$ 1.960; já o TSB tem salário aproximado de R$ 4.261. Os dados são de março de 2024. É sempre importante pontuar que os valores podem mudar de acordo com a região e com a experiência do profissional.

Como lidar com situações de emergências odontológicas

Auxiliares e técnicos de saúde bucal desempenham um papel importante no atendimento odontológico e devem estar preparados para lidar com emergências odontológicas. Confira orientações para lidar com essas situações!

1. Mantenha a calma

É fundamental manter a calma e tranquilizar o paciente, pois isso ajuda a diminuir a ansiedade e o estresse durante a emergência.

2. Avalie a situação

Auxiliares e técnicos na odontologia devem avaliar a situação para determinar a gravidade e tomar as medidas adequadas. Isso pode incluir a observação de sinais e sintomas, como dor intensa, sangramento, inchaço ou traumatismo dental.

3. Comunique-se com o dentista

É importante informar o dentista responsável sobre a situação emergencial e fornecer detalhes relevantes da ocorrência, como a descrição do problema, os sintomas apresentados pelo paciente e qualquer tratamento prévio realizado.

4. Providencie materiais e equipamentos necessários

Em algumas emergências odontológicas, pode ser necessário ter acesso a materiais e equipamentos específicos, como pinça, algodão, gaze esterilizada, compressas, solução antisséptica e anestésicos. Ter esses itens à mão pode ser útil para prestar atendimento adequado e oferecer uma odontologia humanizada.

técnico auxiliar de saúde bucal emergência
Na situação de emergência, é preciso fornecer os materiais necessários ao dentista.

5. Realize procedimentos de primeiros socorros

Em algumas situações, os profissionais podem precisar realizar procedimentos de primeiros socorros, como controlar o sangramento, aliviar a dor, imobilizar um dente fraturado ou traumatizado.

É importante lembrar, porém, que as orientações variam dependendo da emergência específica. Portanto, a capacitação é benéfica para ASBs e TSBs, pois proporciona conhecimentos e habilidades necessárias para lidar efetivamente com essas situações.

Principais desafios das profissões

Os desafios enfrentados pelos auxiliares e técnicos de saúde bucal se diferenciam. Vamos explorar as situações mais comuns em cada uma das funções.

1. ASB

Conforme a odontologia evolui, é importante que os ASBs estejam atualizados sobre as tecnologias e técnicas mais recentes utilizadas no cuidado bucal. Isso requer aprendizado contínuo e desenvolvimento profissional. 

Profissionais da área também devem ter conhecimentos sobre controle de infecções e implementação de práticas de biossegurança, como esterilização e descarte adequado de materiais perigosos. Sendo assim, é essencial que os ASBs estejam familiarizados com esses procedimentos e os sigam consistentemente para garantir a segurança dos pacientes e da própria equipe.

Outra habilidade requisitada é a comunicação eficaz com os pacientes para estabelecer conexão, lidar com as preocupações e fornecer instruções claras. Além disso, é essencial fazer a gestão do tempo e ter a capacidade de priorizar ações de forma eficaz.

2. TSB

Já os desafios que o técnico em saúde bucal passa residem na assistência a diferentes públicos, de crianças a idosos, com necessidades específicas — isso requer habilidade de adaptação e empatia para fornecer atendimento de qualidade.

Outra questão reside na exposição a riscos ocupacionais, uma vez que estão predispostos durante os procedimentos. É por isso que se adotam as medidas de biossegurança e ergonomia: para assegurar a proteção e o bem-estar dos profissionais e dos pacientes.

É preciso, ainda, saber trabalhar bem em equipe e realizar as funções solicitadas pelo dentista durante os procedimentos para uma cooperação eficiente. Além disso, é fundamental estar em constante atualização sobre técnicas, materiais e tecnologias.

Técnivo de saúde bucal equipamentos de proteção
É fundamental que os técnicos estejam protegidos com equipamentos de proteção individual.

TSB e ASB podem trabalhar sem supervisão do cirurgião-dentista?

Não. É importante ressaltar que ASB e TSB não atuam de forma autônoma: suas atividades devem ser sempre supervisionadas por um cirurgião-dentista. Ambos os profissionais compartilham funções como orientar pacientes sobre técnicas de escovação, higiene bucal e prevenção de doenças, mas sua atuação é complementar e não substituta à do dentista.

Além disso, a presença desses profissionais é relevante em clínicas particulares e no serviço público, onde podem auxiliar na ampliação do acesso à saúde bucal. Vale destacar que, conforme a legislação, o cirurgião-dentista tem o direito de solicitar a atuação de um ASB ou TSB em seu ambiente de trabalho para garantir maior eficiência e segurança nos procedimentos.

ASB e TSB: o consultório odontológico precisa de ambos?

Em um consultório odontológico, a presença de ASB (Auxiliar em Saúde Bucal) e TSB (Técnico em Saúde Bucal) é fundamental. O ideal é que o número de profissionais corresponda à demanda da clínica para permitir que cada um exerça suas funções com qualidade e sem sobrecarga.

Sobrecarregar o ASB com múltiplas responsabilidades — como auxiliar o dentista e gerenciar o fluxo de pacientes — pode levar a erros operacionais. Além disso, falta de organização e falhas na comunicação comprometem a experiência do paciente e mancham a reputação da clínica. Investir em uma equipe equilibrada evita esses problemas e garante um atendimento impecável.

O ASB e o TSB na odontologia são profissionais essenciais, afinal, a presença desses colaboradores deixa o trabalho mais organizado, bem dividido e ágil. O consultório torna-se um ambiente mais tranquilo quando nenhum membro da equipe está sobrecarregado e, consequentemente, todos conseguem fazer o expediente com mais produtividade e foco.

A odontologia é uma área com muito a oferecer profissionalmente, sem falar no leque de opções de campos para trabalhar. Quer saber mais sobre esse tema? Então, continue navegando pelo blog da Surya Dental e descubra outros conteúdos imperdíveis, como o que é dentista estomatologista e o que faz essa especialidade. Não deixe de conferir e até lá!

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Marketing odontológico: 22 dicas de como atrair pacientes https://blog.suryadental.com.br/marketing-odontologico/ https://blog.suryadental.com.br/marketing-odontologico/#comments Fri, 13 Jun 2025 10:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=4832 A área da odontologia exige mais do que conhecimento técnico e bons equipamentos. Para que uma clínica cresça de forma sustentável, é necessário também pensar em como atrair e manter pacientes. É nesse ponto que o marketing odontológico se torna um aliado importante na rotina de dentistas e estudantes que estão se preparando para atuar no mercado.

Com a concorrência cada vez maior, destacar-se depende de boas estratégias de comunicação e relacionamento. Isso não significa fazer grandes investimentos ou seguir fórmulas prontas, mas sim encontrar formas autênticas e éticas de mostrar seu trabalho, se conectar com o público e fortalecer a imagem da sua clínica.

Neste post, você vai encontrar 22 dicas práticas de marketing para dentistas e estratégias de marketing para clínica odontológica que podem ser aplicadas mesmo com recursos limitados. Desde o uso das redes sociais até a criação de um blog, cada item foi pensado para ajudar a tornar sua marca mais visível e confiável para os pacientes.

1. Comunique-se pelo WhatsApp

O WhatsApp é uma ótima ferramenta para se comunicar com clientes e prospectos. Você pode utilizar o app para agendar consultas, tirar dúvidas e checar se está tudo bem com o paciente após um procedimento.

Além dessas formas de uso, você pode explorar o WhatsApp para distribuir conteúdo autoral. Produza vídeos, áudios, fotos e textos para enviar a dois tipos de contatos: os que já são clientes do seu consultório ou os que podem se tornar pacientes.

A dica mais valiosa para o WhatsApp é: não faça ofertas de produtos e serviços, e sim crie conteúdo informativo, que gera muito mais engajamento do que a venda direta.

O ideal é falar sobre um problema e apresentar a solução. Algumas sugestões de conteúdos que você pode produzir:

  • Dicas sobre higiene bucal;
  • Como o paciente pode cuidar do clareamento dental;
  • O que são lentes de contato;
  • Dicas de escovação para quem usa aparelho ortodôntico;
  • Como se previne cárie;
  • Saúde bucal do bebê.

A periodicidade do envio dos materiais também é importante. Não exagere na frequência, mas também não dê espaço ao ponto de o destinatário esquecer de você. Dispare os conteúdos uma ou duas vezes por semana, no máximo.

O WhatsApp é uma ótima ferramenta de marketing na odontologia porque aproxima profissional e paciente. Além disso, o conteúdo é compartilhado e a mensagem chega a pessoas fora da sua base de contatos inicial.

Se for usar o WhatsApp, a dica de ouro é apostar na versão business, pois ela oferece uma série de funcionalidades que vão facilitar o contato com o paciente.

2. Use softwares odontológicos

Os softwares odontológicos, além de serem essenciais para organizar a rotina do consultório, são bons aliados em estratégias de marketing.

Não há dúvidas de que se lembrar dos pacientes em datas especiais fortalece os laços, certo? Para isso, você pode contar com o e-mail ou com SMS, que podem ser disparados pelo software de forma automática, tornando o processo muito mais prático e garantindo que você não deixe passar nada.

Por isso, na hora de escolher qual software comprar, vale pesquisar diversas opções e optar pela mais completa e que vai suprir todas as necessidades do seu consultório, como o disparo de mensagens automáticas.

3. Construa relacionamentos sólidos com seus pacientes

A fidelização de pacientes passa pela forma como eles são tratados desde o primeiro contato com a clínica. Um atendimento atencioso e bem estruturado transmite segurança e reforça o valor do serviço prestado. Essa experiência começa no momento do agendamento, com uma conversa clara, acolhedora e respeitosa, e se estende até o pós-atendimento.

É importante que todos na equipe estejam alinhados com esse padrão de acolhimento. Receber o paciente com gentileza, informá-lo sobre o andamento da agenda e oferecer opções de conforto enquanto ele aguarda, como água, café ou acesso à internet, são atitudes simples que fazem diferença. Mostrar atenção individualizada e respeito ao tempo de quem busca atendimento contribui diretamente para a construção de confiança.

Pacientes satisfeitos costumam compartilhar boas experiências com amigos e familiares. Estimular esse tipo de indicação pode fortalecer a reputação da clínica. Para isso, vale agradecer cada nova recomendação de forma personalizada, seja com uma mensagem, seja com um e-mail.

Além disso, buscar feedback por meio de formulários rápidos, como no Google Docs, ajuda a identificar pontos fortes e ajustar aspectos que possam ser melhorados. Isso reforça a qualidade do serviço e o vínculo com os pacientes.

marketing odontologico atenda com excelência para fidelizar clientes
Manter um cliente satisfeito gera marketing positivo para o seu consultório. Foto: rawpixel

4. Conheça o seu público-alvo e a persona

Toda estratégia de marketing precisa partir do conhecimento do seu público-alvo e da sua persona. Essas informações são essenciais para que você crie uma comunicação que faça sentido para essas pessoas, assim como focar energias e investimentos em algo que realmente vale a pena.

Talvez você já tenha ouvido falar do conceito de público-alvo, que é um recorte genérico de pessoas que podem ser seus pacientes. Já a persona, termo comum entre profissionais do marketing digital, é o perfil fictício do seu cliente ideal. Em seguida, vamos dar alguns exemplos para que fique mais claro, considerando que a sua clínica trabalha com harmonização orofacial.

Público-alvoPersona
Mulheres 25 aos 65 anos Residentes na sua cidade Classe média altaMarisa Gomes 35 anos Mora em um bairro sofisticado da sua cidade Médica Preocupada em manter a boa aparência Gosta de se inspirar em famosas Deseja manter a jovialidade do rosto Nos tempos livres, gosta de viajar, jantar em restaurantes elegantes e ir ao clube

Com essa tabela, ficou mais fácil compreender.

Quando pensamos em persona, consideramos desde o perfil até os hábitos diários, as dificuldades que encontra, os desejos, a família etc. Essas informações vão ajudar você a entender que tipo de conteúdo faz sentido para essa pessoa e como solucionar as dores desse paciente.

Enquanto o público-alvo pode ser simples de entender apenas com informações e percepções do dia a dia da clínica, a persona necessita de mais estudos e pesquisas.

5. Marque presença online com um site profissional

Manter um site próprio é uma forma eficiente de posicionar sua clínica na internet e facilitar o contato com novos pacientes. Muitas pessoas buscam serviços odontológicos diretamente em mecanismos de busca, e um site bem estruturado pode colocar seu consultório em destaque. É o espaço ideal para apresentar seu trabalho com clareza e atrair quem está em busca de soluções específicas.

No site, é possível incluir dados relevantes como localização da clínica, especialidades atendidas, formas de agendamento, diferenciais do atendimento, além de um pouco da sua trajetória profissional. Isso gera transparência e ajuda a construir confiança antes mesmo da primeira consulta.

Adicionar conteúdos educativos, como artigos e respostas para dúvidas frequentes, fortalece o vínculo com o público e demonstra domínio sobre o que você faz.

Em vez de depender exclusivamente do boca a boca ou das redes sociais, o site oferece um ambiente totalmente seu para apresentar sua marca e transmitir credibilidade. Além disso, ferramentas de agendamento online e um design que funcione bem em dispositivos móveis contribuem para uma boa experiência do usuário. Estar visível na internet, com informações completas, amplia seu alcance e fortalece sua imagem como profissional.

6. Use as redes sociais de forma estratégica

Participar ativamente das redes sociais pode abrir novas oportunidades para o crescimento da sua clínica odontológica. Plataformas como Instagram, Facebook e até o TikTok se tornaram parte da rotina de milhões de pessoas, inclusive de quem busca por cuidados com a saúde bucal. Estar presente nesses espaços amplia sua visibilidade e fortalece a conexão com pacientes — tanto os atuais quanto os em potencial.

Para ter bons resultados, comece escolhendo as redes sociais que fazem sentido para o perfil do seu público. Aprender como cada ferramenta funciona e adaptar sua comunicação ao estilo de cada plataforma são pontos que influenciam no alcance das postagens.

Com o tempo, é possível identificar os formatos que geram mais interação, como vídeos curtos, enquetes ou carrosséis informativos, e utilizar esses recursos para manter sua presença digital ativa e relevante.

7. Produza um blog com foco em conteúdo útil

Ter um blog pode ser um grande diferencial para quem busca melhorar a presença digital da clínica odontológica. Criar um blog e publicar artigos sobre saúde bucal, prevenção, tratamentos e temas que respondem às dúvidas dos pacientes é uma forma eficiente de atrair visitas ao seu site.

Manter um blog ativo mostra que você acompanha as transformações da odontologia e que está disposto a compartilhar conhecimento. Isso ajuda a criar uma relação mais próxima com os pacientes e ainda fortalece sua imagem profissional. Para isso, vale a pena aprender técnicas de SEO, que ajudam o conteúdo a aparecer nos resultados de busca com mais facilidade, como títulos bem pensados e textos objetivos que fazem a diferença.

Caso a produção de textos não seja algo que você queira ou consiga encaixar na rotina, considere contratar um redator com experiência em marketing odontológico. Assim, você mantém o blog em dia e ainda conta com conteúdos escritos de forma estratégica. O importante é transformar o blog em um canal ativo de comunicação com quem procura por informações confiáveis sobre cuidados dentários.

8. Destaque os benefícios dos tratamentos oferecidos

Muitas pessoas ainda têm receio de iniciar tratamentos odontológicos por desconhecer os benefícios ou imaginar que serão longos e desconfortáveis. Mostrar, de forma clara e acessível, o que cada procedimento pode trazer de positivo para o paciente é uma maneira eficiente de desmistificar essas ideias e estimular o interesse. Isso pode ser feito em postagens nas redes sociais, no site ou em conversas diretas no consultório.

Ao explicar como um clareamento dental pode melhorar a autoestima ou como o uso de aparelho ortodôntico impacta na mastigação e na saúde bucal, você transforma o tratamento em algo mais próximo da realidade do paciente. Para isso, evite jargões técnicos e opte por uma linguagem simples, que valorize os resultados na rotina do dia a dia para divulgar seu consultório.

Além dos benefícios diretos, vale mostrar o que diferencia o atendimento na sua clínica. Se você investe em tecnologia, oferece flexibilidade de horários, acompanha os pacientes após o término do tratamento ou utiliza materiais de qualidade, esses pontos merecem destaque. Mostrar esse cuidado faz com que o paciente perceba valor na escolha do seu consultório, o que pode influenciar na decisão final.

9. Busque cursos de marketing digital para aplicar na odontologia

Aprender marketing digital pode facilitar bastante a divulgação da sua clínica. Existem cursos online gratuitos que ensinam desde o básico até ferramentas mais específicas.

A FGV, por exemplo, oferece um curso que aborda marketing de serviços, construção de marca e estratégias digitais. O conteúdo é prático e pensado para quem quer se destacar.

Com esse conhecimento, fica mais fácil tomar decisões sobre divulgação e encontrar formas de atrair e manter pacientes com mais consistência.

Marketing odontológico
Faça cursos para se especializar em marketing odontológico.

10. Amplie sua visão com livros sobre marketing

Uma excelente forma de compreender melhor o marketing e pensar em estratégias para o seu negócio é lendo livros sobre gerenciamento da clínica odontológica, desde títulos clássicos e importantes para o ramo, quanto lançamentos direcionados à atualidade.

Autores como Philip Kotler e Seth Godin abordam temas como relacionamento com o cliente, valor de marca e comportamento de consumo de forma acessível. São leituras importantes para quem quer construir uma base sólida sobre o tema e desenvolver uma visão mais estratégica do negócio.

Além desses nomes, vale explorar obras mais atuais, voltadas ao marketing digital, e até biografias de empreendedores como Steve Jobs, Walt Disney e Bill Gates. Essas leituras mostram como a comunicação e o posicionamento de marca podem transformar a percepção do público e abrir novas oportunidades para a clínica.

Marketing odontológico
Tem dúvidas de como fazer planejamento estratégico de marketing? A dica é ler alguns livros sobre o assunto.

11. Faça um planejamento

Fazer um planejamento de marketing é muito importante. Nesse documento, devem constar um estudo da situação atual do seu negócio e uma projeção dos próximos passos a serem tomados.

Para sua elaboração, leve em consideração os dados que você tem à disposição (como número de pacientes, clientes recorrentes, estatísticas de redes sociais) e outros fatores relevantes para o ramo, como datas comemorativas e a sazonalidade do comércio local.

A partir daí, trace seus objetivos para curto e longo prazo (podem ser aumentar o número de consultas ou de um procedimento específico, o volume de pacientes recorrentes, o faturamento) e o que será feito para alcançá-los, como ações em redes sociais, marketing de indicação ou otimização de processos do consultório.

marketing odontologico Monitore suas ações
As monitorar suas ações de marketing odontológico, é possível compreender sua eficácia.

12. Monitore suas ações

Além de planejar o que será feito para o crescimento do seu negócio, é fundamental que você monitore suas ações constantemente para saber o que está surtindo resultado.

Por exemplo: se você tem alimentado suas redes sociais há alguns meses e isso não tem surtido efeito, experimente modificar o teor das postagens, acrescentando um pouco do seu dia a dia, dicas para pacientes ou informações sobre algum tipo de procedimento.

Faça relatórios sobre tudo o que está sendo feito para ter um acompanhamento em tempo real.

13. Respeite o Código de Ética Odontológica

O dentista pode divulgar a clínica desde que as ações não desrespeitem o Código de Ética Odontológica. Seguir as instruções desse documento significa respeitar pacientes e colegas de profissão.

Veja quais condutas são vedadas ao cirurgião-dentista:

  • Anunciar preços, serviços gratuitos e modalidades de pagamento;
  • Divulgar títulos, qualificações, especialidades que não possua ou que não sejam reconhecidas pelo Conselho Federal de Odontologia;
  • Anunciar técnicas e terapias de tratamento sem comprovação científica;
  • Criticar técnicas utilizadas por outros profissionais como inadequadas ou ultrapassadas;
  • Dar consulta, diagnóstico ou prescrição de tratamento em veículos de comunicação;
  • Divulgar nome, endereço ou outro elemento que identifique o paciente, a não ser com o consentimento dele;
  • Aliciar pacientes, praticando ou permitindo a oferta de serviços por informação ou anúncio falso, irregular, ilícito ou imoral, com o intuito de atrair clientela;

Por isso, fique atento e tome cuidado com o conteúdo que pode ou não ser divulgado, para não ferir o Código de Ética.

14. Crie uma identidade visual

Recomenda-se que, na hora de criar a identidade visual, você converse com um profissional de design. Ele reunirá todas as suas ideias para fazer um estudo aprofundado, o que resultará em um visual que transmita, de fato, o que é o seu consultório.

15. Desenvolva um plano de marketing estruturado

Estabelecer um plano de marketing bem delineado é o primeiro passo para alcançar os objetivos da sua clínica. Defina metas claras, identifique o público-alvo e escolha os canais de comunicação mais adequados. Um planejamento sólido permite direcionar esforços de forma eficiente, otimizando recursos e maximizando resultados.

Além disso, um plano estruturado facilita a mensuração dos resultados das ações implementadas. Ao acompanhar indicadores como número de novos pacientes, taxa de retenção e retorno sobre investimento, é possível ajustar as estratégias conforme necessário, promovendo um crescimento sustentável da clínica.

A elaboração de um plano de marketing também auxilia na identificação de oportunidades de mercado e na antecipação de possíveis desafios. Com uma visão clara dos objetivos e das etapas necessárias para alcançá-los, a clínica pode se posicionar de maneira mais competitiva e eficaz no mercado odontológico.

16. Invista em marketing de conteúdo

Produzir conteúdo relevante e informativo fortalece a autoridade da sua clínica no mercado. Artigos, vídeos e postagens nas redes sociais que abordem temas de interesse dos pacientes, como cuidados bucais e novidades em tratamentos, ajudam a atrair e fidelizar o público.

Ao compartilhar conhecimento de forma acessível, você demonstra comprometimento com a saúde e bem-estar dos pacientes. Essa abordagem contribui para a construção de relacionamentos duradouros e aumenta a confiança dos pacientes nos serviços oferecidos pela clínica.

Além disso, o marketing de conteúdo melhora o posicionamento nos mecanismos de busca, aumentando a visibilidade online da clínica. Com uma estratégia bem definida, é possível alcançar um público mais amplo e consolidar a presença digital da sua marca.

17. Gerencie sua reputação online

A opinião dos pacientes influencia diretamente na decisão de novos clientes. Monitore avaliações em plataformas como Google Meu Negócio e redes sociais, respondendo de forma profissional e atenciosa. Um bom relacionamento online reforça a credibilidade da sua clínica.

Incentive pacientes satisfeitos a deixarem avaliações positivas e esteja preparado para lidar com críticas de maneira construtiva. Uma reputação online sólida contribui para a atração de novos pacientes e fortalece a imagem da clínica no mercado.

Além disso, a gestão proativa da reputação online permite identificar áreas de melhoria nos serviços oferecidos, promovendo a excelência no atendimento e a satisfação dos pacientes. Com uma abordagem estratégica, sua clínica pode se destacar positivamente no ambiente digital.

18. Explore o marketing pessoal

Destacar suas habilidades e conquistas profissionais humaniza a relação com os pacientes. Compartilhe sua trajetória, participe de eventos e esteja presente em comunidades relacionadas à odontologia. Essas ações fortalecem sua imagem e aproximam você do público.

Ao mostrar o lado humano por trás do profissional, você cria conexões mais profundas com os pacientes, aumentando a confiança e a fidelidade. O marketing pessoal é uma ferramenta poderosa para diferenciar-se em um mercado competitivo.

Além disso, investir no desenvolvimento contínuo e na atualização profissional demonstra comprometimento com a excelência, reforçando a credibilidade e a autoridade no campo da odontologia. Com uma presença autêntica e engajada, você pode atrair e fidelizar pacientes de forma eficaz.

19. Utilize ferramentas de CRM

Sistemas de gestão de relacionamento com o cliente (CRM) auxiliam no acompanhamento do histórico dos pacientes, facilitando a comunicação e a organização do agendamento de consultas. Com essas ferramentas, é possível oferecer um atendimento mais personalizado.

Além disso, o uso de CRM permite a automação de processos, como o envio de lembretes de consultas e campanhas de e-mail marketing, otimizando o tempo da equipe e melhorando a experiência do paciente.

A análise de dados fornecida pelo CRM também contribui para a identificação de padrões de comportamento dos pacientes, permitindo a criação de estratégias de marketing mais eficazes e direcionadas. Com uma gestão eficiente, sua clínica pode alcançar melhores resultados e satisfação dos pacientes.

20. Produza vídeos educativos

Vídeos que esclarecem dúvidas comuns ou apresentam procedimentos de forma didática são uma excelente forma de engajar o público. Compartilhe esses materiais em seu site e redes sociais para informar e atrair novos pacientes.

A produção de publicidade por meio de vídeos permite demonstrar a expertise da clínica e transmitir confiança aos pacientes. Além disso, conteúdos audiovisuais têm maior potencial de compartilhamento, ampliando o alcance da sua mensagem.

Invista em vídeos de qualidade, com linguagem acessível e informações relevantes; eles contribuirão para a construção de uma imagem positiva da clínica e fortalecerão o relacionamento com os pacientes. Com uma estratégia bem definida, os vídeos educativos podem ser uma ferramenta poderosa no marketing odontológico.

21. Segmente suas campanhas de marketing

Direcionar suas ações de marketing para grupos específicos aumenta a eficácia das campanhas. Considere fatores como idade, localização e interesses ao elaborar suas estratégias, garantindo que a mensagem alcance o público desejado.

A segmentação permite personalizar a comunicação, tornando-a mais relevante para cada grupo de pacientes. Isso resulta em maior engajamento e melhores taxas de conversão, contribuindo para o crescimento da clínica.

Além disso, a análise dos resultados das campanhas segmentadas fornece insights valiosos sobre o comportamento dos pacientes, permitindo ajustes e melhorias contínuas nas estratégias de marketing. Com uma abordagem direcionada, sua clínica pode alcançar resultados mais expressivos.

22. Mantenha-se atualizado sobre as tendências do setor

Acompanhar as novidades e inovações na área odontológica permite adaptar suas estratégias de marketing conforme as mudanças do mercado. Participe de cursos, workshops e eventos para estar sempre informado e oferecer o melhor aos seus pacientes.

Estar atualizado demonstra comprometimento com a excelência profissional e posiciona sua clínica como referência no setor. Além disso, a adoção de novas tecnologias e práticas pode melhorar a experiência do paciente e otimizar os processos internos.

Investir na atualização constante também contribui para a diferenciação da clínica no mercado competitivo, atraindo pacientes que valorizam a inovação e a qualidade nos serviços odontológicos. Com uma postura proativa, sua clínica pode se destacar e alcançar novos patamares de sucesso.

Investir em marketing odontológico ajuda a dar visibilidade ao seu trabalho, fortalecer a marca da clínica e se aproximar dos pacientes. Quando feito com cuidado e estratégia, os resultados aparecem com o tempo. Mesmo quem já atua há anos pode melhorar a forma como se comunica com o público. O importante é manter o foco tanto no atendimento quanto na maneira de mostrar isso nas redes e em outros canais.

Quer continuar aprendendo como criar conteúdos de qualidade e aplicar boas práticas de marketing para dentistas? Explore nosso conteúdo sobre como criar conteúdos de qualidade na odontologia.

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Principais eventos e congressos de odontologia em 2025/26 https://blog.suryadental.com.br/congressos-de-odontologia/ https://blog.suryadental.com.br/congressos-de-odontologia/#respond Fri, 06 Jun 2025 10:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=11441 Os congressos de odontologia são excelentes oportunidades para aumentar a sua rede de contatos, atualizar-se das novidades tecnológicas do mercado, fazer negócios e aprender técnicas de tratamento com nomes renomados da área. Por isso, ficar atento à agenda de 2025 é indispensável!

Participar de congressos odontológicos é uma oportunidade de promover conexões com especialistas e colegas da área, uma vez que esses eventos oferecem acesso a conteúdos de ponta e tendências que impulsionam a prática clínica. É o momento ideal para respirar novos ares, inspirar-se e transformar desafios em soluções inovadoras para seus pacientes.

Para te ajudar a decidir qual é o evento que mais lhe agrada, a Surya Dental listou neste post os melhores eventos de odontologia para participar neste ano no Brasil e no mundo. Confira todos os detalhes a seguir:

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Por que participar de eventos e congressos de odontologia?

Esses encontros são espaços privilegiados para acompanhar estudos em desenvolvimento na área e explorar eventos paralelos que apresentam novidades tecnológicas e soluções modernas, essenciais para elevar a qualidade dos serviços oferecidos em seu consultório.

Participar dessas iniciativas é fundamental para absorver conhecimentos atualizados, ampliar sua rede de contatos profissionais e descobrir parceiros comerciais estratégicos. Esses elementos, combinados, impactam diretamente na eficiência da sua gestão clínica, tornando-a mais competitiva e alinhada com as demandas do mercado atual.

Congressos de odontologia nacionais

Não há dúvidas de que o Brasil tem uma excelente programação científica quando o assunto é odontologia. Grandes eventos são sediados no país, além de contarmos com profissionais renomados e reconhecidos no mundo todo. Confira as opções para participar ao longo do ano!

1. 41º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo

Entre os primeiros congressos de odontologia de 2026 está o CIOSP, considerado um dos maiores congressos de odontologia da América Latina, que conta com programação científica para atualização de conhecimento entre os profissionais. Entre os cursos, há abordagem sobre estética, harmonização orofacial (HOF), gestão e marketing odontológico, terapias integrativas e complementares, entre outros assuntos específicos.

Além disso, os dentistas têm a oportunidade de conferir as últimas tendências e os avanços no mercado odontológico, com a presença de mais de 300 expositores do mundo inteiro.

  • Onde? Expo Center Norte, São Paulo (SP);
  • Quando? 28 a 31 de janeiro;
  • Ingressos: confira os valores no site, o preço varia de acordo com a categoria, seja estudante, cirurgião dentista, auxiliar ou técnico em saúde bucal.

2. Congresso Internacional de Especialidades Odontológicas

Um evento em que é possível se conectar e aprender com especialistas de diversas áreas da odontologia é o Conespo. O congresso acontece na cidade do Rio de Janeiro com mais de 50 palestras, duas salas de hands-on com dentistas renomados, área de expositores e módulos com sete especialidades (280 vagas cada).

  • Onde? Expomag, no Rio de Janeiro (RJ);
  • Quando? 28 a 29 de maio de 2025.
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26º Congresso Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial

O 27º COBRAC 2025 terá palestrantes nacionais e internacionais que vão destacar o que há de mais moderno em técnicas, riscos e benefícios da cirurgia buco-maxilo-facial, uma cirurgia ortognática. Organizado em formato de arena, é possível que haja interação entre profissionais e expositores, no ambiente em que ocorrem as palestras.

  • Onde? Natal (RN);
  • Quando? 26 a 28 de agosto de 2026;
  • Ingressos: confira os valores no site, pois podem diferir a depender da categoria.
Congresso odontologia
Participar de eventos é uma ótima forma de atualizar-se na profissão.

4. 21º Congresso Internacional de Odontologia da Bahia (Cioba)

Ética e sustentabilidade na odontologia: esse é o tema do 21º Cioba, congresso que ocorre em 2025.

Entre os principais assuntos que vão ser desdobrados em palestras e cursos do evento estão a ética nas redes sociais, a sustentabilidade na odontologia, resinas e cerâmica, estética periodontal e periimplantar, além de aspectos legais e atualidades sobre harmonização orofacial.

  • Onde? Centro de Convenções de Salvador, Salvador (BA);
  • Quando? A definir;
  • Ingressos: os valores dependem de cada categoria.

5. Orto-SPO

A ortodontia contemporânea é vasta e busca eficiência de resultados, com profissionais que buscam se especializar e entender diferentes abordagens, processos e técnicas para aplicar na clínica. São essas estratégias que melhoram a experiência do paciente e é o que propõe o congresso Orto-SPO 2025: conhecimento 360º direcionado para maior eficiência dos profissionais.

Serão mais de 200 atividades entre masterclasses, cursos internacionais, conferências, corporate sessions, meet and greet e digital lab para os profissionais aproveitarem.

  • Onde? Distrito Anhembi (SP);
  • Quando? 2 a 4 de outubro de 2025.

6. SucessOdonto

Organizar o consultório odontológico não é uma tarefa fácil, mas é necessário para gerenciar o negócio. Por isso, o SucessOdonto 2025 é o congresso certo para quem busca se atualizar sobre gestão e marketing para odontologia e seus consultórios. É o maior evento do mundo do segmento, com três dias e mais de 25 horas de conteúdo prático.

  • Onde? A definir;
  • Quando? 07, 08 e 09 de novembro de 2025.

Segundo a Associação Brasileira de Odontologia (ABO), outros eventos estão confirmados para 2025. Entretanto, ainda não possuem muitas informações. De toda forma, fique de olho nesses congressos!

7. Clinicorp Summit

Em 2025, o evento está programado para os dias 2, 3 e 4 de junho, das 17h às 21h, com o tema central “Agilidade, eficiência e tecnologia: caminhos para o sucesso profissional em odontologia!” reunirá 12 palestras ministradas por especialistas renomados do setor. As apresentações serão organizadas em três grandes áreas:

Gestão odontológica: estratégias para ampliar o número de tratamentos realizados e elevar a receita do consultório, além de orientações sobre como selecionar uma secretária especializada e gerenciar uma Clínica Escola de Odontologia de forma eficaz.

Inovação: especialistas reconhecidos explorarão os avanços mais recentes em Implantodontia e Harmonização Orofacial, discutirão aplicações práticas da Inteligência Artificial na área e compartilharão tendências em práticas sustentáveis no setor odontológico.

Marketing e vendas: palestras focadas em estratégias de marketing digital e convencional para potencializar o crescimento do consultório, melhorar a taxa de conversão de pacientes e impulsionar resultados comerciais.

8. Congresso Internacional de Odontologia Norte e Nordeste (Cionn)

  • Onde? Aracaju (SE);
  • Quando? 20 a 21 de setembro de 2025.

9. 15º Congresso Odontológico do Espírito Santo

  • Onde? Centro de Convenções de Vitória (ES);
  • Quando? A definir.

10. 24º Congresso Odontológico Rio-Grandense (Corig)

  • Onde? Centro de Eventos da PUC-RS, em Porto Alegre (RS);
  • Quando? 12 a 14 de junho de 2025.

11. Smile & HOF in Rio 2025

  • Onde? Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ);
  • Quando? 6 a 8 de agosto de 2025.
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12. 42ª Reunião Anual da SBPqO

A Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO) realizará a 42ª Reunião Anual da SBPqO, reconhecida como o maior e mais relevante evento na área de pesquisa odontológica do país! O evento acontecerá de 3 a 6 de setembro de 2025, em São Paulo (SP).

13. INDEX25 – Innovation Dental Exhibition

O INDEX25 é um encontro para dentistas e técnicos que trabalham em diferentes áreas da odontologia e entendem que inovação e tecnologia na odontologia são fundamentais para alcançar excelência profissional.

Da gestão à prática clínica e laboratorial, o evento reúne quem deseja aprimorar seus serviços e proporcionar atendimentos de qualidade superior aos pacientes. Ele acontecerá nos dias 9, 10, 11 e 12 de setembro de 2025 no distrito Anhembi em São Paulo. Não perca!

14. Odonto Conference

O Odonto Conference é o encontro exclusivo dos principais expoentes da odontologia e onde os conteúdos relevantes se transformam em prática. Esse evento é um espaço para desenvolver habilidades e se transformar em um especialista que dita as tendências e se destaca como referência no mercado odontológico! O evento será realizado na Expo Center Norte em São Paulo (SP) nos dias 11 e 12 de agosto desse ano.

Congressos de odontologia internacionais

Se dentro da sua agenda houver a oportunidade de ir a eventos internacionais, saiba que é uma ótima ocasião para expandir ainda mais o seu networking e ficar de olho no que é feito em outros países. Confira os principais congressos internacionais de odontologia!

1. Sessão Anual da Associação Americana de Ortodontistas (AAO)

Este é considerado o maior evento da ortodontia do mundo! A Sessão Anual da Associação Americana de Ortodontistas é uma experiência totalmente personalizada. De acordo com os seus objetivos, é possível escolher o melhor programa para você, como aprender mais sobre impressão 3D ou novas técnicas para a clínica.

A boa notícia sobre este evento é que você pode participar de forma virtual, excelente alternativa para quem não consegue fazer a viagem.

  • Onde? Filadélfia, Estados Unidos da América.
  • Quando? 25 e 27 de abril de 2025.

2. World Dental Congress

O World Dental Congress é um evento realizado pela World Dental Federation, com o objetivo de ser um congresso de educação continuada e, também, de promover laços entre profissionais de todo o mundo. Os participantes podem contar com fóruns interativos, programa científico de ponta e exposição odontológica.

  • Onde? Xangai, China;
  • Quando? 9 a 12 de setembro de 2025;
  • Ingressos: consulte o site do evento.

3. Implant Solutions World Summit

O Implant Solutions World Summit é um congresso internacional de odontologia de 2025 que vai ser realizado em Miami, cidade do Estado da Flórida, nos Estados Unidos.

Os congressistas vão ter a oportunidade de conferir as novidades de soluções em implantes, tecnologias em odontologia e regeneração óssea. É uma chance para se conectar com especialistas e conferir palestras de profissionais de renome mundial.

  • Onde? InterContinental, Miami (EUA);
  • Quando? 25 a 27 de setembro de 2025;
  • Veja os ingressos no site do evento.

Principais vantagens de participar de congressos de odontologia

Participar desses eventos é uma oportunidade única para fortalecer networking, atualizar conhecimentos técnicos e absorver inovações que renovam a prática clínica com perspectivas transformadoras. Confira as principais vantagens abaixo:

1. Capacitação constante

Os congressos são uma fonte essencial para acompanhar os últimos avanços clínicos, tecnológicos e científicos da odontologia, garantindo que os profissionais estejam alinhados com práticas modernas e descobertas inovadoras.

2. Conexões estratégicas

Esses encontros agregam dentistas, pesquisadores e líderes do setor, o que facilita a construção de redes de contato, a troca de ideias e o desenvolvimento de parcerias que impulsionam carreiras e projetos.

3. Educação

Por meio de palestras interativas, cursos para dentistas, workshops e debates, os congressos criam um ambiente dinâmico para o aperfeiçoamento de habilidades técnicas e a absorção de conhecimentos aplicáveis no dia a dia clínico.

5. Análise colaborativa de casos

Espaços dedicados à reflexão sobre casos clínicos complexos permitem que os profissionais compartilhem soluções, discutam abordagens multidisciplinares e adquiram insights para situações desafiadoras.

6. Novidades tecnológicas ao alcance

Feiras especializadas dentro dos congressos revelam equipamentos, materiais e softwares inovadores, possibilitando que os participantes testem e integrem recursos avançados em seus consultórios.

7. Estímulo criativo

A imersão nesses eventos desperta a vontade de explorar novas tendências, reinventar métodos de trabalho e buscar diferenciais que elevam a qualidade do atendimento oferecido.

8. Credenciais para a carreira

Muitos eventos concedem certificados e créditos válidos em programas de educação continuada, fortalecendo o currículo e atendendo a exigências de atualização profissional.

9. Projeção no mercado

Participar ativamente como palestrante, autor de trabalhos científicos ou debatedor amplia a visibilidade no campo odontológico, consolidando reputação e abrindo portas para novas oportunidades.

Os congressos de odontologia são oportunidades para descobrir novas técnicas, materiais e equipamentos, aprimorar os diagnósticos na prática clínica, fazer negócios e encontrar profissionais para conversar sobre o mercado e concretizar parcerias. Informe-se sobre a agenda de eventos da sua especialidade!

Quer ficar por dentro de mais assuntos do mundo da odontologia? Então, continue explorando o blog da Surya Dental para encontrar outros conteúdos imperdíveis sobre o mundo da odontologia, com informações sobre consultórios, produtos e casos clínicos. Confira também como foi o CIOSP 2025! Não deixe de conferir e até lá.

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O papel do dentista na prevenção e diagnóstico do câncer bucal https://blog.suryadental.com.br/o-papel-do-dentista-na-prevencao-e-diagnostico-do-cancer-bucal/ https://blog.suryadental.com.br/o-papel-do-dentista-na-prevencao-e-diagnostico-do-cancer-bucal/#respond Thu, 24 Apr 2025 17:10:40 +0000 https://blog.suryadental.com.br/?p=22331 Em nosso país, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que cerca de 15.190 novos casos de câncer bucal ocorram por ano no Brasil, pois esse é um dos tumores mais recorrentes na região do pescoço e boca. Diante dessa realidade, é papel do dentista reduzir a incidência de casos por meio de diagnósticos precoces e da prevenção.

Orientar os pacientes sobre os principais fatores de risco relacionados a lesões na cavidade oral durante as consultas de rotina é responsabilidade do dentista estomatologista. Além disso, deve incentivar a promoção de hábitos que contribuam para a manutenção da higiene bucal e, consequentemente, da saúde em geral.

É muito importante ressaltar que a saúde da boca é importantíssima para o bem-estar e prevenção do câncer bucal. Uma boca saudável facilita o diagnóstico de possíveis doenças, além de facilitar a mastigação e a digestão. Então, neste post da Surya Dental, iremos esclarecer qual é o papel do dentista na prevenção e diagnóstico do câncer de boca. Entenda a seguir:

Qual é o papel do dentista no tratamento do câncer bucal?

Apesar do fácil acesso à cavidade oral e da simplicidade do exame clínico, o diagnóstico do câncer bucal ainda é feito, em muitos casos, em estágios já avançados. Isso pode acontecer porque a fase inicial dos sintomas é indolor ou inexistente, além da falta de exames detalhados durante as consultas odontológicas.

Nesse sentido, é indispensável que o dentista esteja devidamente preparado para a identificação de lesões suspeitas nos estágios iniciais de alterações. Realizar avaliações rotineiras com o menor sinal de anormalidade pode ser o diferencial para realizar um diagnóstico precoce.

Na maioria dos casos, o paciente que nota as alterações recorre ao diagnóstico profissional com um médico, e isso pode retardar a identificação do câncer. O dentista estomatologista, por outro lado, tem a capacidade de identificar anormalidades desse tipo com precisão e, em alguns casos, com maior agilidade. Assim, os exames complementares também poderão ser realizados mais rapidamente.

O diagnóstico precoce, realizado em estágios iniciais, como leucoplasias, eritroplasias e carcinomas “in situ”, aumenta consideravelmente as chances de alcançar a cura. Por isso, o exame físico feito com minuciosidade é um grande aliado da análise histopatológica, detalhe essencial para evitar que o câncer bucal avance e comprometa ainda mais a saúde do paciente.

Quais são os principais cuidados para a prevenção do câncer bucal?

A orientação preventiva é a principal responsabilidade de um dentista, porém também é fundamental questionar e orientar os pacientes acerca do consumo de tabaco (90%) e álcool (89,2%), uma vez que eles estão entre os principais fatores de risco para o câncer bucal. Em todos os casos, cabe ao profissional aconselhar e encorajar a interrupção desses maus hábitos.

Evitar a exposição solar (83,3%), conhecer o histórico familiar (93,3%), manter os cuidados bucais adequados e fazer consultas periódicas andam de mãos dadas com a prevenção precoce. Além disso, o dentista também deve avaliar a adaptação de próteses e o estado de conservação dos dentes do paciente, já que esses dois fatores também podem contribuir para o desenvolvimento do câncer na boca. Confira as principais medidas para prevenção do câncer bucal:

  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e tabaco;
  • Reduzir a exposição solar sem o uso de protetor solar;
  • Manter uma boa higiene bucal diariamente;
  • Fazer consultas odontológicas regularmente;
  • Garantir que próteses estejam adaptadas e em bom estado de conservação;
  • Ficar atento a qualquer alteração ou lesão na cavidade oral.

Como é feita a prevenção do câncer de boca?

A prevenção do câncer de boca deve ter início com uma avaliação criteriosa do dentista durante as consultas de rotina. O exame físico deve incluir a inspeção das mucosas, gengivas, língua e região orofaríngea, a fim de identificar qualquer lesão que possa indicar suspeita ou risco de câncer bucal.

Nesse escopo, além do exame clínico, o dentista também tem que realizar uma abordagem educativa e aconselhadora e orientar os pacientes sobre os hábitos corretos de higiene bucal e a importância de ir ao dentista estomatologista ao identificar quaisquer sintomas. Depois da consulta, caso realmente haja alterações suspeitas, o profissional deve encaminhar o paciente para exames complementares e avaliações mais minuciosas.

Como é feito o diagnóstico do câncer bucal?

O diagnóstico do câncer bucal é feito com a anamnese odontológica seguida de um exame completo da cavidade bucal, além de observar alterações como lesões que não se curam e manchas ou feridas que não cicatrizam. Quando algo suspeito é identificado, é importante realizar uma biópsia para confirmar, de fato, o diagnóstico.

Além disso, o diagnóstico tardio do câncer bucal pode gerar um prognóstico negativo, visto que, em estágio avançado, pode levar ao óbito, provocar mutilações na face e tornar o tratamento mais longo, tornando o tratamento mais custoso. Portanto, o cirurgião-dentista tem grande relevância na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de boca.

Como você pôde ver, o dentista é fundamental na prevenção e no diagnóstico do câncer bucal, sendo o protagonista na identificação de lesões suspeitas: consultas regulares e orientações preventivas são essenciais para garantir a saúde e o bem-estar dos pacientes!

Agora que você já sabe qual é o papel do dentista na prevenção e no diagnóstico do câncer de boca, não deixe de navegar pelo nosso blog e descobrir outros conteúdos imperdíveis, como o nosso guia do protocolo odontológico para pacientes oncológicos. Não deixe de conferir e até lá!

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Quanto custa montar um consultório odontológico? Veja valores! https://blog.suryadental.com.br/quanto-custa-montar-um-consultorio-odontologico/ https://blog.suryadental.com.br/quanto-custa-montar-um-consultorio-odontologico/#comments Mon, 20 Jan 2025 18:45:46 +0000 https://blog.suryadental.com.br/?p=17463 Ser dono do próprio negócio é o sonho de muitos cirurgiões-dentistas, sejam eles recém-formados ou com a carreira consolidada. Entretanto, a dúvida de quanto custa montar um consultório odontológico e por onde começar sempre faz com que muitos profissionais questionem se é possível, de fato, realizar esse objetivo.

Na prática, para transformar esse sonho em realidade, é necessária muita pesquisa de valores, planejamento, calma e foco, já que todas as decisões devem ser tomadas a partir de muita reflexão e sob a ótica da razão.

Então, se você deseja ter seu próprio negócio e saber como estruturar um consultório odontológico — preço, equipamentos essenciais, construção e locação do imóvel, custos mensais, como calcular o retorno sobre o investimento e dicas de como economizar —, está no lugar certo. Continue conosco e descubra tudo sobre o tema!

Em primeiro lugar: alugar ou comprar um consultório odontológico?

Antes de começar a pesquisa dos equipamentos odontológicos, é importante pensar sobre o espaço ideal para montar o consultório. Até mesmo porque, antes de comprar ou alugar um imóvel, você vai precisar ter uma boa noção das dimensões do ambiente para que todos os itens sejam bem acomodados.

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Alugar costuma ser uma das opções mais escolhidas por odontologistas, já que não requer um investimento tão grande quanto comprar — e se as coisas não acontecerem conforme o esperado, é uma conta que pode ser interrompida. Apenas lembre-se de verificar as cláusulas contratuais.

Além disso, você deve considerar os gastos iniciais com um consultório odontológico. Se você está começando, leva tempo até o local conquistar pacientes suficientes para manter as contas, por isso, é preciso ter uma reserva financeira para “não deixar a peteca cair”. Isso garante mais segurança nos primeiros meses.

Vale lembrar que, mesmo que o indicado seja o aluguel em um primeiro momento, não significa que você deve desistir de ter um estabelecimento próprio! Apenas precisará de mais planejamento e, claro, construir de forma sólida o nome da sua clínica. Agora, vamos ao que realmente interessa: quanto custa montar um consultório odontológico? Confira a seguir!

Quanto custa montar um consultório odontológico?

Segundo um levantamento de custos realizado pelo Sebrae, é preciso um investimento mínimo de R$ 75 mil para montar um consultório odontológico pequeno. O cálculo feito pela instituição é baseado em valores de materiais novos e nos preços de uma cidade de médio porte, considerando gastos como local, móveis, equipamentos e instrumentos.

Por ser um tema bastante complexo, apresentaremos aqui não só os valores para fazer um cálculo mais real de despesas e investimentos, mas também tudo que você precisa para deixar o seu consultório odontológico o mais completo possível, considerando fatores até como o investimento em marketing e branding. Fique ligado aos próximos tópicos!

1. Aprenda sobre os processos de licenciamento e regularização

Antes mesmo de saber quanto custa montar um consultório odontológico, é preciso entender que existem diversas normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por isso, é preciso arcar com os custos de regularização para a abertura do negócio. Entre os itens que devem ser obtidos, estão:

  • Projeto arquitetônico e de estrutura: deve ser aprovado pela prefeitura para obtenção do alvará de liberação da obra;
  • Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS): com detalhamento de descarte e destinação correta;
  • CNPJ: abertura do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica para tributação como empresa;
  • Registro do estabelecimento: no cartório da cidade e no Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde (Cnes);
  • Alvará da Vigilância Sanitária: documento que atesta que o negócio está apto para funcionamento;
  • Autorização do Corpo de Bombeiros: licença que demonstra que a construção está adequada e segura;
  • Alvará de funcionamento: documento gerado pela prefeitura que atesta a aptidão de atendimento aos pacientes.

Além disso, para que o consultório possa abrir, é preciso estar regularizado na Secretaria da Fazenda, ter uma inscrição estadual e possuir a escritura do imóvel (ou contrato de locação). Nesse momento, a ajuda de um contador pode ser essencial para fornecer apoio no cumprimento de todas as burocracias.

2. Considere a localização do consultório odontológico

Ao escolher o local, é importante considerar uma série de fatores, como localização da clínica, acessibilidade, segurança e estrutura. Analisar esses pontos é essencial para não fechar um mau negócio, assim como fugir do famoso “o barato sai caro”. Neste momento, é preciso observar os seguintes pontos:

  • Público-alvo: o local do consultório odontológico deve ser acessível aos pacientes. Considere a demografia para definir o endereço;
  • Concorrência: pesquise as clínicas odontológicas existentes na área e prefira regiões onde a concorrência é menor;
  • Visibilidade: opte por uma localização que ofereça boa visibilidade e sinalização para ajudar no reconhecimento de marca;
  • Acessibilidade: é importante que tenha estacionamento e que seja facilmente acessível por transporte público e para pessoas com deficiência;
  • Infraestrutura: considere a infraestrutura do local, incluindo a disponibilidade de restaurantes, centros comerciais e outras clínicas médicas. Esse conjunto de serviços torna a região mais atrativa para os pacientes;
  • Segurança para a clínica: opte por uma região em que as pessoas se sintam seguras.

E, claro, leve em consideração o custo da localidade do consultório do dentista. O terreno ou o imóvel podem ser mais caros em regiões centrais — pode ser, também, que compense pagar um pouco mais, mas estar bem localizado, em uma área movimentada, de conhecimento de todos e de fácil acesso na cidade. Lembre-se de realizar uma pesquisa e análise detalhadas antes de tomar a decisão.

3. Pesquise o valor dos materiais de construção

Os valores dos materiais de construção também devem ser considerados. Mesmo que você alugue um consultório odontológico, é provável que queira fazer algumas mudanças, como pintar as paredes. Nesse caso, tenha em mente o tamanho do espaço, a cor da tinta que deseja usar e qual marca vai comprar, pois tudo isso influencia nos preços.

Se você comprou o seu consultório e quer fazer uma reforma completa, então será necessário cotar os valores junto dos profissionais responsáveis pelas etapas da obra. Os preços podem variar de acordo com o tamanho da reforma. As lojas escolhidas também vão influenciar nesse quesito.

Mas se você for construir um consultório de dentista, é preciso levar em conta alguns fatores específicos para garantir um ambiente seguro para os pacientes e profissionais da clínica. Veja abaixo algumas dicas essenciais para este processo!

3.1. Escolha materiais duráveis e resistentes

Opte pelos materiais duráveis e resistentes ao uso frequente, como pisos, paredes e bancadas. Eles devem suportar umidade, calor e produtos químicos utilizados nos processos dentro da clínica odontológica.

3.2. Priorize a higiene do consultório odontológico

Escolha superfícies que sejam fáceis de limpar e desinfetar, como revestimentos antiderrapantes para pisos, bancadas e móveis em aço inoxidável e revestimentos em PVC. Cheque as normas da Vigilância Sanitária para escolher os produtos corretos dentro da legislação.

3.3. Cuide do isolamento acústico e ventilação do ambiente

O isolamento acústico do consultório odontológico ajuda a manter a privacidade entre as salas de tratamento e evita que o ruído de um ambiente interfira em outro. Considere incluir materiais acústicos, como drywall, que ajudem a minimizar o som.

Além disso, a ventilação adequada mantém o ar fresco na clínica, eliminando cheiros e patógenos do ar. Então, não deixe de instalar um sistema de exaustão que ajude a retirar o ar umidificado da clínica.

3.4. Invista em bons sistemas elétricos

Consultórios odontológicos exigem sistemas elétricos robustos para suportar os equipamentos, como compressor de ar, autoclave e equipamento de raio-x. Então, foque nisso também. O importante, em resumo, é ser meticuloso sobre a escolha dos materiais certos.

Isso pode ajudar a criar um espaço de trabalho seguro e confortável para pacientes e profissionais da clínica odontológica. Materiais de alta qualidade aumentam a segurança e a durabilidade do empreendimento, reduzindo a necessidade de manutenção constante. Assim, quanto mais pesquisa for feita, maiores as chances que o profissional tem de encontrar os melhores produtos com preços mais acessíveis!

4. Equipamentos odontológicos da clínica

Após escolher um bom local para o seu consultório odontológico, chegou o momento de pensar nos equipamentos de dentista. Aqui, é importante fazer uma boa pesquisa para garantir a compra de materiais odontológicos de qualidadee que sejam investimentos duradouros.

Se você ainda tiver materiais básicos da graduação, como alicates, vale a pena analisar para ver se estão aptos para o uso. Caso sim, aproveite-os. Alunos de pós-graduação, provavelmente, também terão outros itens comprados para as aulas e que podem fazer parte do consultório.

4.1. Cadeira odontológica

Começando pelo essencial: quanto custa uma cadeira odontológica? Atualmente, é possível achar equipos por preços mais acessíveis e de marcas boas, como a da Dabi Atlante, que pode ser encontrada a partir de R$ 14.377. A marca também trabalha com opções para quem quer um equipamento mais completo, porém por um preço menor, na faixa de R$ 26.450.

A Olsen é outra empresa que possui produtos de alta qualidade para deixar o paciente mais confortável e realizar um atendimento acessível a diferentes tipos de corpos, movimentos de elevação automáticos e sincronizados e outros recursos avançados. Em nossa loja virtual, por exemplo, você encontra diversas opções para seu novo consultório odontológico!

Aproveite e guarde para ler depois: Como garantir acessibilidade no consultório odontológico?

4.2. Compressor

O compressor é essencial para o funcionamento de outros equipamentos de uso diário e, portanto, deve estar na lista de uma das primeiras coisas a serem compradas para o seu consultório odontológico. Assim como a cadeira, é possível encontrar o equipamento de marcas renomadas e por preços acessíveis.

Modelos das marcas Airzap e Schuster estão disponíveis a partir de R$ 4.599. Se você preferir comprar um compressor com mais litros, existem opções com capacidade de 100 litros da Schulz em nosso site. Vale a pena conferir!

4.3. Fotopolimerizador

O fotopolimerizador pode ser encontrado em diferentes faixas de preço. Portanto, é preciso ter bem definidas quais são as suas necessidades e se existe alguma marca de preferência. Temos uma categoria cheia de modelos onde você encontra aparelhos a partir de R$ 649 da marca Schuster, mas também pode conferir outros modelos, como:

  • Microdont;
  • Dabi Atlante;
  • Orthometric;
  • 3M Solventum;
  • MMO Optics;
  • Ivoclar Vivadent;
  • Ultradent;
  • SDI;
  • NSK.

4.4. Kit acadêmico odontológico

Alunos que fizeram bons investimentos de kit acadêmico durante a graduação provavelmente não precisarão se preocupar em comprar um novo para o consultório odontológico.

Mas se o seu não está apto para o trabalho, por questões de segurança, recomendamos que você adquira outro. Um kit consultório odontológico completo, duradouro e de qualidade pode ser encontrado em diferentes marcas a partir de R$ 1.998 na área de acadêmicos em nossa loja virtual!

4.5. Autoclave

Os valores da autoclave podem variar muito, de acordo com a capacidade e a marca. Um aparelho de 4 litros da Cristofoli, por exemplo, pode ser obtido por valores acima de R$ 3.699. Se você quiser uma autoclave de tamanho médio, com capacidade de 12 litros, temos o modelo da Cristofoli a partir de R$ 5.279 e da Bio Art, acima de R$ 5.799.

4.6. Motor elétrico

O motor elétrico é indispensável para deixar o trabalho mais ágil. Portanto, é importante garantir o seu para o consultório odontológico. A boa notícia é que esse material é mais acessível e você pode encontrá-lo por valores que começam em R$ 759!

5. Invista na decoração do consultório odontológico

Se você considerar apenas os equipamentos no cálculo, possivelmente não conseguirá chegar ao valor real de quanto custa montar um consultório odontológico. Além da parte técnica, é preciso pensar em outros pontos, como a decoração da clínica de dentista. E claro, isso vai depender de muitas questões: 

  • Quem é o público do seu consultório?
  • Qual é a sua especialidade?
  • Como é o seu estilo pessoal?
  • A clínica odontológica exige uma decoração elegante ou básica?

Por exemplo, se você atua na área de odontopediatria, a decoração precisa ser pensada nesse público. Nesse caso, compre brinquedos, itens decorativos infantis, cadeiras de espera divertidas e coloridas, papel de parede etc. Para esse tipo de perfil, é preciso criar um ambiente que vá acalmá-lo e trazer conforto.

Mas se o seu consultório odontológico for mais abrangente, a decoração também pode ser mais simples. Sendo assim, decida se vai optar por cadeiras para a recepção ou poltronas, pois os valores de ambos os móveis podem variar muito.

Além das poltronas, é preciso considerar mesas de canto ou centro, prateleiras (se desejar), luminárias, quadros, plantas e outros itens. Aqui, a nossa dica é pesquisar em diferentes locais. Procure em lojas da cidade e na internet, pois cada comércio trabalha com preços diferentes.

Muitos itens decorativos podem ser comprados em lojas mais acessíveis e, com bom gosto, é possível escolher elementos elegantes e pagar pouco. Se for incluir detalhes nas paredes do consultório odontológico, não se esqueça de acrescentar na sua lista de gastos os orçamentos desses serviços com diferentes profissionais.

7. Garanta conforto para os pacientes e os colaboradores

Um detalhe superimportante é garantir o conforto das pessoas que frequentam o seu espaço. Isso significa oferecer alguns elementos básicos, como internet (valores podem chegar em torno de R$ 300), bebedouros (entre R$ 270 e R$ 550) e televisão (a partir de R$ 1.700).

Como já dissemos, os brinquedos são importantes, mesmo que a sua área não seja exclusivamente a parte pediátrica, afinal, as crianças sempre serão pacientes. Tatames, pufes, mesas pequenas e alguns brinquedos devem entrar na sua lista.

Também é preciso pensar nos colaboradores. Provavelmente, algumas pessoas que trabalham na clínica odontológica vão almoçar no local. Lembre-se de construir uma cozinha confortável com mesas, cadeiras, geladeira, pia e micro-ondas. É interessante ter armários para cada um guardar de forma segura os pertences.

8. Tenha bons softwares e serviços

Na hora de pensar quanto custa abrir um consultório odontológico, é comum que as pessoas deixem de fora um detalhe: serviços e plataformas. Para ter uma rotina organizada, é preciso contar com ferramentas que agilizem o trabalho e permitam que nada passe batido.

Portanto, uma das coisas que não podem faltar são os softwares específicos para consultórios odontológicos. Os valores, em geral, são cobrados mensalmente. Lembre-se de que eles são essenciais para cadastro de pacientes, agendamento de consultas, anamnese, emissão de notas, enfim, todos os processos da rotina de odontologia.

Se você contar com o seu próprio funcionário de contabilidade, provavelmente ele também vai precisar dos softwares específicos da área. Atualmente, o mercado oferece um grande leque de opções de softwares para gerenciamento de empresas que fornecem soluções personalizadas de acordo com cada tipo de negócio. Vale a pena pesquisar e negociar.

Os serviços telefônicos também são essenciais para entrar em contato com pacientes e fornecedores. Lembre-se de que consultórios odontológicos fazem diversas ligações por mês, todos os dias, então, é indispensável tê-lo. Esse serviço pode custar de R$ 100 a R$ 300 por mês.

9. Aposte em marketing e publicidade

O marketing é outra estratégia de extrema importância para um consultório odontológico, pois é uma forma eficaz de promover e expandir os negócios, atrair novos pacientes e fidelizar os existentes. De toda forma, existem custos atrelados à publicidade da empresa, mas antes, vamos entender as razões para considerar o marketing a partir do momento que você monta seu negócio. Continue lendo!

9.1. Aumenta a visibilidade da sua marca

O marketing odontológico ajuda a aumentar a visibilidade do consultório odontológico, tornando-o mais renomado na comunidade local e entre o público-alvo. Isso permite que mais pessoas conheçam os serviços oferecidos e considerem agendar uma consulta, além de fazer o profissional ser mais respeitado no meio.

9.2. Ajuda a conquistar novos pacientes

Por meio de estratégias bem definidas, é possível direcionar campanhas específicas para atrair novos pacientes. Isso pode ser feito por anúncios on-line, marketing de conteúdo, parcerias com outras empresas locais e outras técnicas que ajudam a gerar interesse e conversões.

9.3. Fideliza os pacientes já existentes

O marketing também auxilia na fidelização dos pacientes existentes do seu consultório odontológico, lembrando-os de fazer agendamentos regulares, oferecendo promoções e estreitando o relacionamento com eles. Isso contribui para o aumento da taxa de retenção e para uma divulgação “boca a boca” positiva.

9.4. Auxilia na construção de uma reputação sólida

O marketing ajuda a construir credibilidade, mostrando o comprometimento com a qualidade e o atendimento ao paciente no seu consultório odontológico. Isso é fundamental para ganhar a confiança dos clientes e fazer com que eles recomendem sua clínica de dentista para amigos e familiares.

Quais são os custos do marketing para consultório odontológico?

O investimento mensal com marketing para um consultório odontológico pode variar dependendo das estratégias e dos canais a serem utilizados. É recomendável destinar uma porcentagem do orçamento para investir no setor, que pode variar entre 5% e 10% do faturamento mensal da empresa.

No entanto, é importante fazer uma análise e segmentar os gastos em ações mais eficientes e relevantes para o público-alvo do consultório. Algumas estratégias que podem ser consideradas são a criação de um site, o trabalho de otimização de buscadores (SEO), presença nas redes sociais, campanhas de anúncios on-line e impressão de materiais como cartões de visita.

Consulte profissionais de marketing especializados em saúde para auxiliar na definição de um plano efetivo e acompanhar os resultados do seu consultório odontológico. A contratação de uma agência especializada pode ser uma alternativa para que haja direcionamento de forças para a expansão da marca.

Estratégias de baixo custo para o marketing do consultório odontológico

Para quem ainda está começando na profissão ou está investindo bastante dinheiro na construção do negócio, é possível começar com estratégias que custam pouco para se tornar reconhecido, afinal, o mundo digital é fundamental nesse processo.

A principal ação é a produção de conteúdo nas redes sociais, como Instagram, Facebook e TikTok. Os possíveis custos podem estar em equipamentos de iluminação e tripé, uma vez que vídeos podem ser feitos pelo próprio celular. A dica valiosa é: produza materiais educativos e de qualidade.

Estar presente de forma constante nas redes é fundamental para gerar autoridade e atrair público para o consultório odontológico. Não se esqueça de sempre engajar com usuários, responder aos comentários, prezar pelos princípios da ética odontológica, ainda que na internet, e seguir as regras estabelecidas pelo CFO sobre publicidade.

10. Considere o quadro de funcionários do consultório odontológico

O quadro de funcionários também é um custo que deve ser considerado inicialmente, afinal, é provável que você vá contratar algumas pessoas, mesmo em pequeno número, para ajudá-lo com o consultório odontológico.

É preciso considerar os impostos de um contrato em carteira de trabalho, qual o salário que seus colaboradores vão receber, benefícios e outros gastos. De início, comece com um time menor. Entretanto, conforme o crescimento do negócio, é provável que você precise de mais pessoas para que a rotina seja tranquila e ninguém fique sobrecarregado.

11. Descartáveis, estoque e papelaria do consultório odontológico

Os materiais descartáveis são itens essenciais quando pensamos na biossegurança no consultório odontológico. Não há como deixá-los de fora, portanto, eles precisam entrar em sua lista de gastos. Por mês, dependendo do número de consultas, o gasto pode chegar a R$ 300 apenas com descartáveis, entre luvas, máscaras e toucas.

Já o estoque deve ser montado de acordo com a sua especialidade e os produtos necessários para cada tipo de atendimento. O importante é sempre mantê-lo bem abastecido, de forma que tudo seja usado e nunca falte nada. E, claro, papel higiênico, toalhas de papel e copos descartáveis também devem constar na sua lista de gastos iniciais.

Quanto à papelaria, os itens já são bem mais acessíveis. Você vai precisar comprar canetas, blocos de anotações, itens específicos de odontologia e outros objetos. Para isso, pode separar R$ 200. Mas lembre-se: é preciso estar atento para repor esses materiais conforme a necessidade.

Qual é o custo mensal de um consultório odontológico? 

Os custos operacionais mensais de um consultório odontológico podem variar dependendo de diversos fatores. De toda forma, os principais e que se deve ter em mente são:

  • Aluguel ou financiamento: custo de locação ou compra do espaço físico;
  • Serviços: despesas com eletricidade, água e internet;
  • Descartáveis: aquisições de materiais descartáveis de uso cotidiano;
  • Manutenção: ajustes de equipamentos e instrumentos;
  • Salários da equipe: remuneração para auxiliares odontológicos, recepcionistas e outros possíveis funcionários administrativos;
  • Marketing: despesas com a promoção do consultório odontológico;
  • Custos administrativos e de escritório: seguro, taxas de licenciamento e associações profissionais;
  • Serviços profissionais: custos com serviços de contabilidade, consultoria jurídica e consultores profissionais;
  • Educação continuada e treinamento: investimento em congressos, workshops e cursos para se manter atualizado a respeito das últimas técnicas e avanços na odontologia.

Vale ressaltar que essa é uma lista de custos gerais do consultório odontológico. Os específicos dentro de cada categoria podem variar de acordo com a localização e o tamanho da clínica de dentista, assim como das necessidades próprias do negócio.

Como calcular o ROI do consultório odontológico?

O retorno sobre investimento (ROI) é uma métrica que prevê quanto foi investido pela quantidade de recursos que passaram a ser captados pelos atendimentos.

Para determinar, subtraia o valor do ganho obtido pelo investimento e, em seguida, divida o resultado pelo valor do investimento inicial. Multiplica-se o resultado por 100 para expressá-lo como um percentual. Assim, a fórmula do ROI é a seguinte:

ROI = [(Ganho obtido – Investimento inicial) / Investimento inicial] x 100.

Dessa maneira, se o valor for negativo, quer dizer que o estabelecimento ainda não está sendo lucrativo. À medida que a porcentagem positiva demarca a prosperidade do consultório de dentista.

Dicas bônus: como economizar no consultório odontológico?

Quando começamos a listar os custos para montar um consultório odontológico, os valores podem assustar um pouco. Entretanto, se você tiver uma boa reserva de dinheiro, uma gestão financeira consistente e souber negociar, a conquista desse sonho pode ser mais simples.

1. Tente comprar o máximo de coisas à vista

A nossa primeira dica é tentar comprar o máximo de coisas à vista. E, claro, isso só será possível se você já se planejou para os custos. Esse tipo de pagamento é muito vantajoso porque permite fechar com descontos generosos e, ainda, ganhar brindes úteis para o dia a dia. As compras parceladas tendem a ter juros, sobretudo se forem divididas em um grande número de meses.

2. Tenha um bom planejamento financeiro

A segunda sugestão é ter um bom planejamento financeiro. Os gastos e custos de um consultório odontológico não são poucos, portanto, é preciso estar preparado para isso. Estude formas de ganhar mais dinheiro, tente alugar horários, arrumar espaços em mais de uma clínica. Enfim, é preciso certo esforço para economizar dinheiro e, paralelo a isso, manter os seus gastos pessoais.

Estude formas de economizar, fazer investimentos e outras opções que façam o seu dinheiro render para ter mais fundos para montar o consultório. Ao adquirir os móveis, por exemplo, considere os de qualidade, mas que tenham estilo básico. Evite opções que venham a elevar o preço do consultório odontológico completo.

3. Mantenha um controle de estoque eficiente

Outra estratégia interessante é sempre manter um controle do estoque. Assim, você consegue ter uma previsibilidade de quando os itens vão acabar e o momento certo para adquirir descartáveis, aproveitando possíveis descontos.

E, por último, encontre um bom fornecedor! Aqui na Surya Dental, você conta com a experiência de mais de 30 anos, produtos de marcas renomadas e qualificadas, além de benefícios exclusivos para clientes parceiros.

Inclusive, também é possível simular para ver exatamente quanto custa para montar um consultório odontológico perfeito, com tudo que você deseja equipar. Legal, não é mesmo? Então, clique na imagem abaixo e faça uma simulação agora mesmo!

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https://blog.suryadental.com.br/quanto-custa-montar-um-consultorio-odontologico/feed/ 8
Anamnese odontológica: quais perguntas fazer aos pacientes? https://blog.suryadental.com.br/anamnese-odontologica/ https://blog.suryadental.com.br/anamnese-odontologica/#comments Mon, 25 Nov 2024 10:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=16550 O primeiro encontro entre o cirurgião-dentista e o paciente carrega consigo uma importância singular, sendo muito mais do que uma simples formalidade inicial. É nessa etapa de abertura que se realiza a anamnese odontológica, um documento essencial que desvenda o histórico de saúde do paciente e pavimenta o caminho para um atendimento seguro, cuidadoso e alinhado aos direitos dos pacientes odontológicos.

Por meio da anamnese, o dentista é capaz de antecipar e evitar situações adversas, como reações alérgicas a medicamentos ou complicações decorrentes de doenças preexistentes. Trata-se de uma salvaguarda indispensável que protege o paciente e, ao mesmo tempo, confere tranquilidade ao profissional. Afinal, nenhum cirurgião-dentista gostaria de passar por episódios tão delicados e potencialmente comprometedores à saúde de quem busca seu cuidado.

É por isso que, neste artigo, exploramos como elaborar uma anamnese odontológica completa, identificar os elementos essenciais que devem compor esse documento e revisitar conceitos fundamentais que fortalecem o entendimento sobre sua função e importância. Siga conosco e aprenda como deixar o seu atendimento odontológico completo! 

O que é uma anamnese odontológica? 

A anamnese odontológica trata-se de um procedimento estruturado em que o dentista busca captar um panorama completo da saúde e do histórico do paciente, incluindo antecedentes familiares, estilo de vida e até questões emocionais.

Esse levantamento é essencial para que o profissional compreenda a fundo o contexto de cada indivíduo, permitindo a escolha de abordagens de tratamento personalizadas e que tragam resultados promissores. Durante a anamnese odontológica, o dentista realiza perguntas em diversas áreas, como:

  • Informações pessoais: detalhes de identificação que ajudam no contexto geral do atendimento;
  • Histórico médico pessoal e familiar: levantamento de doenças crônicas, alergias e condições genéticas que possam impactar o tratamento;
  • Histórico odontológico: questões como tratamentos anteriores, problemas dentários recorrentes e respostas a procedimentos passados;
  • Estilo de vida e hábitos: informações sobre consumo de substâncias (como tabaco e álcool), padrão de higiene bucal e alimentação que são relevantes para o planejamento de qualquer intervenção;
  • Aspectos emocionais e comportamentais: identificação de fobias, ansiedades ou traumas relacionados ao tratamento odontológico.

Essa etapa detalhada não só apoia o diagnóstico e o desenvolvimento de um plano de tratamento, mas também ajuda a estabelecer uma relação de confiança e empatia entre o dentista e o paciente, parâmetro essencial da odontologia humanizada.

É importante que o cliente se sinta à vontade para compartilhar sua história e suas preocupações com o profissional, o que enriquece o atendimento e assegura que cada detalhe seja considerado.

Cuidados antecedentes à anamnese odontológica

Antes de começarmos a explicar o processo de anamnese odontológica, trouxemos algumas dicas que ajudam a deixar o paciente mais calmo. Continue a leitura e conheça pontos fundamentais que devem estar no documento!

Abra o diálogo para que o paciente se sinta confortável

Você já foi atendido por algum profissional da saúde que não te deu muita atenção? Parecia não ouvir as suas respostas, ignorava quando você pontuava alguma questão e sequer olhava no seu rosto? Sem dúvidas, essa é uma das piores situações para um paciente e um exemplo de comportamento que deve ser totalmente evitado. 

Todos nós temos a necessidade de sermos ouvidos. E ser atendido por alguém que não se importa conosco já é uma grande barreira que afeta a confiança do paciente no cirurgião-dentista. Após a consulta, com certeza, ele sairá frustrado e desconcertado, questionando a sua credibilidade. 

Como ninguém quer isso, um dos primeiros passos da anamnese é ser humano e abrir diálogo com uma estratégia de comunicação com o paciente. Criar amizade com é importante para que ele se sinta à vontade e desenvolva confiança no seu trabalho.

Portanto, sempre se sente de frente, cumprimente-o com cordialidade e faça-o se sentir à vontade no consultório antes de começar as perguntas. Um dos erros cometidos pela maioria dos cirurgiões-dentistas é focar apenas nos prontuários prontos em vez de olhar para a pessoa e tentar transformar essa etapa em um diálogo.

Além de ouvir as palavras do seu paciente, atente-se à linguagem corporal, que é mais um dos pontos ignorados por muitos profissionais. Preste atenção na personalidade de quem você está atendendo, veja se é alguém mais tímido, se é preciso manter uma linguagem mais lúdica, qual a faixa etária e se a pessoa é alguém da área (neste caso, você pode falar de forma mais técnica). 

Atente-se à linguagem corporal e à ansiedade do cliente

A ansiedade odontológica é um sentimento que alguns pacientes podem demonstrar, especialmente quando pensamos em procedimentos que geram mais dor, como os canais. Acalmar a pessoa é importante para um atendimento mais tranquilo, seguro e humanizado.

De acordo com o estudo “Avaliação geral do paciente (parte III): comportamento humano e a linguagem corporal”, de Caetano Neto, os sinais de ansiedade ou tensão que o dentista deve ficar atento são: 

  • Balançar a perna constantemente;
  • Estar agitado;
  • Tamborilar com os dedos ou estalá-los;
  • Olhar para os olhos ou seguir todos os movimentos que o dentista faz;
  • Respiração curta e rápida;
  • Tremor nas mãos. 

Agora, chegou a hora de aprender a fazer a anamnese odontológica na prática. No próximo tópico, listamos 6 dicas para que tudo saia como planejado!

Como fazer uma anamnese odontológica? Aprenda em 6 passos!

Para começar, você deve escolher um modelo de perguntas abertas ou fechadas. Na primeira opção, a pergunta é feita e o paciente fica livre para responder além de “sim ou não”. Já no segundo tipo, a pessoa fica limitada às respostas afirmativas ou negativas, o que nem sempre é tão interessante, já que não abre tanto espaço para mais detalhes. 

Ambas as abordagens podem ser úteis e cabe ao dentista escolher a que melhor se adapta ao contexto de cada paciente. A seguir, listamos os passos principais para conduzir uma anamnese odontológica completa e precisa, com exemplos práticos para cada etapa. Continue conosco!

1. Faça a identificação do paciente com nome, data de nascimento e mais 

Após escolher o modelo do questionário, você pode partir para as perguntas. Primeiro, comece pela ficha de identificação do paciente. Aqui, você não precisa necessariamente apegar-se a algum modelo pronto, pois são perguntas básicas, como “Onde mora?”, “Qual a sua profissão?”, “Idade?” e outras questões que servem para você conhecer melhor a pessoa. 

Mesmo não havendo necessidade de ficar tão apegado a um roteiro de anamnese odontológica pronto, é importante anotar com exatidão todas as respostas. Em seguida, listamos alguns pontos que você pode incluir: 

  • Nome completo;
  • Data de nascimento;
  • Gênero – substitua o antigo “sexo” por gênero. Atualmente, é fundamental considerar a diversidade dos pacientes e respeitar a identidade com a qual ele se identifica. Em caso de pacientes transgêneros, mantenha o respeito e dirija-se sempre de acordo com o nome social ou o que a pessoa se identificar;
  • Etnia – antigamente, era designada como “raça”. Esse é um ponto importante, pois algumas etnias têm mais tendência a algumas condições;
  • Naturalidade;
  • Estado civil;
  • Endereço;
  • Profissão;
  • Nome do responsável (para menores de idade);
  • Informações de contato e contato de emergência. 

Vale citar que, desde setembro de 2020, está em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados. Com ela, é necessário que os consultórios odontológicos protejam e armazenem os dados sensíveis de forma segura. Implementar medidas adequadas à LGPD ajuda a proteger o sigilo das informações e fortalecer a confiança do paciente no atendimento.

Temos um conteúdo exclusivo que explica como se adequar à LGPD com dicas para o seu consultório odontológico. Não perca tempo! Salve para ler em seguida e fique por dentro das normas aplicáveis à sua área de atuação!

2. Entenda qual é a queixa principal do indivíduo

Agora que você já conhece o seu paciente, chegou o momento de entender qual o motivo de ter procurado o seu consultório. Pergunte sobre a queixa principal e há quanto tempo está com os problemas odontológicos.

Anote cuidadosamente as palavras do paciente para documentar de forma precisa os sintomas e a motivação da consulta. Isso é essencial para identificar a origem do desconforto e iniciar um diagnóstico direcionado.

Aqui, é importante ouvir primeiro o que o paciente tem a falar e só em seguida documentar, para evitar confusões. Uma dica é ter um odontograma impresso ou digital para que você possa anotar na imagem o local das dores, que também pode ser utilizado posteriormente para o diagnóstico e a definição do plano de tratamento.

3. História da doença atual (HDA) e história patológica pregressa (HPP) 

A história da doença atual (HDA) consiste em anotar detalhadamente como a queixa principal começou. Essa etapa é essencial para se ter uma ideia do que possa ser a ocorrência, a partir de perguntas como:

  • De que forma a lesão se iniciou?;
  • Houve utilização de algum medicamento e qual foi o resultado?;
  • Quais sintomas costuma sentir?.

Já na etapa de história patológica pregressa (HPP), o objetivo é conhecer quais as doenças o seu paciente tem ou já teve em algum momento da vida. Para isso, você pode começar por entender as patologias de base, ou seja, a principal causa que pode gerar outras alterações ou contribuir para riscos dentro do consultório, como hipertensão, diabetes, HIV/Aids, doenças autoimunes e todas aquelas que são gerais. 

Além da patologia de base, você pode anotar as doenças regionais, que envolvem cabeça e pescoço, como herpes no lábio, cistos, traumas na face, tratamento de canal, extrações dentárias por perda de osso ou tártaro, ou seja, tudo o que afetou a região do pescoço e da cabeça. 

Para ajudar o paciente a resgatar mais informações sobre doenças, pergunte sobre cada parte do corpo, sistema neurológico, sistema respiratório etc. Com esse tipo de apoio, ele pode ir se lembrando de alguns pontos, o que ajudará na anamnese odontológica. 

Dentro do histórico de saúde, levante as cirurgias e as internações pelas quais o paciente já passou e quais foram os motivos. Aqui, deixe-o à vontade para desenvolver a história e contar todos os detalhes que recordar do episódio ocorrido.

Esse ponto é muito importante para entender se a pessoa está estável e pronta para um tratamento, sem correr riscos de uma complicação médica. Em seguida, verifique quais as medicações o paciente toma e se possui reações alérgicas que podem aparecer na clínica. Assim, na hora da anamnese odontológica, você pode seguir esta sequência: 

  • Patologias de base: doenças crônicas;
  • Doenças regionais: por parte do corpo;
  • Cirurgias e internações;
  • Medições contínuas tomadas;
  • Alergias.

Uma opção é começar com perguntas fechadas como: “Você tem diabetes?”. Depois, pode seguir com questões abertas, pelas partes do corpo. Se o paciente tiver alguma dúvida, você pode listar patologias regionais para que ele responda sim ou não. É fundamental que o dentista tenha o tato de entender qual o melhor caminho para obter as respostas. 

4. Investigue as questões emocionais

Além de todos esses pontos, converse com o seu paciente para entender questões emocionais. Afinal, algumas emergências médicas são derivadas da própria ansiedade, como as dificuldades respiratórias. Aqui estão alguns tópicos para abordar: 

  • Você tem algum receio ou ansiedade em relação a tratamentos odontológicos?;
  • Há algo que o deixe particularmente nervoso ou desconfortável durante as consultas?.

5. Avalie o histórico familiar 

Na anamnese odontológica, é importante constar o histórico familiar, ou seja, tudo o que está relacionado aos antepassados do paciente. O objetivo é descobrir quais doenças os pais, os avós e a família têm que podem ser genéticas e contribuir para a queixa principal e até para prevenir patologias. Entre as perguntas a serem feitas, estão: 

  • Existem doenças genéticas conhecidas em sua família?;
  • Alguém possui histórico de diabetes? Existem casos de pressão alta?;
  • Há histórico de câncer na família, em particular câncer de cabeça e pescoço ou câncer oral?;
  • Existe alguém com doença autoimune, como lúpus ou artrite reumatoide?;
  • Alguém na família tem tendência a sangramentos ou hemorragias?;
  • Há histórico de reações adversas ou alérgicas a medicamentos, alimentos ou anestésicos locais?;
  • Algum familiar tem problemas bucais no desenvolvimento de dentes ou da mandíbula?;
  • Há registro de problemas endócrinos ou metabólicos?;
  • Existe histórico de doenças respiratórias crônicas?.

6. Identifique os hábitos e os vícios do paciente

O hábito é uma ação que se repete com frequência e regularidade. O vício também acontece frequentemente e pode ter consequências negativas, mas não necessariamente vai ser uma dependência psicológica e de drogas. Ele pode acontecer também quanto a doces, refrigerante e comida.

Independentemente de ser um hábito ou vício, é importante saber o que o seu paciente possui. Por exemplo, usuários de drogas precisam de cuidados peculiares no atendimento. Por isso, aqui vai uma lista de perguntas que podem ser feitas sobre vícios e hábitos de vida na anamnese odontológica: 

  • Com qual frequência escova os dentes?;
  • Há sangramento da gengiva após a escovação?;
  • Escova a língua com qual frequência?;
  • Passa fio dental com qual frequência?;
  • Você tem algum hábito que possa afetar sua saúde bucal (roer unhas, morder objetos, ranger os dentes)?;
  • Como é sua alimentação no dia a dia?;
  • Bebe chá ou café?;
  • Come doces?;
  • Fuma ou usa algum tipo de tabaco?;
  • Com que frequência você consome álcool?.

O que deve constar no prontuário odontológico do paciente? 

O prontuário do dentista é o documento no qual devem constar todas essas informações importantes coletadas durante a anamnese e outros dados. Em geral, inclua: 

  • Identificação do cirurgião-dentista: nome e número de inscrição no CRO;
  • Informações pessoais do paciente: aquelas coletadas inicialmente;
  • Anamnese: todos os dados relatados durante o questionário;
  • Diagnóstico: análise do exame clínico inicial, em que são cruzadas informações da ficha de anamnese de odontologia e outros exames, para avaliar as possíveis causas da queixa do paciente;
  • Exames complementares: inclusão de exames adicionais necessários, como laboratorial ou radiografias odontológicas;
  • Planejamento de tratamento personalizado: plano proposto, incluindo todos os procedimentos sugeridos para solução;
  • Andamento do tratamento: evolução do tratamento, com detalhes de todas as consultas. 

Lembre-se de que as informações contidas no prontuário odontológico são confidenciais e só podem ser compartilhadas com o consentimento do paciente ou por ordem judicial.

Anamnese odontológica para diferentes tipos de pacientes 

Na realização de uma anamnese odontológica, é essencial que o cirurgião-dentista considere as particularidades de cada paciente. Afinal, cada grupo etário e cada condição específica trazem desafios e demandas próprias, exigindo adaptações tanto nas perguntas quanto na forma de interação. Vamos explorar como adequar a anamnese para diferentes tipos de pacientes!

Anamnese odontológica para pacientes idosos 

Na consulta com pacientes mais velhos (odontogeriatria), é importante se atentar para condições médicas preexistentes e medicamentos de uso contínuo — como anticoagulantes e anti-hipertensivos —, já que muitos deles podem impactar diretamente a saúde bucal e as respostas a tratamentos odontológicos.

Além disso, avalie capacidades funcionais e cognitivas, pois alguns pacientes idosos podem apresentar dificuldades de memória, audição ou visão, sendo necessário conversar com cuidadores ou familiares para obter uma história completa e precisa para a anamnese odontológica.

Anamnese odontológica para pacientes pediátricos 

Em odontopediatria, a anamnese odontológica deve considerar o estágio de desenvolvimento da criança, não apenas físico, mas também emocional e social. Afinal, é essencial que o profissional adote uma abordagem acolhedora, gentil e lúdica para que a criança se sinta segura e à vontade.

Na maioria dos casos, é importante a presença de responsáveis, principalmente num primeiro atendimento. A história médica da criança, as informações sobre a gravidez e o parto da mãe também são relevantes. 

Anamnese odontológica para pacientes gestantes 

Ao atender mulheres grávidas, o dentista deve estar atento ao estágio da gestação e às possíveis alterações hormonais que podem influenciar a saúde bucal, como a gengivite gravídica.

Determinados procedimentos e medicamentos são contraindicados em certos períodos da gravidez, e uma anamnese odontológica bem conduzida ajuda a adaptar o atendimento para minimizar riscos.

Anamnese odontológica para pacientes com doenças crônicas 

Já os pacientes com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e doenças autoimunes, necessitam de uma anamnese cuidadosa, pois essas condições podem afetar a saúde bucal. O profissional deve investigar o uso de medicamentos contínuos e ajustar o plano de tratamento considerando possíveis interações e complicações.

Anamnese odontológica para pacientes com deficiência 

Quanto ao atendimento para pacientes com necessidades especiais, como deficiências físicas, sensoriais ou cognitivas, é preciso adotar uma abordagem inclusiva e adaptada para garantir que recebam um atendimento odontológico confortável e eficiente.

Lembre-se de que cada pessoa tem suas próprias necessidades e circunstâncias individuais. Por isso, a comunicação e o ambiente clínico devem ser ajustados para atender essas nuances. Em alguns casos, pode ser necessário envolver cuidadores ou familiares para apoio.

Como fazer perguntas de forma empática na anamnese odontológica? 

Para aplicar a odontologia humanizada, é necessário criar uma relação de confiança entre o profissional de saúde e o paciente. A empatia na comunicação ajuda o indivíduo a sentir-se valorizado e compreendido, promovendo um ambiente mais colaborativo e, muitas vezes, facilitando a coleta de informações essenciais para o tratamento. Confira boas práticas para exercitar no seu consultório!

1. Escute ativamente 

Demonstre interesse genuíno em cada palavra do paciente. Faça contato visual e utilize pequenos gestos, como acenos de cabeça, para indicar que você está acompanhando atentamente.

A escuta ativa significa dedicar sua total atenção, evitando interromper ou pular rapidamente para a próxima pergunta sem refletir sobre a resposta dada. Permitir que o paciente complete seu raciocínio é essencial para que ele se sinta ouvido e respeitado.

2. Evite pressa e reserve o tempo necessário

Reserve um tempo adequado para a anamnese odontológica, especialmente em consultas iniciais. A pressa pode fazer o paciente sentir que sua história não é importante, minando a confiança e o conforto.

Demonstrar que você está disposto a ouvir sua narrativa com calma é uma forma poderosa de valorização, incentivando o paciente a compartilhar informações detalhadas.

3. Valide os sentimentos e as preocupações

Ao ouvir relatos sobre experiências difíceis ou receios relacionados à saúde bucal, valide as emoções do paciente, mostrando compreensão e apoio. Isso pode ser feito com frases como “Entendo como isso pode ser angustiante” ou “Imagino que tenha sido uma situação complicada para você” podem ajudar a criar uma conexão empática.

4. Adapte sua linguagem ao paciente

Escolha uma linguagem simples e acessível, evitando jargões odontológicos e termos técnicos que possam gerar confusão ou desconforto. Se precisar explicar conceitos específicos, faça-o de forma clara e, se possível, com exemplos práticos. Adaptar a linguagem é uma maneira eficaz de tornar o diálogo mais acessível e próximo.

5. Prefira perguntas abertas

Formule perguntas que incentivem o paciente a expressar-se livremente, como “Você pode me contar mais sobre isso?” ou “Como esses sintomas começaram?”. Isso permite que o indivíduo elabore suas respostas com mais precisão, oferecendo uma perspectiva mais completa de sua condição e demonstrando que você está verdadeiramente interessado em sua história.

6. Observe expressões faciais e linguagem corporal

Nem sempre o paciente expressará verbalmente todas as suas preocupações, especialmente se houver receios ou ansiedades. Fique atento à linguagem corporal, expressões faciais e tom de voz, que podem revelar desconforto, ansiedade ou relutância. Essa observação permite que o dentista ajuste o tom e a abordagem, respeitando o estado emocional do paciente.

7. Reforce a confidencialidade das informações

Assegure ao paciente que todas as informações compartilhadas durante a anamnese são confidenciais e serão utilizadas apenas para o seu tratamento. A confidencialidade não só é um direito do paciente, como também contribui para a criação de um espaço seguro onde ele se sinta à vontade para compartilhar dados pessoais ou questões sensíveis sem receio de exposição.

Você pode se interessar: Quais indicadores de atendimento da clínica você deve verificar? 

Qual é a importância da anamnese na odontologia? 

O preenchimento da anamnese odontológica é uma etapa fundamental no atendimento, mas é comum que esse processo seja tratado de forma mecânica, seguindo roteiros prontos ou fichas clínicas padronizadas.

Embora esses modelos possam servir como guias úteis, o verdadeiro valor do documento está na capacidade do dentista de ir além das perguntas padrões, explorando nuances que muitas vezes passam despercebidas nos questionários convencionais.

Uma anamnese odontológica bem conduzida oferece um nível de compreensão profundo sobre a saúde do paciente, antecipando riscos e direcionando decisões clínicas que garantem segurança e personalização no atendimento.

Em casos de alergias, uso de medicamentos, doenças crônicas ou condições especiais, o dentista consegue prever e evitar situações emergenciais no consultório, o que minimiza riscos e oferece maior tranquilidade a ambos.

Além da prevenção de emergências, a importância da anamnese se ancora também em princípios éticos e legais. Segundo dispositivos de ética e legislação odontológica, cabe ao cirurgião-dentista zelar pela saúde e dignidade dos pacientes e da sociedade como um todo. Isso inclui uma postura cautelosa e atenta em todas as etapas do atendimento, especialmente nas que envolvem a saúde e a segurança do paciente.

Ao investir tempo e atenção nessa fase inicial, o dentista demonstra cuidado e empatia, garantindo ao paciente uma experiência de acolhimento e segurança. Esse processo é, portanto, um pilar do atendimento odontológico de qualidade, refletindo o compromisso do profissional com o bem-estar de quem confia em seu trabalho.

7 erros para não cometer na anamnese odontológica

Após aprender quais pontos não podem faltar na sua anamnese odontológica, é hora de saber quais erros devem ser evitados para garantir um atendimento seguro e de qualidade. Abaixo estão alguns deslizes comuns que podem comprometer tanto a precisão do diagnóstico quanto a confiança do paciente. Fique atento e evite esses equívocos em seu consultório!

Erro 1: ignorar o histórico de saúde e familiar do paciente 

Um dos principais erros na anamnese é desconsiderar o histórico médico e familiar do paciente. Mesmo quando ele parece claro, é fundamental rever as anotações da anamnese antes de planejar o tratamento.

A rotina intensa pode levar o profissional a confiar em memórias, mas é importante lembrar que, com múltiplos atendimentos diários, aumenta-se o risco de confundir casos. Anotar e revisar o histórico com cuidado é indispensável para uma abordagem personalizada e segura.

Erro 2: não aferir pressão arterial e glicemia 

Outro erro comum é não realizar a aferição de pressão arterial e glicemia durante a avaliação clínica. Muitos pacientes podem acreditar que estão saudáveis, mas condições como hipertensão e diabetes são muitas vezes silenciosas e podem passar despercebidas.

Aferir esses dados é uma forma proativa de identificar riscos ocultos, especialmente em procedimentos invasivos, e não deve ser negligenciado. Lembre-se: a segurança do paciente sempre deve vir em primeiro lugar.

Falando nisso, você sabe como atender pacientes com diabetes? Acesse nosso conteúdo e descubra!

Erro 3: não investigar o histórico de alergias

Não perguntar sobre alergias ao realizar a anamnese odontológica é um erro que pode gerar complicações graves. Medicamentos como antibióticos e anti-inflamatórios são frequentemente utilizados em tratamentos odontológicos, e reações alérgicas a esses fármacos podem colocar o paciente em risco.

Então, pergunte detalhadamente sobre alergias a medicamentos, anestésicos e até materiais odontológicos para garantir uma abordagem segura.

Erro 4: pressa na coleta de informações

Conduzir a anamnese de maneira apressada compromete a qualidade das informações coletadas. Essa pressa pode deixar o paciente inseguro e hesitante em compartilhar dados importantes, além de fazer com que detalhes cruciais passem despercebidos.

Reserve um tempo adequado para essa etapa, mostrando ao paciente que cada aspecto do histórico de saúde dele é relevante para o tratamento.

Erro 5: não adaptar a linguagem ao paciente

Usar uma linguagem excessivamente técnica ou formal sem adaptar o vocabulário ao paciente é um erro que pode dificultar a comunicação e gerar confusão. Em vez de usar jargões odontológicos, explique os conceitos de forma clara e acessível, de acordo com o nível de compreensão do paciente.

Erro 6: deixar de considerar questões emocionais

Muitas vezes, o impacto emocional de um tratamento odontológico é desconsiderado. Fatores como ansiedade ou medo de procedimentos podem afetar a experiência do paciente e até mesmo gerar complicações.

Ao não investigar esses aspectos, o profissional perde a oportunidade de adaptar o atendimento e oferecer um ambiente mais acolhedor. Perguntas simples sobre o nível de conforto e ansiedade do paciente revelam informações valiosas.

Erro 7: ignorar atualizações na anamnese em retornos

Uma anamnese odontológica realizada em uma consulta inicial pode precisar de atualizações em visitas subsequentes. Novas condições médicas, mudanças nos medicamentos ou novos eventos no histórico de saúde alteram o curso do tratamento. Revisitar e atualizar a anamnese a cada consulta é uma prática que melhora a precisão e a segurança do atendimento.

A anamnese odontológica completa é o ponto de partida para um tratamento de excelência. Obter a confiança do paciente requer cuidado na maneira com que se fala e, principalmente, como se escuta. Tenha muita calma, pergunte todos os detalhes e, depois, faça os exames clínicos para diagnosticar precisamente. 

Gostou do conteúdo de hoje? Esperamos que sim! E se você ficou interessado em ler mais dicas de como melhorar seu atendimento odontológico, acesse o blog da Surya Dental e confira outros conteúdos para seu consultório. Nos vemos em breve!

Referência:

DR. CAETANO BAPTISTA NETO. Anamnese odontológica: guia prático para profissionais. Disponível em: https://131381ed-dbbf-09c8-f722-a57baeba6944.filesusr.com/ugd/66b8e1_7add01e1faa3d22b28f2c4acf5d11fa3.pdf. Acesso em: 12 nov. 2024.

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O que é odontograma, como preencher e qual escolher? https://blog.suryadental.com.br/odontograma/ https://blog.suryadental.com.br/odontograma/#respond Mon, 12 Aug 2024 10:00:00 +0000 https://blog.suryadental.com.br/?p=22029 Em meio aos avanços e inovações tecnológicas na área da saúde, a odontologia vem se destacando pelo uso de ferramentas que auxiliam no diagnóstico, planejamento e acompanhamento dos tratamentos odontológicos. Entre essas ferramentas, o odontograma se destaca como um elemento essencial para os profissionais do ramo.  

Este gráfico detalhado dos dentes e gengivas não serve apenas como um registro histórico do paciente, mas também como peça fundamental na comunicação e no planejamento do procedimento odontológico que será realizado. 

Neste artigo, portanto, vamos entender o que é o odontograma, quais os tipos, as vantagens de utilizar, como preencher, qual a ordem dos dentes e até mesmo apresentar dicas sobre qual escolher: físico ou digital? Continue a leitura e descubra! 

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O que é odontograma? 

O odontograma é um diagrama gráfico que representa a disposição e condição dos dentes na cavidade bucal de uma pessoa.  

É utilizado por cirurgiões-dentistas para registrar informações clínicas detalhadas sobre os dentes e a cavidade oral do paciente. Cada dente é representado por um símbolo ou forma específica, que pode variar ligeiramente dependendo do sistema ou software utilizado. 

Principais tipos de odontogramas  

Existem dois formatos principais para serem utilizados pelos dentistas: geométrico e anatômico. Cada um estabelece um modelo de odontograma diferente para sinalizar as informações sobre os dentes. Entenda as diferenças a seguir! 

Odontograma geométrico  

O odontograma geométrico utiliza formas simples e geométricas (por isso o nome) para representar os dentes e suas condições. Esse tipo é bastante simplificado e é frequentemente usado para uma documentação e comunicação agilizada. 

Fácil de usar, é ideal para registros rápidos. Assim, permite uma visão geral do estado dental do paciente de forma ágil. 

odontograma geométrico
As formas simples são o que caracterizam o odontograma geométrico.

Odontograma anatômico  

O odontograma anatômico é mais detalhado e procura representar de maneira mais realista a forma e a posição dos dentes, assim como suas particularidades anatômicas. 

Ele mostra contornos mais aproximados dos dentes e raízes, incluindo cúspides e fissuras. Por conta disso, é utilizado para registrar detalhes mais específicos de doenças, tratamentos e observações clínicas. Esse tipo exige mais entendimento e habilidade para ser corretamente elaborado e interpretado. 

odontograma anatômico
O odontograma anatômico é uma opção mais detalhada.

Vantagens de utilizar o odontograma  

O uso do odontograma odontológico traz uma série de benefícios que facilitam não só o diagnóstico e tratamento, mas também a organização e comunicação entre profissionais de saúde. Confira: 

  • Registro detalhado do histórico oral. 
  • Facilitação do diagnóstico. 
  • Planejamento de tratamento. 
  • Comunicação entre profissionais. 
  • Monitoramento de progresso. 
  • Precisão de documentação. 
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Como preencher odontograma completo? 

Saber os tipos de marcações em um odontograma para preenchimento correto é parte fundamental na utilização da ferramenta. E a maneira de fazer é diferente para cada tipo. 

Para o geométrico, é preciso primeiro identificar as faces dos dentes no odontograma. Em seguida, a partir da anamnese, fazer as sinalizações. Confira a explicação no vídeo do professor Bruno Venturi, mestre em odontologia: 

Já para o anatômico, a Aline Dentista demonstra na prática tudo que você deve fazer, em detalhes, para preencher o modelo físico: 

Qual a ordem do odontograma? 

A ordem dos dentes no odontograma segue a sequência usada na nomenclatura dentária, que tem por objetivo identificar cada dente de forma precisa.  

Existem vários sistemas de nomenclatura, mas um dos principais é o da Federação Dentária Internacional (FDI), utilizado pelo geométrico. 

A divisão em quadrantes é a seguinte: 

  • Quadrante 1: superior direito. 
  • Quadrante 2: superior esquerdo. 
  • Quadrante 3: inferior esquerdo. 
  • Quadrante 4: inferior direito. 
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Depois, os dentes têm a numeração a partir dos centrais até os terceiros molares: 

  • Incisivo central: 1. 
  • Incisivo lateral: 2. 
  • Canino: 3. 
  • Primeiro pré-molar: 4. 
  • Segundo pré-molar: 5. 
  • Primeiro molar: 6. 
  • Segundo molar: 7. 

Desta forma, por exemplo, o incisivo central superior direito é o dente número 11. E por assim vai. Confira na imagem:

Numeração dental
Numeração dental de acordo com o sistema da FDI.

Odontograma físico ou digital: qual escolher?  

A escolha entre um odontograma físico e um digital depende de diversos fatores, incluindo as necessidades da clínica ou do profissional, os custos envolvidos, a facilidade de uso e a eficiência na gestão dos registros dos pacientes. 

O físico pode ser mais simples de se usar e não requer grande investimento em tecnologia. Basta ter a ferramenta em papel impresso. Entretanto, o documento pode ser danificado ou perdido, criando um problema a longo prazo. Além disso, dificulta-se o processo de compartilhamento dos registros se necessário. 

Por outro lado, o digital permite uma gestão mais eficiente dos pacientes, com facilidade de compartilhamento, mais precisão na informação e mais segurança com os dados. Porém, requer um investimento por parte do dentista, que deve adquirir o software, assim como tempo para compreender sobre o funcionamento da tecnologia. 

Mas qual escolher? Depende! Principalmente pela necessidade e escala da clínica. Se o volume de pacientes for alto, o digital pode ser a solução; mas se for um consultório em estágio inicial, o físico pode resolver os problemas. 

Considere também a experiência e a preferência pessoal do profissional e da equipe de trabalho. O odontograma digital pode ser introduzido aos poucos, como uma forma de aprendizado e registro de arquivos a longo prazo. 

odontograma
O odontograma digital pode ser uma solução para armazenar dados de pacientes a longo prazo.

Dominar os diferentes tipos de odontogramas, saber como preenchê-los adequadamente e escolher o mais indicado para cada situação não apenas otimiza o diagnóstico e o tratamento, mas também fortalece a comunicação entre dentista e paciente, construindo uma relação de confiança e satisfação mútua. 

Investir ou não em um odontograma digital pode ser uma questão a se avaliar com o tempo e as necessidades dentro do consultório. O fundamental é garantir que você promova um ótimo atendimento aos pacientes, utilizando materiais odontológicos de qualidade durante o tratamento. 

A Surya Dental entende a importância de cada detalhe no trabalho que você desenvolve, por isso oferecemos produtos excelentes para você. Clique na imagem abaixo e confira! 

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Ergonomia na odontologia: guia de autocuidado para evitar lesão https://blog.suryadental.com.br/ergonomia-odontologia/ https://blog.suryadental.com.br/ergonomia-odontologia/#comments Mon, 15 Jul 2024 10:00:00 +0000 http://blog.suryadental.com.br/?p=16822 A rotina do cirurgião-dentista exige que o corpo permaneça horas na mesma posição e realize movimentos repetitivos. Isso gera um alto número de profissionais que reclamam de dores nas costas, no pescoço, nos ombros e braços.  

Acontece que a ergonomia na odontologia às vezes é ignorada ou, em meio a uma rotina corrida, fica de lado. Diante dessa situação, neste artigo, vamos falar como o tema deve ser salientado, em prol da saúde dos cirurgiões-dentistas.  

Continue a leitura e entenda os riscos atrelados, possíveis doenças, além de dicas de como aplicar no consultório odontológico! 

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O que é ergonomia na odontologia?  

A ergonomia se refere ao estudo e a aplicação de práticas e equipamentos para melhorar e otimizar o bem-estar dos profissionais. No caso da odontologia, ela envolve a adaptação de ambientes de trabalho e atividades laborais às necessidades físicas dos dentistas, com objetivo de proporcionar condições mais seguras, confortáveis e eficientes durante a realização dos procedimentos. 

Um dos principais objetivos da ergonomia odontológica é auxiliar na prevenção de lesões por esforço repetitivo e transtornos musculoesqueléticos — problemas comuns enfrentados por profissionais da área devido à natureza do trabalho, que exige precisão e períodos prolongados em posições fixas. 

Qual a importância da ergonomia para dentista e auxiliar?  

Aplicar a ergonomia para cirurgião-dentista é crucial, pois impacta diretamente na saúde e eficiência dos odontólogos e dos auxiliares. Um ponto fundamental é a prevenção das lesões por conta da postura e dos movimentos executados. Entre elas podemos citar a síndrome do túnel do carpo, a tendinite, além de dores nas costas, pescoço e ombros. 

Um ambiente ergonômico permite que o trabalho seja mais eficaz, principalmente para que haja maior controle e precisão de movimentos, sem incômodos. Outro fator relevante é o conforto no trabalho dos profissionais, evitando a fadiga e promovendo uma sensação de bem-estar. 

Também vale citar que a implementação de práticas ergonômicas pode ser vista como um investimento a longo prazo, já que pode levar a redução de custos operacionais. Prevenindo dores e lesões, diminuem-se os dias de trabalhos perdidos, possíveis despesas médicas e aumenta-se a longevidade da carreira. 

dentista aplicando práticas de ergonomia odontologia
Qual a importância da ergonomia na odontologia? Prevenir lesões e executar movimentos precisamente.  

Riscos ergonômicos para o dentista  

Os principais riscos ergonômicos para dentistas estão relacionados à postura inadequada durante o desempenho das atividades. Por precisarem ficar na mesma posição por muito tempo, é comum criar tensão em várias partes do corpo  como pescoço, ombros, costas e braços. A repetição da ação, portanto, pode acarretar lesões. 

Outro cuidado que o profissional deve ter é em relação aos movimentos realizados, já que polir, escavar e outras manobras realizadas continuamente na boca dos pacientes podem causar desgaste nos tendões e nas articulações. 

Além disso, manipular os instrumentos odontológicos exige precisão e força. Se juntar a repetição e a duração dos procedimentos, a fadiga muscular e os transtornos articulares tornam-se riscos ao dentista. 

A visualização inadequada do campo de trabalho também pode conduzir a problemas ergonômicos. Quando há iluminação insuficiente, compromete-se a saúde ocular. Por outro lado, se a distância entre o dentista e o paciente for muito longa, causa transferência de estresse para outras partes do corpo. 

Doenças relacionadas à ergonomia na odontologia  

Quando os riscos não são mitigados, as situações ficam mais evidentes e preocupantes, causando lesões e doenças. Vamos explicar na sequência algumas das enfermidades que os cirurgiões-dentistas devem ficar atentos! 

LER/Dort 

Nos piores quadros, os profissionais da odontologia podem vir a desenvolver Lesões por Esforços Repetitivos (LER)/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort) que, de acordo com estudo publicado na Revista Brasileira de Odontologia, atingem vasos, tendões, ligamentos, nervos, articulações e fáscias musculares. As consequências são perda de força, dor, fadiga no local e alteração muscular, o que prejudica a produtividade do dentista. 

Há fatores que aumentam o risco de desenvolvimento de LER/Dort, como os movimentos repetitivos, o uso de aparelhos que não possuem qualquer ergonomia, a postura incorreta ao trabalhar, a força excessiva empregada em procedimentos, o estresse pela rotina do consultório e um condicionamento físico que não está preparado para suportar todas essas necessidades. 

ergonomia odontologia
Movimentos repetitivos e postura incorreta contribuem para desenvolvimento de LER/Dort pelos dentistas.

Com o tempo, tudo isso acaba por gerar complicações para os cirurgiões-dentistas, sendo as mais comuns: 

  • Tendinites: inflamação ou lesão do tendão. 
  • Tenossinovites: inflamação da bainha do tendão na região em que o músculo se conecta com o osso. 
  • Bursites: inflamação das bolsas que protegem as articulações. 
  • Miosites: inflamação do músculo. 

Ainda conforme o estudo, os dentistas são profissionais que fazem parte de grupos com mais chances de desenvolver essas patologias, já que atuam em uma área exposta a diversos fatores de riscos, que vão desde o ambiente sem ergonomia, até a pressão psicológica que contribui para a ansiedade e o aumento da tensão de músculos. 

Sintomas das doenças posturais do dentista  

Estar atento aos primeiros sintomas de LER/Dort é fundamental para um tratamento precoce, assim como evitar o desenvolvimento das doenças. Portanto, o indicado é que cirurgiões-dentistas conheçam os indícios das patologias para que possam procurar ajuda profissional. São eles: 

  • Dores nos membros superiores e nos dedos. 
  • Desconforto físico ao fim do expediente. 
  • Dificuldade para mover dedos e membros superiores. 
  • Inflamações ocorrentes. 
  • Dores localizadas. 
  • Inchaço no local. 
  • Paralisia. 

Uma informação importante é que nem sempre esses sintomas vão significar LER/Dort. Às vezes, eles podem ser indícios de doenças ortopédicas, imunológicas, neurológicas ou distúrbios reumatológicos. Por isso, é essencial que o dentista não demore para agir caso sinta algum desses sinais. 

consulta odontológica paciente infantil
Instrumentos ergonômicos também devem estar presentes no consultório.

Caso você se identifique com algum sintoma, primeiramente, pause atividades repetitivas, imobilize a área onde sente a dor, faça repouso e procure ajuda médica. E lembre-se: quanto mais tardio o tratamento é iniciado, pior é o diagnóstico. 

Como aplicar ergonomia no consultório odontológico?  

Ergonomia e odontologia devem andar de mãos dadas para garantir saúde e produtividade aos dentistas. Portanto, a prática tem como intuito eliminar qualquer manobra pouco produtiva, gerar conforto e segurança, prevenir doenças e diminuir o estresse dentro do consultório. 

A implementação exige atenção a diversos pontos, que vão desde o espaço de trabalho até os instrumentos selecionados para realizar procedimentos. Para entender melhor, vamos separar essas dicas por tópicos. 

Postura ideal para se sentar  

Após horas de trabalho, se não houver um policiamento, a posição ergonômica do dentista não será aplicada e, consequentemente, o profissional ficará com dores. 

O artigo sobre ergonomia na odontologia, “Ergonomia para os mobiliários das salas clínicas dos cirurgiões-dentistas”, explica como os profissionais devem sentar-se para evitar dores nas costas e outros problemas: 

  • Ao sentar-se na cadeira mocho, suas coxas devem ficar paralelas ao chão, em ângulo de 90º com as pernas. Os pés devem ficar bem apoiados no piso. 
  • As costas e a região renal devem ficar apoiadas no encosto do mocho odontológico ergonômico, enquanto a cabeça fica levemente inclinada para baixo. 
  • A posição do paciente na cadeira mocho deve permitir que a cabeça dele fique no mesmo nível dos seus joelhos. 
  • Quanto à altura da cadeira, ela deve estar ajustada de forma que uma das pernas do dentista possa ser colocada sob o encosto, mas sem pressão. 
  • Os cotovelos devem ser mantidos juntos ao corpo ou apoiados em um local que esteja no mesmo nível. 
  • O cirurgião-dentista deve manter distância de 30 cm da boca do paciente. 
  • Ao realizar trabalhos na maxila, o cabeçote deve ser posicionado para baixo; para a mandíbula, ele deve ser acomodado para cima. 
Explicação da postura correta para dentistas durante o atendimento
A postura ideal para se sentar faz parte da ergonomia em odontologia.

Equipamentos ergonômicos  

A postura correta é essencial quando falamos em ergonomia na odontologia, por isso ter o assento ideal e outros itens é importantíssimo. 

Cadeira ergonômica 

Uma cadeira ergonômica para dentista promove uma postura melhor durante os procedimentos odontológicos, prevenindo a ocorrência de dores cervicais e problemas crônicos. O mocho com essa finalidade oferece suporte adequado para as costas e permite que os pés fiquem apoiados corretamente. 

Uma ótima solução para quem busca modelos confortáveis é o da Kato. O móvel tem uma estrutura toda em metal e o encosto é de madeira reforçada. Ambas as características contribuem para um assento mais resistente e duradouro. 

Quanto aos ajustes, ela oferece a opção de regulagem para a altura do encosto, no movimento de ir para frente e para trás, e na altura do assento. Outras características são: 

  • Alavanca de acionamento do pistão para subida e descida. 
  • Assento com encaixe das coxas. 
  • Assento com alavanca para regulagem de inclinação. 
Botão Surya ver no site.

Descanso para pés 

Um apoio para os pés pode ajudar a manter uma postura equilibrada enquanto o profissional está sentado, distribuindo melhor o peso e reduzindo a pressão sobre a parte inferior das costas. 

Instrumentos  

Instrumentos mais leves e com design que se adapta confortavelmente à mão podem reduzir a tensão no pulso, mãos e ombros. Isso inclui peças de mão de alta e baixa velocidade, por exemplo. 

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Iluminação  

Se há algo fundamental para que os profissionais da odontologia façam um bom trabalho é uma boa e correta iluminação. Ela está presente nas normas de ergonomia NR 17 e interfere diretamente na produtividade. 

Caso você esteja se perguntando como a luz poderia estar associada às dores nas costas, é simples: se a iluminação está precária, o cirurgião-dentista precisará se movimentar para encontrar um ponto bom de visão — e ele nem sempre vai ser ergonômico ou confortável. Quando o ambiente tem uma iluminação adequada, você pode manter uma boa postura e trabalhar tranquilamente, sem qualquer incômodo causado por sombras. 

Sendo assim, vamos relembrar algumas regras da NR 17 sobre iluminação: 

  • Todos os locais devem ter iluminação adequada, que pode ser natural ou artificial, desde que apropriada para o trabalho realizado. 
  • A iluminação geral deve ser distribuída de forma difusa e uniforme. 

No caso da odontologia, a Anvisa indica que a iluminação seja artificial nos ambientes de atendimento. Ela deve ser projetada de uma maneira que não gere sombras ou ofuscamento. 

Tamanho do consultório  

Sim, o tamanho do consultório é fundamental para o seu conforto e do auxiliar! Já imaginou trabalhar em um local apertado, onde vocês sequer conseguem movimentar o mocho e todos os móveis ficam aglomerados? Sem dúvidas, ninguém deseja isso! 

Portanto, o indicado é que o consultório tenha 9 m² (3×3), no mínimo. Locais espaçosos garantem mais mobilidade e conforto para trabalhar. 

ergonomia odontologia
Um consultório amplo é essencial para promover conforto e facilitar a mobilidade.

Mobiliário no consultório  

Como é a organização da mobília do seu consultório? Você segue uma lógica estética, de praticidade ou ergonômica? Assim como existe um jeito certo de sentar-se no mocho, a ergonomia dental auxilia no momento de deixar o espaço mais confortável para o trabalho. 

De acordo com a International Standards Organization (ISO) e a Federation Dentaire Internacionale (FDI), existem algumas medições que os dentistas podem seguir para garantir o posicionamento correto do mobiliário e, consequentemente, a ergonomia. 

Abaixo, separamos uma figura feita pela autora do artigo “Ergonomia para os mobiliários das salas clínicas dos cirurgiões-dentistas”, que explica o gráfico criado pela ISO e FDI, semelhante a um relógio.  

Sistema de relógio proposto pela ISO e FDI. (Fonte: Reprodução/A autora Izabela Perim) 

Vamos entender melhor. 

  • No eixo, temos a boca do paciente. 
  • Em torno do eixo, temos traçados três círculos: A, B e C. Entre eles, respectivamente, temos raios de 0,5 m, 1 m, e 1,5 m. 
  • A divisão do consultório acontece em 12 partes, como um relógio. 

Quanto às limitações de cada círculo: 

  • Em A, temos a zona de transferência. É aqui que devem ficar organizados todos os itens que serão utilizados dentro da boca do paciente, como o equipo. Nessa região, também ficam dois mochos odontológicos: o do dentista e o do auxiliar
  • No círculo B, temos o espaço destinado para a movimentação de braços e abrir gavetas. É aqui que devem ficar mesas auxiliares, gavetas (quando abertas), corpo do equipo e da unidade auxiliar. 
  • Em C, temos os limites do consultório que, como dissemos anteriormente, deve ter 3 m de largura. Mais do que isso, o espaço deixa de ser ergonômico. Nessa área, ficam os armários fixos. 

Posicionamento do paciente  

O posicionamento correto do paciente na cadeira odontológica é uma forma de facilitar o acesso do dentista à cavidade oral sem causar desconforto ou estresse físico prolongado. Veja detalhes para aplicar no cotidiano! 

Posicionamento da cadeira 

Em primeiro lugar, posicione a cadeira de modo que a boca do paciente esteja no nível dos cotovelos do profissional ou ligeiramente abaixo. Essa maneira permite que o dentista mantenha os ombros relaxados e cotovelos próximo ao corpo, minimizando a necessidade de movimentos estendidos ou inclinações, que são prejudiciais à tensão muscular. 

Inclinação da cabeça 

A cabeça do paciente deve estar posicionada de forma acessível e visível ao dentista. Na maioria dos casos, é preferível que esteja inclinada e não completamente alinhada ao resto do corpo. 

Quando o profissional precisar acessar os dentes superiores, o paciente precisa ficar com a cabeça inclinada levemente para trás; para mexer nos inferiores, o queixo deve apontar para o peito. 

Suporte para os pés 

É interessante fornecer suporte aos pés do paciente, estabilizando a posição e reduzindo a movimentação involuntária. Além de proporcionar mais precisão ao dentista, contribui com o conforto de quem está sendo tratado. 

Como prevenir doenças ocupacionais na odontologia?  

Além de investir em posições, equipamentos adequados, disposição de móveis e outros pontos que impactam diretamente na ergonomia do dentista, é preciso prevenir ao máximo as doenças ocupacionais. Confira na sequência outras práticas para seguir! 

Alongamentos  

É importante que os profissionais adicionem em seu expediente uma rotina de alongamentos para prevenir lesões e outras patologias. Em nosso blog, já criamos um conteúdo específico sobre o assunto, portanto, neste artigo, trazemos um vídeo em que o educador físico Rodrigo Otávio passa algumas dicas rápidas e eficientes no canal do Maurício Castello

Exercícios físicos  

Uma vez que a natureza do trabalho do cirurgião-dentista é realizar tarefas em posturas estáticas por longos períodos, exercitar-se regularmente torna-se uma forma de prevenir dores. 

A ideia é fortalecer os músculos utilizados nos procedimentos, em regiões como abdômen, lombar, quadril, ombros e pescoço, dando suporte à coluna e contribuindo para uma postura eficiente. 

Também é preciso aumentar a flexibilidade para aprimorar a mobilidade e a amplitude de movimento. Uma dica é realizar atividades como ioga e Pilates. 

Além disso, movimentar o corpo tem outros benefícios aos profissionais da odontologia: 

  • Reduz o estresse. 
  • Promove a saúde cardiovascular — essencial para longas cirurgias ou procedimentos. 
  • Melhora a qualidade do sono — impactando na capacidade cognitiva e na regulação emocional. 

Dicas de ergonomia para ASB e TSB 

Assim como os dentistas, auxiliares (ASB) e técnicos em saúde bucal (TSB) também estão sujeitos a riscos ergonômicos devido à natureza de suas tarefas, que muitas vezes envolvem posturas estáticas prolongadas, repetição de movimentos e trabalho em espaços reduzidos. 

Algumas dicas podem auxiliar na implementação da ergonomia para esses profissionais. Vamos explorá-las na sequência. 

Postura corporal 

Quando sentado, o ideal é manter os pés apoiados no chão ou utilizar um suporte para repousá-los. Ajuste a altura da cadeira para que os joelhos fiquem levemente abaixo do quadril. Evite inclinações ou torções do corpo, mantendo ombros relaxados e costas apoiadas.  

Movimentos 

Sempre que possível, inclua pausas na jornada de trabalho para realizar alongamentos ou caminhar um pouco, descansando os músculos e melhorando a circulação. 

ergonomia odontologia
ASB e TSB podem se movimentar mais, isso é essencial para promover a circulação sanguínea.

Organização do ambiente  

Arrume o ambiente de modo que os materiais e instrumentos mais usados estejam facilmente acessíveis durante os procedimentos. Assim, evita-se a realização de movimentos desnecessários ou repetitivos. 

Se possível, utilize superfícies de trabalho que permitam ajustes de altura, facilitando a boa postura ao longo dos atendimentos. 

Aplicar a ergonomia no consultório odontológico possibilita que cirurgiões-dentistas trabalhem sem que isso cause possíveis danos à saúde e atrapalhe a disposição para realizar tarefas da vida pessoal.  

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